O Homem da Minha Vida Enquanto isso, Mel chegava ao seu cativeiro. Estava exausta, de tanto chorar.Os homens desceram do caminhão e a conduziram a um casebre perdido no meio do mato. — Que lugar é esse? Para onde estão me levando?— Mel falava enquanto era arrastada. Seus pés já perderam as sandálias e feriam ao contato com o chão áspero. Algumas pedrinhas machucavam os seus dedos delicados…A porta de madeira velha cedeu ao pontapé de um dos homens e Mel foi empurrada para dentro e obrigada a sentar numa cadeira, onde foi amarrada com cordas.Mel estava apavorada, pois aqueles homens tinham a expressão fria e não a olhava nos olhos.Ela acompanhou o movimento deles apertando o nó das cordas e suplicava: — Por que estão fazendo isso comigo? Deixem-me ir, por favor!Um deles respondeu, enquanto se certificava de que ela não conseguiria se soltar das amarras: — Só estou fazendo o meu trabalho! Não gosto de muita conversa não moça!O outro foi saindo falando: — Vamos embora logo
O Homem da Minha Vida Mel ficou pensando naquela revelação, tentando justificar o ato da sua mãe de apoiar o seu pai lhe afastando de Rodolpho, mesmo sabendo que ela sempre o amou.Mel suspirou, gostaria de aceitar aquilo como desculpa, mas sentia muita mágoa da mãe. A mulher se deitou e logo adormeceu. Mel ficou revirando-se na cama e pensou que talvez fosse a sua chance de fugir, mas quando tentou se levantar, sentiu que as cordas que amarravam as suas pernas pareciam lhe cortar e voltou a deitar-se. A mulher se mexeu e Mel ficou quietinha esperando ela voltar a roncar. Depois de um tempo, conseguiu sentar na cama e com ajuda das mãos, mesmo amarradas, ela começou a tentar desamarrar as cordas das pernas. Ela se animou ao perceber que as cordas começaram a ceder.De repente, Mel sentiu ser puxada para trás e seu corpo caiu sobre a cama, em seguida, viu a luz que seria de uma vela, vindo pela porta do quarto. — O que houve mulher? A moça tentou fugir?— era a voz do sequestrad
O Homem da Minha VidaMais tarde, Rodolpho foi atrás de notícias de Mel. — Ela foi embora daqui novamente!— Tito disse encarando Rodolpho. — Não pode ser! Eu não acredito nisso!— Rodolpho retrucou.Dino vinha de dentro da casa e sorriu ao ver Rodolpho. — Por favor, preciso ver a sua irmã!— Rodolpho disse desesperado. Dino olhou para o irmão mais velho e respondeu sem graça: — Ela foi embora!Rodolpho colocou as mãos na cintura e olhou para os lados sem acreditar.Iara e Nice chegavam nesse momento. Rodolpho sorriu aliviado. — Meninas! Preciso ver a Mel!— ele disse.Tito ficou apreensivo e disse com olhar intimidador para as moças: — Mel viajou! — Duvido!— Nice rebateu passando a mão na barriga.Iara cruzou os braços em sinal de que concordava com a amiga. — Ela nunca viajaria sem nos avisar!— ela disse irritada.Rodolpho saiu puxando as moças na direção do seu carro. — Me ajudem a encontrá-la, por favor!— ele implorou se encostando no carro. Iara deu uma olhada p
O Homem da Minha Vida Mel abriu os olhos e se assustou ao ver os olhos de surpresa dos seus irmãos. Quando ela começou a compreender o que se passava, os viu abrirem passagem para José de Aquino.O quarto de Mel era bem pequeno, por isso, alguns dos rapazes tiveram que sair para o pai entrar.Mel fechou o semblante e se segurou aos lençóis da cama como se pensasse que o pai fosse lhe arrancar à força dali e levá-la de volta ao cativeiro. O cheiro das cobertas pareciam um luxo que há muito não sentia. — Eu sinto muito, filha!— ele disse com voz embargada. Mel engoliu em seco e se encolheu como um animal acuado.José deu um longo suspiro sofrido e continuou a se justificar: — Eu fiquei tão feliz quando soube que você voltou para casa e sofri muito ao saber que andava atrás daquele moço rico, depois de tanto tempo! Mel respirava com dificuldade, seu peito estufava, enquanto ela tentava controlar a raiva que sentia.José franziu a testa impaciente e não parou mais de falar: — P
O Homem da Minha Vida Helena sacudiu a cabeça dispersando lembranças, enquanto se virava para a filha com os olhos lacrimejando e na sua dor, vinha apenas uma indagação: — Filha, eu tentei evitar que você carregasse um filho indesejado do filho do doutor!Mel olhou penalizada para a mãe e deixou que ela a abraçasse com toda a sua dor. — Foi isso que aconteceu com você mãe!— Mel quis saber, enquanto acariciava os cabelos finos e grisalhos da mãe. Helena assentiu a cabeça e se afastou secando as lágrimas desajeitadamente, enquanto se esforçava para desabafar sem voltar a chorar: — Eu já carregava o Títo na barriga aos quinze anos, filha! Eu nunca pude contar para o Enrico! Eu nunca pude voltar lá e contar!Mel puxou a mãe, a ajeitando na beira da sua cama e deixou que ela se sentasse e ela se ajeitando do seu lado, continuou falando: — A mãe me convenceu a deixar as coisas como estavam, porque se eu voltasse, o Enrico podia querer tirar o filho de mim e tudo seria bem pior!Me
O Homem da Minha Vida Mel se virou na cama, sentiu o cansaço lhe vencer e se entregou aos olhos cansados.Iara e Nice saíram de mansinho para não acordar a amiga.Helena as alcançou no terraço. — Preciso falar com vocês!—ela disse, enquanto via as moças se virarem para ela. Iara olhou impaciente, apertando os olhos antes de falar: — Nada que a senhora me disser vai me convencer de que fez o que qualquer mãe faria!Nice assentiu com a cabeça, enquanto segurava a barriga.Helena suspirou com tristeza e apenas disse: — Eu fiz o que a minha mãe faria!As moças bufaram e saíram pisando fundo. Helena olhou na direção do mar e foi à procura do marido. Chegando lá, logo o avistou cabisbaixo e foi sentar ao seu lado. — Eu sabia que estava aqui, sempre faz isso quando está infeliz— ela disse com voz calma. José ergueu o olhar para a imensidão daquelas águas límpidas e agora calmas. As ondas de espumas dançavam sobre o azul como uma cortina que balançava ao vento e José só desejava
O Homem da Minha Vida Mel olhava assustada para Diogo, enquanto ele falava: — Todos sabem o que aconteceu entre você e o filho do doutor! Eu não me importo, quero que seja minha, já falei! Eu sempre quis você, Mel! — Mas…— Mel tentou falar, mas foi interrompida. — Eu vou me casar com você, eu juro!— Diogo disse avançando para Mel com desejo.Ela fechou os olhos e relaxou naquele beijo, mas não queria ser tocada, o seu corpo desejava só um homem agora, que infelizmente não podia ser mais seu.Mas depois daquele beijo, Diogo não se controlou e ergueu a blusa de Mel com tamanha brutalidade, que ela reagiu o empurrando, mas ele estava disposto a ir até o fim e não parava com as investidas.Em pouco tempo, mesmo com Mel se debatendo em desespero, Diogo conseguiu lhe despir e ficou sobre ela lhe encarando, enquanto dizia: — Eu posso fazer esse povo esquecer tudo o que aconteceu entre você e o filho do doutor! Eu posso te dar um nome! Casa comigo!Mel engoliu em seco sem acreditar
O Homem da Minha Vida Um tempo depois, Mel se despedia do namorado na frente da sua casa, encostada no carro dele. — Por que inventou toda aquela história para a minha família?— ela indagou curiosa. Diogo respondeu se encostando mais na moça, que assustou olhando para os lados: — Eu vou casar com você, quero que te respeitem!Mel se esquivou quando sentiu que Diogo se ajeitava no meio das suas pernas, descaradamente. — Pare com isso, Diogo, vai me deixar mais falada nesse lugar!— ela disse confusa. Diogo começou a falar com malícia, se esfregando, comprimindo o corpo de Mel contra o carro e ela chegou a ficar com vergonha: — Você gosta, não gosta? Gosta tanto quanto eu! Você vai ser só minha, todas as noites!Num gesto automático, Mel empurrou o namorado, falando nervosa: — Não está me respeitando, Diogo! Estamos na rua e parece que está me vendo sem roupa! O rapaz insistiu em beijar e agarrar Mel contra o carro, até que ela começou a se debater.Ele apertou o braço da