O Homem da Minha Vida Mel abriu os olhos e se assustou ao ver os olhos de surpresa dos seus irmãos. Quando ela começou a compreender o que se passava, os viu abrirem passagem para José de Aquino.O quarto de Mel era bem pequeno, por isso, alguns dos rapazes tiveram que sair para o pai entrar.Mel fechou o semblante e se segurou aos lençóis da cama como se pensasse que o pai fosse lhe arrancar à força dali e levá-la de volta ao cativeiro. O cheiro das cobertas pareciam um luxo que há muito não sentia. — Eu sinto muito, filha!— ele disse com voz embargada. Mel engoliu em seco e se encolheu como um animal acuado.José deu um longo suspiro sofrido e continuou a se justificar: — Eu fiquei tão feliz quando soube que você voltou para casa e sofri muito ao saber que andava atrás daquele moço rico, depois de tanto tempo! Mel respirava com dificuldade, seu peito estufava, enquanto ela tentava controlar a raiva que sentia.José franziu a testa impaciente e não parou mais de falar: — P
O Homem da Minha Vida Helena sacudiu a cabeça dispersando lembranças, enquanto se virava para a filha com os olhos lacrimejando e na sua dor, vinha apenas uma indagação: — Filha, eu tentei evitar que você carregasse um filho indesejado do filho do doutor!Mel olhou penalizada para a mãe e deixou que ela a abraçasse com toda a sua dor. — Foi isso que aconteceu com você mãe!— Mel quis saber, enquanto acariciava os cabelos finos e grisalhos da mãe. Helena assentiu a cabeça e se afastou secando as lágrimas desajeitadamente, enquanto se esforçava para desabafar sem voltar a chorar: — Eu já carregava o Títo na barriga aos quinze anos, filha! Eu nunca pude contar para o Enrico! Eu nunca pude voltar lá e contar!Mel puxou a mãe, a ajeitando na beira da sua cama e deixou que ela se sentasse e ela se ajeitando do seu lado, continuou falando: — A mãe me convenceu a deixar as coisas como estavam, porque se eu voltasse, o Enrico podia querer tirar o filho de mim e tudo seria bem pior!Me
O Homem da Minha Vida Mel se virou na cama, sentiu o cansaço lhe vencer e se entregou aos olhos cansados.Iara e Nice saíram de mansinho para não acordar a amiga.Helena as alcançou no terraço. — Preciso falar com vocês!—ela disse, enquanto via as moças se virarem para ela. Iara olhou impaciente, apertando os olhos antes de falar: — Nada que a senhora me disser vai me convencer de que fez o que qualquer mãe faria!Nice assentiu com a cabeça, enquanto segurava a barriga.Helena suspirou com tristeza e apenas disse: — Eu fiz o que a minha mãe faria!As moças bufaram e saíram pisando fundo. Helena olhou na direção do mar e foi à procura do marido. Chegando lá, logo o avistou cabisbaixo e foi sentar ao seu lado. — Eu sabia que estava aqui, sempre faz isso quando está infeliz— ela disse com voz calma. José ergueu o olhar para a imensidão daquelas águas límpidas e agora calmas. As ondas de espumas dançavam sobre o azul como uma cortina que balançava ao vento e José só desejava
O Homem da Minha Vida Mel olhava assustada para Diogo, enquanto ele falava: — Todos sabem o que aconteceu entre você e o filho do doutor! Eu não me importo, quero que seja minha, já falei! Eu sempre quis você, Mel! — Mas…— Mel tentou falar, mas foi interrompida. — Eu vou me casar com você, eu juro!— Diogo disse avançando para Mel com desejo.Ela fechou os olhos e relaxou naquele beijo, mas não queria ser tocada, o seu corpo desejava só um homem agora, que infelizmente não podia ser mais seu.Mas depois daquele beijo, Diogo não se controlou e ergueu a blusa de Mel com tamanha brutalidade, que ela reagiu o empurrando, mas ele estava disposto a ir até o fim e não parava com as investidas.Em pouco tempo, mesmo com Mel se debatendo em desespero, Diogo conseguiu lhe despir e ficou sobre ela lhe encarando, enquanto dizia: — Eu posso fazer esse povo esquecer tudo o que aconteceu entre você e o filho do doutor! Eu posso te dar um nome! Casa comigo!Mel engoliu em seco sem acreditar
O Homem da Minha Vida Um tempo depois, Mel se despedia do namorado na frente da sua casa, encostada no carro dele. — Por que inventou toda aquela história para a minha família?— ela indagou curiosa. Diogo respondeu se encostando mais na moça, que assustou olhando para os lados: — Eu vou casar com você, quero que te respeitem!Mel se esquivou quando sentiu que Diogo se ajeitava no meio das suas pernas, descaradamente. — Pare com isso, Diogo, vai me deixar mais falada nesse lugar!— ela disse confusa. Diogo começou a falar com malícia, se esfregando, comprimindo o corpo de Mel contra o carro e ela chegou a ficar com vergonha: — Você gosta, não gosta? Gosta tanto quanto eu! Você vai ser só minha, todas as noites!Num gesto automático, Mel empurrou o namorado, falando nervosa: — Não está me respeitando, Diogo! Estamos na rua e parece que está me vendo sem roupa! O rapaz insistiu em beijar e agarrar Mel contra o carro, até que ela começou a se debater.Ele apertou o braço da
O Homem da Minha Vida À noite, Mel se perfumou e procurou ficar bonita para esperar o namorado. — Você está linda, Mel!— Dino exclamou olhando o vestido longo e estampado da irmã.Mel sorriu e abraçou o irmão no terraço. — Hoje é uma noite muito especial meu irmão! Vou decidir a minha vida! — Mel disse ao se afastar. Um carro encostou e buzinou. Meu saiu correndo. Dino ficou pensativo:" Resolver a vida com esse aí? Será? Mulherengo desse jeito! Sei não!"Diogo estava encantado com a beleza de Mel. Ele parou o carro em frente a um bar com vista para o mar e disse brincalhão: — Onde levo uma moça tão elegante da cidade?Mel fechou os olhos e disse olhando para cima: — Qualquer lugar onde eu possa me entregar para você, Diogo!O rapaz ficou nervoso e atrapalhado. Ligou o carro e seguiu para um hotel distante dali, onde haviam quartos com vista para o mar.Entraram de mãos dadas e Mel percebeu que Diogo estava nervoso. Ela achou graça. O garanhão estava sem jeito diante das s
O Homem da Minha Vida O dia já estava clareando quando Mel abriu os olhos e não reconheceu o seu pequeno e aconchegante quarto. — Meu Deus!— ela disse se levantando.Diogo saia do banho, se secando com uma toalha branca do hotel. Ele estava despido e igual a todo cafajeste, tinha que ser lindo.Os olhos apertadinhos de curiosidade ao vê-la daquele jeito, de pé, olhando em volta. — O que houve princesa? Por que está assustada desse jeito?— ele indagou vindo na sua direção. Mel recuou um passo para trás, mas Diogo alcançou a sua cintura e a puxou para perto, como se fosse sua propriedade. — Me solta, Diogo!— ela disse se debatendo. Aquilo já estava virando rotina. Diogo avançava e Mel recuava, mas acabavam na cama.Quando ele tirou a toalha e a empurrou, fazendo-a desequilibrar, caindo no leito, Mel sentiu medo. Ele era insaciável e bruto e tudo o ela repudiava num homem. — Pare de resistir, você vai ser minha esposa em breve e tem que me servir!Mel ficou boquiaberta. Em que te
O Homem da Minha Vida Mel saiu cabisbaixa segurando a mão do namorado que tinha pressa em sair dali. Em pouco tempo, o carro de Diogo estacionava diante da sua casa.Mel olhou admirada para o muro alto que escondia uma casa grande que ocupava quase um quarteirão. Na pequena cidade de Praia Azul, era a maior, porque a família de Diogo era abastada, dona de um imenso supermercado que servia também as cidades vizinhas. Um funcionário veio abrir o grande portão para o carro de Diogo entrar. Mel percebeu que um jardim bem cuidado vinha antes da porta principal da casa. Havia um espaço coberto, do lado, onde alguns carros se protegiam da chuva e do sol. Diogo entrou na casa como se fosse um príncipe, já procurando ser recebido por algumas funcionárias. Olhou para elas e foi dando ordens. — Eva, Mara, tragam os pertences da minha noiva que estão no meu carro e coloquem no meu quarto.Mel cumprimentou as moças com a cabeça e ficou parada, sem saber qual seria o próximo passo.Diogo c