TaraOlho ao redor, ainda sem acreditar na creche que Mason acabara de inaugurar na empresa.Era simplesmente incrível pensar que aquela ideia brilhante havia saído da cabeça dele. Cada detalhe era pensado para proporcionar um ambiente acolhedor e seguro para as crianças.Não conseguia esconder o sorriso contido no meu rosto enquanto segurava Thomas nos braços, tentando mostrar tudo a ele.— Olha, Thomas — digo em voz baixa, animada — ,o que o papai fez para você e para as outras crianças — Minha voz tremia ligeiramente de emoção.Os pequenos rostos felizes ao nosso redor, as cores vibrantes, os brinquedos cuidadosamente escolhidos – tudo parecia um sonho. Era uma mudança tão significativa, uma que eu não esperava de Mason.Mas ali estava ele, provando que era capaz de surpreender e inovar.Enquanto balançava Thomas suavemente, senti uma onda de gratidão e orgulho por Mason. Apesar de todas as nossas diferenças e dificuldades, ele havia criado algo verdadeiramente especial.— Voc
MasonMe levanto da minha mesa, caminhando em direção à porta, à procura de uma planilha que tinha certeza estar com Tara.Contudo, no momento em que saio do escritório, me deparo com uma Tara, com o rosto marcado pelas lágrimas e os olhos inchados. Ao me ver, ela começa a fungar e passa as mãos no rosto, tentando disfarçar.— Está tudo bem? — pergunto, me aproximando.— Por que acha que não está? — Ela responde defensiva, e eu odeio quando ela fica na defensiva.— Está com algum problema? Posso ajudar você em...? — Tento continuar, mas ela me olha e me interrompe.— Não acho que tenha sido uma boa ideia a creche — dispara. — Thomas só tem 2 meses e é muito tempo para ele ficar longe de mim. — Ela inspira profundamente, fazendo uma breve pausa. — Além do mais, ele pode estranhar todas aquelas crianças e as cuidadoras...Tara se levanta e começa a arrumar a mesa que já estava perfeitamente organizada, suas mãos tremendo ligeiramente.— Não me importo de ficar com ele enquanto trabalho
TaraA maioria das meninas sonha subir ao altar. Eu, por outro lado, sempre soube que teria pavor do lembrete de ter crescido sem pai. Faz séculos que prometi que provaria a mim mesma que não precisava dele.Não precisei dele no passado e definitivamente não precisoagora.A música toca. Todos se levantam e voltam a atenção paramim. Meu corpo inteiro treme com todos os olhares indesejados me avaliando, e solto uma respiração trêmula.Você consegue. Sorrio embaixo do véu, escondendo o fato de que meus olhos ardem de lágrimas não derramadas. Meus olhos se erguem em direção ao meu destino. Quase tropeço quando encontro os olhos de Mason fixados nos meus, mas me seguro. Algo que arde em seu olhar faz calafrios percorrerem minha pele.Acho que nunca vi Mason olhar para mim desse jeito, mas isso faz um negócio maluco com minha frequência cardíaca.Caminho até o altar como uma soldada dedicada se apresentando ao serviço. Mason não tira os olhos de mim, provavelmente para garantir que eu n
MasonAcho difícil tirar os olhos de Tara enquanto descemos ocorredor em direção à saída da igreja.Ela é a personificação da elegância e da graça, com um sorriso tão esplêndido quanto a aliança de diamantes em seu dedo. O anel serve como como uma lembrança de sua promessa para mim.Eu não tinha certeza se chegaríamos a esse ponto. Depois do fracasso do meu noivado, pensei que chegaríamos a um impasse. Que talvez Tara acordasse um dia e decidisse que esse era um grande erro. Mas, finalmente, pela primeira vez em duas semanas, eu me sinto aliviado.A pressão no meu peito se alivia a cada passo para longe do altar. Com uma parte de minha herança completa, tenho só mais uma etapa no caminho para me tornar CEO.Termine o dia de hoje antes de se preocupar com isso. Giro minha aliança com o polegar, testando a sensação do metal pressionado na pele. Não parece tão opressivo quanto eu imaginava. Tara escolheu uma aliança simples, que chama pouca atenção. Nossos dois anéis transmitem uma úni
TaraNão falo com Mason pelo resto do caminho. Se ignorar umao outro fosse um esporte, eu seria capitã de equipe.Depois que ele estaciona, eu me debato com quilos de tule e renda e saio com a elegância de um cavalo recém-nascido.— Tara — Mason me chama.Não me viro. Estou com medo demais de que todas as minhas emoções estejam estampadas no rosto.— Vou dormir.— Você se esqueceu da sua bolsa.Sou tomada pelo impulso de bater o pé, mas me contenho.— Certo. — Maldita bolsa. Eu sabia que devia ter escolhido um vestido de noiva com bolsos.Eu me viro, evitando seus olhos enquanto abro a porta eprocuro no banco vazio.— Aqui. — Seu peito encosta em minha coluna quando ele me encurrala entre o carro e seu corpo.Eu me viro, tentando evitar contato de pele com pele, e fracasso. A parte da frente de seu smoking roça contra meu corpete, fazendo uma onda de calor me atingir.Ele estende minha bolsa. As letras cintilantes de Sra. Delaney brilham sob as luzes altas, tão horrendas quanto no
MasonEu sabia que Otto me convidar para um café da manhã era uma armadilha, mas aceitei mesmo assim. Depois da conversaque ele teve com Tara, estou interessado em determinar quantos problemas ele pode me causar. Minha intuição me diz que nada na minha batalha pelo cargo de CEO vai ser fácil.Os olhos castanhos de Otto passam do cardápio para meu rosto.— Algum plano de lua de mel?— Não precisa fingir que se importa comigo.Ele suspira.— Só estou puxando assunto.Papo furado. Toda pergunta e toda afirmação que ele fazsempre têm segundas intenções. Por causa dele, eu me tornei especialista em ler nas entrelinhas.— Tara e eu vamos viajar na sexta-feira. — Agora vamos, pelo menos. Não ligo para qual possa ser o destino, tanto faz, desde que a gente vá a algum lugar.— E a reunião trimestral de orçamento?— Tenho certeza de que irão conseguir revisar meus relatórios sem mim. Nunca mais vou ter outra lua de mel, afinal. — Os cantos de meus lábios ameaçam se erguer.— Você parece encon
Tara— Não. — Movo meu dedo sob o tablet em minha mão, ao lado da mesa de Mason.— Mas é Bora Bora — Mason responde, com um olhar exasperado.Faço que não.— Parece chato. — O bom é que Mason não consegue ver como minhas bochechas ardem pela mentira.— Qual é o seu problema?A questão é: qual poderia ser meu problema se eu escolhesse um lugar de lua mel que exigisse que Mason andasse sem camisa e molhado de um lado para o outro o dia todo. Até eu conheço meus limites, e esse é um deles.Depois do showzinho que tive na última vez que Mason estava sem camisa, é melhor não testar as coisas.Mason usa o mouse para navegar pela matéria de jornal que recomenda “Os dez melhores destinos de lua de mel do mundo”.— Que tal Maui?Franzo o nariz.— Não.— Fiji?— Passo.— Juro que, pelo jeito como você está agindo, parece que não quer lua de mel nenhuma.— Eu quero! — Mas não quero nenhum lugar que exija tirar a roupa.Ele me encara.— Que tal a África do Sul?Hum. Está aí uma ideia… — Me fale m
TaraMason se senta na poltrona de capitão à minha frente. A aeromoça não demora para perguntar se ele precisa de alguma coisa, mas ele simplesmente a ignora enquanto clica na tela do tablet.— Estou aqui para servir o senhor como precisar. Por favor, não hesite em pedir qualquer coisa durante o voo longo.Ela bate as pálpebras para Mason com ar sedutor.Servir? Que lambisgoia .Mason continua indiferente à insinuação óbvia dela. Ele nem se dá ao trabalho de erguer os olhos, apesar do jeito como ela para ao lado da poltrona dele, babando em todo o carpete.Limpo a garganta.— Com licença?Ela nem se volta em minha direção.— O capitão disse que a viagem vai ser tranquila. Estou curiosa para saber por que o senhor escolheu a África do Sul.— Sempre quis fazer um safári. — Faz três dias, pelo menos.Ela se atreve a me lançar um olhar mordaz por sobre o ombro. É sério que ela vai me ignorar enquanto flerta com ele? Ele está usando uma aliança de casamento, pelo amor de Deus.— Meu marido