No próximo dia de manhã, Luana preparou o plano de cooperação que trabalhou durante a noite e foi com Pedro até o Grupo Imperial.

Ao olhar para o prédio imponente de cem andares, Luana sentiu-se insegura.

Uma empresa tão grandiosa como o Grupo Imperial daria atenção à Família Costa?

Ainda mais quando a intenção da família era conseguir uma fatia de trinta milhões. Era como um mendigo pedindo uma fortuna na casa de um milionário, era algo simplesmente absurdo.

Com isso na cabeça, ela disse inquieta:

— O Grupo Imperial é tão grande... será que vão aceitar cooperar com a nossa família? Ouvi dizer que ontem a Ana e o Diego foram expulsos na hora. Tenho medo de nem conseguir falar com a Isabela e acabar sendo expulsa também.

Percebendo a preocupação da esposa, Pedro respondeu com carinho:

— O Grupo Imperial só expulsa quem não tem educação. Minha esposa, além de linda, é uma pessoa incrível. Tenho certeza de que vão te tratar muito bem! Não precisa ter medo, vai dar tudo certo.

Ela suspirou e disse sem muita convicção:

— Espero que sim. Você fica me esperando aqui.

Tomando coragem, Luana respirou fundo e entrou pelas grandes portas do prédio do Grupo Imperial.

Ao ver ela entrar, Pedro pegou o celular e ligou para Isabela:

— Isabela, minha esposa já está subindo. Você sabe o que fazer.

Isabela prontamente respondeu:

— Pode deixar, senhor. Vou garantir que ela saia daqui satisfeita.

Ele então perguntou:

— A propósito, ouvi dizer que o Grupo Imperial tem uma relação bem estreita com a Família Pereira.

Ela explicou:

— Sim, no passado, tínhamos uma parceria forte com eles. Agora, com o novo projeto, eles estão tentando entrar novamente e já enviaram propostas. Mas, como sempre, a decisão final é sua.

Com frieza, Pedro ordenou:

— Neste projeto, não quero nenhum envolvimento da Família Pereira. E, no futuro, encerre qualquer cooperação com eles.

Isabela garantiu:

— Pode deixar, farei como o senhor pediu.

...

Enquanto isso, Luana aguardava na recepção do prédio, tentando agendar um horário. Ela não sabia se a vice-presidente Isabela, sequer toparia encontrá-la.

Mas logo, uma assistente elegante se aproximou e perguntou:

— A senhora é Luana Costa? A vice-presidente está te esperando no escritório. Por favor, me acompanhe.

Luana ficou surpresa. Ela ainda nem havia conseguido se inscrever para o agendamento! Será que Isabela já sabia que ela viria? Mas isso não fazia sentido…

Embora confusa, ela sabia que essa era uma oportunidade única e seguiu rapidamente a assistente.

Ao chegar ao escritório, foi recebida com grande cordialidade. Isabela levantou-se da cadeira e disse:

— Bem-vinda, Sra. Luana. Sou Isabela Martins, vice-presidente do Grupo Imperial.

Diante de uma figura tão conhecida na Cidade J, Luana ficou nervosa, mas respondeu com respeito:

— É um prazer conhecê-la, Sra. Isabela. Vim discutir o projeto do hotel. Embora nossa família não tenha tantos recursos, trabalhamos duro e temos um ótimo histórico no setor de reformas.

Ela entregou uma pasta, dizendo:

— Aqui estão nossos documentos e qualificações. Por favor, dê uma olhada.

Com um leve sorriso, Isabela pegou os documentos e, após uma breve análise, declarou:

— Sra. Luana, já revisei sua documentação e acredito que podemos cooperar.

Luana ficou incrédula:

— Sério? Está falando sério mesmo?

Isabela sorriu e confirmou:

— Sim, embora a Família Costa não atenda a todos os nossos critérios, nosso presidente tem grande consideração pela senhora. Por isso, estamos dispostos a colaborar.

Luana perguntou com curiosa:

— Presidente? Quem é o presidente?

Com uma expressão tranquila, Isabela respondeu:

— O presidente é o jovem mestre da Família Souza de Cidade A.

Luana comentou:

— Não conheço ninguém chamado Souza... além do meu marido.

Isabela apenas assentiu levemente, evitando revelar mais, como Pedro havia instruído.

De fato, Luana não conhecia mais ninguém com o sobrenome Souza além de Pedro, mas nem por um segundo passou pela sua cabeça que seu marido, um homem órfão e aparentemente sem nenhuma qualidade especial, pudesse ser o tal ‘Sr. Souza’ de quem Isabela estava falando.

Nesse momento, Isabela comentou:

— Sra. Luana, vi que no contrato vocês colocaram uma proposta de trinta milhões para a parceria, certo?

Luana perguntou com nervosa:

— Isso é muito?

Isabela respondeu com um sorriso:

— Na verdade, é pouco. Vamos aumentar para sessenta milhões.

 Luana ficou surpresa e gaguejou:

— Como assim?

Isabela pegou um contrato pronto e explicou:

— O presidente pediu para dobrarmos o valor. Aqui está o contrato. Se concordar, podemos assinar agora mesmo.

Com boquiaberta, Luana pegou o documento. O valor era realmente o dobro!

O objetivo da avó era trinta milhões, mas o contrato realmente dizia sessenta milhões!

Nesse instante, Luana se lembrou da reunião da noite anterior, quando seu marido, Pedro, insistiu com tanta convicção para ela aceitar essa missão.

Por que ele estava tão confiante?

E, há pouco, na entrada do prédio do Grupo Imperial, enquanto ela estava cheia de dúvidas, ele parecia tão tranquilo, como se já soubesse exatamente o que iria acontecer.

Quem ele é, afinal?