Capítulo 11
Carlos terminou de dar as três cabeçadas, e a humilhação fazia as lágrimas girarem em seus olhos.

Mas, naquele momento, ele não ousava criar confusão. Sabia que a avó estava extremamente descontente com ele.

Falar algo errado agora só pioraria a situação.

Sra. Maria viu que Carlos já havia cumprido sua penitência, o que a deixou um pouco mais aliviada.

Não era que ela quisesse ver o neto se ajoelhando para Pedro, mas o juramento envolvia a própria vida dela.

Como uma devota fervorosa, ela jamais ficaria tranquila caso Carlos não cumprisse sua promessa. Temia que o destino trouxesse desgraças sobre si mesma.

Ela se virou para Carlos e disse com frieza:

— Esses três joelhos são uma lição. No futuro, nunca aposte em algo que você não tem certeza. E, se apostar, não envolva a família!

Carlos respondeu com um rosto desolado:

— Sim, vovó. Entendi... Nunca mais farei isso...

Enquanto falava, lançou um olhar venenoso para Pedro, pensando consigo mesmo:

“Esse inútil! Me fez ajoelhar e perder toda a dignidade. Um dia ainda vou acabar com ele!”

Sra. Maria então mudou o tom e, dirigindo-se à sala, anunciou:

— Hoje, Luana conseguiu fechar o contrato, o que é uma grande conquista. Todos precisam aproveitar esse momento para se preparar. Precisamos aproveitar essa oportunidade para consolidar uma relação sólida com o Grupo Imperial!

Ao lado, Pedro aproveitou o momento e lembrou:

— Vovó, já que Luana conseguiu o contrato, o cargo de diretora vai ser dela, certo?

Maria ergueu as sobrancelhas, ponderando em silêncio.

De fato, ela havia prometido que quem fechasse o contrato seria promovido.

Porém, ela nunca teve muita simpatia por Luana, e o genro dela, Pedro, só a irritava mais ainda. Essa ideia começou a incomodá-la.

Se elevasse Luana, talvez ela se tornasse difícil de controlar no futuro. Esse pensamento a fez considerar revogar sua promessa. Afinal, ela não tinha jurado nada, então mudar de ideia parecia aceitável.

Ainda assim, dizer isso imediatamente após o sucesso de Luana não seria apropriado. Então, decidiu adiar a decisão:

— Amanhã à noite, faremos um jantar e convidaremos as pessoas mais influentes da Cidade J. Na ocasião, anunciarei nossa parceria com o Grupo Imperial e o nome do novo diretor.

Pedro sorriu satisfeito, e Luana também sorriu com sua característica serenidade. Isso significava que o cargo era dela. Finalmente, ela teria reconhecimento, e sua família também poderia andar de cabeça erguida!

Sra. Maria voltou-se para Luana e disse:

— Luana, tem outra coisa que preciso que você faça.

Luana prontamente respondeu:

— Claro, vovó. O que seria?

Maria explicou:

— Quero que você entre em contato com o presidente do Grupo Imperial e o convide para nosso jantar de amanhã.

Após uma breve pausa, ela continuou com expectativa:

— Se ele comparecer, será um grande acontecimento para a Família Costa. Isso fortaleceria muito a nossa reputação na Cidade J.

Luana hesitou:

— Vovó, só conheci a vice-presidente Isabela na última reunião. Nunca vi o presidente pessoalmente... além disso, acabamos de fechar o contrato, e convidá-los tão rápido não seria muito precipitado?

Maria respondeu com firmeza:

— E daí? Quero mostrar para toda a Cidade J que agora estamos alinhados com o Grupo Imperial. Quero que saibam que a Família Costa está subindo!

Dando uma leve pausa, ela completou:

— Mesmo que o presidente não venha, trazer a Isabela já será um grande feito. Afinal, ela é a segunda no comando.

Sra. Maria estava visivelmente animada.

Só de imaginar os grandes grupos que antes olhavam a Família Costa de cima tendo que bajulá-los no futuro, sentia um calor subir pelo corpo.

Para ela, a Família Costa estava destinada a brilhar ainda mais em suas mãos.

Após refletir um momento, Luana respondeu com um pouco insegura:

— Entendi, vovó. Vou tentar...

— Não é tentar, Luana. É fazer acontecer!

Luana acenou com a cabeça, mas virou-se para Pedro e perguntou baixinho, com certa preocupação:

— E se o presidente não quiser vir? E se nem mesmo a Sra. Isabela aceitar?

Pedro deu um sorriso tranquilo:

— Tenta. Você tem o número da Isabela. Quem sabe, com uma ligação, ela não aceita o convite?

O jantar seria uma oportunidade não apenas para a Família Costa exibir sua força, mas também para oficializar a promoção de Luana a diretora.

Como marido, Pedro queria estar lá para apoiá-la nesse momento.

Por outro lado, Luana não imaginava que Pedro era, na verdade, o presidente do Grupo Imperial. Com um suspiro, ela comentou:

— Estamos falando do presidente do Grupo Imperial, que, segundo dizem, é um jovem de uma grande família da Cidade A. Alguém tão ocupado jamais viria a um jantar...

Pedro riu e disse:

— Quem sabe? Talvez ele seja o tipo de pessoa que passa o dia em casa, cozinhando e lavando roupa para a esposa...

Luana lhe lançou um olhar brincalhão pelo canto do olho:

— Acha que todo mundo é como você?

Pedro deu de ombros:

— Quem sabe isso?

Luana sorriu:

— Impossível!
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