June não parecia do que tipo que se abria dessa forma para as pessoas, na verdade, quando Dante a olhava, podia quase ver uma fortaleza, rodeada por enormes muralhas intransponíveis. Mas lá estava ela, se abrindo com ele. Isso fez com que Dante se sentisse importante, especial até, e um calor repentino afastou momentaneamente o frio.
– Existem certas poções e runas que podem ser usados em batalha. – Dante falou, depois de longos e intermináveis minutos de silêncio.
– O quê? – June o encarou com o nariz encrespado, soando confusa. Ela ficava muito bonitinha com essa expressão. Na verdade, June estava lindíssima naquele momento, mesmo com aquela sombra de tristeza em seu rosto. Havia começado a nevar fracamente e alguns flocos brancos se prendiam aos seus cabelos escuros presos em uma trança, além disso, suas bochechas estavam levemente cora
Vincent disparou em direção as escadas e as subiu de dois em dois degraus, depois, foi direto para o segundo andar, então, para a biblioteca. Vince se dirigiu até a seção de ciência e pegou livros sobre biologia, órgãos e sangue. Abriu-os em páginas especificas, lendo rapidamente as palavras nas linhas. Então, pegou um livro sobre magia corpórea.Já tinha lido aqueles livros quando tentava entender melhor as habilidades de Maximus, em uma época em que queria deter seu irmão, ao invés de simplesmente deixar para lá.– Pirou de vez? – quem perguntou foi Bash.Minerva cambaleava atrás dele com o apoio de Dante.– O que foi, Vince? – sua irmã questionou.– Nossa, eu entendi o que Salvatore quer de Ellie, eu entendi porque Maximus é tão importante pra ele. Merda!
– Por que quer saber, Ellie? – Dante indagou, depois de ela lhe perguntar o que ele sabia sobre ligações entre feiticeiros e como fazê-las.Ela o encontrou no herbário junto à June. Ambos estavam debruçados sobre a mesa e havia uma dúzia de frascos arredondados enfileirados à sua frente, assim como alguns papeis contendo símbolos diferentes. Livros empilhados rodeavam os dois e, antes de ela atrapalha-los, os dois pareciam absortos nas informações contidas no livro aberto diante deles.– Eu preciso dessa ligação – Ellie anunciou – Quer dizer, a Magia me disse que era a única forma de eu conseguir combater Salvatore Lex, considerando que ainda sou uma feiticeira e bruxa em treinamento.– A Magia? – Dante ergueu uma das sobrancelhas, espantado – Você quer dizer... a entidade mística que &eac
Vincent pode ver, pelo menos, vinte pessoas rodeando a sede do Conselho, os que estavam em seu campo de visão. Três feiticeiros e dezessete vampiros. Não pareciam muito entusiasmados com a missão de guardar um local destruído.Mas Vincent tinha que admitir que Salvatore era inteligente. Não seria prudente da parte dele deixar um lugar como a Sede do Conselho da Magia sem proteção. Afinal, o local possuía livros raros de feitiçaria, caixas, baús e frascos contendo criaturas perigosas, amuletos raros e perigosos, além de armas mágicas lendárias. Basicamente, um incrível arsenal mágico.Ele se aproximou sorrateiramente da Sede, porém, sem parecer um intruso. Aproximando-se do local, desviando do foco de onde estavam os sentinelas, tentando não transparecer que não queria ser visto e que não podia estar ali.– Beck!
Foi quando Vincent sentiu, antes de ver, algo vindo em sua direção. Virou a cabeça há tempo de ver uma esfera de fogo vir em sua direção. Ele se abaixou, enquanto corria, e sentiu o calor do fogo passar por cima de sua cabeça.Mas essa distração lhe custou muito. Ele acabou tropeçando na raiz de uma árvore e começou a rolar morro abaixo, a neve umedecendo sua roupa, terra molhada e fria entrando em sua camisa, o feitiço que o aquecia se desfazendo enquanto ele rolava e rolava. Seu braço bateu em algo bem duro o que foi bem doloroso e o fizera soltar um gritinho de dor. Pela sensação de calor e viscosidade que havia penetrado suas roupas, ele podia supor que havia abrido um corte e que agora estava sangrando.Uma árvore o fez parar. Ele bateu a coluna contra o tronco, o que poderia muito bem tê-lo matado, mas felizmente não foi o caso.
O tronco do grande carvalho havia assumido uma face feminina, diferentemente da última vez em que Ellie a vira, seu rosto de madeira agora era mais jovial. Ela fitava os quatro seres a sua frente, a Fonte, a curandeira, o aprendiz e o duende.– Uma ligação entre dois feiticeiros? – Flidas repetiu parte da pergunta – Pode ser que eu saiba algo sobre isso, sim.– Sério? – Ellie falou cheia de esperanças.– Sim, mas não vai ser de graça – a árvore comentou com um sorrisinho.– Como não vai ser de graça? – June disse em tom ríspido.– Eu quero algo em troca. – O rosto de madeira se contorceu um pouco enquanto ela pensava, os olhos com aquele brilho verde fantasmagórico. – Que tal o duende? Eu gostaria de um pouco de companhia.– Bulaklak não &e
Vincent ergueu uma das mãos, mostrando o anel do sol que havia acabado de retirar da mão do vampiro por um simples feitiço telecinético – controlado com precisão para que a criatura não pudesse senti-lo sendo removido –, ao mesmo tempo, bateu a mão no solo bem sobre o símbolo que havia marcado na terra com o dedo. Assim que Andres viu o que o feiticeiro planejava, soltou sua trança e tentou se afastar, mas a luz ofuscante que partiu das mãos de Vincent o atingiu mesmo assim. Luz solar tocou a pele do vampiro e a fez se desfazer como papel queimado, o cheiro de carne podre queimada era terrível e fez Vincent encrespar o nariz. O vampiro se afastou rapidamente para trás de uma árvore até que a luz se dissipou.Aquele era um feitiço simples de luz solar, convertia a magia para as exatas propriedades da luz do sol. Uma mágica bastante útil contra vamp
A parte de Vincent que June possuía acabou se revelando ser uma mecha de cabelo branco presa por uma fita vermelha.Ao ver aquilo, June retirar isso da sua mesinha de cabeceira, Dante exibiu uma careta e rapidamente desviou o olhar, mas não disse nada à respeito.Foi Bulaklak quem os guiou até o ponto de convergência, já que ele dissera conhecer um ali por perto. Embora Dante tivesse resmungado que também poderia fazer isso, e tivesse praguejado que “isso era uma péssima ideia, péssima ideia”.O local da convergência não parecia nenhum pouco mágico como Ellie pensou que seria. Era um descampado, as árvores estavam metros distante, só havia uma grande área de terra com montinhos de neve aqui e ali. Próximo tinha uma casinha de madeira meio destruída e em parte queimada. Também tinha uma cerca de madeira que não tinha conti
A cena poderia até ter deixado Minerva preocupada se fosse em outra época, mas, para ser sincera, ela já tinha visto Vincent em estados piores do que aquele.Seu irmão caçula havia surgido na sala do castelo minutos antes e foi direto ao chão, desacordado. Estava imundo, o que era uma maneira bastante gentil de descrever. Seus cabelos estavam molhados, as roupas completamente sujas de lama e em seu rosto havia um corte, sangue cobria sua bochecha.Quando Minerva o subiu para seu quarto e retirou-lhe as roupas para que pudesse limpa-lo e curar as feridas, viu que ele tinha hematomas horríveis nas costas e na região de costelas, tão intensamente roxos que pareciam quase negros. Fora isso, ele possuía um corte no braço, que estava totalmente sujo de sangue, assim como em seu rosto. E suas costelas estavam certamente quebradas, embora Minerva não tivesse avaliado mais a fundo.