Vincent arrancou todos os livros das estantes, abriu os baús, jogou frascos no chão e viu os cacos se estilhaçando derramando o líquido de dentro sobre o piso. Estava em busca de algo, qualquer coisa, que pudesse ser capaz de retirar aquele Nó de Bruxa.
Considerando que estava no laboratório de Maximus, talvez encontrasse algo, nem que fosse uma poção ou um selo de anulação.
Não se importava se Max iria voltar e encontrar tudo revirado, estava ligeiramente desesperado desde que vira Ellie em seu quarto. Sabia que, ela estando com sua mãe, a chance de Salvatore acha-la era pouca ou nenhuma. Mas, assim que descobrisse isso, voltaria e usaria a ligação existente entre ele e Ellie para rastreá-la.
Ele se lembrava de quando conhecera Ellie, pouco depois de tê-la levado a casa dos VonBerge para pegar suas coisas, ela ficara muito abalada com o encontro que ti
– Você é um pai horrível, Albert. – Vincent declarou friamente depois de um momento de quietude sombria – E, se não tivesse sido, poderia nem estar aqui.– Não ouse me julgar, feiticeiro. Eu caí na armadilha de um feiticeiro astuto, nunca pensei que ele pudesse querer mais de Eleanore do que... satisfação carnal e filhos. Eu não podia mais olhar para ela, lembrar do amor da minha vida que tinha me deixado tão repentinamente. Isso me matava todos os dias. Mas é óbvio que você não entende. Não sabe como é se sentir desamparado sem ter a pessoa que mais ama.Vincent agarrou a camisa imunda de Albert e o puxou com força contra a grade de ferro, fazendo com que seu rosto encontrasse a barreira sólida. Ele soltou um gemido dolorido e exibiu uma careta de indignação.– Eu segurei o corp
– Como diabos achou a gente, Minerva? – Bash perguntou assim que estavam a salvo do grupo de vampiros.Minerva havia conjurado um feitiço sonífero que colocava apenas criaturas específicas para dormir, como vampiros. Porém, eles eram muitos, então tiveram pouco tempo para deixar aquela masmorra antes que eles acordassem novamente.Todos saíram pelo mesmo buraco o qual ela criara ao entrar. Ela havia sentido que o lugar era bem grande e repleto de reentrâncias subterrâneas, um local perfeito para criaturas que não sobreviviam a luz do sol. Assim que estavam fora da masmorra e novamente ao ar livre, onde nevava um pouco, Minerva conseguiu usar a água contida no gelo e na neve para os teletransportar apenas uns dois quilômetros de distância.Agora, eles estavam sentados em círculo, protegidos da neve pela vegetação ao seu redor. Uma fogueira crepit
O chá que Niara fizera para Ellie era excessivamente amargo e desceu arranhando a garganta da menina, mas, alguns segundos depois, deixou todos os sentidos de Ellie mais aguçados. De repente, foi como se ela conseguisse ver cada detalhe mais claramente, como uma formiga subindo pela parede. Pudesse sentir cada cheiro, como o toque de madeira e pinho que emanava dos móveis da casa. Além disso, podia também ouvir os mínimos sons, como a respiração rítmica de Dimitri.Assim que percebeu o efeito do chá, Ellie subiu para o andar de cima, para seu quarto. A bruxa lhe dissera que, para meditar, ela precisava de um lugar calmo e silencioso, por isso ela deveria ir sozinha. Dimitri e Bulaklak ficaram embaixo com Niara.Ellie se sentou de pernas cruzadas no colchão da cama, já que conforto era a base de uma boa meditação. Ela fechou seus olhos suavemente, respirou fundo três
A boca de Vincent se entreabriu, mas ele ficou em silêncio, inicialmente. Ellie sentia que quase poderia mergulhar no olhar vítreo de Vince, tamanha a intensidade com a qual a olhava. Era como se sua mão, que estava em contato com o rosto do feiticeiro, queimasse, cada ponto sensível de sua palma estava em uma conexão íntima com a pele dele.Os olhos violeta de Vincent escrutinavam Ellie, como se estivesse registrando tudo que ela havia dito, ou como se ele estivesse pensando em algo. Ela não sabia dizer, embora eles tivessem uma ligação que compartilhavam sentimentos.Ellie sentia seu coração como uma bomba em seu peito prestes a explodir. Era a primeira vez que dizia isso à alguém e, ao mesmo tempo em que sentia que era certo, que era algo poderoso e caloroso, ao mesmo tempo em que fogo invadia suas veias, Ellie sentia um frio a envolver por causa da hesitação de V
Niara ouviu o grito horrível de pura dor de Ellie vindo do andar de cima e, seguido a este som, houve um baque contra a janela. Quando a bruxa se aproximou do vidro para checar, viu que uma tempestade de neve ocorria do lado de fora, o que era estranho, considerando que o céu estava limpo minutos antes. Não era uma nevasca natural.Subitamente, o dia ficara escuro, o céu coberto de densas nuvens negras, o vento açoitava impiedosamente as árvores, que se envergavam conforme a ventania as atingia. Os flocos de neve desciam rápido, acumulando-se no chão, camada por camada.A bruxa subiu as escadas o mais rápido que seus joelhos ruins permitiam. Bulaklak e Dimitri tinham chegado à sua frente e estavam parados na entrada daquele que costumava ser o quarto de seu filho Vincent.Assim que se aproximou do cômodo, a temperatura foi despencando e uma brisa gélida atingiu a face de Niara. Qu
– Daqui a pouco irá escurecer, Dante – Amber comentou, olhando para cima – Vamos ficar aqui mesmo? Ficará muito frio.– Não se preocupe, Amber, eu posso manter meu calor corporal com magia.– Acho que, no final das contas, estas pastas não foram muito úteis – Sam falou, enquanto olhava para uma das páginas que Dante deixara no chão para que ele pudesse ler.– Não seja tão pessimista, ainda não lemos tudo que tem ai – Dante disse, otimista.O aprendiz sentiu uma fisgada em seu peito. Desde que sentira June através da ligação entre ela e Sam feita pelo heptagrama de Vincent, Dante havia colocado algo como um fio guia, que permitia que ele sentisse essa conexão muito fracamente, para não perder seu objetivo de vista, que era se teleportar até onde ela estava.Por alguma
Vincent concentrou toda a energia que estava sugando daqueles que mais amava, a energia que fazia deles quem eram, que os mantinham vivos. Ele se elevou no ar e podia sentir sua trança tremulando atrás de seu corpo e suas vestes ondularem ao seu redor.Ele notou Salvatore o encarando, enquanto ainda lidava com as investidas de Maximus.Talvez, agora, pudesse matar Salvatore Lex e acabar de uma vez por todas com todo esse problema, poderia deixar Ellie finalmente livre e todos os demais seguros. Se não fosse um covarde, poderia matar Maximus também, mas sabia que não conseguiria.– Maximus, libere a barreira ao redor do castelo.Imediatamente, Max cessou os ataques e fez um gesto com os braços, como se fizesse um círculo no ar com ambas as mãos simultaneamente, uma em sentido horário e outra em sentido anti-horário. E, fácil assim, a barreira foi desfeita, agora, todos
Bulaklak adentrou o quarto depois de mais ou menos dezoito horas desde o ataque de Ellie. Agora, ela estava deitada na cama, totalmente encolhida, abraçando as próprias pernas. O cômodo ainda permanecia congelado, as estacas no teto e nevava levemente, tanto que a superfície de Ellie estava coberta por uma fina camada de neve acumulada.Dimitri veio voando por perto e pousou na mesinha de cabeceira que tinha ao lado da cama, ele deu alguns pulinhos no lugar com seus olhos focados na menina.– Vermelho! Vermelho!O duende se aproximou, escalando a cama até sentar-se ao lado da menina. Havia uma fina camada de geada no rosto dela, onde antes haviam lágrimas. Também tinha flocos de neve minúsculos em seus cílios e presos nos cachos ruivos de seu cabelo.– Ellie. Está tudo bem?Os olhos dela se abriram como duas flores desabrochando, mas ela não os focou