Vincent envolveu a cintura dela com os braços e Ellie se inclinou para trás, fazendo com que suas costas se recostassem contra o peito dele. Ele se curvou para frente e ela sentiu os lábios dele roçarem contra sua orelha, assim como sua respiração contra seu rosto. Era tão natural para ela se aconchegar contra ele, que chegava a ser um pouco assustador. Ainda assim, Vince foi capaz de acalmar seu coração errático e toda a tormenta que se formava sobre ela.
– Não precisa fazer se não quiser. – ele sussurrou contra sua orelha.
– Sério? – Ela deitou a nuca contra o ombro de Vince para que pudesse olha-lo nos olhos, em seguida, apontou para o vestido jazido sobre a cama com o queixo. – Porque sua irmã até mesmo preparou minha roupa.
Ela sentiu contra suas costas a vibração do peito de Vince quando ele riu.
Já era tarde da noite quando Vincent entrou no quarto de Ellie. Não sabia se ela ainda queria que ele dormisse com ela, já que não lhe dissera nada, mas queria ver como ela estava.Vincent estava orgulhoso das palavras dela para os feiticeiros. Todos pareciam mais vigorosos agora, corajosos e poderosos. Minerva preparara um grande banquete para os feiticeiros, com direito a hidromel e uma variedade de carnes. Ela ficou no castelo, pois, no dia seguinte, explicaria todo o plano de ataque que ela e Vincent discutiram antes. Dante ficara com ela, e Maggie, que havia insistido e Minerva permitiu.O restante voltou com Vincent para seu castelo, embora os feiticeiros tivessem protestado por causa da saída de Ellie, já que aparentemente agora ela era uma espécie de santa.Quando entrou no quarto dela, porém, não encontrou o que esperava. Ellie estava encolhida em um canto do quarto, a janela estava aberta e
A ruiva deu um pulo para trás, afastando-se, com os batimentos retumbando em seus ouvidos, pulsando em sua garganta. Ela não tinha pensado na possibilidade de ele não querer. Sua tia havia lhe dito que era algo que os homens desejavam constantemente e que, no geral, eram as mulheres que abominavam o ato, por isso, ela pensou que ele iria querer. Mas, agora, não sabia mais o que pensar. De repente Vincent não sentia atração por ela como sentia por Callie e, embora a amasse, não quisesse mais do que apenas isso com ela.– V-você não quer? – ela se obrigou a perguntar, trêmula e insegura.O rosto de Vincent se coloriu de vermelho.– Não é isso, Ellie. É que... Eu não estou entendendo. Você quer isso? Agora?Ellie não chegou a responder, afastou-se alguns passos dele e pediu, mentalmente, para que a casa retir
– Ellie – Vincent ergueu o olhar dela e olhou ao seu redor – Precisa se controlar.Ela deitou no colchão, tirando as mãos de Vincent, mas ainda o sentindo dentro de si. Ellie fechou os olhos, inspirou e expirou algumas vezes, tentando acalmar seus ânimos, mas parecia impossível, já que sentia sua pele toda pinicar por causa de um calor infernal e, cada parte de seu corpo que estava em contato com o de Vincent, que eram muitas, estavam acesas como estrelas.Ainda assim, conseguiu fazer a cama voltar ao chão com um baque alto e o restante do quarto parou de vibrar, assim como ela ainda sentia em seu interior.– Desculpa – Ellie pediu um tanto ofegante.– Tudo bem – Vincent beijou o pescoço dela algumas vezes, depois a mandíbula, o queixo, até enfim plantar um beijo em seus lábios. – Acho melhor pararmos...&ndas
Maximus parou em frente ao altar, onde havia uma pilha de cinzas no centro, onde antes haviam toras empilhadas formando uma espécie de pira. Preso a um alto mastro estava o duque que costumava comandar a região, o corpo negro, carbonizado, sem pele ou carne. Os olhos, que já não existiam mais, deixando no lugar buracos escuros, pareciam fitar Maximus.Ele olhou ao redor. Isso não parecia certo. Nada disso.Quando Maximus começou a seguir Salvatore, pensou que ele iria liberta-lo, talvez, da culpa do que fazia com seus feitiços. De uma certa forma, salvava as pessoas, mas também tirava os órgão de outras. Não achava completamente errado, mas o Conselho sim.Agora, não havia mais Conselho, mas a humanidade ainda era uma ameaça, pois jamais aceitaria seus semelhantes mais poderosos, que podiam controlar a magia, assim como mostraram durante a inquisição. Mas um
Ellie acordou com o coração aos pulos e um suor frio escorrendo por sua coluna. Olhou, atônita, para seu braço em busca de uma marca, mas se lembrou que aquela lembrança não era dela e sim de Vincent, que foi amaldiçoado pela própria Magia.Ele matou uma mulher inocente. Era a única coisa que ela conseguiu registrar naquele segundo. Vincent realmente a matou, para ter Callie, uma mulher inocente que poderia ter tido a vida toda pela frente. Apesar de compreender as razões dele, toda a angustia e dor que o levaram a essa atitude desesperada, porque estivera dentro da mente dele, sentindo o que ele sentia, ainda assim... Foi um assassinato.Agora, ela conseguia entender porque ele fora amaldiçoado.Era um assassino e o mais preocupante era que ela sabia que tinham havido mais pessoas que Vincent matara, mas estas Ellie conseguia entender melhor, já que foram os homens responsá
Mas não era nisso que Maximus estava concentrado no momento. Desde que descobrira sobre a maldição de Vincent, havia iniciado uma pesquisa em busca de uma maneira de quebra-la. Até mesmo havia colhido um fragmento da marca no braço de Vincent para estudar sua magia, estudou cada livro sobre maldições e quebra de leis mágicas que conseguiu encontrar. E havia, muito recentemente, chegado a uma resposta. Havia descoberto como desfazer a maldição.Foi então que sentiu, como uma espécie de choque elétrico percorrendo seu corpo, um formigamento nas mãos. Suas barreiras haviam sido derrubadas, assim como a magia de alerta de presença, mas, mesmo sem ela, sabia exatamente de quem se tratava este feito.Ele saiu de seu laboratório e encontrou Katrin no corredor, o longuíssimo cabelo castanho esvoaçando atrás de seu corpo feito uma capa, conforme e
A esfera de energia de Maximus explodiu contra a parede de pedra perto da cabeça de Vincent, que havia acabado de desviar. Àquela altura, já havia muita destruição ao redor, buracos na parede, vidro espalhado pelo chão, pó de pedra cobrindo o piso e flutuando no ar, além do cheiro energético de magia que impregnava tudo ao redor.Onde estava Katrin? Por que estava demorando tanto para ativar as defesas?Maximus se virou e correu pelo corredor, as pernas carregadas por sua magia, fazendo com que se movesse velozmente pelo castelo, muito mais rápido que um humano comum. Envolveu seu corpo por uma barreira protetora, o que o protegeu de diversas facas que Vincent havia conjurado contra ele, assim como os raios de energia que Minerva disparou.Seu coração batia rápido, soando forte em seus ouvidos.Tinha que pensar em alguma coisa, não podia contar com a interven
Maggie estava andando de um lado à outro na sala principal, aflita. Mais cedo, pouco antes de Minerva sair, ela havia dito a Maggie que ela e Vincent iriam iniciar a estratégia deles para acabar com essa recém declarada guerra. Mas não havia dado muitos detalhes.Beck estava jogado no sofá, com os pés poiados na mesinha de centro, analisando suas unhas como se fossem deveras interessantes.– Não precisa se preocupar tanto, Maggie – Dante informou ao entrar na sala juntamente com Sam, que flutuava logo atrás dele. Ele estava com o rosto corado e os cabelos estavam presos a testa pelo suor. Ele havia ido treinar mágica na floresta, andava muito empenhado nisso desde o incidente que levara a vida de Bulaklak embora. – Vincent vai ficar bem. Não acho que ele seja capaz de morrer.Maggie se sobressaltou. Na verdade, não tinha sequer pensado sobre Vincent, estava mais