Maggie estava andando de um lado à outro na sala principal, aflita. Mais cedo, pouco antes de Minerva sair, ela havia dito a Maggie que ela e Vincent iriam iniciar a estratégia deles para acabar com essa recém declarada guerra. Mas não havia dado muitos detalhes.
Beck estava jogado no sofá, com os pés poiados na mesinha de centro, analisando suas unhas como se fossem deveras interessantes.
– Não precisa se preocupar tanto, Maggie – Dante informou ao entrar na sala juntamente com Sam, que flutuava logo atrás dele. Ele estava com o rosto corado e os cabelos estavam presos a testa pelo suor. Ele havia ido treinar mágica na floresta, andava muito empenhado nisso desde o incidente que levara a vida de Bulaklak embora. – Vincent vai ficar bem. Não acho que ele seja capaz de morrer.
Maggie se sobressaltou. Na verdade, não tinha sequer pensado sobre Vincent, estava mais
Uma explosão forte soou não muito longe de onde Vincent e Minerva estavam, abalando as estruturas do castelo. Rachaduras surgiram no teto e nas paredes, o pó da pedra desceu do teto em nuvens cinzentas.Vincent olhou para sua irmã totalmente perplexo. Ela não havia lhe contado nada daquilo e ainda não compreendia como exatamente aquilo poderia ajuda-los, já que a sala onde se encontrava permanecia perfeitamente intacta e Maximus, inteiro.Depois de se recompor, Maximus encarou novamente Minerva.– O que foi isso? Essa explosão não ajudou vocês em nada.– É mesmo? – Um sorriso de canto de boca se esticou no rosto de Minerva.Maximus trocou um olhar com Katrin e a familiar saiu no mesmo segundo da sala, transformando-se em uma coruja e saindo voando.– Salvatore vai te matar. Você sabe disso, não sabe? – Vinc
Ellie abriu a boca, mas não conseguiu falar, seu lábio inferior apenas tremeu.– Espera – Sam ergueu a mão, como se isso pudesse deter os pensamentos de Ellie – Eu sei que Vincent já foi uma pessoa mais explosiva, mas também sei que ele sofreu e ainda sofre por isso até hoje, e sei que você sabe disso. Eu digo que, sim, Vincent seria capaz de matar alguém, mas não levianamente, não uma pessoa inocente, eu sei disso e apostaria minha alma nisso. Ele mataria para se proteger, mataria para proteger alguém que ama e mataria por uma causa nobre. Ele não é um monstro, Ellie.Sabia que não era, em toda fibra de seu ser sabia que Vincent não era um monstro, que o que ele fizera, fez porque estava completamente fora de sua sanidade mental e totalmente traumatizado pela situação na qual passou. E sabia também que o ódio dele
Havia um estado de tensão naquele castelo desde que Maximus Lennox chegara, mas era um pouco mais do que isso. Vincent e Ellie não se olhavam em nenhum momento, ficavam sempre afastados um do outro, ela sempre estava enfurnada na biblioteca, hora lendo diferentes livros, hora apenas sentada de olhos fechados, e ele, em seu quarto.Minerva havia ido, no dia anterior, de volta para seu castelo, onde estava informando aos feiticeiros do antigo Conselho quando atacariam e onde exatamente. Por alguma razão, levou Maggie e Beck consigo, mas deixara Dante, que continuava treinando incessantemente nos fundos do castelo junto de Sam.E June continuava em seu herbário, sem saber ao certo porque continuava fazendo suas poções, já que isso não fazia mais nenhum sentido.Vincent havia contado a todos o motivo pelo qual haviam ido atrás de Maximus e havia avisado à eles que isso poderia resultar em uma visi
Ellie se interpôs entre os dois, ficando de frente para Maximus.– Me diz por que minha mãe estava envolvida nisso tudo. Me diz.Maximus inclinou a cabeça para o lado, fitando-a com olhos semicerrados.– Mas você já sabe, não sabe? Por causa da sua ligação com Vincent e eu já contei à ele.– Eu quero saber – Ellie cerrou os punhos – Por que Lex a matou?– Leona acreditava que feiticeiros não precisavam de uma organização que impunha leis sobre eles, porque isso limitava o uso da magia e ela achava que isto era um erro, porque magia é uma força da natureza incontrolável. E ela achava que Lex também pensava dessa forma, e, de certa forma, ele pensava, mas Salvatore quer algo mais agressivo, algo como feiticeiros no topo e humanos sendo subjugados. Leona passou a achar que ele
Ellie percebeu. A sensação de frio era causada pela entidade e o odor repugnante era oriundo do demônio.– Mas eles não podem entrar, as barreiras podem segurar – Dante afirmou.– Sim, podem – assegurou Vincent, exibindo um ar cansado – Mas eles vão ficar rondando o castelo, noite e dia, batendo incessantemente contra a barreira. Eles não dormem, então isso não vai ser tão insuportável para eles como vai ser para nós...Vincent ficou mais pálido do que o normal, embora isso não fosse possível.– Ah, meu Deus, ele... Eu não acredito. Ele... Salvatore...– O que foi? – Ellie se aproximou cautelosamente, esticou a mão para toca-lo, mas ele se esquivou, o que abriu um buraco no peito dela.– Hoje é noite de lua cheia, isso quer dizer que eu... &nd
Vincent cortou seu dedo com uma adaga que conjurara e assistiu enquanto Bash lambia o líquido vermelho de sua pele. Foi um momento bastante estranho de sua vida, considerando que conseguia sentir a todo momento as pancadas que a entidade e o demônio davam contra sua barreira protetiva.– Me explica de novo esse seu plano, Bash, para tentar me convencer de que vai dar certo – pediu Vincent enquanto curava seu dedo cortado.– Agora que eu ingeri seu sangue, quando você se tornar uma besta demoníaca serei capaz de mandar você não nos matar e, ao invés disso, direcionar seu instinto assassino contra o demônio e a entidade – Bash explicou com um ar triunfante – Ah, e se acontecer como da última vez, se você drenar a energia de Ellie por causa da ligação, ela vai cortar a conexão entre vocês.Ellie assentiu com uma confiança de i
Ellie percebeu o que havia acontecido, aquela entidade estava onde antes ela estivera, com suas garras a postos e sua boca de osso aberta, com os dentes afiados a mostra. Ele a teria atingido, de alguma forma, havia entrado na mente dela para trazer à tona os piores momentos de sua vida.– Não olhe nos olhos dessa coisa – Dante alertou – Vai fazer você sentir uma intensa tristeza.– Dante! – Ellie lançou uma esfera de energia contra a entidade que estava vindo na direção deles, mas ela desviou no último segundo e a esfera dela acabou atingindo Bash, que foi arremessado contra uma parede. Ellie tapou a boca, incapaz de acreditar que havia feito aquilo.Quando olhou para o lado, percebeu que fitou novamente aquelas luzinhas opacas no fundo dos buracos negros que eram os olhos da entidade e aconteceu de novo, ela viu Bulaklak morrer bem diante dela, o corpo dele sem vida naque
Minerva viu, durante sua lenta caminhada, quando um feiticeiro foi morto por um demônio cujos braços pareciam enormes lâminas de uma espada, que atravessaram o peito do homem sem misericórdia. No mesmo instante, o demônio urrou e se transformou em uma pilha de cinzas. O que significava que a marca da maldição que ela havia implantado nos feiticeiros havia funcionado.Engraçado como algo tão horrível podia ser tão reconfortante.Se não fosse por suas malditas pernas de madeira, talvez pudesse ser mais rápida.– Não posso ir! Me larga! Já mandei me soltar! – berrou Magnolia, enquanto socava incessantemente o ombro de Beck – Eu tenho que ir atrás dela.Beck perdeu completamente a paciência. Aquele barulho infernal, os gritos, as explosões e o guinchos dos demônios estavam fazendo sua cabeç