81. O MEDO DA CAMÉLIA

Camelia olhou-o temerosa e estremeceu, algo que Ariel não deixou de notar. Num impulso, abraçou-a com força. Podia perceber que ela temia sair assim arranjada e que todos a vissem de braço dado com ele. Compreendia a situação, mas tinha decidido que nesse dia ela não se esconderia e declararia a todos que era sua para que pensassem duas vezes antes de se meterem com ela. Mas não disse nada, não queria que ela sentisse que a estava a obrigar a aceitá-lo.

—Cami, desculpa. Lembra-te que és minha assistente, se nos virem pensarão que vamos a uma das tantas apresentações que fazemos —tentou tranquilizá-la, pensando que o psicólogo tinha razão em tudo.

Camelia estava verdadeiramente aterrorizada de sair de casa. O facto de o ataque ter acontecido na rua, em plena luz do dia e ninguém ter intervindo, tinha-lhe demonstrado que Leandro, como tantos outros agressores, se sentem impunes, apoiados por uma sociedade que olha para o lado. O psicólogo tinha-o explicado muito bem a Ariel.

Sobretudo,
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