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4 A PRENDA DO DIA DOS NAMORADOS

Não pensei mais, peguei-a nos meus braços, coloquei-a no carro, ela me indicou onde era sua casa e para lá fomos. Não vou contar os detalhes, mas para começar ela era virgem. Tem um corpo de tirar o fôlego, que descobri depois que ela tirou toda a roupa. Quando soltou o cabelo ao tomar banho para ficar limpa para mim, e sem os óculos, o patinho feio se transformou em cisne!

—Não estou mentindo, não estava bêbado nem nada —assegurou Ariel com firmeza—. A garota insignificante que trabalha escondida de todos como assistente no almoxarifado é uma preciosidade sem roupas.

—Sério? —perguntaram ambos espantados.

—Sim, Camélia é uma linda mulher ao natural —afirmou.

—Então, você fez o "favor" a ela ou não? —quis saber Félix.

—Fiz, a noite toda —disse muito sério—. Estreei-a em tudo, ela não sabia nada, nunca tinha tido relações, me contou que teve um quase namorado, mas que não chegou a nada.

Ambos os amigos ficaram olhando para Ariel com incredulidade e um toque de inveja saudável. Trocaram sorrisos cúmplices enquanto bebiam de suas taças recém-cheias. Apesar disso, a preocupação não deixava de aparecer em seus rostos, marcados por todas as vicissitudes que haviam compartilhado com seu amigo e as que ainda estavam por vir.

O temor de que houvesse uma armadilha por trás de tudo o que Ariel narrou se desenhava em suas expressões, embora diante da evidente satisfação de seu querido amigo, optaram por não manifestá-lo.

—Caramba, meu amigo, que presentão do dia dos namorados você ganhou. E o que pensa fazer agora? Certamente ela está atrás de você —comentou Oliver, o advogado, mantendo um tom sério.

—Oliver, isso é precisamente o que me preocupa —confessou Ariel.

—Não me diga que foi uma armadilha dela para te pegar —perguntou Félix, trocando um olhar com Oliver.

—Não, nada disso! —assegurou Ariel.

—Então, o que é? —perguntou Félix. —Se não era uma armadilha para te pegar, era tudo verdade?

—Sim, foi verdade, os seguranças a haviam drogado —confessou Ariel, que já havia tomado providências com eles—. O caso não é esse, mas sim que ela não voltou a me procurar; cumpriu o que me prometeu.

—Não posso acreditar, sério? —exclamou Oliver.

—Sim, e agora sou eu quem procura qualquer desculpa para descer ao almoxarifado e vê-la —confessou envergonhado.

—Você se apaixonou por ela, Ariel? —pergunta Oliver.

Ariel afundou-se na cadeira, o olhar perdido no brilho do gelo que derretia lentamente em sua bebida. A confissão tinha saído dele como um suspiro, uma admissão de sua vulnerabilidade que não esperava compartilhar.

—Não sei se me apaixonei, mas essa garota me agradou como nenhuma outra na vida.

Seus amigos o observaram em silêncio, avaliando a sinceridade que suas palavras destilavam. Havia algo na forma como Ariel falava de Camélia que ia além de uma simples atração.

—O que você pensa fazer? —insistiu Oliver, cruzando os braços.

—Não sei. O que vocês teriam feito no meu lugar? —perguntou exasperado.

Félix, com seu habitual desembaraço, soltou uma gargalhada e deu um tapinha amigável nas costas de Ariel.

—O mesmo, mas continuaria provando esse doce se eu o tivesse estreado, ha, ha, ha..., não a deixaria escapar assim tão fácil —disse com uma piscadela cúmplice.

Oliver franziu a testa diante do comentário de Félix e inclinou-se na direção de Ariel com uma expressão mais compreensiva.

—Não seja assim, Félix. Dá pra ver que a garota não é má, você não ouviu que ela era virgem com vinte e poucos anos? Onde você vai encontrar uma garota assim nos dias de hoje? Ariel, se você não quer nada sério com ela, deixe-a em paz —aconselhou com um tom que denotava sua preocupação com as consequências emocionais de seus atos.

Ariel, consciente da gravidade de suas próprias emoções, levou novamente a bebida à boca e respondeu:

—Não sei, Oliver. Não consigo tirá-la da cabeça, nunca tinha acontecido isso comigo com uma mulher. Fico louco para vê-la e ela me trata como se nada tivesse acontecido entre nós.

O jovem CEO passou a mão pelo cabelo, um gesto de frustração que não passou despercebido pelos amigos. A situação era incomum para ele; sempre tinha sido o mestre de suas emoções e relacionamentos, mas Camélia havia desfeito seu equilíbrio com uma facilidade desconcertante.

—Talvez seja isso que me atrai —continuou Ariel em voz baixa—. Sua indiferença. É como se ela me desafiasse sem dizer uma palavra.

Oliver assentiu, entendendo a complexidade do dilema. Embora estivesse muito preocupado com seu amigo, agora que ele finalmente estava levando uma vida o mais normal possível, o fato de uma nova mulher o impressionar era algo que não deviam ignorar. Talvez pudesse ajudá-lo.

—Às vezes nos atrai o que não podemos ter facilmente. Mas tenha cuidado, Ariel. Os jogos do ego podem machucar mais do que apenas seus sentimentos —advertiu com um tom grave.

—Talvez seja por isso, Ariel —disse Félix, tentando aliviar a tensão—. Você está acostumado a que as mulheres corram atrás de você.

—Não, Félix, estou te dizendo que não é isso —Ariel negou com a cabeça, sua voz carregada de uma sinceridade crua—. Sonho com aquela noite em que a tive e a fiz minha. Fecho meus olhos e a vejo me olhando com aqueles olhos de surpresa, cada vez que eu fazia algo novo. Quero estar com ela novamente, mas não sei como pedir isso a ela.

Oliver olhou-o fixamente, avaliando as palavras do seu amigo, tentando ler nas entrelinhas a sinceridade dos seus sentimentos. Era algo arriscado, mas... e se Camélia fosse a mulher que o seu amigo precisava para superar tudo?

—Você realmente quer estar com ela? —perguntou com cautela.

—Sim, Oliver, eu desejo isso a ponto de não ter conseguido dormir com outra mulher desde que estive com ela —a voz de Ariel era um sussurro, quase como se confessasse um pecado.

Oliver assentiu lentamente, depois se ajeitou na cadeira como se se preparasse para dar uma lição importante.

—Tenho a solução para você —disse, certificando-se de ter toda a atenção de Ariel—. Mas antes preciso que me prometa uma coisa. Você não vai maltratá-la nem fazê-la sofrer?

Ariel olhou-o esperançoso diretamente nos olhos, seu olhar era firme e claro quando respondeu.

—Não, não quero isso para ela —respondeu sem hesitar.

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