O pânico apoderou-se dela enquanto sua mente processava a informação. Como não tinha percebido que aqueles malditos guardas tinham sido demasiado amáveis ao oferecer-lhe os bombons? Devia ter suspeitado que algo estavam a tramar quando lhos ofereceram como desculpa. Seu coração batia aceleradamente, não só pela excitação, mas também pelo medo. Embora não pudesse negar que desfrutava do que seu chefe lhe fazia —de facto, estava convencida de que, se não fosse por este incidente, talvez tivesse permanecido virgem toda a sua vida—, a ideia de manter esta intensidade durante toda a noite e o dia seguinte aterrorizava-a. Camelia engoliu em seco, tentando encontrar sua voz. "E se não conseguir parar?", pensou. "E se meu chefe não aguentar tanto tempo de atividade intensa?" A vergonha misturou-se com o medo ao imaginar como olharia para seu chefe se ele falhasse em manter-se ereto. Com certeza ele sentir-se-ia envergonhado e até seria capaz de despedi-la. Nunca devia ter pedido ao seu chef
Já se passaram vários dias desde que o fato ocorreu. Ariel Rhys, ao acordar de manhã, havia voltado a possuí-la com ímpeto, não só na cama, mas também no chuveiro várias vezes. Depois partiu, deixando-a satisfeita e profundamente adormecida. Camelia acordou tarde, sentindo todo o seu corpo dolorido. Tomou outro banho com água gelada, tentando despertar. Sentia-se exausta, os efeitos colaterais da droga, mais tudo o resto, faziam-na sentir-se sem forças. Serviu-se de um cereal com leite, que comeu enquanto assistia às notícias em sua pequena televisão. Para voltar a adormecer no sofá. Era domingo quando acordou novamente. Correu para o banheiro, ainda sentia os efeitos da droga e os estragos do sexo. Banhou-se por um longo tempo, sentia-se fraca, precisava se alimentar, para isso tinha que sair. Em sua casa, além de cereais, alguns sucos e café, não havia mais nada. Vestiu as roupas de sempre. Suas calças rasgadas, com uma camisa até os joelhos, seu casaco de jornalista, como costumav
Camelia ficou olhando para Leandro, paralisada por um momento diante da ameaça implícita em suas palavras e postura. O homem corpulento pairava sobre ela, sua presença física esmagadora e ameaçadora. Um arrepio percorreu seu corpo, como se seu instinto gritasse que estava em perigo. Por um instante, sua mente viajou para todos os momentos em que Leandro a havia perseguido desde que começou a trabalhar na empresa. Os olhares insistentes, os comentários inapropriados, as "coincidências" que os faziam se encontrar nos corredores. Camelia percebeu que nunca o havia realmente detido, sempre evitando o conflito, sempre sendo "amável" para não causar problemas. Mas agora, com a adrenalina correndo em suas veias e a indignação fervendo em seu peito, Camelia sentiu que algo dentro dela se quebrava. Não mais. Não ia continuar permitindo que esse homem acreditasse ter algum tipo de direito sobre ela. Com uma força que não sabia que possuía, Camelia se ergueu, plantou firmemente os pés no ch
A semana transcorria para Camelia sem contratempos, como sempre, se não fosse por essa estranha sensação de se sentir observada; seria rotineira. Soube que os seguranças haviam sido demitidos. Sorriu ao pensar que, certamente, o chefe o tinha feito por ela. Imediatamente sacudiu a cabeça; tinha que cumprir com sua palavra. Ariel Rhys lhe havia feito um "favor", nada mais Camelia, um "favor". Repetia isso para si mesma cada vez que se surpreendia pensando em tudo o que ele havia feito por ela e em como seu chefe era atraente. Jamais Ariel Rhys se interessaria por ela. Ele tinha ido embora deixando-a dormindo, sem dizer nada. "Camelia", lembrava-se, "ele teve muita dificuldade em te fazer esse 'favor' no início; lembre-se bem, você não é o tipo de mulher dele".—Senhorita Camelia —tirou-a de seus pensamentos sua chefe.—Sim, dona Elvira —respondeu imediatamente, aproximando-se dela.—Vá levar estes processos ao diretor —indicou sua chefe, fazendo Camelia se surpreender.—Eu? —perguntou
Camelia falou de frente e sem medo. Talvez não fosse nada e ela estivesse imaginando coisas. Talvez ele a mandasse buscar um processo, limpar o banheiro ou jogar o lixo fora; certamente queria que ela fizesse um café, sim, deve ser isso, disse Camelia a si mesma. Fez-se um silêncio em que ambos ficaram se observando fixamente até que Ariel perguntou:—Pode me devolver o "favor" que lhe fiz?—Hã? O que quer dizer com isso? —perguntou Camelia, toda corada. Estava preparada mentalmente para tudo, menos para isso.—O que estou dizendo, senhorita Camelia —prossegue Ariel com naturalidade. —Como você, eu não tenho ninguém. Sou homem, tenho minhas necessidades e também não quero me complicar com um relacionamento sem sentido. Já que você é tão séria em cumprir sua palavra, pergunto-me se poderia me fazer o "favor" que lhe fiz agora.Ariel falou como se estivesse expondo um negócio friamente, sem um pingo de emoção. Camelia sentiu como se tivesse ficado gelada diante de seu pedido, mas sobret
Camélia chegou em casa acalorada, debatendo-se entre fazer o correto ou ceder ao pedido do seu CEO. Não consegue esquecer as sensações que os lábios de Ariel provocaram nos seus. Além disso, sente um pouco de culpa; quando ela precisou, ele a ajudou. Por que ela não poderia fazer o mesmo? Afinal, não tem namorado, não deve satisfações a ninguém, é maior de idade e não pode negar que Ariel é um bom amante. Ele foi muito delicado ao torná-la mulher; esteve atento o tempo todo para que ela desfrutasse ao máximo. Respondeu aos seus desejos durante toda a noite, mesmo quando se notava que estava exausto de tanto fazer amor com ela. Cada vez que ela pedia, ele atendia. Mergulhou na água quente da banheira, querendo esquecer as sensações que o toque dele despertou, mas ao roçar seu corpo com a esponja, estremeceu. Ela também o desejava, e muito. Pegou o telefone decidida e ligou para o escritório. Sentiu que tocava repetidamente e justo quando ia desligar, ouviu a voz máscula do seu chefe
Camélia o seguiu até o quarto, ele tinha se deitado completamente nu no meio da cama, com ambas as mãos sob a cabeça. Camélia terminou de secar o cabelo e avançou devagar até estar sentada de joelhos ao lado de Ariel, que a observava sem dizer nem indicar nada.—Estou pronto, senhorita Camélia —disse com um sorriso, lembrando-se da primeira noite— limpo para você. Pode começar quando quiser, e para sua informação, não sou virgem.Camélia ficou observando seriamente seu chefe sorridente. Semicerrou os olhos tentando lembrar de tudo o que havia acontecido naquele dia. Ficou de pé na cama, deixou cair seu roupão ficando completamente nua, só que desta vez, Ariel Rhys, de sua posição, pôde notar a depilaç
Ariel ficou olhando para Camélia e ela lhe pareceu a mulher mais encantadora e inocente que já havia conhecido em sua vida. Pouco faltou para subir e abraçá-la para protegê-la dele mesmo. Mas sabia que se fizesse isso, a perderia para sempre. Ela não voltaria a aceitar estar com ele dessa maneira. Por isso, persiste em ensiná-la para que lhe pagasse o favor, e com voz suave, quase carinhosa, disse de maneira condescendente.—Vou te ajudar, mas esta parte não está incluída no favor, quando eu dirijo você não pode contar. Tudo bem? —tem que esconder o rosto para que ela não veja o sorriso de satisfação nele.—Mas senhor... —protestou Camélia sentindo que cada vez mais caía em uma teia que seu chefe havia feito ao seu r