103. CONTINUAÇÃO

Vira-se ao sentir-se observada, e uma versão mais jovem do seu sogro entra pela porta. Aproxima-se direto até ela, dá-lhe um forte e efusivo abraço sem deixar de rir enquanto a observa.

Não sabe como reagir, sente-se estranha; nunca gostou que estranhos a abraçassem. Mas eles fazem-no com tanto respeito, como se a conhecessem de toda a vida. Não pode negá-lo, esse calor familiar fá-la sentir-se bem.

—Obrigado Camelia, muito obrigado —diz com um largo sorriso o jovem à sua frente—. Não sabes a alegria tão grande que tenho por finalmente o casanova louco do meu irmão mais novo ter caído nas redes de uma mulher.

—Casanova? O que quer dizer com isso, senhor? —Um grande temor apodera-se de Camelia. Sabia que Ariel era mulherengo, mas casanova? Essa palavra pesava demasiado.

—Nada de senhor. Marlon é o meu nome, mas todos me chamam Mano, tu também o farás —pede com um sorriso que se desvanece para perguntar—. E porque me perguntas isso? Por acaso não és deste país? Não sabes o que dizem do
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