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O Equívoco do Ceo
O Equívoco do Ceo
Por: Tatiane B Simões
Cap 1. O começo do meu pesadelo.

Luna, uma jovem brasileira de apenas 18 anos de idade, é determinada e forte e não mede esforços para realizar seu sonho de ser modelo. Ela deixou tudo para trás e partiu em busca de reconhecimento e sucesso. Criada em um orfanato após ter sido abandonada por sua mãe, Luna enfrentou muitos desafios ao longo de sua vida.

Ao chegar nos Estados Unidos, na cidade de Los Angeles, Califórnia, Luna descobre que foi enganada por Vivian, uma mulher cruel e ardilosa. Vivian é responsável por trazer Luna e outras jovens para trabalhar em uma boate, prometendo transformá-las em grandes modelos de sucesso.

Ao descerem do carro, Luna e as outras jovens se deparam com a sombria atmosfera interna da boate, situada no centro dos Estados Unidos. As luzes coloridas piscam freneticamente, e o som alto da música eletrônica preenche o ambiente.

— O que está acontecendo aqui? Isso não é uma agência de modelos, é uma boate!— Luna fala confusa.

— Oh, querida Luna, acredito que tenha havido um pequeno mal-entendido. Essa é exatamente a "agência" para a qual eu te trouxe.— Vivian fala maliciosamente.

— O que? Me diz que isso é mentira...— Luna fala segurando as lágrimas abraça em uma das meninas que também acreditou nas mentiras dela.

— Oh minha doce ruivinha, você achou mesmo que iríamos trazer vocês para ser modelos?

— Como você pôde fazer isso comigo? Eu confiei em você, Vivian!

Vivian fica de frente para a Luna a enfrentando de forma ameaçadora.

— A confiança é uma coisa engraçada, querida. Ela pode te derrubar sem que você perceba. E na minha linha de trabalho, a confiança... bem, ela não existe.

As sete meninas se abraçam fortemente, todas desesperadas por saber que agora essa será a realidade que as aguarda.

— Luna, eu também fui enganada por ela. Ela nos trouxe aqui para trabalhar como... prostitutas. — Cassidy fala cabisbaixa.— Cheguei acreditando que poderia mudar a vida da minha família e tudo que consegui foi envergonhar minha mãe, colocando a vida da minha família inteira em perigo.

— Isso não pode ser verdade. Eu vim aqui para seguir meus sonhos, não para isso!

Vivian agarra o braço de Luna com força fazendo ela gemer de dor.

— A vida é cruel, minha querida. E você não é exceção. Agora, vamos. Você precisa se preparar para o seu primeiro número.

O palco da boate, esta iluminado por luzes vermelhas e azuis. Luna está vestida de forma exagerada e vulgar, enquanto as outras garotas dançam ao seu redor.

Chorando silenciosamente, Luna murmura para si mesma ainda sem acreditar em como sua vida inteira foi um verdadeiro pesadelo e quando ela enfim achou que iria começar a ser feliz, é enganada covardemente.

— Eu não acredito que isso está acontecendo comigo...

Vivian que estava observando Luna de longe sobe ao palco, andando lentamente com um sorriso malicioso.

— Todos os olhos estão em você, Luna. Você é a nova estrela desta boate. Dance... e faça como eu mando. Não percebeu? Você é a única Ruiva e virgem no meio de tantas mulheres.— Luna com os olhos embaçados pelas lágrimas olha em volta e constata o que ela disse.— Você nasceu para brilhar querida Luna.

— Eu não posso fazer isso...— Ela fala se abraçando na tentativa insana de cobrir seu corpo.

— Oh, você pode, e vai...— Vivian fala com um tom ameaçador.— Faz o que estou mandando, ou as consequências serão muito graves.

Luna sem saída abaixa a cabeça e começa a dançar mesmo relutantemente. Até que seu corpo se pedrifica no lugar quando ela vê que uma jovem aparentemente 18 anos, é trazida ao palco por alguns homens.

— O que eles vão fazer com ela?— ela fala horrorizada vendo os homens arrastando ela com brutalidade.

— Eu já vi isso antes. Acredite em mim, Luna, nós precisamos fazer exatamente o que ela nos diz.— Cassidy fala num sussurro.

— Vejam bem, queridas.— Vivian fala com um olhar sádico.— Se uma de vocês me desobedecer, pode ser que algo desagradável aconteça, como estão prestes a testemunhar.

Os homens começam a agredir a jovem, que mal tinha forças para se defender, e, para o choque de todas, Vivian tira uma arma de sua bolsa e atira nela, sem hesitar.

— Oh, meu Deus!— Luna grita desesperada. Como suas forças estivessem deixado seu corpo ela cai de joelho chorando.

— Ela... ela matou aquela garota!— Cassidy fala horrorizada, ela viu de tudo nesse lugar, menos alguém sendo morta na sua frente.

Vivian levanta Luna agarrando ela com força pelos braços, seu olhar é pura maldade e crueldade.

— E você será a próxima, se não fizer tudo o que eu mandar. Agora dance, minha querida, dance como se sua vida dependesse disso. Porque talvez, apenas talvez, ela realmente dependa.

— Por quê está fazendo isso conosco?

— Eu quero dinheiro Luna e vocês irão trazer muitos dólares para minha conta bancária.— Vivian fala rindo, logo ela estreita os olhos e segura no queixo dela.— Tive uma brilhante ideia, a vida dessas meninas estará em suas mãos, então se não quiser ver ninguém morrer, trate de remexer essa bunda gostosa e dançar.

Enquanto Luna é forçada a continuar dançando, a adrenalina e o medo se misturam dentro dela. Ela percebe que a sua luta para escapar dessa terrível armadilha acaba de se intensificar.

Depois daquela tortura psicológica as meninas são levadas a um barracão, Luna se encontrava sentada no chão frio, com os olhos fixos no vazio. A tortura psicológica que haviam lhe feito presenciar havia quebrado seu espírito, deixando-a sem vontade de falar ou reagir. Ao seu redor, diversas outras garotas estavam na mesma condição, vítimas deste terrível pesadelo.

O lugar era assustador. O barracão era escuro e úmido, com um odor desagradável de descaso e desespero. As meninas ali presentes tinham diferentes aparências e histórias, mas todas compartilhavam da mesma triste situação de escravidão e abuso. Todos os dias, eram obrigadas a dançar para homens cruéis e perversos, que as viam apenas como objetos descartáveis.

Os homens gritavam palavras sujas e obscenas, cometendo abusos contra as meninas, como se estivessem em um leilão de carne e a mais macia seria deles. Luna podia sentir o desespero de todas elas que, como ela, tinham sido reduzidas a meros corpos sem voz. O gosto amargo de impotência doía em sua alma.

No momento em que Luna pensava que não poderia suportar mais aquele inferno, seus olhos se fixaram em Vivian, ela segurava uma arma e pressionava o cano contra a cabeça de uma das garotas. Luna não podia suportar a ideia de ver mais uma vida ser ceifada diante de seus olhos.

Sem escolha, Luna se levantou da cadeira que tinha no palco para performance da dança e, apesar do nojo que sentia de si mesma e da situação na qual estava envolvida, começou a se mover timidamente. Ela dançava desajeitadamente, com movimentos sensuais, esperando que aquilo satisfizesse a sede de violência dos homens à sua volta.

Enquanto dançava, Luna sentia um misto de revolta e desespero. Sentia-se suja, explorada e traída, mas também percebia que aquela era a única maneira de evitar mais derramamento de sangue. Ela fazia um sacrifício por suas companheiras, mas carregava em sua mente e em seu corpo a marca daquela vergonha. O nojo que sentia de si mesma só aumentava.

A cada batida da música, Luna sentia o peso de sua própria consciência, lutando para que a voz de sua alma fosse ouvida. Ela prometeu a si mesma que, um dia, elas seriam livres. Um dia, todas aquelas meninas teriam a sua liberdade de volta. Era isso que as mantinha vivas, mesmo que por enquanto estivessem presas em um horrível ciclo de dor e sofrimento.

Enquanto os homens comemoravam e aplaudiam sua dança, Luna olhava para Vivian, uma mistura de medo e raiva em seu olhar. Vivian é sombria e sádica, a maldade está estampada no seu rosto, ela só demorou para enxergar. Luna se questionava como alguém poderia causar tanta dor e ainda assim manter conseguir dormir a noite.

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