Depois que Luna saiu do apartamento, Luna começou a perambular pelas ruas, vestida com uma calça legg preta e uma camiseta cinza, nos pés um tênis surrado, mas era melhor que as roupas que era obrigada usar na boate.
Depois de horas caminhando ela se cansou, sentou em um canto escuro de uma movimentada rua da cidade.— Meu Deus me ajuda.Ela falava baixinho para si mesma, pedindo comida em um idioma que ninguém entendia. As pessoas passavam por ela, indiferentes, sem sequer notar sua presença.O estômago de Luna roncava alto, mas ninguém parecia se importar. Ela sabia algumas palavras naquele idioma, mas todas elas estavam relacionadas a dinheiro. Ela tentava repetir as palavras que Vivian, havia ensinado, mas era em vão. As pessoas ao seu redor a olhavam com confusão e desinteresse.Luna lembrava da época em que morava no orfanato, onde as coisas eram mais fáceis. Mas agora, depois de sair de lá, a vida se tornara cruel. Ser uma brasileira sem documentos, sem falar a língua e sem ter ninguém para ajudá-la era um verdadeiro inferno. Os mêses foram passando e tudo foi ficando um caos.Seu passado havia sido de luta constante, mas nada se comparava com aqueles nove meses morando na rua, sem dúvidas foram os mais difíceis de todos. Ela dependia da generosidade de estranhos para se alimentar, comendo o que lhe era oferecido ou encontrando comida no lixo.A humilhação que sofria constantemente a matava, o mal cheiro que inalava do seu corpo a destruía. Seu cabelo que era tão lindo hoje está todo sujo, embaraçado, sua pele clara coberta de terra e sujeira faz um com que as pessoas tivessem medo dela.Um dia, durante a noite, Luna teve seu único par de tênis roubado enquanto dormia. Sentada na calçada fria, ela acariciou os pés descalços e machucados. Lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto sujo. Ela se sentia completamente sozinha e desesperada.Luna suspirou, sentindo a impotência tomar conta de si. Ela estava perdida no meio de uma multidão, numa terra estranha, sem esperança de encontrar um lugar para chamar de lar. Com nojo de si própria sua vida era somente chorar.Luna estava vagando pelas ruas escuras, sua barriga doia pela fome que a consumia, ela para na frente de um luxuoso restaurante, as pessoas sorriam, felizes com suas famílias, ela senta na calça esperando as sobras serem jogadas, até que uma jovem, seu nome é Kimberley, ela é uma modelo famosa de Los Angeles, assim que coloca os olhos em Luna ela sente um aperto no peito. Olhando em volta, percebe o quanto está lotado o restaurante. Levanta elegantemente e caminha ate fora do local e se aproxima de Luna.— Vem comigo.— Kimberley fala com a voz doce, estendendo as mãos, Luna se encolhe de medo, pois já sofreu de tudo nas ruas e ver uma mulher tão rica estendendo as mãos para ela causou medo.— Eu não vou te machucar, vem, vou te dar algo para comer.— Luna se emociona com o que ouviu, essa seria a primeira refeição decente em mêses.Luna hesita por um momento, olhando para as mãos estendidas de Kimberley. Seus olhos brilham de admiração, mas também há um medo profundo enraizado em sua expressão cansada. Ela não está acostumada com gestos gentis e generosos.O garçom observa a cena do lado de dentro do restaurante, seus olhos cheios de julgamento e desdém. Ele se aproxima lentamente, erguendo a mão para impedir Luna de entrar. Mas antes que suas palavras de repreensão possam sair, Kimberley se coloca em sua frente, olhando para ele com um olhar intenso.— Tudo bem eu saio da frente do restaurante.— Luna fala baixinho, quase sem forças para pronunciar as palavras. Ela não precisava ouvir o que ele tinha para dizer, para saber que não era bem vinda.— Desculpe-me, senhor. Este é um momento privado. — diz Kimberley, sua voz calma e suave, mas firme. — Essa jovem está comigo, e eu gostaria que você respeitasse minha escolha de convida-la. Mas se ela não puder comer comigo, irei em outro restaurante.O garçom, surpreso pela atitude de Kimberley, dá um passo para trás, claramente desconfortável com a situação. Ele balança a cabeça com desaprovação, mas não ousa dizer nada. Ele retornar ao interior do restaurante, deixando-as em paz.Luna fica impressionada com a coragem de Kimberley em protegê-la. Lentamente, ela estende a mão trêmula e segura a mão da jovem modelo. Sentindo a gentileza e a força em seu toque, Luna toma coragem e se levanta, mas sua caminhada é desajeitada e lenta devido à fome extrema e à exaustão.Guiada pela segurança oferecida por Kimberley, elas sentam, a jovem modelo pede tudo que Luna olhava para as outras mesas e pela primeira vez ela come sem medo, sem ser restos de alguém, Luna sente o cheiro delicioso da comida que é trazida para elas. Seus olhos brilham com gratidão enquanto ela devora cada garfada, finalmente saciando o vazio em seu estômago. Os clientes do restaurante começam a se incomodar com o mal cheiro que vinha dela, mas Kimberley não se importou, ela olhava com admiração a beleza escondida por trás da jovem.As duas, conversam por longos minutos, enquanto Luna come, Kimberley compartilha sua história de vida, suas lutas e suas conquistas. Luna ouve atentamente, maravilhada com a determinação e a força de vontade de Kimberley, que conseguiu conquistar tanto apesar das adversidades.— Obrigada senhora. Eu nunca poderei te agradecer como se deve.— Luna fala satisfeita.Já fora do restaurante, Luna se despede e anda lentamente, seus pés estavam cortados pelo tempo que anda descalça. Mas a voz que soa atrás dela a faz parar.— Venha morar comigo na minha casa, te dou um teto seguro, comida, roupas limpas em troca de sua companhia.Luna vira sem acreditar no que está ouvindo, será verdade tudo isso? Ou é mais alguém querendo se aproveitar da sua ingenuidade.— Senhora, agradeço por me alimentar, mas não posso aceitar.— Por favor Luna, eu não tenho ninguém e não sei por que, eu vi que em você posso confiar minha vida.— Kimberley fala com sinceridade.— Eu não sei... não me sentiria confortável em receber somente por fazer companhia.— Então trabalhe pra mim, meu apartamento é grande e eu não confio ninguém para cuidar dele.— Trabalhar... é tudo que eu mais preciso. Mas troco o dinheiro que diz que vai me pagar, pelas demais alternativas, eu só preciso de um lugar para ficar. Morar nas ruas é cruel.— Combinado.— Kimberley com um sorriso no rosto estende a mão para selar seu acordo.Luna olhava em volta do espaçoso apartamento de Kimberley. As paredes estavam decoradas com fotografias e pinturas coloridas, proporcionando uma sensação acolhedora, mas mesmo assim, a desconfiança persistia em sua mente. Ela sabia que precisava tentar confiar em alguém, mas o medo de ser usada novamente a assombrava.Enquanto Kimberley entrava no banheiro e ligava o registro, Luna avaliava cada detalhe do ambiente. Ela percebia que a mulher parecia genuinamente preocupada com seu bem-estar, mas a cicatriz recente das traições passadas não podia ser ignorada.A água começou a correr, preenchendo a banheira lentamente, Kimberley colocou vários sais de banho que perfumava o ambiente . Luna estremeceu por dentro, mas decidiu confiar em sua intuição. Ela tirou as roupas sujas e velhas, sentando-se cuidadosamente na água cristalina que logo ficou turva pela sujeira acumulada em seu corpo.Kimberley que havia saído do banheiro, entrou novamente, carregando uma esponja macia e um sabonete suave. Sentou na beira da banheiro e lentamente começou a esfregar cuidadosamente as costas e o rosto de Luna, lavando seus longos cabelos emaranhados com dedicação e paciência. Seus movimentos eram delicados, como se ela soubesse que a confiança da ruiva estava incrivelmente frágil.Luna se sentia constrangida por receber tanta atenção e cuidado de alguém que mal conhecia, mas algo na expressão afetuosa de Kimberley a fazia ficar em silêncio. Era como se a água suja estivesse levando consigo todas as mágoas e desconfianças do passado. Com toda sujeira fora do seu corpo, revelando uma beleza e delicadeza sem igual.— Você é linda Luna, te garanto que nunca mais voltará a viver de forma tão miserável.Enquanto a água escorria pelo ralo, levando consigo a sujeira acumulada, Luna olhou para Kimberley e finalmente encontrou coragem para falar.— Eu não sei como agradecer por tudo isso. Meus últimos encontros com pessoas desconhecidas não foram nada agradáveis.— Sua voz estava repleta de vulnerabilidade e gratidão.Kimberley sorriu gentilmente, passando uma toalha macia no corpo de Luna para secá-la.— Não precisam agradecer, Luna. Eu entendo que você passou por momentos difíceis, mas eu prometo que estou aqui para ajudar. Acredite em mim quando digo que não estou te usando.As palavras de Kimberley ressoaram nos ouvidos de Luna. Ela pensou nas ações da jovem, nos cuidados que ela lhe proporcionava, e aos poucos, percebeu que talvez estivesse julgando-a injustamente.Enquanto Kimberley penteava os cabelos de Luna com delicadeza, a jovem decidiu dar um passo adiante.— Você está certa. Eu não posso continuar a julgar todos com base nas ações de algumas pessoas. É hora de deixar meu passado para trás e me abrir para novas possibilidades.Kimberley sorriu, feliz em ver Luna recuperando sua fé nas pessoas. Ela sabia que a reconstrução da confiança era um processo delicado, mas estava disposta a estar presente em cada passo.—Eu estou aqui para te apoiar, Luna. Juntos, vamos superar tudo de ruim que já te aconteceu e construir um futuro melhor.— ela fala entregando peças de roupas quentes e confortável.Luna sorriu timidamente, sentindo uma nova esperança florescer dentro de si. No calor do apartamento, ela abraçou Kimberley com gratidão, permitindo-se acreditar que, talvez, dessa vez, a bondade e o cuidado pudessem vencer sobre o passado sombrio que a assombrava.E assim, uma amizade improvável nasce entre duas mulheres de mundos tão distintos. Uma amizade que mudaria para sempre a vida de Luna, abrindo seu coração para novas possibilidades e ajudando-a a encontrar a força dentro de si mesma para lutar por uma vida melhor. E tudo começou naquela noite, na escuridão das ruas, quando um encontro inesperado trouxe luz e esperança para a vida de Luna.Luna tinha encontrado em Kimberley não apenas um lar, mas também uma esperança para sua vida. Com um lugar para morar, roupas para vestir e comida na mesa, ela finalmente podia respirar aliviada. Mesmo que Kimberley não a deixasse gastar seu próprio dinheiro, salário que Luna não queria aceitar, mas acabou se rendendo com as insistência de Kimberley. Ela era grata por todas as oportunidades que lhe eram proporcionadas. Enquanto trabalhava incansavelmente, Luna se comprometeu a economizar cada centavo que pudesse. Afinal, aquele salário era muito mais do que ela jamais imaginara ter. Com o dinheiro guardado, ela decidiu investir em cursos e aulas para aprimorar suas habilidades, aprendeu vários idiomas, até mesmo falar em libras. Depois de um tempo, Luna conseguiu encontrar um emprego como secretária em uma empresa de modelos. Embora estivesse insegura sobre suas capacidades, ela estava determinada a se provar e construir uma vida melhor para si mesma, Luna ficava encantada com o glam
Luna está atrás do balcão do barzinho, servindo alguns clientes. Desde que ela saiu do escritório, começou a trabalhar num charmoso barzinho. Ela observa a movimentação das pessoas, algumas bem-educadas, outras nem tanto.— Ah, como eu adoraria derramar uma bandeja cheia de bebidas na cabeça dessas criaturas mal-educadas. — Ela resmunga quando uma cliente que se acha melhor que os funcionários a destrata.— Mas, preciso desse emprego... se controla Luna.Caty se aproxima de Luna, sorrindo percebendo sua feição de frustração.— E aí, Luna? Hoje está lotado, né? Muita gente fina por aqui.— É verdade, tem de tudo um pouco. Uns super educados e outros que me dão vontade de sair chutando a bunda até lá fora.— Eu sei do que você está falando.— ela sorri.— Mas tem um cliente aqui que percebi que chama bastante a sua atenção, não é mesmo?— Oh. Sim...— Luna fala olhando em direção da mesa que ele está sentado.— Ele vem diariamente aqui, sempre o mesmo horario, confesso que não consigo negar
Chegando no apartamento da Kimberley, Luna acende as luzes e percebe imediatamente a bagunça ao seu redor. Kimberley, como supermodelo famosa, sempre foi desorganizada, mas dessa vez ela se superou. Sutiãs pendurados nas maçanetas da porta, toalhas jogadas no sofá e uma poça de leite derramado no balcão. Luna ri consigo mesma, pensando que a vida nunca é entediante quando se divide um apartamento com uma celebridade.Enquanto limpa o apartamento, Luna sente um misto de gratidão e amor pela sua amiga. Se não fosse por Kimberley, ela ainda estaria vagando pelas ruas frias e imensas da cidade. Kim a acolheu sem julgamentos, mesmo quando ela estava com o cabelo embaraçado, roupas sujas e pés descalços.Após um banho revigorante, Luna veste uma roupa confortável e está na cozinha preparando um sanduíche quando seu telefone toca. É Kimberley, ligando com uma notícia que ela sempre esperou.— Amiga do céu, tem uma vaga de secretária aberta na agência onde eu trabalho. A entrevista é amanhã e
Lorenzo Gustaman observava aquela cena revoltante, as palavras ecoavam em seus ouvidos como se fossem tapas desferidos um atrás do outro.Lorenzo está sentado na mesa do seu escritório, ele é todo de vidro preto, de fora ninguém o vê, já ele consegue observar tudo que está acontecendo, ele ve que sua mãe foi parada por uma das candidatas, ela joga o lixo no chão e faz sua mãe pegar.— Que porra é essa. — Ele fala socando a mesa.Poucos passos de distância ele observa uma ruiva rindo e acredita que ela está tirando sarro da situação, ele já havia observado ela quando chegou, e achou que as duas estavam juntas. Pesquisa rapidamente as informações delas pelo notebook. Em seguida ele levanta e vai até elas.De punhos fechados ele caminha em passos firmes e largos, ainda ouvindo a gargalhada da ruiva.— Maldita, ela está rindo da minha mãe, mas isso não vai ficar assim. Você me paga ruiva.Noemi e tudo para Lorenzo, ele viu sua mãe conquistar o império que tem hoje com muito esforço e lut
Luna sai da agência pensativa e confusa, pensando o que foi que fez de errado, ela acha que a primeira impressão que Lorenzo teve dela não foi as das melhores. Ela começa a trabalhar na segunda feira. Mesmo com receio, ela decidiu ir no barzinho pedir mais uma oportunidade.— Senhor, posso falar com você por um momento?— o dono do bar olha em direção a Luna e a olha curioso.— Eu não quero desistir do trabalho, só gostaria de pedir para mudar meu horário. Será que poderíamos conversar sobre isso?— Humm. O que exatamente você quer mudar no seu horário? Estou meio ocupado agora...— Eu entendo que possa parecer repentino, mas gostaria de trabalhar à noite. Assim, eu poderia ter duas ocupações, dois empregos. Acredite, sou muito dedicada e estou disposta a dar o meu melhor. O senhor sabe da minha competência e também, ouvi sua conversa com o garçom... e sei que precisa de mais garçonetes no horário noturno.— Bem, Luna, voce está certa, realmente preciso de mais funcionárias. Vou te dar
Terminando enfim de limpar o bar, Luna caminha em direção ao apartamento da Kim a pé, esse horário não tem ninguém na rua, muito menos taxi ou ônibus. Do bar ao apartamento leva duas horas andando. — Haja sola de sapato.— ela brinca.— Vamos lá Luna, coragem, não tem ninguém na rua, não precisa ter medo.— Ela fala com sigo mesmo.Luna coloca os seus fone de ouvido e vai ouvindo música, mesmo com medo a música sempre a acalma. Estava tudo tranquilo quando ela sente que tem alguém a seguindo.— Meu Deus.— ela pega o celular e manda uma mensagem para Kimberley. Amiga... estou com tanto medo que acho que minha alma saiu do meu corpo e foi embora na frente. — Ela envia sem nem ler a mensagem direito e apressa os passos. Guardando o celular na bolsa ela a segura com firmeza, acelera ainda mais seus passos andando mais rápido que consegue. Quando enfim toma coragem de ver quem está no carro atrás dela, Luna para abruptamente e encara o homem dentro dele com raiva.— Céus Lorenzo! O que tem
Domingo à noite retornei para o bar, o movimento estava agitado como todos os domingos são. Atendi algumas pessoas, só para dar uma forcinha para minhas colegas de trabalho, mas hoje eu ia ficar somente atrás do balcão servindo bebidas, até que observo entrando pela porta principal, o dono do meu coração, ele está lindo com seu sorriso perfeito, a sua camisa desabotuada, mostrando seu peitoral perfeito. Desvio meu olhar e percebo que Lorenzo está acompanhado com a mesma loira das noites passadas. Quando percebo que ele está vindo no balcão eu saio e deixo o dono atender ele, fico de costas arrumando as bebidas, e torcendo para que ele não me reconheça.— Ei, moça, pode me preparar um drink?— a loira fala chamando minha atenção.— Acabamos de chegar, Jasmin, já vai se embebedar?— Lorenzo fala rindo.— Claro gatinho, é você que vai pagar! Tenho que aproveitar.— Ela fala alto ,como se fosse um troféu estar com ele. Bom, tenho que concordar, Lorenzo é um homem cobiçado, não só pelo dinhei
Ele me encara como se me desafiasse, seus olhos se estreitam e por um segundo percebo que um meio sorriso se forma, mas logo ele fecha a cara.— Se quiser posso rasgar o contrato agora mesmo! Tenho certeza que encontro alguém para fazer esse trabalho melhor que você!— Olha...— Fico em silêncio e brigo comigo mentalmente para que não continue a falar.— Tudo bem, só não te dou a resposta que você merece, pois preciso desse emprego, agora mais que nunca!— Sei! Conta outra, eu vi o seu apartamento, não me venha se fazer de pobre coitada, que está sofrendo e precisa de dinheiro para viver, você é muito superficial.— Com licença.Saio da sala com os olhos cheio de lágrimas, detesto que não consiga expressar a minha opinião, como se aqui eu nunca vou ter voz, ele sempre me acusa de coisas que não fiz e isso é frustrante, olha que é só o meu primeiro dia, nem quero saber o que estar por vir. Respiro fundo e vou guardar o carrinho de limpeza. Passo pela Silvia apressada e sou parada por ela