— Henry, acorde! — Murmurava uma voz doce e calma. Ou, ao menos, se forçava a ser calma. — Henry... — Repetiu, porém, o garoto estava tão profundo em seus sonhos que parecia quase não ouvir. Pensava ser uma personagem de sua imaginação que aparecera repentinamente ali, mas ela foi tomando uma forma diferente.
Não sabia por que estava em Paris neste momento. No começo não desconfiou que era um sonho, mas é claro que descobriria o que realmente era. A voz que ouvia vinha do c&ea
Henry estava caminhando. Sem rumo, até porque o corredor por onde passava era escuro à frente e ia iluminando à medida que passava por ele. Não via um fim e quando decidia voltar o caminho, observava uma parede em suas costas. Não tinha uma saída. Agora do outro lado também tinha uma parede o prendendo em três metros quadrados.Tateava as superfícies buscando saída, mas nada. Nenhuma porta a não ser... A que apareceu de repente.
O único despertador que havia ali era o navio buzinando em seus ouvidos fazendo com que caíssem da cama, levantassem assustados ou saltassem com corações acelerados. Mesmo que fosse chato, pareciam ter em mente que conseguiriam suportar aquilo até se acostumarem e acabar não sendo um problema mais... E, por enquanto, ainda era um barulho vindo diretamente do inferno.Mikael levantou rapidamente e subiu para o gramado. A piscina descoberta deixava a sensação real de natureza tomar o lugar e o cheiro purificante do
Quando a noite chegava, sempre estavam nas ruas os soldados (ou mercenários) que vigiavam por toda parte, armados até os dentes. Mikael ainda pensava em como, ou baseado em qual tipo de pesquisa, aquela criação que Bianca havia mencionado, poderia funcionar e usar tanto água como eletricidade com uma carga poderosa ao seu favor. Mesmo com coisas entupindo sua mente, ainda se perguntava sobre estas que despertavam sua curiosidade.Os olhos alaranjados do rapaz percorriam, de hora em hora, o relógio e a janela, on
Dustin ouvia vozes em algum lugar. Tudo era apenas vazio em sua volta, uma escuridão infinita coberta por uma densa fumaça, e temia qualquer coisa que pudesse haver fora dali, onde estava protegido; a neblina não o tocava, apenas o rodeava.Mais vozes apareceram e sumiram em segundos, vinham e iam como sussurros tão baixos que não tinha certeza do que diziam.
—Acordem! — Ordenou Bia aos últimos que ainda dormiam.— Você dormiu aqui então? — Perguntou Mikael, acordado desde a noite passada.— Sim. Acho que você me viu chegando, não viu? Seria mais seguro se ficássemos todos juntos.
O vento batia em seu corpo, conforme avançava na queda contra o que seria ainda desconhecido, mas se continuasse caindo daquele jeito a morte seria mais do que certa. As ferramentas que caíam eram inúteis naquela situação. Facas pequenas, peças, garrafa de água com alumínio e, no máximo, o que teria ali de interessante contra inimigos eram a pistola e, para aquela área, uma lanterna que já estava no fundo do “abismo”.
Já iriam chegar com mais reforços. Os que estavam na cidade estavam por lá ainda, nenhum veículo havia se aproximado. Os reforços que estavam a caminho eram as patrulhas da floresta nevada.— Vamos, ajudem! Abram as janelas! — Mandou Thrim apontando para as vidraças da parede. Abriu uma delas vendo a muralha próxima. — Um bom salto e conseguimos chegar ao muro. — Disse coçando a barba rala.
Mytra acordou com a visão turva. Levou alguns segundos, após coçar os olhos com as mãos para conseguir ver com clareza, tateou com as mãos o chão ao seu lado pensando que deveria ter algo lá, que uma coisa havia sumido.— Bia. — Levantou-se assustada por ela não estar mais ao seu lado. Na verdade, em nenhum lugar ali dentro onde poderia enxergar.
Último capítulo