NinaImpossível de acreditar! Logo na minha primeira vez isso acontece? Penso quando percebo dois carros da polícia bloqueando a passagem do caminhão de pequeno porte. A pior parte é que estamos em uma estrada estreita de via única e não tem como escapar. Meu coração gela com a possibilidade de entrar em uma delegacia ainda mais com a acusação de contrabando. Agora me diga onde você estava com a cabeça, Nina? Merda, esse não é o momento para arrependimentos, você escolheu esse caminho e agora precisa trilhá-lo.— Pare o caminhão — peço de repente.— O que, ficou maluca?— Para a porra do caminhão e desce. Você precisa avisar para o Thor o que aconteceu.— Mas senhora...— Não discute comigo, merda! Melhor eles pegarem um de nós do que ferrar com os dois. Agora desce e avisa para o Thor.— Está bem. — O garoto franzino desce apressado e se embrenha no meio do mato alto de beira de estrada, enquanto os homens se aproximam com as suas lanternas. O suor frio começa a escorrer pela minha t
NinaNo dia seguinte...Me privei do sono, simplesmente assisti o dia clarear através de uma janela estreita com grades roliças. Estou tão cansada e confesso que até sonhei acordada com um banho quente e uma cama macia. Não sei dizer exatamente que horas são e não tenho forças de sair dessa cama estreita e dura. Em algum momento os meus olhos começam a pesar e eu me deixo levar pela sensação de sonolência. Contudo, o barulho da chave pesada na fechadura grosseira da cela me avisa que o meu sossego acabou.— Levante-se, o delegado quer falar com você. — O policial ordena praticamente me arrastando para fora da cama e logo seguimos pelo largo corredor.— Bom dia, princesa! Como foi a sua estadia no nosso hotel cinco estrelas? — O babaca filho da puta questiona. Xingo mentalmente enquanto sou algemada a pequena mesa. — Espero que a noite passada a tenha feito refletir melhor sobre as suas condições e claro, sobre as opções.— Estou com sede — resmungo ignorando os seus comentários escrot
Nina— Porque tudo aquilo foi um teste, Nina. — Franzo o cenho.— Um... teste? — Ele balança a cabeça outra vez. Eu devia estar puta com ele. Como assim, tudo não passou de um teste?! Mas a verdade, é que eu sei. Ele quis me testar, saber se sou digna de sua confiança. No entanto, a pergunta é, ele confia em mim agora? E o quanto ele confia?— Estou orgulhoso de você, Nina.— Está? — Seus dedos agora resvalam pelos meus cabelos e seus olhos brilham com uma intensidade linda.— Muito, muito orgulhoso. Você foi firme, não demonstrou fraqueza em nenhum momento e principalmente, não entregou a corporação. Estou impressionado com a sua força — sussurra perto do meu rosto. — Eu senti a sua falta! — Meu coração falha uma batida e logo a sua boca está na minha. Levo uma mão ao seu rosto e sinto a sua aspereza na minha pele. Contudo, estou ávida e o puxo mais para mim, aprofundando o nosso beijo. Saudades, eu senti a sua falta também. Constato e monto no seu colo. Thor me aperta nos seus braço
Nina— Sabe o que eu penso? — Ela revira os olhos e bebe um gole grande da sua bebida.— Não me interessa... — Ela pensa em sair, mas eu continuo.— Que você o queria, sonhou a cada minuto em estar no meu lugar, mas tudo foi por água abaixo quando ele fechou um acordo com os Guerra. — Sorrio com deboche. — Ele podia me negligenciar, simplesmente fingir que eu não existia, mas não, ele me escolheu.— Não se gloria muito não. Porque você não passa de acordo entre gigantes, garota. Ver se não sonha tão alto. A caso já se perguntou por que o teu irmão te vendeu como uma reles mercadoria? — Meu sangue ferve. — Não, né? Devia perguntar pra ele. — Ela aponta para a entrada da casa e vejo Darlan, e Lolita Guerra entrarem de braços dados.— Um aviso, Isis. — Torno a olhá-la nos olhos. — Não toque no que é meu, porque eu posso estar entrando para esse mundo agora, mas sei exatamente o poder que tenho nas mãos agora e não hesitarei em deixá-la na lama. — Seu ar superior desaba no mesmo instante
NinaDeslizo uma mão pela calça pantalona bege de cintura alta e analiso a blusa preta sem mangas e de gola também alta, fazendo um belo conjunto com os saltos altos. Hoje é o meu primeiro dia de trabalho de verdade e estou nervosa com isso. A minha função é negociar, vender para homens poderosos ou para traficantes odiosos. Aqueles que se vestem bonitinhos, tem pinta de bom moço, mas por dentro são uns demônios. Ossos do ofício, a final, eles precisam ser temidos. Enfim, eu só preciso me sentar em uma mesa redonda, fingir beber alguns drinks e conversar. Contudo, preciso ter uma determinação e pulso firme também, não posso me esquecer de olhar nos olhos e de ter uma resposta convincente para todas as suas perguntas. É isso, estou pronta. A porta do banheiro se abre e o meu marido sai de dentro dele enrolado em uma toalha, e imediatamente me pego devorando o seu corpo úmido apenas com os olhos. No entanto, os seus olhos passeiam pelo meu corpo, mas não com aquela fome que eu conheço b
Nina— A propósito, eu me chamo...— Vasiky Maksym, jovem russo, exilado do seu país, que está se estabelecendo aqui no Brasil. É, eu sei exatamente quem você é.— Hum, gosto de mulheres que não deixam espaço para dúvidas. Nós vamos nos dar muito bem, senhorita...— Senhora Nina Ferraz e pode ficar com esse tablete pra você. Considere como uma cortesia do nosso primeiro encontro. — O homem arqueia as sobrancelhas, abrindo um sorriso cheio de charme.— Tem certeza?— Absoluta - falo lhe dando as costas e sigo direto para a saída. Até que foi bem fácil manejar a situação do meu primeiro negócio. Maksym tinha pinta de durão, mas bastou uma mulher bonita demostrar o seu poder e sensualidade que ele sequer lutou.— A senhora foi fantástica! Eu nunca vi alguém colocar o Maksym na palma da mão desse jeito. — O motorista comenta e o rapaz aí lado dele rir. Satisfeita, eu olho pela janela do carro e anseio para ver o meu marido, e contar-lhe as boas novas. Contudo, a minha maior ansiedade é de
Nina— Está mais calma agora? — Meu marido pergunta caindo ao meu lado na cama, porém, enquanto ele fita o teto eu tenho o vislumbre de um peitoral malhado e tatuado, subindo e descendo devido a uma respiração ofegante. Se estou calma? Na verdade, eu estou mole de tanto prazer e pensando que se a ideia dele for acalmar as minhas tempestades com sexo, essa ideia será muito bem-vinda. Contudo, eu preciso de uma explicação e ele deve ter uma, certo?— Para o seu governo, nós brigamos feio. — Ele diz e me olha. — Eu disse para Isis que estou gostando de você e parece que ela não gostou muito de saber isso.— Você disse isso pra ela? — É claro que eu me interessei e lógico que gostei de saber essa informação. Thor se mexe na cama e fica de frente para mim.— Eu disse. Nina, eu não estava brincando quando falei que estou apaixonado por você. E mesmo sabendo que não sente o mesmo por mim, eu quero que saiba que serei fiel a você e preciso que seja fiel a mim, independente dos seus sentimento
ThorObservo Nina entrar no barzinho de beira de estrada e escolher uma mesa isolada na lateral do prédio. Pensar que ela conhece essa mulher que poderá me levar ao homem que matou o meu pai me faz pensar nas palavras de Isis dentro do escritório da minha casa. Nina tem se mostrado digna de minha confiança em poucos dias. Isso é assustador, mas por algum motivo eu confio plenamente nela. Olho o relógio em meu pulso. Iolanda está atrasada cerca de dez minutos. Contudo, três mesas a frente de Nina e um pouco afastado têm dois homens meus preparados para aborda a senhora sofisticada e trazê-la para o meu carro. Teremos uma conversa bem interessante e eu espero ter a sua colaboração. Entretanto, o meu alvo mesmo é atrair Gutemberg Massari para uma conversa um tanto intensa. Ergo os meus olhos para o retrovisor e fito a minha funcionária trombuda e com os olhos fixos na janela do carro, e me pergunto se ela está atenta no nosso alvo ou apenas na minha mulher. Isso me faz pensar n nossa con