Nina— Está mais calma agora? — Meu marido pergunta caindo ao meu lado na cama, porém, enquanto ele fita o teto eu tenho o vislumbre de um peitoral malhado e tatuado, subindo e descendo devido a uma respiração ofegante. Se estou calma? Na verdade, eu estou mole de tanto prazer e pensando que se a ideia dele for acalmar as minhas tempestades com sexo, essa ideia será muito bem-vinda. Contudo, eu preciso de uma explicação e ele deve ter uma, certo?— Para o seu governo, nós brigamos feio. — Ele diz e me olha. — Eu disse para Isis que estou gostando de você e parece que ela não gostou muito de saber isso.— Você disse isso pra ela? — É claro que eu me interessei e lógico que gostei de saber essa informação. Thor se mexe na cama e fica de frente para mim.— Eu disse. Nina, eu não estava brincando quando falei que estou apaixonado por você. E mesmo sabendo que não sente o mesmo por mim, eu quero que saiba que serei fiel a você e preciso que seja fiel a mim, independente dos seus sentimento
ThorObservo Nina entrar no barzinho de beira de estrada e escolher uma mesa isolada na lateral do prédio. Pensar que ela conhece essa mulher que poderá me levar ao homem que matou o meu pai me faz pensar nas palavras de Isis dentro do escritório da minha casa. Nina tem se mostrado digna de minha confiança em poucos dias. Isso é assustador, mas por algum motivo eu confio plenamente nela. Olho o relógio em meu pulso. Iolanda está atrasada cerca de dez minutos. Contudo, três mesas a frente de Nina e um pouco afastado têm dois homens meus preparados para aborda a senhora sofisticada e trazê-la para o meu carro. Teremos uma conversa bem interessante e eu espero ter a sua colaboração. Entretanto, o meu alvo mesmo é atrair Gutemberg Massari para uma conversa um tanto intensa. Ergo os meus olhos para o retrovisor e fito a minha funcionária trombuda e com os olhos fixos na janela do carro, e me pergunto se ela está atenta no nosso alvo ou apenas na minha mulher. Isso me faz pensar n nossa con
Thor — O que quer que façamos, chefe? — Coloque-a confortavelmente em um dos quartos e avise para Gutenberg que estamos com a esposa dele. Logo ele entrará em contato e me certificarei de marcar um encontro em um dos nossos domínios. — Certo, chefe! — Mais uma coisa. Nenhuma palavra sobre a nossa hóspede, ninguém pode saber onde ela está e não mencione o seu meu nome para ninguém até o dia do encontro. Eu quero olhar na cara daquele filho da puta e perceber as suas emoções ao me ver lá. — Certo, chefe! — Corvo reúne os seus homens e saem da sala. — Alguma notícia sobre o garoto? — Nada, até parece que o desgraçado foi sugado pela terra. — Yang bufa. — Alguém o está escondendo — falo segurando a raiva. — Reúna os olheiros, encontre o rastro do tal Pingo. Ele deve ter deixado alguma pista do seu paradeiro, a final, ele não é o homem invisível! — Certo, chefe! — Thor, se você quiser eu posso falar com a senhora Massari e arrancar as informações de que precisa. — Isis fala pela p
Nina Vamos falar um pouco de Iolanda Massari. Mulher extremamente sofisticada, um poço de educação, fala três idiomas e é casada com um multimilionário. Nos conhecemos em uma dessas festas da alta sociedade. Eu estava frustrada por participar daquela palhaçada e ela irritada com o possessivo ciúme do marido. Nessa mesma noite nos entrosamos muito bem e passamos a marcar encontros na praia, em piqueniques... ou seja, sempre encontros sem muita aglomeração de pessoas e meio que sem querer querendo, virei os ouvidos dos seus problemas. Gutemberg Massari é um quarentão bem conservado, sempre bem-vestido e muito poderoso, mas relaxem, seu poder não chega aos rastros de Thor. Contudo, como mencionei no início desse capítulo, ele tem um ciúme possessivo da esposa e isso ofuscou um casamento glorioso que tinha tudo para dar certo. No momento, eles vivem de fachada. Entretanto, esse afastamento não o impede de ser violento com ela sempre que se sente traído. Pronto. Partes apresentadas, vamos
Nina— Eu sou um deles, Iolanda — falo, virando-me para ela. — Na verdade, eu sempre fui. Eu nasci nesse meio, lembra? Só nunca aceitei isso. — Dou de ombros. — Mas agora como ver, parei de lutar contra a minha própria natureza, com um diferencial, eu uso o pouco poder que tenho para ajudar as pessoas que amo e destruir aquelas que querem destruir quem eu amo. — Ela apenas me olha em silêncio e não sei se o que vejo em suas retinas é um brilho de admiração ou de espanto. Não tento decifrá-lo, apenas saio do quarto logo em seguida e assim que abro a porta, encontro Thor em pé no pequeno corredor e encostado na parede.— Como foi? — Em resposta, sorrio amplamente para o meu marido e ele entende retribuindo o meu sorriso. — Eu sabia que conseguiria! — Ele me puxa para os seus braços, me prensa contra a parede e me beija intensamente.***No dia seguinte...Os cavaleiros da távola redonda. Foi assim que apelidei os gerentes de Thor porque eles sempre se reúnem em volta de uma enorme mesa
ThorNunca pensei que o amor deixasse a gente tão bobo. Desde que descobri os meus sentimentos por essa garota tudo dentro de mim está bagunçado. Como agora, eu deveria estar de banho tomado e pronto para me reunir com os meus homens para verificar a finanças, o andamento das bocas, os pagamentos das mulas, os resultados dos cobradores... enfim, eu deveria ir trabalhar, mas ainda estou deitado nessa cama apenas a olhando enquanto dorme. Vale dizer que com esse gesto tão simples, o meu coração está pulando feito um louco dentro do meu peito e quase saindo pela boca, e que por mais que eu repita para mim mesmo que preciso ir e que devo deixá-la dormir, a minha vontade é de acordá-la e de tomá-la para mim outra vez. Suspiro baixinho. Como pode ser tão linda assim? E como pode mexer tanto comigo sem fazer nada exatamente? Uma batida na porta me desperta e com um suspiro frustrado, eu me forço a sair da cama devagar para não a acordar, visto um short e vou abri-la. Contudo, paro na metade
Thor— O que eles querem? — pergunto me aproximando.— Disseram que precisam falar com o senhor.— Ok, eu vou lá.— Nós vamos com o senhor, chefe.— Não, fiquem aqui, eu resolvo isso.— Eu vou com você...— Nina, não! — A corto bruscamente. — Eu não vou deixá-lo sozinho nisso! — Ela rebate baixo, porém, exasperada e eu bufo contrariado, saindo do escritório imediatamente. Por que ela não me obedece ao menos uma vez? Resmungo internamente enquanto caminho com passos firmes pelo corredor.— Senhor Lucas Ferraz, o tão falador Thor? — Um dos homens diz irônico em pé na entrada da minha casa.— O que estão fazendo aqui?— Recebemos uma denúncia de sequestro essa manhã. — Não pude deixar de perceber os olhos do policial percorreu curiosamente pela minha sala de visitas.— Uma denúncia, que merda é essa? Denúncia de que?— Temos um mandado para virar essa sua linda e majestosa casa de cabeça para baixo. — Ele ergue o papel para mim.— Mas que porra é essa, quem fez a droga da denúncia?— O s
Nina— Você e o Thor tem estado mais coladinhos esses dias. — Júlia comenta enquanto colhe algumas flores no jardim. — Estou feliz que o casamento finalmente está dando certo. — Está. — Ela me lança um olhar intrigado.— Não senti firmeza nessa resposta. Não vai me dizer que tudo isso é fachada, Nina?— Pior que não. — Soltou um suspiro baixo e a acompanho ao próximo canteiro de flores.— Pior? Por que pior?— Estou com medo de toda essa intensidade, sabe? — A minha amiga me espera continuar. — Thor realmente está gostando de mim.— E qual o problema nisso? — Dou de ombros.— Eu não sei, me sinto... insegura com isso. Quer dizer, é gostoso, é envolvente e ele é muito dedicado em me agradar. Mas por algum motivo não consigo sentir o mesmo que ele sente por mim.— Sabe que não tem nada de errado nisso, não é? Vocês estão juntos há poucos meses, ainda estão se conhecendo. — Desanimada, eu me afastei um pouco para me sentar em um banco de madeira, debaixo de uma árvore e ela se senta ao