NinaDeslizo uma mão pela calça pantalona bege de cintura alta e analiso a blusa preta sem mangas e de gola também alta, fazendo um belo conjunto com os saltos altos. Hoje é o meu primeiro dia de trabalho de verdade e estou nervosa com isso. A minha função é negociar, vender para homens poderosos ou para traficantes odiosos. Aqueles que se vestem bonitinhos, tem pinta de bom moço, mas por dentro são uns demônios. Ossos do ofício, a final, eles precisam ser temidos. Enfim, eu só preciso me sentar em uma mesa redonda, fingir beber alguns drinks e conversar. Contudo, preciso ter uma determinação e pulso firme também, não posso me esquecer de olhar nos olhos e de ter uma resposta convincente para todas as suas perguntas. É isso, estou pronta. A porta do banheiro se abre e o meu marido sai de dentro dele enrolado em uma toalha, e imediatamente me pego devorando o seu corpo úmido apenas com os olhos. No entanto, os seus olhos passeiam pelo meu corpo, mas não com aquela fome que eu conheço b
Nina— A propósito, eu me chamo...— Vasiky Maksym, jovem russo, exilado do seu país, que está se estabelecendo aqui no Brasil. É, eu sei exatamente quem você é.— Hum, gosto de mulheres que não deixam espaço para dúvidas. Nós vamos nos dar muito bem, senhorita...— Senhora Nina Ferraz e pode ficar com esse tablete pra você. Considere como uma cortesia do nosso primeiro encontro. — O homem arqueia as sobrancelhas, abrindo um sorriso cheio de charme.— Tem certeza?— Absoluta - falo lhe dando as costas e sigo direto para a saída. Até que foi bem fácil manejar a situação do meu primeiro negócio. Maksym tinha pinta de durão, mas bastou uma mulher bonita demostrar o seu poder e sensualidade que ele sequer lutou.— A senhora foi fantástica! Eu nunca vi alguém colocar o Maksym na palma da mão desse jeito. — O motorista comenta e o rapaz aí lado dele rir. Satisfeita, eu olho pela janela do carro e anseio para ver o meu marido, e contar-lhe as boas novas. Contudo, a minha maior ansiedade é de
Nina— Está mais calma agora? — Meu marido pergunta caindo ao meu lado na cama, porém, enquanto ele fita o teto eu tenho o vislumbre de um peitoral malhado e tatuado, subindo e descendo devido a uma respiração ofegante. Se estou calma? Na verdade, eu estou mole de tanto prazer e pensando que se a ideia dele for acalmar as minhas tempestades com sexo, essa ideia será muito bem-vinda. Contudo, eu preciso de uma explicação e ele deve ter uma, certo?— Para o seu governo, nós brigamos feio. — Ele diz e me olha. — Eu disse para Isis que estou gostando de você e parece que ela não gostou muito de saber isso.— Você disse isso pra ela? — É claro que eu me interessei e lógico que gostei de saber essa informação. Thor se mexe na cama e fica de frente para mim.— Eu disse. Nina, eu não estava brincando quando falei que estou apaixonado por você. E mesmo sabendo que não sente o mesmo por mim, eu quero que saiba que serei fiel a você e preciso que seja fiel a mim, independente dos seus sentimento
ThorObservo Nina entrar no barzinho de beira de estrada e escolher uma mesa isolada na lateral do prédio. Pensar que ela conhece essa mulher que poderá me levar ao homem que matou o meu pai me faz pensar nas palavras de Isis dentro do escritório da minha casa. Nina tem se mostrado digna de minha confiança em poucos dias. Isso é assustador, mas por algum motivo eu confio plenamente nela. Olho o relógio em meu pulso. Iolanda está atrasada cerca de dez minutos. Contudo, três mesas a frente de Nina e um pouco afastado têm dois homens meus preparados para aborda a senhora sofisticada e trazê-la para o meu carro. Teremos uma conversa bem interessante e eu espero ter a sua colaboração. Entretanto, o meu alvo mesmo é atrair Gutemberg Massari para uma conversa um tanto intensa. Ergo os meus olhos para o retrovisor e fito a minha funcionária trombuda e com os olhos fixos na janela do carro, e me pergunto se ela está atenta no nosso alvo ou apenas na minha mulher. Isso me faz pensar n nossa con
Thor — O que quer que façamos, chefe? — Coloque-a confortavelmente em um dos quartos e avise para Gutenberg que estamos com a esposa dele. Logo ele entrará em contato e me certificarei de marcar um encontro em um dos nossos domínios. — Certo, chefe! — Mais uma coisa. Nenhuma palavra sobre a nossa hóspede, ninguém pode saber onde ela está e não mencione o seu meu nome para ninguém até o dia do encontro. Eu quero olhar na cara daquele filho da puta e perceber as suas emoções ao me ver lá. — Certo, chefe! — Corvo reúne os seus homens e saem da sala. — Alguma notícia sobre o garoto? — Nada, até parece que o desgraçado foi sugado pela terra. — Yang bufa. — Alguém o está escondendo — falo segurando a raiva. — Reúna os olheiros, encontre o rastro do tal Pingo. Ele deve ter deixado alguma pista do seu paradeiro, a final, ele não é o homem invisível! — Certo, chefe! — Thor, se você quiser eu posso falar com a senhora Massari e arrancar as informações de que precisa. — Isis fala pela p
Nina Vamos falar um pouco de Iolanda Massari. Mulher extremamente sofisticada, um poço de educação, fala três idiomas e é casada com um multimilionário. Nos conhecemos em uma dessas festas da alta sociedade. Eu estava frustrada por participar daquela palhaçada e ela irritada com o possessivo ciúme do marido. Nessa mesma noite nos entrosamos muito bem e passamos a marcar encontros na praia, em piqueniques... ou seja, sempre encontros sem muita aglomeração de pessoas e meio que sem querer querendo, virei os ouvidos dos seus problemas. Gutemberg Massari é um quarentão bem conservado, sempre bem-vestido e muito poderoso, mas relaxem, seu poder não chega aos rastros de Thor. Contudo, como mencionei no início desse capítulo, ele tem um ciúme possessivo da esposa e isso ofuscou um casamento glorioso que tinha tudo para dar certo. No momento, eles vivem de fachada. Entretanto, esse afastamento não o impede de ser violento com ela sempre que se sente traído. Pronto. Partes apresentadas, vamos
Nina— Eu sou um deles, Iolanda — falo, virando-me para ela. — Na verdade, eu sempre fui. Eu nasci nesse meio, lembra? Só nunca aceitei isso. — Dou de ombros. — Mas agora como ver, parei de lutar contra a minha própria natureza, com um diferencial, eu uso o pouco poder que tenho para ajudar as pessoas que amo e destruir aquelas que querem destruir quem eu amo. — Ela apenas me olha em silêncio e não sei se o que vejo em suas retinas é um brilho de admiração ou de espanto. Não tento decifrá-lo, apenas saio do quarto logo em seguida e assim que abro a porta, encontro Thor em pé no pequeno corredor e encostado na parede.— Como foi? — Em resposta, sorrio amplamente para o meu marido e ele entende retribuindo o meu sorriso. — Eu sabia que conseguiria! — Ele me puxa para os seus braços, me prensa contra a parede e me beija intensamente.***No dia seguinte...Os cavaleiros da távola redonda. Foi assim que apelidei os gerentes de Thor porque eles sempre se reúnem em volta de uma enorme mesa
ThorNunca pensei que o amor deixasse a gente tão bobo. Desde que descobri os meus sentimentos por essa garota tudo dentro de mim está bagunçado. Como agora, eu deveria estar de banho tomado e pronto para me reunir com os meus homens para verificar a finanças, o andamento das bocas, os pagamentos das mulas, os resultados dos cobradores... enfim, eu deveria ir trabalhar, mas ainda estou deitado nessa cama apenas a olhando enquanto dorme. Vale dizer que com esse gesto tão simples, o meu coração está pulando feito um louco dentro do meu peito e quase saindo pela boca, e que por mais que eu repita para mim mesmo que preciso ir e que devo deixá-la dormir, a minha vontade é de acordá-la e de tomá-la para mim outra vez. Suspiro baixinho. Como pode ser tão linda assim? E como pode mexer tanto comigo sem fazer nada exatamente? Uma batida na porta me desperta e com um suspiro frustrado, eu me forço a sair da cama devagar para não a acordar, visto um short e vou abri-la. Contudo, paro na metade