Felipe O vínculo cresceA noite avançou e já havíamos chegado a uma decisão definitiva. Helena já olhava para os bebês de um jeito diferente.Ela passou a madrugada em claro, levantando-se sempre que um dos pequenos chorava. O primeiro a acordar foi o menino. Eu a observei pegá-lo no colo com delicadeza, murmurando palavras de conforto. Seu toque era suave, e, em poucos minutos, ele se acalmou, aninhando-se contra ela.— Você tem jeito para isso Murmurei, recostado na parede.Helena sorriu, mas seus olhos estavam cheios de incerteza.— Eu nunca imaginei…— Imagino que não. Concordei.Ela olhou para o bebê e depois para mim.— Felipe, eles já foram rejeitados pelo mundo uma vez. Não deixarei que isso aconteça de novo.Suspirei, sentindo a tensão crescer.— Você sabe o que isso significa, não sabe? Cuidar deles não será fácil.Ela apertou a criança contra o peito, como se instintivamente já quisesse protegê-lo.— Eu vou conseguir, darei a eles todo o amor que não pude dar a nossa fil
Ele sabia que essa escolha não era fácil, mas sabia, talvez mais do que ninguém, que era a única escolha certa.Eu assenti, sentindo o peso de cada palavra.— Eu tenho certeza. Eles precisam de nós, e nós precisávamos deles!Vicenzo sorriu, seu olhar se suavizando. Ele não era de muitas palavras, mas quando ele dizia algo, sabia que tinha significado.Camila estava ao meu lado, sorrindo, mas com um toque de apreensão nos olhos. Ela se aproximou de Helena e tocou seu ombro com carinho.— Como está se sentindo? Perguntou Camila com um sorriso gentil.Helena olhou para ela e então para os bebês. A expressão dela era serena, mas seus olhos estavam cheios de algo mais profundo, algo que eu não conseguia explicar. Ela olhou para Camila e, com uma leveza no sorriso, respondeu:— Eu estou bem. Eu acho que estava incompleta, sentia a falta da minha bebê, mas agora estou completa, só não sabia disso até agora.Camila riu suavemente.— É bom saber que você está pronta para isso. Vamos precisar
Vicenzo Vicenzo se levantou e começou a vasculhar a despensa. — Eu vou buscar mais alguns itens no mercado afinal são dois, e nós precisamos comer, vou ao litoral resolver algumas coisas, na volta trago tudo. Fraldas, mamadeiras, alimentos. Acho que temos o suficiente para começar, mas é bom garantir que nada falte. Helena me olhou, seus olhos ainda suavizando à medida que ela olhava para os bebês. — Você está bem com isso, Felipe? Perguntou ela, com uma suavidade que me fez sentir que ela realmente precisava de minha resposta. Eu respirei fundo, tentando processar tudo o que estava acontecendo. Meu coração ainda batia rápido, como se o peso da responsabilidade fosse maior do que eu imaginava, mas eu sabia que não havia volta. Esses bebês eram nossa responsabilidade agora. Eles precisavam de um lar seguro, e nós éramos a única família que eles teriam. — Sim, estou bem. Respondi com firmeza. — Vamos fazer isso. Vamos cuidar deles juntos. Helena se aproxima de mim me abraçand
Vicenzo Vicenzo se levantou e começou a vasculhar a despensa.— Eu vou buscar mais alguns itens no mercado afinal são dois, e nós precisamos comer, vou ao litoral resolver algumas coisas, na volta trago tudo. Fraldas, mamadeiras, alimentos. Acho que temos o suficiente para começar, mas é bom garantir que nada falte.Helena me olhou, seus olhos ainda suavizando à medida que ela olhava para os bebês.— Você está bem com isso, Felipe? Perguntou ela, com uma suavidade que me fez sentir que ela realmente precisava de minha resposta.Eu respirei fundo, tentando processar tudo o que estava acontecendo. Meu coração ainda batia rápido, como se o peso da responsabilidade fosse maior do que eu imaginava, mas eu sabia que não havia volta. Esses bebês eram nossa responsabilidade agora. Eles precisavam de um lar seguro, e nós éramos a única família que eles teriam.— Sim, estou bem. Respondi com firmeza. — Vamos fazer isso. Vamos cuidar deles juntos. Helena se aproxima de mim me abraçando.Ela s
Vicenzo Vicenzo se levantou e começou a vasculhar a despensa.— Eu vou buscar mais alguns itens no mercado afinal são dois, e nós precisamos comer, vou ao litoral resolver algumas coisas, na volta trago tudo. Fraldas, mamadeiras, alimentos. Acho que temos o suficiente para começar, mas é bom garantir que nada falte.Helena me olhou, seus olhos ainda suavizando à medida que ela olhava para os bebês.— Você está bem com isso, Felipe? Perguntou ela, com uma suavidade que me fez sentir que ela realmente precisava de minha resposta.Eu respirei fundo, tentando processar tudo o que estava acontecendo. Meu coração ainda batia rápido, como se o peso da responsabilidade fosse maior do que eu imaginava, mas eu sabia que não havia volta. Esses bebês eram nossa responsabilidade agora. Eles precisavam de um lar seguro, e nós éramos a única família que eles teriam.— Sim, estou bem. Respondi com firmeza. — Vamos fazer isso. Vamos cuidar deles juntos. Helena se aproxima de mim me abraçando.Ela s
A adoção de HelenaOs dias seguintes foram caóticos. Fraldas, mamadeiras, roupas, remédios! Cada detalhe precisava ser resolvido. Camila e Helena passaram horas organizando tudo, enquanto Vicenzo, eu e Antônio cuidávamos da montagem dos móveis e acessórios.A sensação de perigo ainda rondava, e quando não estavamos Antônio era o responsável pela casa e pela Helena, ela confia muito nele e eu vi a fidelidade que ele tem com ela.Mas algo dentro de mim dizia que estávamos fazendo a coisa certa.Helena se transformou diante dos nossos olhos. Se antes hesitava, agora assumia a maternidade como se tivesse nascido para aquilo. Quando um dos bebês chorava, era ela quem os acalmava. Quando precisavam de algo, ela resolvia sem pensar duas vezes.— Você se apaixonou por eles. Observei certa noite, vendo-a embalar a menina enquanto cantarolava baixinho.Ela sorriu sem desviar o olhar da criança.— Desde o momento em que os vi.As palavras pairaram no ar entre nós. Eu sabia o que aquilo signif
HelenaNaquela noite, enquanto todos dormiam, me peguei olhando para os bebês por um longo tempo.Cada respiração, cada movimento leve deles me fazia sentir uma proteção indescritível.Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas tinha certeza de uma coisa: Nunca deixaria que nada acontecesse a Enzo e Valentina!Com cuidado, peguei Valentina no colo. Sua pele macia, seu cheirinho delicado… Era surreal como um ser tão pequeno podia carregar tanto significado.— Você tem o nome de alguém muito especial. Murmurei. — Alguém que partiu cedo demais, mas que nunca será esquecida.Valentina suspirou no sono, se aconchegando contra meu peito.Camila entrou na sala, silenciosa.— Não consegue dormir? Perguntou baixinho.Balancei a cabeça, olhando para ela.— Eu estava pensando em sua irmã. Em como o nome dela viverá nessa pequena.Camila sorriu, mas seus olhos estavam marejados.— Valentina era minha melhor amiga. A pessoa que eu mais amava nesse mundo. –Perder ela…Sua voz falhou por um mo
Felipe Era estranho, de certa forma, pensar nisso de maneira tão profunda. Mas, conforme os dias passavam, a palavra "filhos" se tornava mais natural, mais sólida. Eu sabia que a partir de agora, nossa responsabilidade não era apenas por suas vidas, mas também pela forma como as construíamos, por como as guiávamos.Uma noite, depois de colocar os bebês para dormir, Helena se sentou ao meu lado no sofá. Ela estava cansada, os olhos um pouco inchados pela falta de sono, mas havia algo sereno em seu olhar. Algo que eu não podia ignorar.— Você já pensou no que isso significa? Ela perguntou, olhando para mim com um olhar profundo e atento.Eu sabia exatamente o que ela queria dizer, mas as palavras não vinham. "O que significa ser pais?" Eu estava me perguntando isso o tempo todo, mas não tinha uma resposta fácil. Como alguém pode saber o que é ser pai ou mãe de verdade? Como alguém pode entender o peso e a alegria disso até viver o momento?— Eu pensei. Respondi com a voz baixa, quas