Vinny volta a sua atenção para Léo.- Mas estava tudo bem quando você foi liberado.- Uma onça atacou-me, acidentalmente caiu no meu colo.Ao entender o que aconteceu naquele dia, Anna ficou mais sem graça do que já estava. Então ele esteve na clínica, e a culpa foi dela- Passa lá no hospital para eu dar uma olhada.- Vou pedir Anna para cuidar disso.- Anna, Molly agora é as fotos com os padrinhos.Estende a mão para Anna e Léo serra os punhos em desgosto. Vinny percebeu e claro.- Só um momento. Já voltamos.Pegaram as crianças e foram tirar fotos.Vinícius logo perguntou a ela.- Anna, você realmente se envolveu com o Sr Peluso?- Claro que sim , o seu tapado. - Molly foi que respondeu. - Não viu que o homem quer torcer seu pescoço?Vinícius sentiu um frio percorrer sei corpo. Era realmente uma pena, a bela dama já estava comprometida.- Desculpa Vinícius. Ainda não me decidi.- Se não se decidir, eu gostaria de tentar.- Sai fora Vinicius, você não tem chance com ela.Molly como
- Mantenha a calma Anna. - Eu vou, não vou estragar o casamento da Lulu. - Se gosta dele, esclarece a situação. Senão cai fora. - Pode ficar tranquila Molly, eu vou resolver. Embora falar seja mais fácil do que fazer. -Quer que eu chame o Vinny para dar uma olhada em você? -Molly eu não estou doente! - Olha se quiser ir para minha casa essa noite, talvez seja melhor. Depois que você se acalmar decide o que fazer. Era uma qualidade de Anna. Não iria deixar para depois. - Não, obrigada amiga. Vou ter que enfrentar ele cedo ou tarde. Então, quanto antes melhor. O resto da noite Anna ficou longe de Léo. Após se despedir das amigas, quis chamar um táxi. - Deixa de ser teimosa Anna. Entra no carro. Anna pegou Dom e sentou longe de Léo, emburrada. Não disse uma única palavra nem olhou para ele durante todo percurso. No hotel foi direto para o quarto de Dom e após o colocar para dormir foi para o seu. No momento em que abriu a porta, Léo estava lá. - Agora vamos con
A vergonha e a tristeza de tentar se abrir a deixou furiosa. Ela não precisava passar por isso, já havia decidido que sempre seria ela e Dominic. Mas se manteve aparentemente calma, uma calma que estava longe de sentir. Baixou os olhos para o chão se esforçando para não chorar. - E isso aí. Agora já sabe. Satisfeito? - Não, eu não estou satisfeito. Como você foi capaz de gerar um filho desse lixo? Anna tremeu de raiva, todo o seu esforço para se manter calma foi por água abaixo. Não deixaria nada nem ninguém falar mal ou ofender Dominic. - Ele é uma criança inocente, por ele eu mato ou morro. Pela primeira vez levantou a voz. - Não te pedi nada, deixei bem claro desde o início que não queria me envolver. Dominic é tudo para mim. Por ele estou disposta a tudo, e não me arrependo de nenhum passo que dei. Léo estava chocado, nunca em seus mais loucos sonhos ia imaginar que era essa a origem de Dominic. Anna era tão esforçada no trabalho, tão simples para se vestir e o s
Léo estava na sala de Vinny, após fazer alguns exames. Ainda sem saber o que fazer com Anna, saiu cedo naquela manhã exatamente para não confronta-la.- Anna está indo para Lagos?- Como assim?- Minha esposa me enviou uma mensagem que está indo para Lagos com Anna.- Ela não me informou nada sobre isso. O que teria para fazer em lagos?Pela sua investigação, sabia que era lá que Anna e as amigas estudavam. Mas não tinha sentido sua ida até lá nesse momento.- Léo vocês estão bem?Vinny não era bobo e pela cara de Léo, sabia que tinha algo errado.- Anna é minha secretária, não tenho nada a reclamar do seu trabalho.- Tudo bem. acho que entendi alguma coisa errado, me desculpa.- Como assim?- Ontem Anna ficou muito nervosa, achei que tinha algo acontecendo entre vocês.- Eu a pedi em casamento, ela rejeitou.- Acho que ela está fugindo de você então. Se a quer tem que ser rápido ou ela some por mais alguns anos.Só em pensar que nunca mais poderia não vê-la, o rosto de Léo mudou.-
Léo a encarou por alguns segundos, depois sentou- se e começou a trabalhar. Como estava achando que ela voltou, não disse nada.No almoço, Anna foi direto a cozinha. Se serviu e almoçou antes mesmo de Léo se sentar a mesa. Quando ele desceu ela já tinha voltado ao trabalho.- Onde está Anna?- No escritório Sr.Diana informou e saiu. Sabia que algo não estava certo, melhor não se meter.- Anna venha, vamos almoçar.- Já almocei, obrigada! -Nem sequer tirou o olho da tela do computador.- Que horas você almoçou? A mesa não foi tocada.- Almocei na cozinha, onde todos os funcionários almoçam, como deveria ser desde sempre.- Eu decido quem almoça onde. Já disse que você e Dom fazem as refeições na mesa comigo.- Se e assim, melhor não almoçar. Não quero ser tratada diferente dos outros. Vou trazer um lanche.- Não tem necessidade.Saiu e foi almoçar sozinho, mas seu humor azedou e praticamente não tocou na comida.Na hora ele não assimilou as palavras" vou trazer um lanche", somente mai
Léo ficou preocupado e ansioso. Anna era um mistério completo. Por mais que tentasse não conseguia entender como ela se envolveu com o Sandoval Mendes e teve um filho com ele. Esse era um assunto que tinha que ser investigado com cautela, várias pontas soltas não se encaixam. Certeza ele tinha de que ela engravidou no período da faculdade e depois desapareceu.Mas não tem como descobrir se Sandoval estava em Lagos. O homem é um fugitivo e o seu paradeiro é sempre desconhecido. Não dá para investigar sem levantar suspeitas e, um único erro, poderia por em risco a vida dela e de Dominic.- Anna, Anna, Anna. Onde você se meteu?Não seria ele quem deveria estar ofendido? Não dá para entender o comportamento de Anna.Ela está-lhe tirando o sono, já não sabe ao certo o que sente por ela, mas não quer perdê-la de vista até se decidir. Para seu desgosto, ela não facilita e sabe se esconder muito bem. Prova disso e que Sandoval nunca a encontrou. Diante desse pensamento, ele se sentiu impoten
Anna resolve voltar a fazenda para não causar transtorno. Mas seu humor azedou muito.- Amanhã eu volto.- Não Anna, vamos agora. Não vou ficar tranquilo se você passar outra noite aqui, não é seguro.- Sr Peluso, não sou uma pessoa que atraia o interesse alheio.- Presta atenção ao que está dizendo. Se esqueceu de Sandoval?Mas como ela iria lhe explicar que não tinha toda essa preocupação?Por ter sido criada só pela mãe nós últimos dez anos, Anna sempre foi muito livre. Aos dezessete anos sua mãe foi trabalhar em outra cidade, e ela passou a morar sozinha. Desde cedo ela está acostumada a se virar.Sua mãe alugou um apartamento para ela e elas quase não se viam, as duas se falavam sempre por telefone, e em recesso escolar, Anna as vezes ia visitá-la.Ela e Luiza começaram a trabalhar na loja do shopping ao mesmo tempo, sua mãe pagava o aluguel e mandava dinheiro. Mas não era o suficiente para cobrir todas as despesas e Anna sabia que não era nada fácil para a mãe. Isso fez com que
O seu celular treme no bolso. Ela se levanta, organiza os documentos e leva até para a mesa de Léo.- Com licença! - Disse para a mulher a sua frente. - Léo já vou indo.Claudia a olha de cima a baixo com ar de superioridade.- Mocinha me traz um copo com água. - Lamento, mas não posso me atrasar.- Léo!!!Reclamou esperando que ele interviesse.- Anna não é empregada Cláudia. É minha secretária assistente.- Mas custa pegar uma água? Não vai quebrar a mão não é?- Se ela for, vai se atrasar para buscar o nosso filho na escola.Anna já tinha saído da sala quando ouviu isso, gelou até os ossos.- Filho? Desde quando você tem um filho?- Só descobri agora. Tivemos um relacionamento curto a cinco anos atrás.Anna saiu pisando duro de raiva. O que ele estava pensando? Agora ia sair espalhando mentira aos quatro ventos? Conversaria com ele mais tarde.Perdida em pensamentos, Anna não sabia como lidar com a situação. Pegou Dominic na escola e não tinha vontade de voltar para casa, não foi