Anna resolve voltar a fazenda para não causar transtorno. Mas seu humor azedou muito.- Amanhã eu volto.- Não Anna, vamos agora. Não vou ficar tranquilo se você passar outra noite aqui, não é seguro.- Sr Peluso, não sou uma pessoa que atraia o interesse alheio.- Presta atenção ao que está dizendo. Se esqueceu de Sandoval?Mas como ela iria lhe explicar que não tinha toda essa preocupação?Por ter sido criada só pela mãe nós últimos dez anos, Anna sempre foi muito livre. Aos dezessete anos sua mãe foi trabalhar em outra cidade, e ela passou a morar sozinha. Desde cedo ela está acostumada a se virar.Sua mãe alugou um apartamento para ela e elas quase não se viam, as duas se falavam sempre por telefone, e em recesso escolar, Anna as vezes ia visitá-la.Ela e Luiza começaram a trabalhar na loja do shopping ao mesmo tempo, sua mãe pagava o aluguel e mandava dinheiro. Mas não era o suficiente para cobrir todas as despesas e Anna sabia que não era nada fácil para a mãe. Isso fez com que
O seu celular treme no bolso. Ela se levanta, organiza os documentos e leva até para a mesa de Léo.- Com licença! - Disse para a mulher a sua frente. - Léo já vou indo.Claudia a olha de cima a baixo com ar de superioridade.- Mocinha me traz um copo com água. - Lamento, mas não posso me atrasar.- Léo!!!Reclamou esperando que ele interviesse.- Anna não é empregada Cláudia. É minha secretária assistente.- Mas custa pegar uma água? Não vai quebrar a mão não é?- Se ela for, vai se atrasar para buscar o nosso filho na escola.Anna já tinha saído da sala quando ouviu isso, gelou até os ossos.- Filho? Desde quando você tem um filho?- Só descobri agora. Tivemos um relacionamento curto a cinco anos atrás.Anna saiu pisando duro de raiva. O que ele estava pensando? Agora ia sair espalhando mentira aos quatro ventos? Conversaria com ele mais tarde.Perdida em pensamentos, Anna não sabia como lidar com a situação. Pegou Dominic na escola e não tinha vontade de voltar para casa, não foi
Passa o braço por seus ombros e continua conversando com Cláudia enquanto Anna nada diz.- Vou dar uma olhada no Dom.Anna levantou-se depois de um tempo. Já não estava suportando mais aquela situação. No entanto, Léo também se levanta- Vou com você, Claudia deve estar cansada da viagem.- Nem um pouco. Podemos conversar mais. Está cedo ainda.- Vou com Anna colocar o nosso filho para dormir. Ele sempre fica esperando.A moça não consegue esconder o seu desgosto e Anna não pôde deixar de perceber.Assim que entraram no elevador Anna questionou.- O que você está fazendo?- Aqui não. - Apertou o botão para o terceiro andar.Anna nunca esteve lá. Ficou admirada com o tamanho do quarto e a vista era de tirar o fôlego. A decoração era Azul e preto formando um harmonioso contraste com os móveis brancos.A cama de Anna era grande, mas a cama a sua frente era ainda maior.- Por que fez isso Léo?- Não tenho interesse em Cláudia, ela é muito observadora e pegajosa. Também não posso ser evas
A inveja e raiva tomou conta dela, tinha que dar um jeito de tirar Anna do seu caminho. Resolveu ligar para a mãe de Léo e falar mal de Anna.- Sra Perla, você sabia que Léo está morando com uma mulher e ela tem um filho que diz ser seu neto?Perla fica surpresa. O seu sonho é ver Léo casado e com uma família. No entanto, não está a par desse assunto e não conteve a sua surpresa.- Eu tenho um neto? Ele se parece com Léo?- Não vi a criança ainda. Mas a mãe tem uma cara de golpista. Você deveria investigar esse assunto. Ela é uma secretáriazinha com cara de passa fome. Com certeza é um caça dotes.- Vou conversar com Léo, mas não julgue a moça tão severamente. Léo não e bobo.Satisfeita Cláudia desliga e então liga para a irmã de Léo. Quanto mais lenha na fogueira, melhor.No quarto Léo está namorando Anna quando o telefone toca.- E a minha mãe, preciso atender.- Vou tomar um banho enquanto vocês se falam.- Mamãe como está?- Léo que história é essa que você tem um filho?- Cláudia
Pela janela do quarto, Cláudia, que acabou de se levantar, está olhando pela janela quando vê oo casal sair com a criança.Léo com Dom no colo e o braço passando pela cintura de Anna é a imagem da família feliz.Ela não gostou nem um pouco, os seus dentes estão travados de raiva.- Tio estou feliz por você me levar na escola.- Eu sou seu pai Dominic. A partir de agora me chama de Papai.Enquanto Anna não sabe o que dizer, Dom exaltando de felicidade. Nunca falou para a mãe, mas queria saber do seu pai.- Eu tenho pai! - gritou tão feliz. - Papai porque você demorou tanto? Eu sempre quis te ver, agora a gente pode ficar todos juntos. Quando tiver festa na escola, vou mostrar para todos que eu tenho um pai.Diante da declaração de Dom, Anna chorou como nunca. Léo parou o carro para a consolar.- Vai ficar tudo bem Anna, não se preocupe mais. Eu sempre vou estar aqui por vocês, não importa o que acontecer. Dom é meu filho e nada vai mudar isso.Léo chamou um dos seguranças no outro car
Entra no escritório e os dois continuam focados no trabalho. Anna sequer levanta a cabeça com sua chegada, continua digitando os documentos enquanto Léo franze a testa com desgosto. - Trouxe um café para você Léo. - Obrigada! - Aponta para a frente - Deixa aí por favor. - Aproveita que está quente e toma logo. - Já está próximo ao horário do almoço, não gosto de tomar nada antes. - Também não tomamos nada aqui dentro. O risco de derramar sobre os documentos é grande. Claudia ficou parada por um tempo, sem saber o que fazer. Em seguida se dirigiu a porta - Me desculpa.- Tudo bem! Não precisa trazer nada, a gente vai até a cozinha buscar. Nem levantou a cabeça para olhá-la. Léo era muito diligente com o seu trabalho e estava determinado a não deixar ela atrapalhar. Só saíram do escritório na hora do almoço Claudia estava mexendo no celular, logo o deixou de lado com um largo sorriso no rosto. - Nossa, achei que você não ia parar nem para almoçar. - Sinto muito Cláudia. Você e
O problema é que Anna também tem essa sensação e esse é um dos seus medos. Mas não ia abaixar para a arrogante Cláudia.- Eu sei que você acha que ele combina com você. Mas, talvez por isso ele me escolheu, não sou igual às mulheres que ele vê todos os dias.- Você se dá muita importância.- Não, eu não dou. Vou viver um dia de cada vez. Se não der certo eu vou embora sem olhar para trás. Não vou correr atrás dele como você. Se tem uma coisa que me orgulho muito é de não depender de ninguém para me sustentar. Eu sei trabalhar e gosto de ganhar meu sustento.A fúria de Cláudia chegou a um ponto que ela tinha vontade de bater em Anna, como ela dirigia não ia se arriscar em causar um acidente. Teve que engolir e ficar calada por enquanto.Anna estaciona em frente o shopping e sai do carro seguida por Cláudia que já desceu resmungando.- Deviam ter vergonha de chamar isso de shopping.- E o que tem. Aqui não é NY ou Paris minha querida.Anna se diverte com a arrogância da mulher.Após and
Anna sabia que os seguranças a estavam seguindo e com certeza Cristina também sabia. Então não se preocupou muito ao colocar ela para fora do carro. Assim, Cláudia iria ver que ela não era a mosca morta. Pensaria duas vezes antes de falar besteira, principalmente na frente de seu filho.- Como vou voltar para casa? Você está louca? Léo definitivamente não vai deixar passar batido.Batia o pé irritada.- Tenho certeza que dará um jeito. E lembre-se e a minha casa. E pode deixar o Léo, eu me entendo com ele.Anna arrancou o carro, não muito depois viu pelo retrovisor os seguranças pegando ela. Não pode deixar de sorrir.- Mamãe você está brava?- Não querido, só me livrei de uma mulher chata. Ela tem que saber o lugar dela.Anna ria solto enquanto dirigia de volta e Dom não se preocupou mais com isso.- Então não vou gostar daquela tia.- Não se preocupe meu amor, ela logo vai embora e não vai incomodar você. E a mamãe está aqui para te proteger.Dominic com orgulho, respondeu com os ol