Agnes Não posso acreditar que isso esteja realmente acontecendo comigo. Eu a protegi tanto, eu a mantive longe de tudo isso por tanto tempo. Burra, burra, burra!!! Eu sou muito burra! É claro que o Adam não daria conta. Eu sabia e mesmo assim deixei que isso acontecesse. — Eu vou ligar para a polícia — digo depois de um tempo em silêncio, me lavando do sofá e pegando o telefone. Adam o toma da minha mão inesperadamente.— Não precisa chamar a polícia, Agnes.— Como não? A minha filha está desaparecida, Adam e no meio de uma mata escura e fria. Eu não sei se percebeu, mas já escureceu lá fora! — digo desesperada.— Como isso aconteceu? — A voz audaciosa da minha amiga ecoou invadindo a minha sala. É claro que no meu desespero, liguei imediatamente para Flávia. Ao vê-la, Adam me lança um olhar raivoso.— Chamou a Flávia!? — Ele pergunta exasperado.— Sempre! — Ela diz o empurrando deliberadamente contra o sofá e o homem cai sentado. Flávia ergue uma das pernas com um salto extremamente
Adonis kappas Eu precisava fugir, sair correndo dali. Não podia me dar ao luxo de ser enganado outra vez, mas porra, o esforço sobrenatural que fiz para não agarrá-la ali mesmo e tomá-la para mim não tem comparação. Sentir aquela boca tão perto da minha e ter que negar aquele beijo… Puta merda! Isso não é de Deus! Não, não é não! Dentro de mim o meu subconsciente estava dividido em dois. De um lado, um Adonis sentado no meio do caminho, de braços cruzados e fazendo bico, como protesto por minha negação, e do outro, havia um Adonis em pé, erguendo os braços com os punhos fechados como um boxeador, que acabou de ser aclamado um vencedor. E falando em vencedor, ainda estou meio perdido com tudo o que aconteceu naquela sala. Ver a Agnes praticamente espancando o próprio marido foi uma relação meio estranha. Na verdade, tudo ali foi muito estranho. Confesso que fiquei em glória ao vê-la expulsá-lo da sua casa daquela forma e juro que queria que ela fizesse o mesmo, o expulsando da su
Adonis Sorrio encarando a tela do meu celular. Finalmente esses dois se acertaram, embora a Flávia ainda finja que não ouviu a frase que saiu da boca do Oliver e o Oliver finge que não a ama. Tem coisas que só precisam de um encaixe para dar certo e tem outras que não se encaixam de jeito nenhum. Ligo o interruptor no canto da parede, por trás do balcão e como Andrea havia imaginado, um lindo céu estrelado surge no teto do meu bistrô. Porra, eu me encantei com cada detalhe acima da minha cabeça. Lentamente o meu sonho está se concretizando, bem na minha frente. Pego a mochila que deixei sobre um dos bancos e tiro uma pequena lata de tinta esmalte branco de dentro e uma trincha. É hora de pôr a mão na massa, não literalmente, se é que vocês me entendem. Ponho uma máscara no meu rosto e me ponho a pintar algumas grades que ficam sobre o muro baixo. O sol a essa hora já não incomoda. Deixo o pequeno rádio sobre um banco atrás de mim, toca algo bem animado e me concentro no meu trabalho.
Agnes Sua mão forte aperta a minha carne macia e o calor do seu corpo logo me envolve. Deus, como senti falta disso! Dos beijos, dos seus carinhos, dessa atenção todinha só para mim. Escuto o som da sua respiração batendo quente contra a minha pele, o beijo quente que começou a se alastrar pelo meu pescoço e veio subindo ávido, faminto e devorador pelo meu maxilar, escorregando lentamente ao pé do meu ouvido, me fazendo soltar um gemido baixinho. Apertei os seus ombros quando a sua língua serpenteou atrás da minha orelha e ele chupou a pele sensível. O beijo começou a migrar por meu rosto e encontrou a minha boca. Adonis rugiu em meio ao beijo, quando a sua mão encontrou a minha calcinha estupidamente molhada. — Delícia! — Ele rosna erguendo a cabeça e encontra os meus olhos. — Me diz que não vai me deixar, Agnes — pede. Consigo ver a ansiedade em seus olhos e… medo? Levo a minha mão ao seu rosto, encontrando a barba cheia e macia e acaricio sem tirar os meus olhos dos seus. — Na m
Agnes — Ela é linda e me enfeitiçou direitinho. — Brinca, mas fico séria.— Eu estava pensando se podíamos sair os três? — sugiro, dessa vez insegura. Ele arqueia as sobrancelhas.— Eu, você e a fadinha? — pergunta com um tom divertido. Faço sim, com a cabeça. — Eu adoraria vê-la outra vez, quando podemos fazer isso? — inquire. Adonis parece ansiar pela resposta. Dou de ombros.— Primeiro preciso contar para ela sobre você e depois podemos marcar um dia, o que acha?— Por mim tudo bem — diz ampliando esse sorriso que eu amo tanto.— Ótimo! — Sorrio. Ele me beija e eu desço do banco me virando para pegar a minha bolsa. Adonis segura o meu braço e me puxa para mais perto dele, meu corpo b**e firme no seu e ele me abraça.— Veio de carro? — procura saber. Faço não com a cabeça. — Eu te levo para casa então — diz, eu hesito e ele percebe. — Algum problema eu te levar?— Não, é só que… eu não quero confundir a cabeça da Kell. Ela pode pensar que…— Estamos juntos? — Ele me corta. — Achei q
Flávia Ainda na noite do desaparecimento da Kelly… Três dias de castigo igual uma criancinha que aprontou alguma travessura para os pais. E logo quando estou prestes a conseguir burlar o meu castigo, o que acontece? O embuste, o filho do capeta, o demônio em pessoa me apronta uma. Aí o meu instinto assassino só aflora. Nunca, nunquinha, em hipótese alguma, mexa com uma mulher que não faz sexo a três dias. Ela perde o alto controle e pode te fulminar com… com… Piso no freio do carro bruscamente quando um imbecil ultrapassa o sinal vermelho, quase batendo no meu carro. — ESTÁ MALUCA?! — O filho da puta grita parando o carro. Aaaah, era só o que me faltava! Tiro o cinto de segurança e saio do meu carro, indo até o louco que resolveu mexer com a mulher errada, no dia errado e na hora errada. No caminho tiro um dos meus sapatos e sigo com um andar de sobe e desce, sobe e desce, sobe e desce, mancando por conta de um dos meus sapatos. Ao me aproximar, eu abro o meu melhor sorriso e m
Flávia — Hum! — Agnes geme dolorosamente. — Alguém anote a placa do trator que me atropelou, por favor! — ela resmunga se sentando no tapete felpudo e esfrega os olhos sonolentos. — Onde está o bichinho travesso que fez isso conosco? — pergunto fazendo-a abrir os olhos e encarar a cama vazia. — Não sei, você olha no quarto dos brinquedos que eu olho na cozinha — sugere. *** Alguns dias depois… Encaro a Agnes puta da vida. A filha da mãe está rindo as minhas custas a quase uma hora. Não, ela gargalhou maravilhas quando entrei na cozinha vestida de bruxa e a Kell vestida de fada. Tá! Em minha defesa, nós estávamos brincando de encantada. Bufo. Pelo menos é uma bruxa bem sensual, com uma saia de tules pretos, bem curtinha, uma meia arrastão negra, os saltos altos da mesma cor e o chapéu pontudo que tem um pedaço de véu que dá até um charminho. — Fiz um pedido de donuts e fiz suco de laranja. — Ela avisa depois de um tempo. Sabe, quando realmente fica mais calma e as risadas se acab
Kell Mamãe não sabe, ela pensa que eu já estou no meu soninho de beleza, mas estou sentada na escadalia, olhando a sapeca namolando o tio Adonis. Não é motivo de vergonha! Eu semple quis um papai pala mim, mas o malvadão não dá, né? O tio Adonis é difelente. Ele é englaçado, divertido e tem um jeitinho de menino que eu gosto. Acho que a minha mamãe também gosta dele. Levo a minha mãozinha a boca, segulando o meu riso quando ele põe a minha mamãe nos blaços, como se ela fosse uma cliança. Ela solta uma risada gostosa e ele a leva até a porta de saída. Eles se beijam de novo e depois se vai. Solto um suspilo sonhador. Quando ela vai me contar que estão namolando? Não sou mais cliança pla ela ficar escondendo as coisas de mim. Levanto rapidinho do batente e corro pala o meu quarto, porque ela está vindo pala as escadas. Ablo a porta do meu quarto e corro pala a minha cama, me escondendo debaixo dos lençóis e finjo que estou dormindo. Segundos depois, a porta se able, e como faz todas as