KellBom, essa com certeza é a melhor noite do pijama que eu já tive na vida e com certeza estou morrendo de vontade de matar a Maah, mas também quero muito abraçá-la e agradecê-la pelo empurrãozinho que nos aproximou tão inesperadamente. Não faço ideia de que horas são, mas eu e o Lipe já estamos a algum tempo sentados no sofá grande da sala, bem pertinho um do outro nos beijando? Sim, só um pouquinho. Na verdade, estamos nos conhecendo melhor e nessas poucas horas de conversa, contei-lhe sobre o meu sonho de ser uma grande chef, assim como o meu pai e também falei um pouco sobre as loucuras da minha família, que mesmo sem conhecê-los pessoalmente, ele já amou a tia Flávia, porém se identificou muito com o meu pai. Dou de ombros. Vai entender, né? Lipe tem dezessete anos, quase dezoito. Ele vai fazer em uma semana e confesso que saber disso me deu algumas ideias diferentes de comemoração. — Um doce por seus pensamentos. — O som da sua voz me desperta e eu sorrio lhe dando um beijo c
KellIsso aqui é uma loucura! É só o que eu consigo pensar assim que adentramos a tal danceteria semi escura. Mal consigo ver um palmo na frente do meu nariz, com toda essa fumaça de gelo seco espalhada por todo o lugar e as luzes néon colorida que é jogada sobre uma montanha de jovens que estão dançando e bebendo como se o amanhã não existisse. Marina e Fabinho estão dançando a algum tempo na apertada e bem povoada pista de dança. O cara pegou duas garrafas de cerveja e entregou uma para ela assim que chegaram aqui.— Eu não acredito nisso! — reclamo baixo e saio pisando firme, deixando o Lipe no balcão do bar e quando me aproximo do casal aluado, tomo a garrafa com rispidez da mão da Marina, assim que ela encosta o gargalo na boca.— Vamos embora agora, Marina! — Praticamente lhe dou uma ordem. Ela rir feito uma boba e eu me pergunto, o quanto ela bebeu? Mas que droga!— Deixa de ser chata, Kell e vem se divertir. — Ela grita animada demais e começa a pular erguendo os seus braços p
KellMe jogo na cama larga ao lado de uma Marina completamente apagada, depois de um banho frio e demorado e com muita bagunça. Cris e eu decidimos ficar ao lado dela durante o resto da noite, quer dizer madrugada, já que o dia está quase raiando lá fora. Tivemos uma puta aventura essa noite, mas confesso que não pretendo repeti-la tão cedo outra vez. Saber que a Marina sente inveja a minha vida mexeu um pouco comigo. Eu realmente não fazia ideia que a sua vida era desse jeito. Maah sempre falou tão bem dos seus pais e pensando bem direitinho agora, não me lembro de vê-los acompanhando a filha em qualquer evento escolar ou qualquer outro tipo de evento fora da escola. Isso é muito foda! Eu nunca iria imaginar que a Marina se sentia assim. Me viro de lado na cama e encaro o céu claro lá fora e sorrio ao me lembrar do Lipe. Quando ele nos trouxe de volta ao apartamento da Marina, se despediu com um beijo ainda do lado de fora e como um perfeito cavalheiro, ele se foi. O Call não ficou
Agnes — Como estão os preparativos para o desfile na Itália? — pergunto diretamente para a vice-diretora de produção do evento, Patrícia Laurentino. A mandei para a Itália no meu lugar, porque estava me sentindo muito afastada da minha família esses dias, então optei por ir na semana do evento e com isso, ganhei um passeio romântico com o meu marido no nosso cantinho de amor. Nesses anos de casamento, Adonis não mudou em nada, ele é o mesmo romântico e atencioso de sempre e eu confesso que estou me apaixonando diariamente por ele, a cada dia mais.— Temos um problema, Agnes. — Patrícia me desperta fazendo-me encarar a tela do computador em cima da minha mesa.— Problema? Que tipo de problema? — Me ajeito na cadeira e me preparo para mais uma dor de cabeça.— A nossa melhor modelo russa foi barrada no aeroporto. — Levo a mão a testa e a esfrego, puxando a respiração.— Como isso aconteceu, Patrícia? Meu Deus eu não posso me afastar um segundo de vocês? — A questiono irritada.— Estamo
Agnes— Eu te amo, sabia? — sussurrei em meio ao beijo e ele aperta a minha cintura.— Me ama, é? — indaga com a voz rouca.— Aham. — É o que consigo responder. Adonis se levanta comigo em seu colo e caminha para o lado da mesa que está vazio e me deita sobre o tampo duro e frio. Minhas pernas o abraça a sua cintura e o puxa mais para mim e logo me vejo tomada de desejo. Minhas mãos ávidas abrem os botões da sua camisa branca e eu praticamente a arranco do seu corpo. Ele faz o mesmo com a minha roupa. Puxo a liga que prende os seus cabelos e logo uma bela juba castanha se espalha, emoldurando o seu rosto quadrado. Deus como o amo! Nosso beijo agora parece mais intenso, sensual e envolvente. Nossas respirações agora estão mais ofegantes, pois estamos completamente entregues ao nosso momento. Adonis abre o zíper da sua calça, abaixa um pouco o tecido junto com a cueca box e põe um preservativo no seu membro rígido, bem diante do meu olhar faminto e quando ele vem para mim, afasta o m
Agnes — Ana, o senhor Clive Parker está vindo aqui. Por favor, faça-o entrar assim que chegar e… Não avise a Flávia, por favor! — peço com meu habitual tom profissional e a minha secretária me lança um olhar especulativo.— A senhora vai recebê-lo sozinha? — percebo o receio em sua pergunta e respiro fundo.— Ok, você está certa. Então, só, chama a Flávia se for necessário. Se for necessário, Ana — advirto-a. Ela assente e eu volto a minha sala, fechando a porta atrás de mim. Não consigo imaginar o que esse imbecil ainda quer de mim. Eu realmente achei que o fato de não ter perdido nada, o deixaria mais calmo e longe de todos nós. Principalmente de mim e da Kelly. Aliás, ainda não entendi como de falido e jogado na sarjeta, o Adam voltou a ser dono do banco e ainda com uma conta bancária bem recheada. Ana dá duas batidas leves na porta me despertando e Adam passa por ela logo em seguida com o seu habitual porte arrogante. Observo as roupas caras, o relógio de ouro branco em seu puls
Agnes— Tudo bem com você? — Adonis pergunta assim que me ver adentrar o hall do bistrô movimentado. Sorrio, porque não quero deixá-lo preocupado, mas a verdade é que depois da minha conversa com o Adam, eu não estou nada bem. Não mesmo.— Estou. — Minto lhe dando um beijo casto.Do outro lado do grande salão vejo a minha filha. Ela está tão linda e empolgada, usando um avental branco que tem a logo da loja, que é um chapéu de Chef desenhado, formando o nome do bistrô nele. No topo da sua cabeça tem um chapéu de Chef branco, assim como o avental. Ela está conversando com um casal de clientes, provavelmente recebendo os parabéns por algum prato que fez. Ah sim, a Kelly se aventura de vez em quando na cozinha do bistrô para praticar as suas receitas. Puxo a respiração de uma maneira sutil, quando penso que terei que contar para ela que o pai deseja vê-la a todo custo. Kelly sempre deixou bem claro que o Adam não é ninguém para ela, além do homem do mal que a magoou, que prendeu o seu p
Petrus Estou olhando para o teto do meu quarto já tem algum tempo. Porra o que eu ia fazer? Foi por pouco, muito pouco. Esfrego o meu rosto e decido ir para a sacada do prédio e sou recebido pelo vento gelado da noite, que acalma o meu corpo e a porra do calor escaldante que mexeu com a minha libido. Intocável… Será que é tão difícil entender isso? Saio da sacada horas depois, quando já me sinto mais calmo e volto a me jogar na cama. O sono não demora a me dominar.…— Petrus, onde está a sua prima? — Meu tio Otávio perguntou assim que entrou na oficina. Ele parecia pálido e cansado. Rapidamente me levantei do banco e corri para segurá-lo. Otávio Borbolini era um homem robusto, dono de uma energia invejável, até descobrir um câncer em estado terminal nos pulmões. Desde que perdeu Débora, sua esposa no parto da sua única filha, dedicou a sua vida apenas a ela. Simone Borbolini hoje é uma garota linda e sorridente, ela tem apenas oito anos e todos aqui gostam muito dela.— Sente-se aq