Kell — Ok meninas, eles já devem estar chegando. — Maah avisa com um certo tom de nervosismo. Na bancada de mármore da cozinha há uma quantidade exagerada de comida e de sucos. Sinto um gelo tomar conta do meu coração quando a campainha da casa toca e Cris segura firme o meu braço.— Me explica de novo porque aceitamos isso? — Ela pede com um cochicho. Respiro fundo e encaro a porta de madeira escura se abrindo praticamente em câmera lenta bem na minha frente e três meninos passando por ela logo em seguida. Os olhos do Lipe logo encontram os meus e eu me esqueço literalmente de respirar.— Não sei o porquê, mas o fato é que já estamos aqui e eles estão aqui também — digo baixinho, olhando o garoto que faz o meu sangue ferver em minhas veias. A Maah segura a mão do Fabinho e o puxa para um dos sofás da sala e Cris ainda continua colada em meu braço. E eu me forço a ir para o meio da sala e a me acomodar em um dos sofás também. O Lipe logo se aproxima e se senta ao meu lado e Call faz
KellO porão da casa da Marina não é um lugar ruim, pelo contrário, ele parece um lugar mágico. Os pais da Marina mantêm algumas antiguidades guardadas aqui. São móveis, roupas, quadros e espelhos que parecem ser do século passado. Tudo muito bem conservado e bem limpo também. Lipe solta a minha mão e começa a analisar o lugar e os objetos que há nele. Ele para em frente a umas araras de roupas antigas e começa a passar algumas ombreiras de um lado para o outro, parando em um tipo de terno antigo que tem uma calda de pinguim.— Como eu ficaria vestido nisso? — pergunta com um tom engraçado, me fazendo rir. Em seguida ele põe o paletó e um chapéu esquisito e alto, então ele se aproxima de mim, fazendo um gesto galanteador. — A senhorita aceita dá uma volta comigo? — Ele diz fazendo uma voz engraçada e faz um tipo de arco com o seu braço em minha direção. Rio ainda mais e enlaço o meu braço no seu e com um gesto educado, finjo segurar uma saia longa de um vestido e o cumprimento inclina
KellBom, essa com certeza é a melhor noite do pijama que eu já tive na vida e com certeza estou morrendo de vontade de matar a Maah, mas também quero muito abraçá-la e agradecê-la pelo empurrãozinho que nos aproximou tão inesperadamente. Não faço ideia de que horas são, mas eu e o Lipe já estamos a algum tempo sentados no sofá grande da sala, bem pertinho um do outro nos beijando? Sim, só um pouquinho. Na verdade, estamos nos conhecendo melhor e nessas poucas horas de conversa, contei-lhe sobre o meu sonho de ser uma grande chef, assim como o meu pai e também falei um pouco sobre as loucuras da minha família, que mesmo sem conhecê-los pessoalmente, ele já amou a tia Flávia, porém se identificou muito com o meu pai. Dou de ombros. Vai entender, né? Lipe tem dezessete anos, quase dezoito. Ele vai fazer em uma semana e confesso que saber disso me deu algumas ideias diferentes de comemoração. — Um doce por seus pensamentos. — O som da sua voz me desperta e eu sorrio lhe dando um beijo c
KellIsso aqui é uma loucura! É só o que eu consigo pensar assim que adentramos a tal danceteria semi escura. Mal consigo ver um palmo na frente do meu nariz, com toda essa fumaça de gelo seco espalhada por todo o lugar e as luzes néon colorida que é jogada sobre uma montanha de jovens que estão dançando e bebendo como se o amanhã não existisse. Marina e Fabinho estão dançando a algum tempo na apertada e bem povoada pista de dança. O cara pegou duas garrafas de cerveja e entregou uma para ela assim que chegaram aqui.— Eu não acredito nisso! — reclamo baixo e saio pisando firme, deixando o Lipe no balcão do bar e quando me aproximo do casal aluado, tomo a garrafa com rispidez da mão da Marina, assim que ela encosta o gargalo na boca.— Vamos embora agora, Marina! — Praticamente lhe dou uma ordem. Ela rir feito uma boba e eu me pergunto, o quanto ela bebeu? Mas que droga!— Deixa de ser chata, Kell e vem se divertir. — Ela grita animada demais e começa a pular erguendo os seus braços p
KellMe jogo na cama larga ao lado de uma Marina completamente apagada, depois de um banho frio e demorado e com muita bagunça. Cris e eu decidimos ficar ao lado dela durante o resto da noite, quer dizer madrugada, já que o dia está quase raiando lá fora. Tivemos uma puta aventura essa noite, mas confesso que não pretendo repeti-la tão cedo outra vez. Saber que a Marina sente inveja a minha vida mexeu um pouco comigo. Eu realmente não fazia ideia que a sua vida era desse jeito. Maah sempre falou tão bem dos seus pais e pensando bem direitinho agora, não me lembro de vê-los acompanhando a filha em qualquer evento escolar ou qualquer outro tipo de evento fora da escola. Isso é muito foda! Eu nunca iria imaginar que a Marina se sentia assim. Me viro de lado na cama e encaro o céu claro lá fora e sorrio ao me lembrar do Lipe. Quando ele nos trouxe de volta ao apartamento da Marina, se despediu com um beijo ainda do lado de fora e como um perfeito cavalheiro, ele se foi. O Call não ficou
Agnes — Como estão os preparativos para o desfile na Itália? — pergunto diretamente para a vice-diretora de produção do evento, Patrícia Laurentino. A mandei para a Itália no meu lugar, porque estava me sentindo muito afastada da minha família esses dias, então optei por ir na semana do evento e com isso, ganhei um passeio romântico com o meu marido no nosso cantinho de amor. Nesses anos de casamento, Adonis não mudou em nada, ele é o mesmo romântico e atencioso de sempre e eu confesso que estou me apaixonando diariamente por ele, a cada dia mais.— Temos um problema, Agnes. — Patrícia me desperta fazendo-me encarar a tela do computador em cima da minha mesa.— Problema? Que tipo de problema? — Me ajeito na cadeira e me preparo para mais uma dor de cabeça.— A nossa melhor modelo russa foi barrada no aeroporto. — Levo a mão a testa e a esfrego, puxando a respiração.— Como isso aconteceu, Patrícia? Meu Deus eu não posso me afastar um segundo de vocês? — A questiono irritada.— Estamo
Agnes— Eu te amo, sabia? — sussurrei em meio ao beijo e ele aperta a minha cintura.— Me ama, é? — indaga com a voz rouca.— Aham. — É o que consigo responder. Adonis se levanta comigo em seu colo e caminha para o lado da mesa que está vazio e me deita sobre o tampo duro e frio. Minhas pernas o abraça a sua cintura e o puxa mais para mim e logo me vejo tomada de desejo. Minhas mãos ávidas abrem os botões da sua camisa branca e eu praticamente a arranco do seu corpo. Ele faz o mesmo com a minha roupa. Puxo a liga que prende os seus cabelos e logo uma bela juba castanha se espalha, emoldurando o seu rosto quadrado. Deus como o amo! Nosso beijo agora parece mais intenso, sensual e envolvente. Nossas respirações agora estão mais ofegantes, pois estamos completamente entregues ao nosso momento. Adonis abre o zíper da sua calça, abaixa um pouco o tecido junto com a cueca box e põe um preservativo no seu membro rígido, bem diante do meu olhar faminto e quando ele vem para mim, afasta o m
Agnes — Ana, o senhor Clive Parker está vindo aqui. Por favor, faça-o entrar assim que chegar e… Não avise a Flávia, por favor! — peço com meu habitual tom profissional e a minha secretária me lança um olhar especulativo.— A senhora vai recebê-lo sozinha? — percebo o receio em sua pergunta e respiro fundo.— Ok, você está certa. Então, só, chama a Flávia se for necessário. Se for necessário, Ana — advirto-a. Ela assente e eu volto a minha sala, fechando a porta atrás de mim. Não consigo imaginar o que esse imbecil ainda quer de mim. Eu realmente achei que o fato de não ter perdido nada, o deixaria mais calmo e longe de todos nós. Principalmente de mim e da Kelly. Aliás, ainda não entendi como de falido e jogado na sarjeta, o Adam voltou a ser dono do banco e ainda com uma conta bancária bem recheada. Ana dá duas batidas leves na porta me despertando e Adam passa por ela logo em seguida com o seu habitual porte arrogante. Observo as roupas caras, o relógio de ouro branco em seu puls