Lukas conduzia na direção que Juliana lhe tinha indicado, com as mãos a agarrar firmemente o volante do carro e o rosto ligeiramente franzido. Não era pessoa para tirar conclusões precipitadas, mas algo o incomodava.–Tenho algo a considerar– disse ele, quebrando o gelo depois de vários minutos sem falar. Tinha reparado que a mulher tinha as mãos cruzadas no colo.–O quê?– Juliana não percebeu a pergunta. Lukas olhou–a de lado.–Bem, nós vamos ter uma relação em que vamos ter sexo e, embora eu adore a ideia, vamos acabar por nos misturar. Se tivermos algum problema que possa afetar um ao outro, é melhor dizê–lo agora– foi direto ao assunto.Viu as sobrancelhas de Juliana erguerem–se e depois caírem. Ela desviou o olhar.–Não... não há nada.Lukas não ficou satisfeito com a resposta dela e, parando o carro num sinal vermelho, estendeu a mão com um movimento rápido e empurrou a máscara de Juliana para baixo, revelando o que estava por baixo dela. E o que ele viu fez com que os seus olho
Alicia estava a servir o pequeno–almoço para três pessoas à mesa, algo que se estava a tornar um hábito para ela, que costumava cozinhar demais, pois Lukas costumava aparecer do nada a todas as horas. Não que isso a incomodasse de todo. O homem tinha algo que não sabia para animar o ambiente. Ouviu a porta do escritório de Vincet abrir–se e os dois saíram.–Lukas tinha um sorriso enorme no rosto, era isso que ele queria dizer.Alicia endireitou–se e quase caiu para trás quando Lukas se lançou em direção a ela e a abraçou.–Obrigado, mil vezes obrigado– começou a dizer o secretário por cima do ombro, num tom de choro.Alicia olhou para Vincet, que tinha uma careta no rosto e que agarrou no pescoço do amigo e o puxou para o soltar.–Não te agarres a ela como a uma pastilha elástica– rosnou.–Aaaahhh, não me digas isso, seu acumulador de merda. Pensas que por estares com a pomba agora és o único na vida dela. Mesquinho– Lukas rosnou–lhe também.Uma gota de suor escorreu pela têmpora de A
O carro parou na esquina do costume para deixar Alicia a caminho da faculdade, embora ela soubesse que, por esta altura, seria certamente o centro das atenções, afinal de contas, Vincet tinha feito um bom espetáculo ao ir buscá–la e os seus colegas de turma não iam ficar calados. Começou a sair do carro depois de se despedir, mas a sua mão foi agarrada por Vincet, que se moveu rapidamente.Ela virou–se para ele a meio do caminho, com dúvidas no rosto.–Há algum problema?O diretor–geral fechou os olhos.–E onde está o meu beijo?Nesse momento, o rosto de Alicia ficou vermelho de vergonha.–Podem comer à vontade, façam de conta que não estou aqui– disse Lukas do banco da frente com um abanão na cama.Um bufo saiu do peito de Vincet e ele esperou por ela, embora, conhecendo–a, ainda fosse demasiado cedo para ela tomar a iniciativa se não estivesse bêbeda. Ele só queria ver a reação dela e gostava muito quando ela corava daquela maneira. Deixou–a ir e ia dizer–lhe que era uma brincadeira
Alicia não ficou surpreendida quando uma das raparigas à sua frente perguntou.–Pode dar–me o número de telefone do homem que a veio buscar ontem?Não era apenas a arrogância com que ele falava, mas a autoridade com que o fazia. E Alicia sabia que, se dissesse –não– em primeiro lugar, eles não aceitariam, em segundo lugar, de certeza que iriam continuar a insistir e, além disso, era provável que tornassem o pouco tempo que ela tinha tido num inferno de problemas. E a última coisa que ela queria era procurar problemas. Ela queria formar–se de uma vez. Não ficar a olhar para a cara de todas aquelas pessoas que, até há menos de 24 horas, a tinham ignorado completamente.Por isso, optou por uma alternativa melhor, a inteligência não podia ser apenas para os estudos.–Gostavas que o teu número fosse dado a alguém de quem não gostas?– perguntou com uma calma que não lhe era caraterística.A rapariga abriu a boca para protestar, mas outra rapariga interveio.–Como é que podes dizer isso? Não
Vincet abriu a porta do seu apartamento com um ligeiro sorriso e um grande saco na mão. Havia um ligeiro odor etílico a sair dele, devido aos dois copos de vinho que tivera de consumir durante o jantar de negócios, mas não era assim tão mau que ele não tivesse controlo sobre isso. Estava apenas mais bem–disposto do que noutras alturas. Especialmente depois do dia que tivera e da prenda que ia entregar.Já a futura dona daquelas prendas estava sentada nas almofadas da sala, em frente à mesa baixa, com alguns documentos a estudar e a traduzir, afinal em breve teria a sua formatura e, com certeza, o exame final. Quando ele se aproximou, ela ouviu–o e olhou por cima do ombro.Boa noite, Vincet,– Alicia sorriu–lhe, levantando os bordos dos lábios, embora o seu rosto estivesse um pouco sério devido à concentração que normalmente adquiria quando estava a estudar.Aproximou–se dela e baixou–se ao seu lado, esticando o pescoço e deixando um beijo rápido nos lábios de Alicia, apanhando–a de sur
Vincet tinha a certeza de que Alicia diria que não, afinal de contas, tomar banho juntos significava que estariam despidos e, embora se tivessem tocado e ele lhe tivesse feito sexo oral, não estavam ambos no seu melhor estado de espírito, antes pelo contrário, o álcool tinha–lhes trazido à tona o que estavam a reprimir. Mas ele ficou impressionado quando ela baixou a cabeça e... acenou com a cabeça.Os olhos de Vincet arregalaram–se de choque e ele sorriu enquanto a abraçava e lhe dava um beijo forte na nuca e depois mordia–a, mas sem intenção de a magoar. Ouviu–a gemer ligeiramente e tremer um pouco, mas sem o afastar.Ah, podia–se estar mais feliz. Nem por isso, era uma sensação diferente da anterior, uma que o preenchia por completo, e era algo tão simples como ela dizer sim a um pedido como aquele, em que não era que acabassem em sexo, mas um momento tão íntimo. Ainda assim, a ereção nas suas calças ansiava por mais. Seria uma luta difícil.Vincet levantou–se e estendeu a mão para
A água quente saía do duche, enchendo a sala de vapor que estufava o vidro, mas não fazia nada para esconder os dois corpos lá dentro. Dois corpos pressionados um contra o outro, esfregando–se e gemendo com o contacto entre eles.Vincet devorava a boca de Alicia, prendendo o seu corpo contra a parede do chuveiro, a sua perna tinha–se enfiado entre as coxas dela e as suas mãos acariciavam–lhe as ancas, a cintura e, a dada altura, tinha conseguido desapertar–lhe o sutiã por trás, de modo que lhe tocava num dos seios por baixo do tecido com facilidade.Alicia parecia intoxicada de desejo com os seus toques, os seus sentidos movendo–se à volta dos estímulos de Vincet que, longe de serem agressivos ou mesmo muito sexuais, pareciam estar apenas a tentar habituá–la às suas carícias. E embora ela o sentisse extremamente duro contra o seu baixo ventre, ele estava a dar–lhe toda a sua atenção.As unhas de Alicia cravaram–se nas costas dele quando ela lhe soltou a boca e começou a lamber–lhe o p
Se tivessem dito a Alicia que acabaria assim há dois meses atrás, ela não teria acreditado, especialmente tendo em conta a realidade em que vivia, agora distorcida pelo mar de sensações que a envolviam. Ela abriu a boca e soltou um gemido profundo e mordeu a mão à sua frente para os silenciar envergonhada quando foi interrompida e dedos grossos deslizaram para dentro da sua boca e brincaram com a ponta da sua língua.Não te mordas– ouviu Vincet dizer–lhe ao ouvido e depois beijar–lhe a face enquanto os dedos dele se humedeciam dentro da boca dela.Alicia olhou–o de lado com as faces a arder e, sobretudo, com o corpo a arder. Ela estremeceu e ficou grata por ser ele a controlar a situação, pois mal se conseguia segurar pelos joelhos.Vincet sorriu por detrás dela e deu outra estocada, sentindo–a tremer contra ele. Por esta altura, as cuecas dela estavam emaranhadas à volta dos tornozelos, deixando o caminho livre para o membro dele que se movia para trás e para a frente num movimento c