Fernanda Gusmão
— Nanda, filha, onde você está? O café vai esfriar! — minha mãe grita da cozinha minúscula que ficava localizada nos fundos da casa— Já vou mãe! Estou só terminando de me maquiar. — grito de volta dando o último retoque na minha maquiagem, que precisava estar perfeita, pois hoje tenho uma entrevista de emprego na empresa Castelamari, a maior da América Latina, no ramo de cosmética e perfumes, a qual meu amigo Luan trabalha, e graças à ele consegui essa entrevista e espero que tudo dê certo, porque estou desempregada à mais de seis meses e preciso urgentemente conseguir uma oportunidade de emprego, para ter como arcar com as despesas de casa ou então as coisas poderão se complicar ainda mais por aqui.Me chamo Fernanda Gusmão, moro no interior de São Paulo com minha mãe Celina e com meus pets, Filó, uma cadelinha cor de caramelo e o Melado, um gatinho super fofo nas cores marrom e branco. Não tenho irmãos, mas tenho o Luan, que supre toda essa ausência muito bem. Já o meu pai, um dia foi comprar margarina e nunca mais voltou, bom foi assim que minha mãe contou, era mais fácil ela dizer isso, do que dizer ele não nos amava e por isso se pirulitou.Com o passar do tempo minha mãe começou a ter graves problemas de saúde, principalmente nas articulações, ela tem trombose e infelizmebte não conseguia mais trabalhar. Com muito custo se aposentou, mas o que ela ganhava, mal dava para suprir as necessidades dela mesma e por isso, desde os meus doze anos eu trabalho. Assim ajudava em casa e não deixaria que nada faltasse para nós duas. Mas, como eu disse, fui demitida há seis meses da lanchonete que eu trabalhava e preciso urgente de um emprego, ou caso contrário tudo o que eu mais temia poderia acontecer, minha mãe e eu poderíamos passar grandes apertos nessa casa. E isso, seria o mesmo que a morte para mim. Somos pobres, mas graças à Deus nunca faltou o pão de cada dia em nossa mesa e sou muito grata à Ele por isso. Pois sei que se estamos aqui até hoje, é porque Ele assim permitiu. E por isso tenho esperança que conseguirei um emprego muito mais rápido do que imagino.Hoje com vinte e dois anos, não posso me dar ao luxo de ficar sem trabalhar, mas só espero que meu próximo patrão seja um homem correto, porque o meu penúltimo chefe era um velho tarado e asqueroso. Eu trabalhava como garçonete e ele pagava bem mais que o cargo oferecia, com certeza não era por causa do brilho dos meus olhos. Mas, isso eu só descobri no dia em que ele tentou me violentar. Sinto asco só de lembrar daquele nojento, colocando aquela mão suja nos meus seios e os apertando com força. Na hora dei um grito, que acho que toda cidade ouviu, e para não deixar por menos, ainda enfiei uma faca em sua perna esquerda, acertando em cheio em uma veia que deixou ele paralisado na hora. Eu saí ilesa, mas deu ruim pra ele, pois teve que vender a lanchonete pra conseguir pagar a fiança e não cair no sistema com o título de estuprador.Desde então, não consigo achar nada que preste, e a maioria dos lugares que fui, se fosse pelos homens, já estava contratada, mas quando as esposas, noivas ou namoradas olhavam para mim, sempre davam uma desculpa qualquer e me dispensavam na hora.Eu sou morena clara, cabelos castanhos lisos em cima e cacheado nas pontas, olhos cor de mel, tenho 1,68m de altura, peso sessenta quilos bem distribuídos, pernas grossas, bumbum médio redondo, e um belo par de seios que chamam atenção por onde passo. Resumindo, sou uma verdadeira destrói casamentos, pois essa é a única explicação que tenho para todas as portas na cara que tenho recebido nesses últimos seis meses.Termino de me arrumar e enfim desço para tomar café.— Que demora filha, assim vai se atrasar para a entrevista que o Luan conseguiu para você. — Minha mãe diz me entregando uma xícara com café pingado e um pratinho com queijo quente— Preciso me arrumar bem, mamãe, quem sabe dessa vez não consigo o emprego. — falo e logo em seguida dou uma mordida no pão— Deus te ouça minha filha e que você consiga logo um emprego. Porque a nossa situação pode ficar complicada, só o dinheiro da minha aposentadoria não vai ser suficiente para nós duas e ainda arcar com a dívida da casa. — minha mãe fala entristecida e volta para a pia, terminando de lavar a louça do café da manhã— Não se preocupe mamãe, vamos dar um jeito. A senhora vai ver. Deus é mais! — falo a olhando e rapidamente terminando de tomar meu caféMinutos depois me levanto e vou até ela, lhe dando um abraço e um beijo no rosto. Ela sorri, mas no fundo sei que está preocupada e que também se sente culpada por não poder mais trabalhar. Já a peguei chorando no canto do quarto várias vezes e ver triste quem sempre fez de tudo para me oferecer o melhor, acaba comigo. Mas não posso esmorecer, somos só nós duas, uma pela outra sempre e por ela continuarei lutando dia após dia, na tentativa de oferecer sempre o melhor.Me despeço da minha mãe e sigo meu caminho para a entrevista. Vou caminhando até o ponto de ônibus e demorou quinze minutos para que o ônibus 354 chegasse. Subi e segui meu caminho até o centro da cidade. Ao chegar, fui direto para a estação de metrô e em menos de cinquenta minutos já estava em frente à empresa Castelamari. Olho para o prédio e era gigantesco, até onde consegui contar eram uns vinte e cinco andares, todos eles com vidros espelhados. Ao entrar fui recebida pelo segurança, que me anunciou, me entregou um crachá de visitante e disse o andar que eu deveria ir. Luan estava de folga hoje, então tudo seria por minha conta e risco. E que Deus me ajude.Chego no andar indicado pelo segurança e ao sair do elevador me deparo com uma sala luxuosa, repleta de detalhes em dourado e preto, as mesmas cores da marca de cosméticos. E na parede, bem à minha frente, havia uma placa enorme com o nome da empresa. Fico boquiaberta observando todo aquele luxo e levo um susto quando ouço:— Veio pela vaga de assistente do departamento pessoal?Uma senhora aparentemente com a idade da minha mãe, vestindo um conjunto de saia e blazer preto, usando óculos de grau e com um semblante sério, me analisa. Timidamente eu me aproximo e falo:— Sim. Eu me chamo Fernanda Gusmão e fui indicada pelo Luan Ferraz. — falo com um sorriso fraco e estendendo a mão direita, mas a mulher não retribui o cumprimento, continua com seu olhar de reprovação, em seguida ajeita os óculos e com um desdém diz:— Já sei quem você é, o segurança me comunicou. Aguarde um momento, que irei ver se poderão te receber.— Tudo bem. Obrigada!Falo timidamente e a mulher sequer responde. Apenas se afasta da tela do computador e segue em passos largos para uma sala, que com certeza pertencia a pessoa que iria me entrevistar. Nesse momento eu era só nervosismo. Minhas mãos estavam geladas, nunca fui de sentir calor, mas naquele momento eu estava quase pingando de tanta ansiedade. Alguns minutos depois a mulher retorna para a recepção, senta em sua cadeira acolchoada, me lança um olhar sério e diz:— Sinto muito, mas a vaga já foi preenchida. Sendo assim, pode se retirar.Fico indignada com a sua frieza e por praticamente ter sido enxotada como se tivesse uma doença contagiosa."Quem essa mulher pensa que é para me tratar desse jeito?""Posso ser pobre, sim, mas tenho minha dignidade. E perante Deus somos todos iguais, mas se ela não sabe disso, deixarei bastante claro e será agora."Penso a olhando de cima a baixo, da mesma maneira que ela fez comigo desde o princípio, cruzo os braços e falo:— Quê? Como assim, a vaga já foi preenchida? Não tem nenhuma candidata aqui nessa recepção, além de mim. A senhora sequer me olhou desde que cheguei, e com certeza deve ter fingido que iria me anunciar e ao entrar naquela sala deve ter gargalhado da minha cara, enquanto procurava essa desculpinha esfarrapada para me dar.Solto tudo de uma vez, sempre fui atrevida e nunca levei desaforo para casa, e não seria agora que isso iria mudar. Estava sim dentro de uma multinacional, mas como eu disse antes, ninguém é melhor do que o outro e jamais devemos tratar nosso semelhante com desprezo, seja ele quem for.Continuo com os braços cruzados a encarando, a mulher sequer retira os olhos da tela do computador, apenas bufa e com desdém diz:— Não me faça perder tempo mocinha e se retire daqui imediatamente. Ou prefere que chame o segurança para te ajudar?Bufei de ódio, revirei os olhos, mas nada disse. Com certeza estavam me monitorando pelas câmeras e o dono deve ser casado, e a mulher já me jogou para escanteio antes mesmo de me conhecer. Olho pela última vez para a mulher grosseira, que me olha de um jeito irônico e debochado, como se estivesse adorando me ver daquele jeito."Meu Deus, mais uma porta fechada, até quando isso?"Penso deixando escapar uma lágrima no canto do olho direito, mas limpo rapidamente antes que àquela mulher percebesse e se sentisse vitoriosa ao me ver destruída.Sai do prédio como um foguete. Eu queria fugir e desaparecer, mas não poderia fazer isso, não era justo, a minha mãe precisava de mim. Então eu tinha ser forte, por ela, por nós. Continuei caminhando sem destino, até que avistei uma praça, me sentei no banco pra descansar um pouco e em cima do mesmo encontrei um jornal todo amassado. Abri e lá havia o seguinte anuncio:"Procura-se acompanhante..."Só consegui ler esse trecho, porquê o restante estava rasgado.— Droga! Que falta de sorte! — esbravejo com raiva e sinto uma gota de orvalho cair no meu rosto, estávamos na estação do inverno e o frio já estava a todo vaporContinuo olhando aquele anúncio e a única coisa que dava pra ver era o endereço. Olho bem e não acredito no que vejo."Não pode ser, isso deve ser alguma brincadeira do destino.""Acabei de sair desse lugar praticamente enxotada e agora o Senhor me envia esse papel? É alguma piada?'Olho para o céu e balanço a cabeça em negação."Eu não vou lá. Não vou ser humilhada outra vez por aquela nojenta." — falo mentalmente, mas quando estava prestes a jogar o jornal no lixo uma borboleta esverdeada pousa no meu ombro, olho para ela e penso:"Deve ser um bom sinal. Não custa tentar ir até lá pra ver, quem sabe dessa vez tenho mais sorte. Mas vou fazer isso amanhã, porque agora está tarde e minha mãe deve estar preocupada."Peguei o jornal, coloquei dentro da minha bolsa e fui direto para casa. Ao chegar, encontro meu amigo Luan me esperando com um sorriso largo no rosto. Eu o amo de paixão, fomos criados praticamente juntos, temos um ano de diferença de idade, mas nunca rolou nada entre a gente. Confesso que de vez enquando o peguei me olhando, principalmente para o meu decote, ou quando eu andava pela casa de calcinha e sutiã quando estávamos só ele e eu. Nunca vi problema nisso, pois sempre o enxerguei como um irmão, mas confesso que eu adorava provoca-lo. Minha mãe dizia que ele não arrumava namorada por minha causa, e vice versa, que ainda iríamos nos casar. Eu sempre gargalhava daquilo, mas confesso que o Lu me excitava, quando ele ficava sem camisa, aquele corpo esbelto, forte, aqueles olhos cor de mel, era difícil segurar. Mas, por algum motivo, ainda não rolou nada.O cumprimentei, disse que não rolou a vaga de assistente, ele fucou um pouco triste, disse que iria tentar me ajudar, mas pedi para ele deixar isso quieto, pois o que eu menos desejava era que ele tivesse problemas no trabalho por minha culpa. Entramos em casa e nós três conversamos muito, porém decidi não falar do anúncio, até porque não queria deixa-los preocupados, pois poderia ser tudo, mas estou torcendo que seja apenas acompanhante de algum idoso ou doente. Porém, não sei o que vou fazer se não der certo, meu dinheiro da recisão e do seguro desemprego praticamente estão no fim, e já temos quatro prestações da casa atrasadas. E se a gente perder aquela casa, não teremos pra onde ir e aí sim ficaremos num beco sem saída.Nós jantamos, em seguida minha mãe foi descansar, porque estava com muitas dores no corpo. Luan e eu ficamos arrumando a cozinha, e depois ficamos até tarde assistindo a série Arrow na N*****x. Já era quase meia noite quando nos despedimos e logo depois fui dormir, ansiosa para que amanhã seja melhor do que hoje. Fiz uma breve oração e dormi em paz, pensando:"Seja o que Deus quiser."[...]FernandaDepois de apagar por completo, agendo o despertador do celular para umas três horas antes do tempo da entrevista, mas eu esqueço de colocar o aparelho no carregador, por sorte ou um milagre, acordo bem cedo, até um pouco mais do que eu tinha programado. Tomo um bom banho e desço para ajudar minha mãe a preparar o nosso café. Depois de ficar um tempo conversando com ela, subo para o meu quarto e começo a me arrumar bem bonita. Sei que estava muito cedo para sair, mas como a ansiedade gritava dentro de mim, decidi não ficar em casa por muito tempo, pois isso me deixaria ainda mais nervosa. Me despeço da minha mãe e como a empresa era longe da minha casa, eu decidi chamar um taxi. Sei que era um dinheiro extra e que nessa altura do campeonato qualquer gasto poderia nos fazer falta, mas eu estava esperançosa de que dessa vez as coisas seriam diferentes e essa quantia no final, seria muito bem gasta. Pouco tempo depois chegamo na empresa. Pago o taxista e desço já com o coração à
FernandaOlho pra trás, e a mulher foi logo falando:— Fernanda, por favor volte, o Senhor Antônio quer falar com você.Sem pensar duas vezes, logo respondo:— Olha moça, como eu disse, isso não é pra mim, não nasci para isso. Diga à seu patrão que agradeço à oferta, mas não sirvo para ser prostituta.Ela se assusta com minha resposta, segura no meu braço e diz:— Calma menina, ele só quer conversar com você, sem compromisso, você vai perder ou talvez ganhar apenas dez minutos do seu tempo. E então, vamos?Fico pensativa por um curto tempo, coloco na balança os prós e contras de aceitar essa conversa. Realmente que mal teria se eu fosse conversar com esse tal de António? A única coisa era eu dizer o que disse à pouco para essa secretária, que não nasci para me prostituir e ser bonequinha de luxo de nenhum riquinho metido a besta.Como dizer isso não arrancaria pedaço algum do meu cirpo, então decido aceitar e voltar a empresa para ouvir a proposta daquele sujeito, afinal não tenho nad
Fernanda Depois daquela conversa tensa com o Luan, não preguei o olho à noite inteira, fiquei fritando na cama e assim que amanheceu, a primeira coisa que eu fiz foi ligar para o Senhor Antonio, falando sobre a minha decisão. E como eu imaginava, ele ficou muito satisfeito com minha resposta. Decidi ainda não contar pra minha mãe, por hora preciso inventar uma boa desculpa para ela não desconfiar de nada. Quer dizer, conseguir um outro emprego, mas isso, eu resolvo depois. Marcamos de nos encontrar no mesmo lugar de antes, ele me ofereceu um motorista particular para me buscar, mas não aceitei, pois não quero chamar atenção dos vizinhos e menos ainda da minha mãe. Já basta o carão do Luan, que tenho que suportar, agora ser a causadora de um desgosto da minha mãe, isso sim, eu jamais superaria.Antes de sair, me peguei um pouco curiosa, e decidi pesquisar sobre o tal Pietro Castelamari nas redes sociais, mas não achei nada sobre esse homem. Vasculhei tudo o que pude, mas não tinha ab
Fernanda Depois de tudo o que ouvi do senhor Antônio, minha mente estava fervilhando e mil coisas passavam pela minha cabeça. E uma delas, era que já fazia tempo que não ficava com ninguém, pois namorar sério, isso nunca aconteceu comigo e menos ainda de mentira. Não por falta de pretendentes, mas por nunca ter conhecido um cara que realmente mexesse comigo de verdade. Mas, confesso, que muitas vezes tinha vontade de agarrar o Luan, contudo sempre me controlei e por diversas vezes logo em seguida corria para casa tomando banho gelado.O tempo passou, e após a conversa com o Senhor Antônio, eu fui embora. Mas, aquela imagem da fotografia não saia da minha cabeça. Aquele Pietro não é um homem, não pode ser de verdade, lindo, solteiro e rico, as mulheres deviam cair matando. Mas, pelo visto o cara só está mesmo afim de curtição. Será que isso é para punir o pai dele? Afinal, pelo que percebi, eles não se dão muito bem.Com esses pensamentos, vou pra casa, de ônibus, para evitar problema
FernandaNo dia seguinte, Luan tinha feito um café da manhã maravilhoso e levou para mim na cama. Eu ainda dormia, e só despertei depois de sentir os beijos dele no meu pescoço. Me espreguiço e quando abro os olhos, vejo àquela bandeja cheia de delícias, sendo entregue pelo homem mais incrível desse mundo. Olho tudo aquilo e meus olhos se enchem de lágrimas. Nunca havia sido paparicada dessa maneira e isso me deixava muito emotiva.— Que lindo, Lu! — falo com as mãos na frente da boca e os olhos lacrimejados— Mais linda do que a mulher que está na minha frente, é impossível. — Lu diz sorrindo e me dando um selinho — Bom Dia, meu amor. Dormiu bem princesa? — ele pergunta, me dá um outro selinho e senta ao meu lado— Melhor é impossível. Respondo sorrindo, me servindo de um pouco de café. Luan começa a comer junto comigo, e fiquei mega feliz, porque não ficamos sem graça um com outro depois da noite passada. Mas, eu sabia que ele estava louco por uma explicação, a cara dele e seu olh
FernandaAndamos o shopping inteiro, meus pés estavam me matando, mas valeu a pena, pois Laura tinha um bom gosto. Após quase três horas andando sem parar de um lado para o outro, resolvemos parar um pouco pra comer. A fiquei observando por algum tempo, e pelo que pude perceber e pelo que ela dizia, parecia não saber do contrato. Isso era ótimo, quanto menos pessoas soubessem, menor seria o meu incômodo. Afinal, não era nada bonito se prestar a um papel como acompanhante de luxo e ainda por cima de mentira.— Então Fernanda, fui contratada ontem pelo senhor Castelamari, e você deve se considerar uma garota de sorte, pois namorar o solteirão mais cobiçado da cidade não é para qualquer uma. Laura fala com um sorriso no rosto, tento fingir entusiasmo, mas por dentro eu estava só os nervos. Não conseguia parar de pensar no Luan e tudo o que deve estar passando pela cabeça dele. E só em ter que imaginar outro cara me tocando, já sinto uma ânsia incontrolável. — Claro que sim, nossa muito
FernandaNo local marcado, lá estava o motorista. O cumprimento e em sequência seguimos para a casa do senhor Antônio. Eu imaginava que seria uma cobertura ou algo do tipo. Mas, não! Era uma mansão, tipo àquelas que vemos nos filmes do cinema, dava umas cinco da minha, luxuosa, e com muitas pedrarias na entrada. Chegando na porta, fui recebida com um sorriso, pela senhora das fotos.— Olá! Você deve ser Fernanda? O meu nome é Eloá, sou esposa do Antônio e madrasta do Pietro, vou te acompanhar até o quarto para que consiga se aprontar, enquanto os homens da casa não chegam. Com um sorriso, assinto, e subimos até o quarto. Novamente fico boquiaberta, era tudo perfeito, parecia até um quarto de princesa, e confesso que naquele momento era como eu estava me sentindo.Depois de algum tempo, lá estava eu, linda e tão perfeita que nem me reconheci. Fico ali, estática diante do gigantesco espelho que gavia de frente à cama, e só volto a si quando alguém bate na porta. Em seguida, vejo a port
Fernanda Depois do que aconteceu durante a madrugada, demorei à dormir, ou melhor, sequer consegui ter um sono tranquilo, pois os pesadelos que tive com Pietro não me deixaram em paz. O pior deles, foi quando ele invadia o meu quarto e me violentava. "Meu Deus, que loucura! Que esses seis meses passem o mais rápido possível, antes que eu enlouqueça de vez."Acordo bem cedo, com o barulho do meu celular tocando, pego rapidamente e vejo que era minha mãe, com toda certeza estava preocupada com a minha demora.Levanto e sigo apressadamente para a porta de madeira branca, e ao abrir, me deparo com um banheiro maravilhoso, revestido de mármore italiano de cima abaixo e com uma riqueza de detalhes impressionante. Fico boquiaberta e morrendo de medo de mexer em alguma coisa, mas eu precisa fazer minhas higienes matinais, não imaginei que passaria a noite aqui, portanto não vim prevenida e por essa razão, começo a procurar por produtos que eu pudesse utilizar. E por sorte, encontro tudo o q