Fernanda— Prazer, eu me chamo, Pietro Castelamari.Incrédula no que estava acontecendo, fico sem reação, mas depois relaxo e aceito recomeçar. — Prazer, Fernanda Gusmão. Apertamos as mãos e ficamos nos encarando por alguns instantes. Ele sorria lindamente deixando suas covinhas à mostra e eu como uma grande boboca sorri de volta. Em seguida, Pietro liga o carro e desata a falar:— Então Fernanda. o que você fazia antes de...O corto de imediato, evitando um constrangimento entre nós. — Era eu garçonete, e das boas viu, só que meu chefe acabou estragando tudo. Aquele imbecil#. — falo nervosa e Pietro parecia ler nas entrelinhas — Já sei, tentou te agarrar.— Leu meus pensamentos? Sim, ele tentou. — reviro os olhos me lembrando do fato de meses atrás — Não o julgo, você é mesmo muito atraente.Aqueles olhos cintilantes, começaram a me olhar, e eu senti um arrepio, que vinha debaixo para cima. Fiquei sem graça, mas gostei, ele sabia como deixar qualquer mulher excitada. Mas, de ime
Dia seguinteFernandaComo eu havia prometido, no dia seguinte vou até a casa do Luan, na tentativa de acertar de uma vez por todas a nossa situação. Estava morrendo de saudades dele e não suportava ficar mais um dia sequer distante do meu melhor amigo, e agora também do homem que eu tanto amava. Tomo um bom banho, me produzo toda e desço falando com minha mãe que talvez voltaria tarde para casa. Ela sorriu e disse que estava tudo bem, mas que era para eu ir com calma e tomar muito cuidado para não me machucar. Na hora eu sorri, confesso que não compreendi o motivo de tanta preocupação por parte dela, afinal o Lu e eu nos conhecemos há muito tempo, e ela mesma sempre incentivou a nossa relação. Mas, confesso ter ficado com uma pulga atrás da orelha, afinal, mãe sempre tem razão no que diz. Porém, eu estava tão ansiosa, que tudo o que conseguir pensar na hora, foi:Que mal# aconteceria ao lado do meu amigo? Me despeço da minha mãe e sigo para a casa do Luan. Como ainda tinha a chave,
FernandaFecho a porta, saindo daquela casa completamente destroçada e dilacerada por dentro. Sentia como se um pedaço da minha vida tivesse sido arrancada de mim e deixada nas mãos do Luan, sem que nada eu pudesse fazer. Vou embora, com ele no meu coração, e com a esperança de que algum dia nossos caminhos voltem a se cruzar. Sigo meu caminho pensativa, mas com uma convicção de que esses seis meses que ficaremos afastados, servirão apenas para nos fortalecer e nos preparar para vivermos o nosso amor. Enxugo minhas lágrimas, que insistiam em brotar, tinha algumas coisas para resolver e não poderia demonstrar fraqueza. Sem falar, que antes tinha que passar em um lugar e resolver algo muito importante, que não poderia ser deixado para depois. Paro em frente à uma casa bastante bonita, com uma fachada na cor verde água, uma varanda, um pequeno jardim na frente e uma cerca de madeira com um portão pequeno, na cor branca. Era um local, aparentemente, bonito e confortável. Poderia até ch
FernandaUm mês depois...Depois daquela noite na praia, Pietro e eu nos aproximamos cada vez mais. A princípio nos tornamos amigos, mas com o passar dos dias nosso entrosamento foi aumentando mais a cada dia, até que chegou ao ponto de eu não conseguir resistir às suas incansáveis investidas e me entregar ao desejo que sentia por ele. E, foi juntamente na mesma praia, dentro daquela cabana mágica que tudo aconteceu pela primeira vez entre nós dois e desde então estamos mais unidos do que nunca. Não posso afirmar que estou apaixonada por ele, contudo Pietro mexe demais comigo e de uma maneira totalmente oposta ao do Luan. Luan é a minha calmaria em dias de tormenta, enquanto Pietro é o próprio furacão, que surge de repente devastando tudo o que vê pela frente. Ambos tiravam o melhor e às vezes o pior de mim. E a cada dia eu me sentia mais e mais confusa. Será que é loucura ou perversão gostar de dois homens ao mesmo tempo?Não saberia responder à essa pergunta, tudo o que sei é que
Pietro CastelamariCastelamari CosméticosTentei manter um auto controle, que eu nem sabia que existia dentro de mim, apenas para evitar uma crise de ciúmes fora de hora. Mas, confesso, que não digeri o que ouvi da Fernanda a poucas horas. Sempre fui muito possessivo com tudo a minha volta, e isso inclui as mulheres. Saber que a minha acompanhante e agora namorada, mesmo que de mentira, nutre sentimentos por outro sujeito é muito difícil para um homem como eu. Necessitei fazer uma forca descomunal, para não demonstrar esse meu lado obscuro para a Fernanda, afinal, ela não merece ser ofendida ou destratada de nenhuma maneira. Gosto demais dela e no que depender de mim, nós nunca nos separaremos, e farei de tudo para que nossos caminhos sejam cada vez mais entrelaçados e assim o fim nunca se aproxime. Apesar de não ter gostado do que ouvi, não posso dizer que estou perdidamente apaixonado pela Fernanda, mas eu não gostei da ideia de ter outro sujeito na cabeça dela e principalmente no
Fernanda Tento manter o controle, mas era praticamente impossível não ter uma crise naquele momento, eu estava a ponto de explodir e o pior sem ter como evitar um colapso bem dentro da minha casa. A bomba de Hiroshima seria uma fichinha, em vista do que aconteceria se Luan e Pietro se encontrassem. Não sabia o que seria pior, o encontro deles, a reação do Luan ou a minha mãe descobrir que tudo não passava de uma maldita farsa, e que eu era sim uma acompanhante, mas de luxo e que o idoso na verdade era Pietro, o Deus grego bem na frente dela. "Tenha piedade da minha alma Senhor. Sei que errei, mas tenha misericórdia, não quero dar um desgosto para minha mãe e menos ainda perder o homem que tanto amo. Me ajuda, só dessa vez!" Eu suplicava em pensamento, e naquele momento era a única coisa que eu poderia fazer, implorar para que tudo isso não terminasse de uma maneira desastrosa. Pois, tudo caminhava para isso, contudo eu ainda tinha uma fagulha de esperança dentro de mim e uma certez
Fernanda Acordei bem cedo, fiz minhas higienes e rapidamente me arrumei. Luan ainda dormia e sua respiração era pesada, indicando que estava em um sono profundo e com certeza não despertaria tão cedo. Enquanto eu ligava o meu celular, o fiquei observando por algum tempo, e sinto meu peito queimar, só em imaginar, que não poderemos nos ver com tanta frequência durante esses cinco meses. Bufo e espraguejo a mim mesma, mentalmente, por não ter tido forças suficientes para resistir a tentação de assinar aquele contrato. Se não fosse por esse bendito papel, hoje as coisas seriam muito diferentes, não conheceria o Pietro, menos ainda criaria vínculos com ele e nesse momento Luan e eu estaríamos muito felizes juntos. Mas, como não sou de ficar chorando as pitangas pelo leite derramado, seguirei em frente e farei o que tiver que ser feito para cumprir com minha palavra e levar esse contrato até o fim. Além é claro, de conseguir quitar as dívidas e dar um conforto a quem sempre fez tudo o qu
FernandaMe recomponho e resolvo ir para casa, quando ele tiver com a cabeça fria, a gente conversa, eu sei que ele não está apaixonado por mim, apenas confuso. Então, mais tarde eu volto e nos entendemos.Chegando em casa passei o dia todo trancada no meu quarto me cuidando. Liguei para o motorista pedindo que ele me ligasse assim que Pietro chegasse na mansão. Contudo, ele estava demorando demais ligar, e como sou ansiosa me arrumo para ir procura-lo, mas quando estava prestes a sair de casa recebo uma ligação. Meu coração acelera, imaginando que fosse ele, o Pietro, mas ao olhar para dela o entusiasmo desaparece, pois não era quem eu imaginava, mas sim o Senhor Antônio.— Alô! Senhor Antônio, aconteceu alguma coisa? — pergunto realmente preocupada, pois sabia como Pietro era impulsivo e com a cabeça quente ele poderia fazer alguma bobagem — Então, não sei minha nora, o Pietro não apareceu na empresa, não está em casa e em nenhum lugar que frequentamos. Logo, pensei que estivesse c