Capítulo 4
Vicente narrandoO DIA DO CASAMENTOHojeera o dia do casamento, confesso que não estava nem um pouco feliz com essedia, eu tinha memórias péssima da última vez que tentei me casar.Douglas,o meu advogado entra no meu escritório e me encara.— Você tem um casamento – ele fala me encarando.— Infelizmente – eu respondo e ele abre um sorriso.— A empresa vai falir se você desistir dela.— Eu vou me casar – eu respondo para ele – não sepreocupa, já estou indo.— Você quer carona? – ele pergunta— Foi meu pai que te enviou para certeza que vou me casar?— Não – ele fala dando um leve sorriso debochado no rosto– já vi noiva fugir, mas noivo.— Quem me dera se ela fugisse , me livraria de todosproblemas.— Sua noiva tem um breve relacionamento com Jonas Davis –eu o encaro – só se ela fugir com ele.— Seria um livramento – eu respondo— Será mesmo? – ele pergunta me encarando – te encontro noseu casamento. – ele fecha a porta do escritório e sai.Eu bato a caneta diversas vezes na mesa e solto a respiração.Eu me levanto evou em direção a minha casa, a noiva também estava se arrumando por aqui,dispenso qualquer ajuda de qualquer pessoa, não queria pessoas curiosas em cimade mim, querendo saber sobre esse casamento repentino, eu me arrumo colocando oterno novo que minha mãe tinha mandado fazer para esse casamento, coloco a florbranca no bolso do paletó e resolvo ir falar com Maya, o fato dela ter umrelacionamento com Jonas, me deixou meio cabuloso por causa dos escândalos quepoderia ter, Jonas me odiava e eu não tinha nada contra ele, porém, não queriameu nome envolvido nos escândalos que Maya gostava de ter o dela envolvido.Raul Gusmann foi esperto, se não fosse por causa dos negócios, ele jamaisconseguiria um bom casamento para sua filha.— Dizem que dar azar você ver a noiva antesdo casamento – Ela fala com um tom irônico em sua voz quando eu entro.— Acredito que a gente ainda não tenha nosconhecidos da melhor forma – eu respondo.— É um casamento por contrato, estou sendoobrigada a me casar com você.— Não ache que estou me casando porque querotambém.— Então, por que esse casamento éimportante?— Porque ele vai unir as nossas famílias emum negócio milionário, que trará dinheiro para pelo menos umas 3 gerações parafrente.— Como se dinheiro importasse, é tudo queimporta para todos aqui – ela fala dando uma risada fraca.— Eu te espero no altar – eu falo firme –mas, não faça nada que possa prejudicar a minha imagem perante a sociedade e atodos, eu conheço seu histórico e sei bem como você é.— Você veio até aqui para me ameaçar?— Não quero te ameaçar por nada, apenasquero te avisar, que eu não quero escândalos. – ela me olha e eu abro umsorriso de canto e saio do quarto.Medirijo até a igreja onde seria o casamento, faço a entrada como deveria ser, ospadrinhos escolhidos por mera aparência e agora era esperar a noiva. O tempovai passando e nada dela chegar, vejo os seguranças de Raul nervosos.Somoschamados para ir até a sala do padre na parte de trás da igreja.— O que será que está acontecendo? – A minha mãe pergunta – ela jásaiu de casa, a governanta falou faz mais de quarenta minuto, se leva vinteminutos até aqui.— Onde está ela? – Meu pai pergunta para Raul quando ele se aproximade nós.Elenos encara e seu semblante não era muito agradável, ele nos encara.— Maya fugiu – ele fala— Como assim fugiu? – eu pergunto para ele – eu disse aela, que eu não queria escândalos.— Ela fugiu deve ter fugido com aquele dono de bar falido– ele fala nervoso— Jonas? – eu pergunto— Ele mesmo – ele fala e eu fecho os olhos tentando passara raiva que eu estava sentindo. Jonas, um filho da mãe que só trazia problemassempre na minha vida.— Não acredito que fui obrigado aceitar esse casamento eagora estou sendo obrigado a passar por isso.— Eu vou achar a minha filha e ela vai se casar – ele fala— Eu não quero mais me casar com ela! – eu afirmo nervosoe meu pai se desespera— Você não pode falar isso – Meu pai fala – o casamento éimportante para a nossa família.— Eu já disse que tenho outros meios de tirar a nossafamília da lama, vou reerguer as nossas empresas – o pai de Maya começa a rir.— Como? O meu dinheiro é necessário para isso, e se nãotiver casamento, não tem dinheiro – ele fala.— Eu não preciso do seu dinheiro – eu afirmo – me formeiem economia, pegue o seu dinheiro e a sua filha que é uma bomba que está prestea estourar e não apareça mais na minha frente.— Você acha que pode falar comigo dessa forma? – elepergunta— Eu falo como eu quiser – eu respondo – eu vou acabar comesse casamento agora mesmo.— Você vai se arrepender por falar dessa forma da minhafilha e por me tratar assim – Raul afirma— Sua filha é uma surtada, você realmente acha que euqueria me casar com ela? Como eu disse, vou reerguer a minha empresa semprecisar do seu dinheiro.— Vicente, você irá se arrepender por isso, você vairastejar pedindo a minha ajuda – Raul afirma nervoso e saí cuspindo fogo.Euignoro totalmente o meu pai e vou em direção aos convidados.— A noiva fugiu, não terá casamento mais, está tudo cancelado, afesta terá normalmente por que já está arrumado, pode se dirigir até minha casae aproveitar a festa. Mas, o casamento está cancelado – eu largo o microfone emcima do altar e saio pelos fundos da igreja com a chave do carro nas mãos.Duas semanas depois...Euestava no escritório e estava começando a ficar desesperado com a contabilidadeda empresa, até que meu pai entra nervoso dentro do escritório me jogandovários papéis sobre a mesa.— Olha o que o cancelamento do casamento está nos causando – eleanda de um lado para o outro nervoso – Clientes importantes estão desistindo defechar contrato com a gente por causa do escândalo que tudo isso se tornou.— E você quer que eu faça o que? Que eu mande todo mundo procurarpor ela?— Já era para ter feito, dependemos dos negócios com Raul Gusmann eapós você cancelar o casamento daquela forma, ele não quer mais fechar negócioscom a gente.— Foi a filha dele que desapareceu, papai – eu digo nervoso – nãofui eu que desapareci com ela.— Encontre ela – meu pai fala – encontre ela até no inferno, mas encontre.Capítulo 5Maya narrando1 mês após o dia do casamentoEuabro a janela e vejo que Jonas está falando com um homem de cabelo comprido etinha vindo até aqui de moto, esse homem estava sendo agressivo com ele , entãoresolvo sair lá fora.— Jonas ? – eu pergunto e ele me encara— Entra para dentro agora Maya – ele fala em um tom de voz arrogantecomigo.— O que está acontecendo? – eu pergunto— Eu mandei entrar.— Não se preocupa dona, meu assunto com ele acabou, você estáavisando, tem alguns dias apenas – ele fala ameaçando Jonas e depois me encara– sua esposa é muito bonita – ele abre um sorriso e eu estreito os olhos, elesobe em cima da moto e vai embora.— O que está acontecendo? Porque ele está te ameaçando? – eupergunto— Nada não, não se meta Maya nos meus assuntos.— O que você tem, que está todo agressivo comigo?— Está tudo dando errado – ele esbraveja.— Como assim, dando errado? Estamos juntos? Conseguimos fugir,ninguém veio atrás de nós,
Capítuo 6Vicente Miller narrandoAs cartas de dívidas da empresa só aumentam eagora estão ameaçando penhorar os meus bens, eu não queria ter que ir atrásdaquela mulher, mas agora eu cheguei a conclusão que esse casamento era amelhor coisa que poderia acontecer nesse momento.— Ainda no escritório meu filho – Minha mãefala entrando— Dona Sara, a senhora sabe que estoucom a cabeça cheia de trabalho.— Eu sei que as coisas não estão indomuito bem em nossa família ainda mais em nossos negócios, mas você sabe que aculpa não é sua – ela fala.— Mas papai, insiste em dizer que aculpa é minha.— Ele sabe que não é, mas seu paiprecisa culpar alguém. Quando ele te entregou a empresa ela já estava a beirada falência, você fez de tudo para reerguer ela, mas já não tínhamos mais dinheiro.— Tentei investidores, tentei tudo.— O único capaz de investir nessaempresa era o pai de Maya, para abafar o passado da filha – ela fala— Passado de Maya? – eu a encaro – o
Capítulo 7Maya narrandoPela primeira vez eu senti algo vendo Vicentena minha frente que não fosse raiva e vontade de matar ele, eu senti alivio,porque eu não sabia o que esses homens eram capazes de fazer comigo.— A gente não sabia que ela era suanoiva – o homem fala me largando.— É sim – Vicente afirma – ela não temnada haver com as dívidas de Jonas Davis, deixe Maya em paz.— Mas ela estava morando com ele.— Jonas, me odeia – ele afirma e euencaro ele – vocês estão cientes disso, eu vim aqui buscar Maya.— Nos desculpe senhor – Josue fala –Isso não irá acontecer novamente.— Deixe a moça em paz – ele falaEle anda se aproximando, ele chega bem pertode mim e aquele homem que se chama Josué se afasta.— Preciso cobrar a divida – Josué fala— Cobre direto com Jonas, já disse Mayanão tem nada haver com isso, se você não quer ficar sem emprego, não venhaatrás dela.— Sim, senhor. – Ele responde entrandono carro.E assim comoJosué todos os outro
Capítulo 8Vicente narrandoEu entro dentro do meu quarto e tiro o relógio,desabotoo a minha camisa e pego meu celular mandando uma mensagem para Raul,abro um sorriso vitorioso, eu tinha conseguido salvar a empresa da minhafamília sem ao menos me esforçar, agora eu só precisava conquistar Maya.Pela manhã acordo e pego meu celular vendo oscomprovantes do grande investimento de Raul na empresa, abro um sorrisosatisfeito e me levanto, Maya ainda está dormindo.— Senhor – a governanta fala – seus paisviajaram, mas vi que tem alguém na casa.— Sim, Maya. Ela vai ficar conosco porum tempo aqui.— A sua noiva que não casou com você?— É. Mas, segredo – eu falo – avise todosos outros funcionários, que é segredo.— Pode deixar.Eu me sento na mesa para tomar o café da manhãe logo vejo a presença de Maya, ela se aproxima da mesa.— Bom dia – ela fala— Bom dia Maya, dormiu bem? – eu perguntoolhando ela de cima a baixo.— Eu coloquei essas roupas que achei noa
Maya narrandoEu olho para essa casa que era enorme vazia, a mesma coisa que a minha casa onde morei com meu pai, sempre vazia, em silêncio e sem vida.Eu começo andar pelos corredores enormes e começo a ver diversas fotos, Vicente era filho único e sempre teve os seus pais por perto, eu perdi minha mãe muito cedo. Olho as fotos de diversas viagens, momentos em família, até mesmo com a família inteira deles, deveria ser tios e primos, pessoas importante na alta sociedade, até que vejo uma pessoa em especial, eu estreito os meus olhos para ver melhor.— Daniel – eu falo baixo e olhando ele no meio da foto. – Você era um Miller – eu falo olhando a foto.Eu olho para trás como se tivesse sentindo ser observada mas não era nada, era apenas o meu passado batendo na minha porta para me atormentar.Mas será mesmo que ele era um Miller? E meu pai não sabia? Ou ele não era tão importante para a família de Vicente?Eu ligo para minha amiga Larissa e logo ela me atende.— Oi sua sumida – ela f
Vicente narrandoMaya parecia pensar na proposta que eu propôs a ela, mas essa era a melhor saída para o que eu queria fazer, depois que Douglas me entregou aquele envelope e eu descobri realmente o que ela fez no passado, eu vi que eu tinha que fazer ela ter prestigio e perder tempo conquistando ela para casar seria perda de tempo ou levaria meu plano água baixo.— Você se casar comigo, poderia arruinar a sua vida – ela fala – o seu prestigio.— Eu não estou preocupado com isso – eu respondo firme para ela.— Mas meu pai, Jonas , sua família. Eles podem tentar impedir.— Se a gente anunciar o nosso casamento, não – eu respondo para ela – seu pai vai achar bom, até porque você vai estatr casando e deixando de ser problema dele.— Você tem razão, ele não está preocupado com a minha felicidade apenas em poder falar para todos que eu estou casada e limpar a imagem de nossa família.— Por isso ele me escolheu para ser seu noivo, por mais que a empresa esteja a beira da falência, est
Maya narrandoEu que sempre fui uma pessoa totalmente afrontosa e revoltada com o mundo, parece que agora nada disso faz sentido, estava me vendo totalmente de mão atadas. Eu não acho que Vicente era uma pessoa ruim, mas não queria ter que me casar e muito menos assinar um contrato.Eu olho clausula por clausula para ver se alguma delas iria me prejudicar, pelo pouco que eu entendia, parecia que estava tudo Ok, eu me sento no banco do piano com os papeis em mãos, enquanto Vicente serve dois copos de bebida e coloca um em cima do piano e eu o encaro e abro um leve sorriso, volto a olhar os papeis e fico pensando se deveria ou não assinar eles.Começo a pensar em Vicente, na forma em que nos conhecemos e nas poucas palavras que trocamos antes do casamento e depois ele ainda foi atrás de mim e me salvou daqueles homens, ele não parecia ser um homem mal, realmente ele queria me ajudar, mas sei que esse casamento também irá beneficiar ele, como as pessoas não irão tratar ele como o noivo q
Maya narrandoTer perdido a minha mão tão cedo e ter sido criado por um pai totalmente preocupado com as aparências diante as outras pessoas, me fez me revoltar com o mundo e criar manias um tanto quanto peculiares, não vou dizer que eu sinto orgulho de todas as coisas que eu fiz, porque realmente eu não sinto, o meu envolvimento com Daniel no passado é uma das coisas que eu me arrependo muito, mas eu tenho uma vontade enorme de ser livre por inteira e fazer o que eu gosto.Essa era a primeira vez que eu iria acompanhar Vicente em algo, que era o jantar da sua empresa e onde eu encontraria o meu pai, confesso que pela primeira vez eu senti um frio na barriga e ainda estava meio receosa pelo fato de que Vicente poderia estar colocando toda a sua carreira e sua posição no lixo ao me apresentar como sua noiva e confesso que no fundo mas no fundo eu ficava pensando, se realmente ele não tivesse algum interesse, mas o seu sorriso, as suas belas palavras e a sua forma de me tratar bem, me f