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Você é uma curiosidade que eu não consigo ignorar…

Dante

Ao saber que o ilustríssimo CEO, intocável e imponente, teria convidado a Camila para um jantar, eu previ que algo estava acontecendo. Ethan estava mais tenso do que nunca, e quando ele me ligou para confirmar que ainda ia para o encontro, eu só pude rir e confirmar o que já estava desconfiando. Mas será mesmo?

- Você está indo atrás dela, não está? - Eu sabia que ele estava tentando esconder o que sentia, mas eu podia ver além daquela fachada impenetrável.

- Não é isso, Dante. Apenas negócios. - Ele tentou manter a voz firme, mas eu podia ouvir a tensão nele.

- Claro, claro. Só lembre-se de não ser o idiota da vez, ok? - Eu ri, sabendo que ele estava se segurando de alguma forma, e que a própria ideia de estar vulnerável diante de Camila provavelmente o fazia tremer por dentro.

- Eu sei o que estou fazendo, Dante.- Eu apenas desliguei o telefone, rindo. Eu estava começando a gostar disso. O meu melhor amigo, o CEO imbatível, estava se apaixonando sem sequer perceber.

Camila

O meu celular vibrou com uma nova mensagem de Ethan. Ele informava que já havia feito a reserva, me deixando ainda mais tensa com a situação!

No fim do expediente, enquanto guardava meus pertences, Ethan se aproximou e, sem rodeios, disse que me acompanharia até o restaurante. Fiquei momentaneamente surpresa, mas apenas assenti, ciente de que recusar não faria sentido.

Descemos juntos pelo elevador, e o silêncio entre nós era carregado de algo que eu não conseguia definir. Assim que chegamos à garagem, ele destravou o carro e abriu a porta para mim, um gesto simples, mas que me fez prender a respiração por um instante. Durante o trajeto, trocamos poucas palavras—comentários triviais sobre o trânsito e a cidade iluminada àquela hora—mas a tensão pairava no ar, sutil, inegável. Quando chegamos ao restaurante, ele saiu primeiro, contornou o carro e, mais uma vez, abriu a porta para mim. Respirei fundo antes de descer, ajustei a alça da bolsa no ombro e o segui para dentro do restaurante.

O jantar foi… desafiador. Ethan parecia confortável, mas, ao mesmo tempo, havia uma tensão palpável entre nós. Ele não se permitia relaxar, não totalmente. Mas havia momentos em que eu via algo diferente nos seus olhos. Como se ele estivesse tentando se conectar de uma maneira que nunca fizera antes.

A cada risada nossa, parecia que o mundo à nossa volta desaparecia. Mas, em outros momentos, ele se fechava, como se estivesse lutando contra o que estava sentindo. E eu, por minha vez, estava tentando entender o que era essa coisa crescente entre nós dois.

- Então, Lancaster, qual é a sua história? - Perguntei, tentando quebrar a tensão. - Eu sei que você construiu um império. Mas e a sua vida pessoal? O que te faz acordar todos os dias, além de dinheiro e poder?

Ele me olhou, um sorriso ligeiramente sarcástico brincando nos lábios. - Eu não preciso de muita coisa, Camila. Mas você… você é uma curiosidade que eu não consigo ignorar.

Fiquei sem palavras por alguns segundos depois que ele disse aquilo. Sua voz soou baixa, firme, como se não tivesse intenção de voltar atrás naquelas palavras. Meu coração acelerou, mas tentei manter a compostura. Esse homem estava me desarmando de formas que eu não imaginava. Eu queria saber mais, e ele sabia disso.

Desviei o olhar para a taça de vinho à minha frente, buscando algo para dizer, mas antes que qualquer resposta escapasse dos meus lábios, ele chamou o garçom e pediu a conta. O jantar havia chegado ao fim. Terminei meu último gole de vinho, tentando ignorar a forma como Ethan parecia me observar, e peguei minha bolsa assim que ele se levantou. Saímos juntos, lado a lado, em um silêncio que não era desconfortável—pelo contrário, era cheio de coisas que nenhum dos dois parecia disposto a dizer em voz alta.

Do lado de fora, a brisa noturna trouxe um arrepio à minha pele, e ele notou. Sem dizer nada, destravou o carro e abriu a porta para mim. O trajeto de volta foi tranquilo, mas cada troca de olhares era carregada daquela tensão inquietante que vinha nos rondando a noite toda.

Quando ele parou o carro em frente ao meu prédio, hesitei por um instante antes de soltar o cinto. Ethan virou-se para mim, como se quisesse dizer algo mais, mas, no fim, apenas desejou uma boa noite. Murmurei um agradecimento, desci do carro e caminhei até a entrada, sentindo seu olhar em minhas costas até que a porta se fechasse atrás de mim.

Dentro do elevador, fechei os olhos por um momento e soltei um suspiro. Eu deveria estar aliviada por ter chegado ao fim da noite sem deslizes, mas, em vez disso, uma inquietação desconhecida tomava conta de mim.

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