Marta respira fundo e encara o visor do painel eletrônico à sua frente. O número da sala brilha em azul, indicando que é sua vez.Ela ajeita a bolsa no ombro e segue pelo corredor branco e silencioso até a porta indicada. Antes que possa bater, a porta se abre, revelando uma senhora de olhar caloroso e um sorriso gentil.— Marta Maia? — A voz da mulher é suave, acolhedora.— Sim.A médica dá um passo para o lado, permitindo que Marta entre. O consultório é espaçoso, iluminado, com aquele cheiro característico de hospital misturado com lavanda.— Pode se sentar, querida. Me chamo doutora Helena. Então, me diga, a consulta é de rotina ou há alguma necessidade específica?Marta umedece os lábios, desconfortável. Seus dedos se entrelaçam no colo enquanto ela baixa os olhos, sentindo o rosto esquentar.— Eu… nunca fui a uma ginecologista antes — admite, sentindo-se estranha por dizer isso em voz alta. — E… bom, eu tive minha primeira experiência sexual recentemente e… não me preveni.A méd
Em meio ao caos ela não abaixa a cabeça, não se rende e como sempre provoca.— Vai me bater, senhor Schneider? Vai me prender? — Marta provoca.— Não, sua filha da putta! Vou fazer você implorar por misericórdia.A porta do quarto se escancara com um chute e, em segundos, ela está jogada na cama. Ele arranca o próprio blazer, solta a gravata com um puxão.— Tira tudo. Agora.Ela obedece com um sorriso travesso, despindo-se lentamente, os olhos colados nele, que a observa como um predador.— De quatro.Marta se vira, oferecendo o corpo com orgulho, sabendo exatamente o que virá.Ele a domina com força, e entra sem piedade, estocando como uma punição. Os gemidos dela ecoam pelas paredes, roucos, sujos, desesperados.— Isso, grita o meu nome. Quero ouvir você dizer quem é o seu dono.— Jonathan… AH! Senhor Schneider…Ele puxa os cabelos dela, puxa o corpo contra o dele, e sussurra em seu ouvido:— Você me fez correr atrás de você. Me fez perder a cabeça. Agora vai pagar com o corpo.Ela
O aroma de café fresco invade o ambiente, misturado ao cheiro doce da tapioca quentinha feita do jeitinho que Jonathan gosta: com queijo, presunto, alcaparras, e uma leve camada de manteiga derretida. Ele entra na cozinha e encontra Marta com um avental preso ao corpo nu por baixo, ou pelo menos é o que ele acredita, e essa dúvida já é o suficiente pra deixá-lo de pau duro às sete da manhã.— Bom dia, senhor Schneider — ela diz com aquele sorriso sapeca, colocando uma xícara diante dele.— Você quer que eu te jogue sobre essa mesa logo cedo, é isso?— Não me parece uma ameaça ruim — ela pisca, servindo a própria xícara.Jonathan senta-se e observa enquanto ela se serve. Aquilo... é intimiidade. Uma cena simples, doméstica, mas que toca em um ponto dentro dele que ainda não sabe nomear. E ele gosta. Gosta muito mais do que deveria.Depois do café e de alguns beijos roubados, ele segue para o hall, onde encontra Eduardo encostado na parede, mexendo no celular.— Dormiu aqui? — Jonathan
O céu começa a tingir-se de tons dourados quando Jonathan chega em casa. Está exausto, sim, mas a ansiedade de ver Marta tornava qualquer cansaço irrelevante. Passar o dia longe dela já era o suficiente para deixá-lo inquieto, como se faltasse algo em sua pele, no seu ar, no seu mundo.Abre a porta e encontra o som suave de uma música ambiente e o aroma acolhedor de bolo assando. A luz do fim de tarde invade a mansão como um toque divino, e ele sente a alma aquecer.— Marta? — chama, com um sorriso já querendo nascer.Ela aparece no vão da porta da cozinha, com o cabelo preso de qualquer jeito e as mãos cobertas de farinha, usando um avental largo e o rosto corado.— O senhor Schneider voltou mais cedo hoje? — provoca, com aquele olhar atrevido que só ela sabe fazer.— Voltei pra você. Só isso importa.Ela se aproxima, e ele a beija com urgência, como se o dia inteiro de saudade tivesse se concentrado naquele toque. Marta sorri contra seus lábios, mordendo o inferior com leveza.— Vai
O sol se põe devagar, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados, refletindo na piscina cristalina do resort em Búzios. Marta desce os degraus com os pés mergulhados na água morna, sentindo-se leve, livre, quase como se estivesse flutuando na própria felicidade.Jonathan, de óculos escuros, só de bermuda de linho bege e camisa branca aberta, desce logo atrás, com um copo de gin tônica na mão. Ele é uma visão. Sexy, imponente, a pele bronzeada refletindo o dourado do sol. Marta, claro, nota os olhares. Mas uma mulher em especial parece esquecer da discrição.A morena, de biquíni minúsculo e corpo escultural, não disfarça nem por um segundo. Os olhos passeiam pelo corpo de Jonathan com vontade explícita. Chega até a morder o lábio inferior.Jonathan nota. Marta também.Ele pigarreia e se ajeita, desconfortável com o olhar quase engolidor da mulher.— Marta… — ele sussurra, incômodo. — Ela tá me secando.Marta olha devagar para a mulher, dá um sorrisinho irônico e volta os olhos para
O sol invade o quarto pela varanda entreaberta, e o som suave das ondas de Búzios desperta Marta. Ainda entrelaçada no corpo de Jonathan, ela sorri ao sentir a respiração dele quente em seu pescoço. O braço forte o envolve como uma âncora possessiva e segura.— Bom dia, meu amor... — ela sussurra, virando-se devagar até ficar de frente para ele.Jonathan abre os olhos devagar e sorri com preguiça.— Bom dia, problema da minha sanidade. Dormiu bem?— Dormi como uma princesa… E você? — ela desliza a ponta dos dedos no peito dele.— Como um homem que transou até perder os sentidos — ele responde com um sorriso torto. — Mas agora tô com fome. E não só de café da manhã.— Hmm… se comporte — ela ri, beijando o canto da boca dele. — Porque hoje temos passeio. Você me prometeu.— Droga, prometi mesmo. — Ele revira os olhos com drama e puxa ela pra cima dele. — Mas só depois de mais um beijo.Ela ri, encaixa o quadril no dele e beija Jonathan com intensidade. Após alguns minutos e com esforç
A noite cai como um véu espesso de silêncio e promessas. Lá fora, a segurança é apenas um detalhe técnico. Aqui dentro, nas paredes do quarto onde tudo dói e tudo pulsa, Marta e Jonathan vivem o que muitos nem ousam sonhar: um amor que queima, cura, desarma e destrói.O clima carrega resquícios pesados da discussão. Há mágoa nos olhos dela, arrependimento nos dele. Mas quando Jonathan fecha a porta atrás de si, deixando o mundo lá fora, é como se nada mais existisse além dos dois.Ele se aproxima devagar, os olhos cravados nela, as mãos ansiosas por tocá-la.— Eu vou resolver isso — diz, firme, tomando o rosto dela com as mãos quentes. — Do meu jeito. Mas tem uma coisa que você precisa saber…Sua testa toca a dela com um gesto tão íntimo que faz Marta prender o ar.— Você é minha. Só minha. E amanhã, quando todo mundo me vir com você, ninguém vai ter dúvidas.— Você tem certeza disso? — ela sussurra, com medo de acreditar.— Tenho. E não volto atrás. Nunca mais.A tensão ainda paira n
O sol nasce preguiçoso sobre o mar de Búzios, pintando o céu com tons dourados e alaranjados. Na varanda da suíte do resort, Marta se espreguiça, envolta apenas no lençol branco que desliza perigosamente por seu corpo nu. Jonathan a observa da cama, com o braço apoiado atrás da cabeça, encantado.— Você vai me matar desse jeito — ele diz, com um sorriso preguiçoso.— E você vai reclamar? — ela provoca, virando o rosto por cima do ombro.— Nunca. Quero morrer assim todos os dias.Eles riem juntos. A manhã começa leve, embalada pela brisa salgada que entra pelas portas abertas e pelo barulho suave das ondas quebrando ao longe.Pouco depois, os dois descem para o café da manhã. O restaurante do resort oferece um verdadeiro banquete: frutas frescas cortadas em formatos artísticos, pães artesanais, ovos mexidos cremosos, croissants ainda quentes, sucos variados e café fumegante. Marta arregala os olhos como se tivesse encontrado um paraíso particular.— Eu nunca vi tanta coisa gostosa junt