O sol invade o quarto pela varanda entreaberta, e o som suave das ondas de Búzios desperta Marta. Ainda entrelaçada no corpo de Jonathan, ela sorri ao sentir a respiração dele quente em seu pescoço. O braço forte o envolve como uma âncora possessiva e segura.— Bom dia, meu amor... — ela sussurra, virando-se devagar até ficar de frente para ele.Jonathan abre os olhos devagar e sorri com preguiça.— Bom dia, problema da minha sanidade. Dormiu bem?— Dormi como uma princesa… E você? — ela desliza a ponta dos dedos no peito dele.— Como um homem que transou até perder os sentidos — ele responde com um sorriso torto. — Mas agora tô com fome. E não só de café da manhã.— Hmm… se comporte — ela ri, beijando o canto da boca dele. — Porque hoje temos passeio. Você me prometeu.— Droga, prometi mesmo. — Ele revira os olhos com drama e puxa ela pra cima dele. — Mas só depois de mais um beijo.Ela ri, encaixa o quadril no dele e beija Jonathan com intensidade. Após alguns minutos e com esforç
A noite cai como um véu espesso de silêncio e promessas. Lá fora, a segurança é apenas um detalhe técnico. Aqui dentro, nas paredes do quarto onde tudo dói e tudo pulsa, Marta e Jonathan vivem o que muitos nem ousam sonhar: um amor que queima, cura, desarma e destrói.O clima carrega resquícios pesados da discussão. Há mágoa nos olhos dela, arrependimento nos dele. Mas quando Jonathan fecha a porta atrás de si, deixando o mundo lá fora, é como se nada mais existisse além dos dois.Ele se aproxima devagar, os olhos cravados nela, as mãos ansiosas por tocá-la.— Eu vou resolver isso — diz, firme, tomando o rosto dela com as mãos quentes. — Do meu jeito. Mas tem uma coisa que você precisa saber…Sua testa toca a dela com um gesto tão íntimo que faz Marta prender o ar.— Você é minha. Só minha. E amanhã, quando todo mundo me vir com você, ninguém vai ter dúvidas.— Você tem certeza disso? — ela sussurra, com medo de acreditar.— Tenho. E não volto atrás. Nunca mais.A tensão ainda paira n
O sol nasce preguiçoso sobre o mar de Búzios, pintando o céu com tons dourados e alaranjados. Na varanda da suíte do resort, Marta se espreguiça, envolta apenas no lençol branco que desliza perigosamente por seu corpo nu. Jonathan a observa da cama, com o braço apoiado atrás da cabeça, encantado.— Você vai me matar desse jeito — ele diz, com um sorriso preguiçoso.— E você vai reclamar? — ela provoca, virando o rosto por cima do ombro.— Nunca. Quero morrer assim todos os dias.Eles riem juntos. A manhã começa leve, embalada pela brisa salgada que entra pelas portas abertas e pelo barulho suave das ondas quebrando ao longe.Pouco depois, os dois descem para o café da manhã. O restaurante do resort oferece um verdadeiro banquete: frutas frescas cortadas em formatos artísticos, pães artesanais, ovos mexidos cremosos, croissants ainda quentes, sucos variados e café fumegante. Marta arregala os olhos como se tivesse encontrado um paraíso particular.— Eu nunca vi tanta coisa gostosa junt
A manhã na Mansão Schneider começa com os portões abrindo para receber um verdadeiro monstro sobre rodas: a RAM 3500 LIMITED LONGHORN EDITION, impecavelmente preta, cromada e reluzente. O motorista do caminhão descarrega com todo o cuidado a caminhonete imensa, quase reverente diante da máquina poderosa.Marta, de short jeans justíssimo, blusinha branca que marca cada curva e o cabelo solto dançando com a brisa, quase flutua até o carro. Os olhos dela brilham como os cromados da RAM. Ela entra, dá partida, e o ronco do motor preenche o ar como uma sinfonia selvagem.Sem esperar ninguém, sem se importar com o protocolo, Marta pisa no acelerador e parte como uma criança que ganhou o maior brinquedo do mundo. A segurança da mansão apenas observa, em choque, antes de pegar o telefone e ligar com urgência para o Grupo Schneider.Na presidência do grupo, Jonathan revisa um relatório quando o celular toca. Ele atende de forma automática.— Schneider.— Senhor, bom dia… aqui é o chefe da segu
Alan Moretti encara o copo de uísque à sua frente, girando o líquido âmbar antes de levá-lo aos lábios. O bar em que está é um dos poucos lugares onde ainda sente alguma dignidade, uma ilusão patética sustentada por risadas femininas, perfumes baratos e promessas ocas. Mas no fundo, ele sabe, não passa de um homem podre, corrompido pelo ódio e pelo desejo de destruir. Na forma de ver o destino que ele mesmo cavou, acredita que Jonathan Schneider destruiu a sua vida, e isso queima dentro dele mais que o álcool descendo por sua garganta.Alan recosta-se no sofá de couro gasto do bar clandestino, o olhar predatório. A mulher à sua frente, loira, de vestido curto e provocante, sorri de maneira lasciva quando ele a puxa para o colo sem cerimônia. — Abre a minha calça — ordena com a voz rouca. Ela obedece sem hesitar, os dedos ágeis desfazendo o zíper. Alan solta um suspiro de satisfação ao sentir a boca quente envolvendo-o, os dedos enterrados nos cabelos dela, guiando o ritmo com brutal
É fim de manhã na sede do Grupo Schneider, e Jonathan está com a gravata meio solta, as mangas da camisa dobradas até os cotovelos e uma cara nada amistosa. O problema na área de carregamento envolve um caminhão que deveria ter sido descarregado há duas horas, mas está atravessado na pista de circulação.— Onde está o motorista? — ele pergunta a um dos operadores, bufando, com Eduardo ao lado tão impaciente quanto.— Foi tomar café, senhor Schneider... já chamamos — o homem responde, encolhendo-se um pouco.— Que maravilha. — Jonathan rosna. — Ele quer café? Vai beber café por sonda, se eu pegar.Lá dentro, na recepção, Monica quase derruba o copo de suco quando vê quem entra:— Senhorita Maia?! — arregala os olhos, sorrindo. — Veio visitar o caos?— Vim marcar território. — Marta responde com um brilho travesso nos olhos, usando uma calça jeans que parece feita sob medida, uma blusa de linho branca com botões dourados e um salto discreto, mas poderoso. A maquiagem está leve, só o b
O barulho dos motores ecoa imponente pela entrada principal da mansão Schneider. Duas RAMs 3500, lado a lado, adentram a propriedade como uma cena de filme de ação. A branca perolada de Islanne brilha sob o sol do fim da tarde, enquanto a preta imponente de Marta parece devorar o caminho como se fizesse parte da paisagem.Os funcionários da mansão param o que estão fazendo. Uns com a boca aberta, outros rindo e trocando olhares cúmplices. Todos perceberam: quando Marta e Islanne estão juntas, o caos vem com elas, e em grande estilo.As caminhonetes estacionam lado a lado. As portas se abrem e saem as duas rainhas, óculos escuros, cabelo solto, salto alto e um sorrisinho vitorioso nos lábios. Marta joga a chave para o chefe da segurança e pisca.— Cuida bem dela, é minha primeira filha — diz com falsa seriedade.— Primeira? — Islanne provoca. — Tu vai fazer uma frota, não é?As duas riem enquanto caminham em direção à entrada principal.— E então? — Islanne pergunta, já mais tranquila,
Jonathan sabe que o melhor a fazer agora é respirar fundo e desligar completamente do mundo lá fora, todas as suas responsabilidades necessitam de perfeição e para isso a mente tem que trabalhar em sintonia com o corpo.Ele fecha os olhos, o som do tatame rangendo sob os pés, a respiração pesada, e o impacto seco de corpos se chocando. É assim que Jonathan tenta calar a tempestade dentro de si, lutando. Eduardo o acompanha, tão concentrado quanto ele, como se os dois buscassem no jiu-jitsu a única forma de continuar de pé num mundo que insiste em desmontá-los. Cada golpe, cada queda, cada estrangulamento parece um grito preso sendo expurgado do corpo. Eles não dizem nada, não precisam. A luta fala por eles.— Cotovelo mais colado, Schneider! — grita o sensei do outro lado da academia, observando os dois com atenção de falcão. — Você tá abrindo demais e facilitando a raspagem.Jonathan assente com a cabeça e ajusta a postura. O suor escorre pela testa, os músculos estão no limite, ma