JoshuaQuando bateram na minha porta logo de manhã, imaginei que fosse Paris. Ela sempre batia para saber se cheguei mais cedo. Costumo chegar antes dela alguns dias.Quando olhei para a porta foi uma tremenda surpresa. Segurei o sorriso ao vê-la.— Pois não — perguntei a uma Paris nervosa e sem fantasia.Impossível não ficar chocado com sua beleza. E mais ainda com o fato de que ela continuava a mesma para mim. Era como se eu sempre a tivesse visto assim. Aquela combinação perfeita de beleza exterior e interior.— Posso falar com o senhor? — perguntou.Acho justo brincar um pouco com ela. Afinal, ela brincou comigo, independente dos seus motivos.Coloquei minha expressão mais séria e disse:— Estou esperando a minha secretária. Como você não foi anunciada, acredito que ela ainda não chegou. — Encostei os cotovelos na mesa. — Estou livre esse tempo. Mas qual seria o assunto?— Senhor Anderson... — Levantei a sobrancelha ao ouvi-la me chamando assim. Não escondia que era a minha Paris.
Paris— Pronta para ir? — Josh perguntou ao fim do expediente, se aproximando da minha mesa.— Estou nervosa — confessei.Peguei minha bolsa e segui com ele até o elevador.— Não precisa. Lucile é uma pessoa muito especial. Vocês vão se dar bem.— Assim espero.Ela realmente parecia saber sobre nós. O que é estranho, já que são casados.Ele segurou minha mão e apertou até o elevador parar para outros funcionários, quando puxei discretamente. Eles não precisam de um escândalo.Quando entramos no carro, ele voltou a segurar, enquanto o motorista manobrava para fora do estacionamento. Dessa vez permiti. E aproveitei cada segundo.— Por que tanto olha o relógio? Paris? Paris? — Ele chamou minha atenção.Por que? Nem percebi que estava olhando o relógio, mas foi só ele falar para a imagem de Michael me vir a mente.— Com você, até me esqueci a ameaça de Michael — comentei suspirando.— Ameaça? — seu rosto ficou sério, me encarando. — Ele é o seu ex que te traiu, não é? — balancei a cabeça
JoshuaDepois do jantar com Lucile, onde ela não contou os termos no nosso casamento, mas deixou claro que esperava que eu fosse feliz, Paris parecia mais relaxada e confiante sobre nós, pelo menos é o que parecia.Decidi levá-la para almoçar comigo no dia seguinte. A levei a um restaurante que costumava frequentar com o Theo. Só não esperava a reação ridícula dos frequentadores, muito menos dos funcionários.Ela estava com a fantasia, que agora até acho divertida. E todos a olhavam e cochichavam. Isso os frequentadores, porque os funcionários mal olhavam para ela.— Quer sair daqui? — perguntei antes de fazermos os pedidos. — Esperava mais educação dessas pessoas que se dizem da alta sociedade — falei alto para que me ouvissem, mas não fez muito efeito.— Não. Deixem curtir a feia exposta. Eu sei quem sou e mesmo que essa fosse a minha verdadeira aparência, eu não teria vergonha dela. Apenas eu sei de mim.— E eu continuaria apaixonado. — Seu sorriso tímido foi a melhor resposta.Par
ParisFiquei tão preocupada com Lucile quando Josh me deixou em casa. Eu sei que é a mulher do homem que amo, mas não pude evitar de gostar dela e de me sentir mal por sua doença. Ela me pareceu sempre tão gentil.Barbara não estava no quarto, nem Inalda. Sei que Barbara está assim por causa do que Michael me contou, ela parece que sente que estou com a mão pronta para lhe dar uns bons tapas. Também, depois do que Josh disse a ela. Merecido.Chifre é uma coisa, ameaça e ser cumplice em estupro e chantagem é outra. Se sair qualquer vídeo meu, coloco eles na cadeia, nem que seja a última coisa que faço.Inalda com certeza está com seu ex atual namorado.Tomei um banho, coloquei meu baby-doll com estampas de estrelas e me sentei na frente do computador. Ainda tinha muita coisa para fazer nesse último semestre que virá, além de várias pesquisas sobre tudo que preciso no futuro.Era quase meia noite quando o sono se tornou mais forte que minha determinação. Nenhuma das minhas colegas de qu
Paris— Que cara é essa? Até parece notícia ruim. Pelo que ouvi, isso é ótimo. — Inalda me olhava sem entender, porque eu não conseguia parar de chorar.— Não é isso. Só acabei de saber que nada é o que parece. Vou ligar para ele outra vez. Preciso vê-lo agora.— Quem? Seu chefe? Ele não está de luto pela esposa?— Sim, mas isso não pode me impedir de cuidar dele. Ainda mais depois de ler isso.— Quem te entende! — Deu de ombros e voltou para o seu computador.Ignorei Inalda e peguei o telefone.Esperava que caísse na caixa postal novamente. Quando não aconteceu, suspirei aliviada e limpei meu rosto.— Alô? — ele atendeu no terceiro toque.— Josh, é a Paris. Eu posso te ver agora?— Não é um bom momento. Perdi uma pessoa muito importante para mim. Não sei se serei uma boa companhia. — Sua voz estava afetada. Ele devia estar péssimo.— Por favor! Por isso mesmo. Me deixa ser seu apoio nesse momento. Eu te amo. E não posso te deixar sozinho agora.Houve um longo silêncio na linha. Lucil
Paris— Posso? — mostrou a gravata.Franzi o rosto sem entender.Fiquei pensando se queria me amarrar ou vendar. As duas possibilidades me deixavam excitada.Balancei a cabeça dizendo sim e fiquei onde estava, esperando o que viria.Ele veio e amarrou a gravata cobrindo meus olhos. Logo após, foi descendo beijando minha pele, me deixando toda em alerta sobre até onde seus beijos iriam. E quando chegou na minha boceta, estremeci. Ela já esperava loucamente seus lábios, sua língua... e ele me deu tudo que ela esperava. Com uma perna em seu ombro, senti sua boca me explorando sem pressa e com vontade. Era como se experimentasse a melhor fruta. Seus sons lascivos se misturavam com os meus.Se fosse possível morrer de prazer, eu estava a beira da morte. E quando me penetrou com os dedos, fazendo movimentos de vai e vem sem parar de chupar... Ah, ai eu morri de vez. E tive uma vontade assassina de bater nele, pois não me deixou gozar.Quando estava por um triz, ele parou e me beijou. Meio q
JoshuaAcordei com um corpo nu em meus braços. Faz muito tempo que não acordo assim. E saber que o corpo é da mulher que amo faz tudo parecer ainda mais surreal.Ela estava linda com os cabelos espalhados, a respiração ritmada e agarrada a mim. Sorri ao me lembrar de outro momento, quando ela cochilava fazendo serrão na empresa. Seria tão fácil perder seu disfarce naqueles momentos, um movimento e a verruga poderia sair ou outra coisa do disfarce.Meu humor estava ótimo, mas só até lembrar que ter uma mulher na minha cama significava que Lucile havia partido. Eu queria muito que ela tivesse a chance de acordar nos braços de alguém que ama todas as manhãs. Ela merecia isso, conhecer o amor, a paixão. Não merecia que a porra de uma doença ceifasse sua vida.Respirei fundo. Sabia que precisava superar. Lucile iria querer isso. E com Paris em minha vida seria mais fácil.Minha melhor amiga estaria para sempre em minhas melhores lembranças. Esse era o lugar dela agora.Devagar sai da cama
ParisPassar um tempo com Joshua fora da empresa foi incrível. Puta que pariu, o que ele me fez sentir na cama ainda está fazendo efeito em meu corpo. É como se ainda pudesse sentir suas mãos, sua língua, seu pau entrando e saindo.— Alguém transou e parece que vai transar mais. — Inalda comentou rindo e entrando no quarto.Eu estava saindo do banho, enrolada em uma toalha e sorrindo sozinha.— E tem gente que não para aqui. Namorado novo ou o de sempre?— Fabio e eu finalmente paramos de brigar e conversamos. Assim entendemos que não rola mais nada. Hoje peguei minhas últimas coisas na casa dele, sem brigas. Acho que o que nos mantinha juntos eram as brigas. Sei lá, tipo transar depois de brigar. Quero isso mais não.— Faz bem, amiga. Linda como você é, e perfeita, logo encontrará outro bem melhor.— Vamos ver. Deixarei rolar. — Mostrou a roupa sobre a cama. — O que isso? Fez outra aposta que não estou sabendo?— Vou me despedir dessa pessoa que me trouxe o amor da minha vida.— Tudo