Paris— Posso? — mostrou a gravata.Franzi o rosto sem entender.Fiquei pensando se queria me amarrar ou vendar. As duas possibilidades me deixavam excitada.Balancei a cabeça dizendo sim e fiquei onde estava, esperando o que viria.Ele veio e amarrou a gravata cobrindo meus olhos. Logo após, foi descendo beijando minha pele, me deixando toda em alerta sobre até onde seus beijos iriam. E quando chegou na minha boceta, estremeci. Ela já esperava loucamente seus lábios, sua língua... e ele me deu tudo que ela esperava. Com uma perna em seu ombro, senti sua boca me explorando sem pressa e com vontade. Era como se experimentasse a melhor fruta. Seus sons lascivos se misturavam com os meus.Se fosse possível morrer de prazer, eu estava a beira da morte. E quando me penetrou com os dedos, fazendo movimentos de vai e vem sem parar de chupar... Ah, ai eu morri de vez. E tive uma vontade assassina de bater nele, pois não me deixou gozar.Quando estava por um triz, ele parou e me beijou. Meio q
JoshuaAcordei com um corpo nu em meus braços. Faz muito tempo que não acordo assim. E saber que o corpo é da mulher que amo faz tudo parecer ainda mais surreal.Ela estava linda com os cabelos espalhados, a respiração ritmada e agarrada a mim. Sorri ao me lembrar de outro momento, quando ela cochilava fazendo serrão na empresa. Seria tão fácil perder seu disfarce naqueles momentos, um movimento e a verruga poderia sair ou outra coisa do disfarce.Meu humor estava ótimo, mas só até lembrar que ter uma mulher na minha cama significava que Lucile havia partido. Eu queria muito que ela tivesse a chance de acordar nos braços de alguém que ama todas as manhãs. Ela merecia isso, conhecer o amor, a paixão. Não merecia que a porra de uma doença ceifasse sua vida.Respirei fundo. Sabia que precisava superar. Lucile iria querer isso. E com Paris em minha vida seria mais fácil.Minha melhor amiga estaria para sempre em minhas melhores lembranças. Esse era o lugar dela agora.Devagar sai da cama
ParisPassar um tempo com Joshua fora da empresa foi incrível. Puta que pariu, o que ele me fez sentir na cama ainda está fazendo efeito em meu corpo. É como se ainda pudesse sentir suas mãos, sua língua, seu pau entrando e saindo.— Alguém transou e parece que vai transar mais. — Inalda comentou rindo e entrando no quarto.Eu estava saindo do banho, enrolada em uma toalha e sorrindo sozinha.— E tem gente que não para aqui. Namorado novo ou o de sempre?— Fabio e eu finalmente paramos de brigar e conversamos. Assim entendemos que não rola mais nada. Hoje peguei minhas últimas coisas na casa dele, sem brigas. Acho que o que nos mantinha juntos eram as brigas. Sei lá, tipo transar depois de brigar. Quero isso mais não.— Faz bem, amiga. Linda como você é, e perfeita, logo encontrará outro bem melhor.— Vamos ver. Deixarei rolar. — Mostrou a roupa sobre a cama. — O que isso? Fez outra aposta que não estou sabendo?— Vou me despedir dessa pessoa que me trouxe o amor da minha vida.— Tudo
TheoFinalmente sai daquele restaurante e entrei no primeiro bar que encontrei. Pensar em Paris e Joshua me deixava mal. Mais ainda por saber que o errado fui eu. Quem acabou com todas as chances com ela fui eu. Mas quando poderia imaginar que a deusa morena era a secretária canhão?Meu amigo enxergou além das roupas feias e do corpo malcuidado. Poderia ter sido eu.E saber que estão juntos e que não tenho chance não é o suficiente para apagar o quanto a desejei e ainda desejo. É... a primeira mulher que amo acaba comigo com uma lição de moral esmagadora. E o que mais dói é saber que eu não sou esse imbecil que escolhe a mulher pelos padrões que a sociedade impõe. Já me apaixonei e até sai em algumas vezes com mulheres fora desse padrãozinho de merda. Mas era sempre escondido, porque meus amigos sempre apareciam com mulheres lindas.Eu me convenci que também precisava disso. Que era vergonhoso minhas conquistas serem “menos” que as deles.Chega disso! Acabou. Posso até ouvir o meu pau
ParisDepois que saímos do restaurante, Joshua e eu fomos para um concorrente e jantamos ao som de jazz e das nossas risadas pelo que aconteceu.— Me desculpe, mas eu adorei a cara do seu amigo ao me ver mudando diante de todos, passando da feia para a mulher que ele seguia. Foi cômico.— Depois converso com ele. E pode esperar que ele vai admitir o erro e pedir perdão. Conheço aquele cabeçudo.— Desde que ele entenda que tenho dono. — Mordi o lábio pensando em coisas nada descentes que poderíamos fazer essa noite, entre quatro paredes.— Ah é? E quem é esse tal dono?— Um homem ciumento que não gostaria nada de te ver me tocando assim. — A mão dele estava em minha coxa por baixo da mesa, indo para calcinha.— E o que ele faria se eu dissesse que quero te comer nessa mesa?O clima divertido já era. Podia sentir o tesão exalando de nós.— Ele eu não sei, mas eu direi que prefiro a mesa da sua casa.— Garçom. A conta, por favor.Ri demais do seu jeito. Porém realmente fomos embora. E ne
Joshua— Como foi? — perguntei após meu amigo fechar a porta da minha sala.No dia seguinte ao “pedido de desculpas” de Theo, ele apareceu novamente na empresa. Dessa vez seu sorriso ao desejar bom dia a Paris foi sincero. E veio acompanhado com uma brincadeira sobre não termos dormido.— Uma lição de moral atras da outra e ela nem precisa abrir a boca pra isso. — Balançou a cabeça negando. — Cara, como fui perder essa mulher para você? Fui muito cego?— Está com raiva porque não interferi no que ela fez no restaurante? — perguntei o que queria ter perguntado ontem, mas fui interrompido por problemas no novo produto.— Não. Estou com raiva de mim. Fico imaginando detalhes que poderia ter visto. Como você descobriu?— Relaxa. Eu só descobri porque ela perdeu uma verruga falsa na minha cama.Ele sorriu safado.— Na sua cama?— É, mas naquele dia não aconteceu nada. Depois que achei, fui atrás da verdade. Não foi nada difícil descobrir.— E não me contou — resmungou.— É. Não te contei.
JoshuaOs dias passaram. E Paris e eu estávamos cada dia mais apaixonados. Conheci meus sogros e fui aprovado depois de um extenso interrogátorio.As pessoas falaram um monte de bobagens sobre nós nas redes sociais e sites de fofocas, mas nem ligávamos.Até pensei que os idiotas que perseguiam Paris fariam algo, porém eles levaram a sério as minhas ameaças e nunca mais ouvimos falar deles.Os pais de Lucile sabiam a verdade sobre o nosso casamento e vieram me procurar para reforçar que não acreditavam em nenhuma daquelas fofocas. Tivemos uma conversa onde expus tudo, inclusive o conteúdo da carta que a filha deles deixou para Paris. Eles se emocionaram e literalmente me disseram para mandar todos ao inferno e ser feliz.E foi o que fiz.Paris passava todo o tempo possível comigo. Raramente ia ao seu quarto na faculdade. Só mesmo quando a saudade da amiga apertava. O que não era muito frequente já que a amiga também estava ocupada com meu melhor amigo. Acho que podemos marcar algo em q
ParisOuço a voz de Josh avisando que chegou, mas não ouço a porta se fechar, como sempre. Ele é muito silencioso. Sempre avisa porque já me assustou algumas vezes.Ainda me lembro do nosso aniversário de um mês de namoro. A forma que falou comigo me machucou. Mas percebi que machucou muito mais a ele. Algo como aquilo nunca mais aconteceu. Acho até engraçado quando estamos discutindo e ele se controla para falar baixo enquanto grito feito louca.Talvez eu tenha me acostumado com a forma como ele resolve nossas brigas me jogando nos ombros, me levando para o quarto e reafirmando que ninguém mais seria capaz de ser todo meu e eu não seria capaz de ser de mais ninguém. Adoro quando ele me fode com força, exigindo que eu repita que sou sua.Sorrindo com essas lembranças, me olho no espelho mais algumas vezes e tento engolir a vergonha. A fantasia ficou perfeita em mim. A máscara, as orelhinhas, calcinha, sutiã e algumas tiras. Tudo muito sensual em tom preto. Ajeitei meus cabelos, pronta