Henrique
Depois de conhecer Katty, não parei de pensar nela. Ela parece ser meio maluca. Aqueles olhos cor de mel, lábios carnudos, nariz empinado, cabelos meio ondulados, castanho escuro. Ela tinha a bochecha rosada, e tinha o toque aveludado, por ter mãos ternas. Alta, de um metro e sessenta, magra, esbelta. Talvez isso se explique ao fato dela ter filho....Filha?! Ah, enfim! - O senhor já tomou café hoje? - Perguntou Pedro abrindo a porta com uma bandeja de café. - Não! Eu...estou pensando em algumas coisas... - Como foi o jantar de ontem? Seu primo está bem? - Ele está! Gutto já voltou para a França. Ele quer pedir aquela mulher em casamento. - O senhor precisa deixa-lo ser feliz!- Revirei os olhos com o desconforto da palavra. - Tenho certeza que ele aprovaria suas escolhas. - Está errado! Ela pediu para ficar longe de Elizabeth. Disse que posso encontrar coisa melhor. - Eu apoio essa ideia! - Acho melhor, parar! - Deveria voltar a sair, e encontrar mulheres inteligentes, simpáticas, atraentes, sexy...é.... - Elizabeth é tudo isso e um pouco mais!- Disse eu o interrompendo. - Precisa mudar sua visão e seus gostos também. Ela é inteligente e esperta até demais, só o senhor que não viu ainda o quanto. - O que quer dizer com isso? - Ela vivia te traindo, todos sabiam disso. - Acho melhor caçar algo para fazer. Precisa parar de achar que te dei liberdade! - Sim senhor...- Disse Pedro indo em direção a porta de saída. - Pedro! - Disse eu abruptamente. - Tem alguma vaga aqui no escritório? - No momento não...mas posso ver nos outros setores. - Faça isso! Gutto pediu para contratar um amigo dele...É advogado, mas está com dificuldades de arrumar um emprego. Então, se o Rh... - Sim senhor! Algo mais? - O que o vice-diretor conversou com os sócios da empresa? - Ele quer...- Ele raspou a garganta enquanto mexia na gravata e continuou- Ele quer...é... - Fale! - Ele quer uma oportunidade de ser o próximo CEO. O senhor é o dono de tudo, mas ele sabe do desejo dos assionistas em ter alguém como ele dirigindo a empresa. - E o que eles disseram? - Nada! Mas, pareciam meio indecisos. Ele é uma escolha segura, como eles mesmos disseram. Homem casado e com família, iria trazer mais estabilidade para a empresa...Sem contar que o senhor iria continuar dirigindo suas outras empresas. - Foi isso que ele disse? - Ele é muito astuto!... Katty O dia passou tão rápido, e logo estava no predio Walter para trabalhar. Nem podia acreditar! Assim que. Cheguei, me arrumei e fui falar com o gerente. - Boa noite! - Hum...coisinha! Que bom que chegou... - Eu queria começar me desculpando por ontem. Prometo que irei prestar mais atenção no meu trabalho. E queria te agradecer, pro reconsiderar. - Não teve agradecer a mim... O dono vendeu o prédio e o novo comprador pediu para contratar você. - E quem é ele? - Você irá conhecê-lo em breve, já que você pessoalmente irá atende-lo a noite toda. - E quando ele não vier? - Você vai pra casa! Você é só dele! Não atende mais ninguém, a não ser ele. - E por quê? Por que ele iria querer o meu atendimento? - Isso eu não sei! Não faça perguntas difíceis. - Eu não faço programa...se ele me contratou para isso, ele está enganado comigo. - Fará...O que...ele te pedir para fazer!- Disse ele andando lentamente até mim e colocando a mão nos meus ombros e saindo em seguida. A boate estava lotada, tanto serviço e eu não podia fazer nada, a não ser olhar meus colegas trabalhar. - Por que ele escolheu você? - Disse Josh passando pelo corredor. - Você deve estar se achando agora por isso. - Eu não sei o porque! - Para de se fazer boazinha...- Disse Rily. - Acho melhor vocês pararem com isso! - Disse Magge. - Se ela é a querida há do dono, ela vai dedar vocês para que sejam demitidos. Bando de invejosos!- Disse ela enquanto todos saiam um para cada lado. - Juro que não sei, por que ele me escolheu. - Eu sei! Acredito em você! Agora deixe-me ir trabalhar, vai que ele aparece... - Boa sorte! - Disse eu enquanto ela saia com a bandeja. - Mocinha, melhor ir para casa, ele não vem hoje! - Disse meu gerente. - Não posso ficar e ajudar meus colegas? -Vá pra casa! Não questione minhas ordens. Se precisar de você amanhã eu te aviso. -Isso é muita gentileza! - Não minha! Por mim você iria trabalhar como todos aqui. – Disse ela virando as costas e saindo. -Vamos aproveitar que ele nos liberou mais cedo hoje e ir para a boate ali na esquina? – Disse Magge sussurrando em meus ouvidos. - Tenho que pegar a Mia! - A mamãe está cuidando dela. Vai ser só uma horinha, nem vão ficar sabendo que saímos. - Só dançar e ir para casa?! - Isso...vai ser só uma hora...bem rapidinho! - E a roupa? - Tenho dois vestidos lindos dentro da bolsa...Comprei hoje! - Você é maluca! – Disse eu rindo e indo com ela para o vestiário. Usamos vestidos pretos com decote nos seios e no dela nas costas, continuamos com a sandália do trabalho e deixamos as bolsas ali. Soltamos o cabelo, um delineado, rímel e um batom vermelho. Caminhamos até a esquina com o sobretudo nos cobrindo, e guardamos no carro da Magge que estava ali perto antes de entrarmos na boate. O segurança é nosso amigo e nos deixou entrar sem precisar passar na fila, que por sinal estava grande. É uma boate de gente rica, então duas pobres que não tem onde cair mortas não deveriam estar ali. Mas, não estávamos em busca de ninguém, só de nós mesmas. - Eu vou pegar uma água! – Disse Magge se afastando para buscar a água. Continuei dançando. A boate estava tão escura, apenas luzes passavam tão rápidas pelos meus olhos que me deixavam com mais vontade de dançar. Senti umas mãos tocar em minha cintura e quando olhei, já tentei me afastar, mas o homem não queria permitir, segurou-me com força e queria continuar dançando comigo, como se eu fosse dele. - Me solta! - Para de graça...sou tudo o que você quer... - Solta a garota! – Disse uma voz conhecida vindo atras de mim. - Ela está com você? - Esta! – Disse o homem me soltando rapidamente. Olhei para trás e vi Henrique. - Obrigada! - Melhor ir para casa, esse lugar não é para vocês! - Eu já estou indo! – Disse eu encontrando Magge no meio do caminho e a puxando para ir para fora, mas não sem dar uma última olhada nele e vê-lo com uma mulher incrivelmente bonita. Morena, de um metro e setenta, curvas e pele tão rosada, que parecia pele de bebê. O rosto não vi direito, mas era linda. – Ainda bem que você veio de carro! - O que aconteceu lá dentro? - Um choque de realidade!Katty - Mel, é você? - Oi irmã! Quanto tempo!- Faz sim...muito tempo! - O que aconteceu? Está tudo bem com a Mia?- Eu vou falar rápido, enquanto ela dorme... - O que aconteceu com minha filha?- Não é sobre ela, ela está bem. É sobre mim! Eu estou morrendo...Preciso fazer uma cirurgia no cérebro, e enquanto arrumo o dinheiro, pode ser que não resista. - Eu não tenho tanto dinheiro...- Não estou te pedindo dinheiro, só estou pedindo para que cuide de Mia. Eu não sei se vou resistir ou se ficarei bem para cuidar dela. - Vou ver se consigo busca-la! Essa doença chegou em uma má hora.- Só promete que não vai abandona-la novamente... – Disse eu antes dela desligar o telefone. Henrique 1 mês depois Elizabeth e eu ainda estávamos juntos..., claro, ficando as escondidas da mídia e de todos que pudessem nos atrapalhar. Esse atrapalhar é os meus sócios. Nunca mais vi, Katty. Soube que ela trabalha no restaurante do centro e agora trabalha especificamente para mim na boate. Foi a
Katty - Você ficou l****? - Disse eu no elevador do prédio para sair da boate. - Quem é você? Nem nos conhecemos, e do nada você faz isso?! - Calma! - Eu quero uma explicação! É o mínimo que você me deve. - Disse eu extremamente estressada. - Eu não sei!...- Ele encostou a cabeça no elevador e parou. - Não existe isso de não sei! Ninguém faz as coisas por que não sabe. - Eu vi a minha namorada, beijando outro homem, e surtei. Só quis provoca-la! - Você podia ter me avisado, olha entra na onda...sua vida vai acabar aqui. - Não é bem assim! - Você só pode estar brincando! - Disse eu saindo do elevador. - Até parece que você é a única que não gostaria de ser famosa, ou ter muito dinheiro. - O dinheiro não é meu, é seu. E a fama vindo desse jeito? Esses abutres vão acabar com a minha vida. Eu tenho uma filha sabia?! - Não tinha pensado em nada disso! - E você pensa? Me diz, o que vai fazer agora? Por que eu estou fora disso! - Você não pode! É minha noiva, agora. -
Katty Acordei pela manhã com alguém abrindo a porta. Levantei num pulo e me esbeirei para ver quem era:- DESPEJO!- Gritou uma voz vindo da porta. Rapidamente vários homens entraram e começaram a colocar minhas coisas para fora. Do jeito que estava, peguei minha filha e fui levada para o corredor. - Eu disse que você iria para a rua se continuasse me devendo!- Disse o cobrador enquanto minha filha chorava sem parar. - Eu não tenho para onde ir!- Isso não é problema meu! Por que não pede para o seu noivo super rico pagar seu aluguel. - Todos do corredor ficaram me olhando...Magge tentou acalmar Mia, mas foi impossível. Então a peguei no colo novamente. - Me dê mais alguns dias, e vou conseguir o dinheiro. - Já é tarde demais! A não ser que me dê o seu anel de noivado. Pelas fotos, deve valer muito dinheiro. - Deixe minha noiva em paz!- Disse Henrique aparecendo no corredor. Ele pegou Mia no colo e disse- Você não vai continuar nesse lugar!- Disse Henrique olhando para Mia. Atrás
Henrique Tá, eu jamais faria isso! Nunca iria tirar a filha de uma mãe, mas preciso fazer ela assinar. Não posso ficar como mentiroso para os sócios. Sai do quarto me sentindo vitorioso, mas dei de cara com minha mãe: - Como pode trazer essa golpista para minha casa! - Mãe...- Disse eu andando pelo corredor e sendo seguido por ela. CATARINA E SUA TEIMOSIA! Minha mãe é mestre nisso. Vai me deixar maluco. - Elizabeth veio aqui pela manhã furiosa com você. Como pode fazer isso com ela? - E o que eu fiz com ela? - Você permitiu que ela fosse embora, não correu atrás dela e ainda deu uma aliança de noivado para outra mulher. Sabe a quanto tempo ela espera essa aliança? Sabe o que ela já fez para fica com você? Como pode troca-la tão facilmente por outra mulher? Filho, não criei você assim! - Chega! Não critique minhas escolhas! - Disse eu em tom grosseiro. - Eu não aceito essa garota na minha casa! - Vou comprar o resto da cidade para minha noiva. - Eu vou fazer de tudo
Katty - Os primeiros dias foram difíceis. Mia queria ficar o tempo todo comigo. Não queria ir para a escola nova, não queria que eu fosse trabalhar, e não deixava Henrique se aproximar. Henrique por outro lado, não dava muito a mínima para ela e não fazia questão de ficar perto de nós, a não ser, quando tinha alguém por perto. O telefone não parou de tocar um só dia. E todas ligações de Elizabeth...Não estou com ciúmes ou algo do tipo, mas ela está. E toda vez que Henrique vê que ela ligou, ele fica mais furioso. Minha querida sogra...A senhora Catarina, não fala comigo e quando fala é para me ofender. Ahh, está sendo tão difícil morar aqui! - Ninguém disse que seria fácil...Você que está pensando demais!- Disse Magge no telefone. - E o que devo fazer? Confesso que a achei que a mídia esqueceria mais rápido esse assunto, mas já faz uma semana, e eles não saíram do portão.- Eles querer saber tudo! Então aproveita e entra na onda. Para de ser essa menina boca que se preocupa com tu
Henrique Todo lugar que eu olho eu vejo minha Elizabeth. Sentir sua traição foi como uma facada em meu peito. E agora que Katty está aqui, tudo tem se tornado mais difícil. Ter que ser amoroso com outra mulher, enquanto tenho que fingir que não amo mais Elizabeth, está acabando comigo. Ahhh e essa menina chata e birrenta??! Como que eu faço para lidar com tudo isso? Tem sido difícil, tem sido horrível, doloroso ser traído. A verdade, é que também foi bom! Todos já me diziam das atitudes dela, mas fui cego, agi como quem não quis ver, e agora ter que lidar com essa dor, não está sendo fácil. Katty me irrita! O que eu fui fazer?! - O dia começou agitado, cheio de brigas. Não sei o que fazer...- Você foi precipitado! - Disse Gutto. - Você não precisa me julgar! - Primo, como que pode obrigar ela desse jeito? Podíamos ter arrumado qualquer outra mulher para fingir ser sua esposa. - Agora já é tarde! - Podia ter sido uma com cultura, estudos...Mais bonita...- Você nem a viu ainda
Katty - O QUE ESSA MULHER ESTA FAZENDO AQUI?... - Gritou uma mulher saindo do elevador.- O que está fazendo aqui Elizabeth? - Disse Gutto. Elizabeth veio em nossa direção pisando firme e seus olhos demonstravam seu descontentamento. - Eu vim falar com Henrique! Ele não vai se casar com essa mulherzinha!- É melhor ir embora! - Disse Gutto.- SOU VOI EMBORA DEPOIS DE FALAR COM HENRIQUE!- Gritou Elizabeth fazendo todos parar para ouvi-la. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É ?!- Gritei me aproximando dela. - AHHHH, ENTÃO...- PRIMEIRO VOCÊ FALA BAIXO COMIGO...- interrompi Elizabeth gritando. - ODEIO QUE GRITEM COMIGO! E SEGUNDO, QUEM VOCÊ ACHA QUE...- Disse eu gritando mais parando em seguida- Para entrar no trabalho do meu noiva e aprontar esse escândalo todo? - EU NÃO VIM AQUI PARA FALAR COM VOCÊ!- Então vai ter que ir embora! Meu noivo não vai falar com você! - Disse eu sem gritar e me aproximando. Elizabeth é muito bonita, alta de pelo menos um e setenta. Cabelos compridos, belas curvas e
Henrique Assim que entrei e vi Elizabeth com minha mãe, me senti furioso. Mas, Katty parecia estar bem mais nervosa do que eu. Ela ficou olhando para elas e minha mãe se levantou e disse:- Elizabeth é minha convidada! - Ela não é bem vinda aqui! - Essa casa é minha! – Disse minha mãe. - Essa casa pode ate ser sua, mas a partir de hoje a senhora vai me respeitar. E enquanto eu estiver aqui você não vai receber esse tipo de gente.- Quem você pensa que é? Você não vai me dar ordem, eu recebo em minha casa quem eu quiser! - Não, não vai receber quem a senhora quiser! Ainda mais uma mulherzinha como essa que traia seu filho. - Não vai falar comigo assim! Você acha que porque está com Henrique hoje, pode falar assim comigo? É só eu estralar os dedos que ele volta pra mim. – Disse Elizabeth. - Então tenta! – Disse Katty se aproximando dela. – Vê se ele vai querer você! Até por que ficou com ele ate esses dias, e ele não colocou uma aliança no seu dedo. Ai, Elizabeth não me subestim