Katty
- Você ficou l****? - Disse eu no elevador do prédio para sair da boate. - Quem é você? Nem nos conhecemos, e do nada você faz isso?! - Calma! - Eu quero uma explicação! É o mínimo que você me deve. - Disse eu extremamente estressada. - Eu não sei!...- Ele encostou a cabeça no elevador e parou. - Não existe isso de não sei! Ninguém faz as coisas por que não sabe. - Eu vi a minha namorada, beijando outro homem, e surtei. Só quis provoca-la! - Você podia ter me avisado, olha entra na onda...sua vida vai acabar aqui. - Não é bem assim! - Você só pode estar brincando! - Disse eu saindo do elevador. - Até parece que você é a única que não gostaria de ser famosa, ou ter muito dinheiro. - O dinheiro não é meu, é seu. E a fama vindo desse jeito? Esses abutres vão acabar com a minha vida. Eu tenho uma filha sabia?! - Não tinha pensado em nada disso! - E você pensa? Me diz, o que vai fazer agora? Por que eu estou fora disso! - Você não pode! É minha noiva, agora. - E, quem disse que eu sou? Aceitei para você não passar vergonha. – Disse eu passando pela recepção do prédio. - Espera! – Disse ele pegando em meu braço e escorregando ate minha mão. – Só fala baixo! - Disse ele olhando para a recepção e o segurança. - Pelo amor de Deus, é melhor você me soltar! - Eu faço o que você quiser! - Então começa me deixando em paz! - Não posso! Tenho muita coisa em jogo. - Minha vida não é um joguinho! Acha que por ser quem você é, e todo o dinheiro que você tem, pode simplesmente comprar todo mundo?! – Disse eu puxando minha mão e passando pela porta giratória. Assim que passei, Henrique veio atras e como num passe de mágica, vários paparazzis apareceram. Um carro preto parou na minha frente e Henrique abriu a porta dizendo: -Vem comigo! – Relutei por alguns minutos e ele acrescentou – É melhor vir comigo! – Sua cara diabólica, de quem parecia saber exatamente o que fez, me deixou extremamente tensa, mas por medo do que iria acontecer, entrei. - Isso não quer dizer nada! – Disse eu fechando a porta. - Podemos conversar e chegar a uma solução! - Solução? Você vai dizer que se precipitou e que era uma brincadeira com a sua namorada. - Não vou fazer isso! - Vocês vão se reconciliar e vão fingir que eu não existo. - Isso não vai acontecer! - Vai! Se tinha uma aliança, tinha um proposito com ela. Deve sentar com ela e conversar. - Ela me traiu! Foi isso que aconteceu, enquanto dizia me amar ate ontem, hoje a vi se beijando com outro cara. Pelos olhos dela, percebi que era mais do que sentia por mim, ou estava jogando tão bem aquele pobre coitado e comigo. - Ate parece que nunca fez isso! – Ele abaixou a cabeça e percebi que realmente ele não tinha feito. - Nem tudo devemos perdoar! Agora me diz, o que eu posso fazer, para que finja ser minha noiva pelos próximos meses? Depois inventamos alguma coisa e nos separamos. Mas, nesse momento eu preciso de você! - Não vamos fazer nada disso! Deixa abafar essa história por si só. Logo, todos esquecerão. – Ele revirou os olhos. Nesse momento entendi que não sabia nada desse mundo. Ele parou, ficou sério. Seus olhos verdes olhando de vez enquanto para mim, me fez questionar minha existência para esse homem poderoso e prepotente. Como será que ele considera as mulheres? Apenas seu objeto? Henrique Meu único pensamento era “Qual é o ponto fraco dessa mulher?” Peguei me celular e enviei uma mensagem para Pedro dizendo: - Descobre tudo o que puder dessa mulher! Ela precisa aceitar ser minha esposa. Pedro apenas visualizou a mensagem. Espero que isso seja um sinal de que irá conseguir fazer algo. Mas, pela hora deixei para ser grosseiro depois. - Você mora em um bairro distante... - Não sou alta sociedade como você! - Será que você pode baixar a guarda um pouco! – Disse eu, a olhando. Ela me olhou com os olhos amedrontados, não esperando meu tom grosseiro. - Não quis dizer isso. - Olha, eu nem te conheço! - Disse ela quando o carro parou. Ela abriu a porta e desceu do carro. - Espera! - Diss eu descendo do carro atrás dela. Mas Katty me ignorou e seguir entrando dentro do prédio. - Aqui não é seguro!- Disse o motorista descendo do carro. - Melhor voltar para dentro. - Eu já volto! - Disse eu ignorando suas recomendação. Entrei dentro do predio, e segui Katty de longe, sem que ela me visse subi cada degrau daquele prédio escuro e cheio de barata. Ela parou e eu fiquei escondido atrás de uma parede antes de entrar no corredor. Katty bateu na porta e uma senhora a recebeu, ela entrou e logo saiu com uma menina nos braços. A menina era pequena, cabelos castanhos e carregava uma ursinho nos braços. Katty atravessou o corredor e com cuidado abriu a porta, mas antes de entrar o ursinho caiu. Com todo cuidado, Katty tentou abaixar para pegar, mas rapidamente sai das sombras, abaixando e pegando o urso. Nos olhamos nos olhos, e ela rapidamente pegou o urso e balançou a cabeça negando. - Deixe-me leva-la! - Vai embora! - Disse ela entrando e tentando fechar a porta, mas segurei e entrei. - Você vai acordar a minha filha! - Vamos conversar! Você não sonha em dar uma vida melhor para ela? - Ela fez um sinal de silêncio e entrou no quarto. Logo ela saiu e fechou a porta. - O que você quer? Não posso fazer isso, ela é uma criança. Como pode me pedir isso? - Posso garantir uma boa escola, se quiser a melhor escola do mundo, a faculdade, um carro aos dezoito. E o valor que quiser deixar na poupança. O futuro dela vai estar garantido. Sem contar de uma casa segura, conforto. Só me fala o quanto?! - Melhor ir para casa! Não vou envolver minha filha nas suas loucuras. Isso pode afeta-la! Nós não somos um brinquedo...melhor você ir. - Disse ela indo até a porta para que eu saísse. Antes de passar pela porta ela me entregou o anel . Apenas a ohei-a e saí. Pela manhã entrei no escritório desesperado. Já estava em todos os sites, jornal e revista, o meu pedido de casamento. Assim que entrei em minha sala, John estava olhando a janela e disse ao me ver entrar: - Chefe! Queria ser o primeiro a parabeniza-lo pelo noivado. - Respirei fundo ao ver o vice-presidente com sua ganância logo pela manhã. - Bom dia! Obrigado! - Foi tão de repente! Deve estar muito apaixonado por ela, porque ninguém a conhece. - Ela é incrível mesmo! - Parabéns! - Disse ele pegando uma garrafa de wisk e vindo me entregar. - Essa garrafa estava esperando um dono a muito tempo. Então, esse meu presente. Espero que sejam muito felizes. - Disse ele me abraçando e saindo da sala. - Bom dia! - Disse Pedro abrindo a porta rapidamente, entrando e trancando a porta. - Até que enfim! Escuta, nunca mais deixa esse homem entrar na minha sala. - Não consegui impedi-lo! - Por que não me respondeu? - Vi sua mensagem e fiquei pensando na moça. - Diz que descobriu algo? O conselho deve estar sabendo do noivado. Preciso fazer ela aceitar, antes que todos saibam que foi uma mentira. - Descobri poucas coisas...O melhor é que ela tem uma ordem de despejo, e vai ser executado hoje. - Faz um contrato, coloca um valor bom... - Aqui está! - Disse ele estendendo um envelope. - Se eu fosse você, já iria atrás dela agora mesmo. Pega-la no momento de fragilidade vai faze-la aceitar... - Vamos!- Disse eu...Katty Acordei pela manhã com alguém abrindo a porta. Levantei num pulo e me esbeirei para ver quem era:- DESPEJO!- Gritou uma voz vindo da porta. Rapidamente vários homens entraram e começaram a colocar minhas coisas para fora. Do jeito que estava, peguei minha filha e fui levada para o corredor. - Eu disse que você iria para a rua se continuasse me devendo!- Disse o cobrador enquanto minha filha chorava sem parar. - Eu não tenho para onde ir!- Isso não é problema meu! Por que não pede para o seu noivo super rico pagar seu aluguel. - Todos do corredor ficaram me olhando...Magge tentou acalmar Mia, mas foi impossível. Então a peguei no colo novamente. - Me dê mais alguns dias, e vou conseguir o dinheiro. - Já é tarde demais! A não ser que me dê o seu anel de noivado. Pelas fotos, deve valer muito dinheiro. - Deixe minha noiva em paz!- Disse Henrique aparecendo no corredor. Ele pegou Mia no colo e disse- Você não vai continuar nesse lugar!- Disse Henrique olhando para Mia. Atrás
Henrique Tá, eu jamais faria isso! Nunca iria tirar a filha de uma mãe, mas preciso fazer ela assinar. Não posso ficar como mentiroso para os sócios. Sai do quarto me sentindo vitorioso, mas dei de cara com minha mãe: - Como pode trazer essa golpista para minha casa! - Mãe...- Disse eu andando pelo corredor e sendo seguido por ela. CATARINA E SUA TEIMOSIA! Minha mãe é mestre nisso. Vai me deixar maluco. - Elizabeth veio aqui pela manhã furiosa com você. Como pode fazer isso com ela? - E o que eu fiz com ela? - Você permitiu que ela fosse embora, não correu atrás dela e ainda deu uma aliança de noivado para outra mulher. Sabe a quanto tempo ela espera essa aliança? Sabe o que ela já fez para fica com você? Como pode troca-la tão facilmente por outra mulher? Filho, não criei você assim! - Chega! Não critique minhas escolhas! - Disse eu em tom grosseiro. - Eu não aceito essa garota na minha casa! - Vou comprar o resto da cidade para minha noiva. - Eu vou fazer de tudo
Katty - Os primeiros dias foram difíceis. Mia queria ficar o tempo todo comigo. Não queria ir para a escola nova, não queria que eu fosse trabalhar, e não deixava Henrique se aproximar. Henrique por outro lado, não dava muito a mínima para ela e não fazia questão de ficar perto de nós, a não ser, quando tinha alguém por perto. O telefone não parou de tocar um só dia. E todas ligações de Elizabeth...Não estou com ciúmes ou algo do tipo, mas ela está. E toda vez que Henrique vê que ela ligou, ele fica mais furioso. Minha querida sogra...A senhora Catarina, não fala comigo e quando fala é para me ofender. Ahh, está sendo tão difícil morar aqui! - Ninguém disse que seria fácil...Você que está pensando demais!- Disse Magge no telefone. - E o que devo fazer? Confesso que a achei que a mídia esqueceria mais rápido esse assunto, mas já faz uma semana, e eles não saíram do portão.- Eles querer saber tudo! Então aproveita e entra na onda. Para de ser essa menina boca que se preocupa com tu
Henrique Todo lugar que eu olho eu vejo minha Elizabeth. Sentir sua traição foi como uma facada em meu peito. E agora que Katty está aqui, tudo tem se tornado mais difícil. Ter que ser amoroso com outra mulher, enquanto tenho que fingir que não amo mais Elizabeth, está acabando comigo. Ahhh e essa menina chata e birrenta??! Como que eu faço para lidar com tudo isso? Tem sido difícil, tem sido horrível, doloroso ser traído. A verdade, é que também foi bom! Todos já me diziam das atitudes dela, mas fui cego, agi como quem não quis ver, e agora ter que lidar com essa dor, não está sendo fácil. Katty me irrita! O que eu fui fazer?! - O dia começou agitado, cheio de brigas. Não sei o que fazer...- Você foi precipitado! - Disse Gutto. - Você não precisa me julgar! - Primo, como que pode obrigar ela desse jeito? Podíamos ter arrumado qualquer outra mulher para fingir ser sua esposa. - Agora já é tarde! - Podia ter sido uma com cultura, estudos...Mais bonita...- Você nem a viu ainda
Katty - O QUE ESSA MULHER ESTA FAZENDO AQUI?... - Gritou uma mulher saindo do elevador.- O que está fazendo aqui Elizabeth? - Disse Gutto. Elizabeth veio em nossa direção pisando firme e seus olhos demonstravam seu descontentamento. - Eu vim falar com Henrique! Ele não vai se casar com essa mulherzinha!- É melhor ir embora! - Disse Gutto.- SOU VOI EMBORA DEPOIS DE FALAR COM HENRIQUE!- Gritou Elizabeth fazendo todos parar para ouvi-la. - QUEM VOCÊ PENSA QUE É ?!- Gritei me aproximando dela. - AHHHH, ENTÃO...- PRIMEIRO VOCÊ FALA BAIXO COMIGO...- interrompi Elizabeth gritando. - ODEIO QUE GRITEM COMIGO! E SEGUNDO, QUEM VOCÊ ACHA QUE...- Disse eu gritando mais parando em seguida- Para entrar no trabalho do meu noiva e aprontar esse escândalo todo? - EU NÃO VIM AQUI PARA FALAR COM VOCÊ!- Então vai ter que ir embora! Meu noivo não vai falar com você! - Disse eu sem gritar e me aproximando. Elizabeth é muito bonita, alta de pelo menos um e setenta. Cabelos compridos, belas curvas e
Henrique Assim que entrei e vi Elizabeth com minha mãe, me senti furioso. Mas, Katty parecia estar bem mais nervosa do que eu. Ela ficou olhando para elas e minha mãe se levantou e disse:- Elizabeth é minha convidada! - Ela não é bem vinda aqui! - Essa casa é minha! – Disse minha mãe. - Essa casa pode ate ser sua, mas a partir de hoje a senhora vai me respeitar. E enquanto eu estiver aqui você não vai receber esse tipo de gente.- Quem você pensa que é? Você não vai me dar ordem, eu recebo em minha casa quem eu quiser! - Não, não vai receber quem a senhora quiser! Ainda mais uma mulherzinha como essa que traia seu filho. - Não vai falar comigo assim! Você acha que porque está com Henrique hoje, pode falar assim comigo? É só eu estralar os dedos que ele volta pra mim. – Disse Elizabeth. - Então tenta! – Disse Katty se aproximando dela. – Vê se ele vai querer você! Até por que ficou com ele ate esses dias, e ele não colocou uma aliança no seu dedo. Ai, Elizabeth não me subestim
Henrique Hoje pela manhã fomos acordados por Mia nos trazendo café na cama. Por sorte Katty estava no banheiro, já que ela dorme no sofá. Agora, como ela consegui carregar as coisas eu não sei, mas ela veio toda animada trazendo uma bandeja com café, suco, dois pães e um vasinho com flor. - Bom dia! Onde está minha mãe?- Está no banheiro! – Disse eu enquanto ela deitava na cama. – Trouxe café para mim?- Não, só para minha mãe...- Disse ela revirando os olhos. - Bom dia, meu amor! – Disse Katty saindo do banheiro e vindo cumprimentar Mia. Ela encheu a Mia de vários beijos e abraços, a fazendo rir. - Eu fiz o café para você!- Que delicia...- Disse ela olhando para a bandeja. - Enquanto eu como, você precisa se trocar... Vamos sair em meia hora. - Para onde vocês irão?- Eu tenho uma consulta!- Você está doente?- Não...é..., é só de rotina!- A Mia vai fazer exames também?- Não!- Vai levar ela por que então? Está muito frio lá fora.- Por que não quero deixar minha filha aqu
KattyFui ao médico...Já sei que estou condenada..., mas, quem sabe ainda haja esperança. Me troquei e fui sem comer nada, pois teria que fazer alguns exames.O que me resta é aproveitar o que estou vivendo hoje... Pensei olhando para o motorista, e em seguida para a paisagem fria e gelada desse outono. O carro parou e entrei no hospital. O hospital é particular, mas tem uma parte da clínica que atende pró-bono. Que tem sido minha salvação. Eu não consigo pagar esses planos de saúde, não com o que eu ganhava como garçonete. Voltei a olhar para a janela admirando a vista. Desta vez o doutor me chamou na porta e eu fui. - Bom dia! -Disse eu entrando na sala.- Bom dia! Como está se sentindo?- Cansada! - Eu disse que se sentiria mais cansada.- Um pouco de dor de cabeça, que tem se tornado constante. São os mesmos sintomas que ainda persistem.- Enjoo?- Sim, as vezes os olhos embaçam um pouco, mas ainda consigo enxergar. - Vamos fazer alguns exames para ver o quanto cresceu...-