FELIPE Continuei contando tudo para o delegado:— Eu voltei no dia seguinte, e também no outro. Quando eu chegava, eu já pagava pela noite inteira com ela. Eu não tocava nela, eu ia só para dormir, e para não deixar que ela tivesse que se submeter aquilo com nenhum cliente do local. Mas, eu sabia que não poderia ficar para sempre daquela forma. Não dava para ir todos os dias naquele lugar, e impedir que outro cliente pagasse por uma noite com ela. Eu lembro que cheguei atrasado lá em uma das noites, por conta de uma reunião, e por pouco um outro cliente não encostou nela. Antes de ir até o Lobo, eu pensei em várias maneiras de tirar ela de lá. Pensei em chamar a polícia, mas fiquei com receio de ter policiais envolvidos, pensei em invadir, e tirar ela de lá, mas era a opção mais arriscada para ela. Até que a Luiza descobriu que o dono da casa noturna era o Lobo. Eu não pensei duas vezes e cheguei ate o cara.— Você subiu o morro?— Subi! Só que para minha surpresa, ele não sabia o que
LUIZADepois de vários dias em casa me recuperando, voltei ao trabalho e a faculdade. Nos primeiros dias, o Felipe estava me levando e buscando na faculdade. Ele dizia que seria até eu me recuperar melhor, mas na verdade era até ele se sentir seguro novamente em relação a isso.No trabalho todos ficaram me paparicando, e me receberam super bem, menos o Mateus, já que para ele deve ter sido um alívio o tempo que eu passei fora, e ele não fez questão nenhuma de esconder.Quando ele me viu falou sem expressão nenhuma:— Como vai Luiza?— Bem Mateus! Obrigada! — falei e fui andando com o Felipe em direção a Aline.Aline que havia me visitado umas duas vezes no hospital, quando me viu falou:— Graças a Deus! Coisa boa você está de volta Luiza. — falou me abraçando.— Obrigada Aline! Como está o Bernardo, aquele guri lindo? — falei sorrindo.— Está bem, e bem bagunceiro também — ela falou e nós sorrimos juntas.A Mari estava chegando de um obra.— AMIGAAAA... - gritou colocando a mão na boca
LUIZA A festa foi incrível, cheia de pessoas queridas, e eu estava muito feliz, tão feliz que me empolguei um pouco demais na bebida. Nada que me fizesse dar vexame, e muito menos ficar inconsciente, mas que me deixou bem animada. Eu dancei e ri bastante.No buffet tinha comida japonesa, que eu aprendi a gostar graças ao Felipe, a Manu e ao Rafa, e que agora estamos tentando fazer a Mari gostar, já que é uma das comidas preferidas do Davi. Também tínhamos mini hambúrgueres americanos, tacos, nachos e burritos mexicanos, além de alguns salgado, doces gourmet, e o bolo, que lógico, o primeiro pedaço foi do meu amor.O Felipe me levou pela mão até o quarto, e chegando lá ele falou:— Eu pensei em várias coisas para te dar hoje, mas nada parecia ser bom o suficiente, então preparei isso aqui, e espero que goste — falou me entregando uma caixa bem linda, e dentro dela tinham várias fotos nossas, uma colada na outra. Eu fiquei encantada com a caixa de fotos, era algo que precisava de cap
FELIPENa segunda-feira, o assunto entre o Rafa, a Mari e a Aline na copa, era o aniversário da Luiza quando chegamos na empresa. Eles comentavam o quanto aquela festa havia sido incrível, e o quanto tudo estava lindo e delicioso.— Fico feliz gurizada que vocês tenham gostado! Amei receber cada um de vocês lá — a Luiza falou sorrindo.Depois de tomar um café, eu e o Rafa entramos em uma reunião. Nós conseguimos perceber que o faturamento apesar de termos feito vários lançamentos havia diminuído, e a causa estava nos custos altos.Apesar de ser o último dos recursos, não queríamos ter que demitir funcionários de alguns setores, caso não conseguissemos reajustar alguns valores.Depois de conversarmos a sós, chamamos o Mateus, nosso diretor financeiro, para alinharmos algumas mudanças.A reunião com o Rafa e com o Mateus acabou demorando bastante, e quando terminamos já estava na hora do almoço.Fomos eu, a Luiza, a Mari e o Rafa almoçar. Acabamos percebendo que quando o Davi ligou pa
FELIPEDepois de deixar a Luiza na faculdade, eu liguei para o Davi.LIGAÇÃO ON— Oi primo — disse Davi atendendo.— Onde você esta?— Na empresa ainda.— Pensei que tinha deixado a Mari na faculdade.— Ela preferiu ir de Uber.— Vamos tomar umas cervejas.— Você leu meus pensamentos.— Deixa seu carro aí na empresa, a Luiza vai ter a última aula vaga hoje, nós podemos ir naquele bar na frente da faculdade dela, e de lá nós pegamos a Mariana.— Tá bom.— Chego aí em dez minutos.— Te aguardo.LIGAÇÃO OFFEm dez minutos como havia combinado, peguei o Davi na empresa dele.— Como você tá cara? — o Davi falou dando um toque de mão e entrando no carro.— Estou bem! Como estão as coisas?— Difícil! Eu e a Mari estamos discutindo bastante esses dias.— Por que? — perguntei como quem não soubesse de nada.— Estou sentindo ela distante esses dias! Não sei bem quando começou, mas eu estou inseguro em relação ao chefe dela, e ao quanto ela ainda quer ficar comigo.Nós chegamos no bar, escolhemo
LUiZAEu fiquei feliz que a Mari e o Davi haviam se reconciliado. Nós sabemos o quanto eles se amam, e sabíamos que eles só precisavam de uma forcinha para entenderem a importância que um tem na vida do outro, e principalmente o quanto que era importante o diálogo entre eles.No mês seguinte, o Davi preparou um noivado surpresa para poder pedir a mão da Mari em casamento, e trouxe a Célia e o Luiz sem que a Mari soubesse para São Paulo. O Davi convidou alguns familiares, como os pais dele e os pais da Mari, os amigos mais próximos como eu, o Felipe, o Rafa e a Manu, e fomos jantar no mesmo restaurante que eu e o Felipe havíamos comemorado o primeiro mês de namoro. A Mari se emocionou bastante, e o noivado deles foi muito lindo. Para deixar a noite ainda mais incrível, após o noivado o Davi levou a Mari para um passeio de helicóptero, onde eles puderam ver lá de cima, toda a linda cidade de São Paulo à noite.O casamento deles foi marcado para o final do ano, para que tivessem tempo
FELIPEOs acontecimentos com Matheus Alves me deixaram bem abalado. Infelizmente eu e o Rafa não conseguimos perceber antes o que ele vinha fazendo, mas felizmente os crimes do Mateus foram descobertos a tempo, e além dele está pagando pelos crimes que cometeu, e principalmente pela morte do Pedro Pinheiro, que era uma pessoa muito boa e não merecia morrer dessa forma, o emprego dos funcionários da construtora foram salvos.Diante de toda a frustração e decepção, um sentimento de orgulho tomou conta de mim. Tudo isso tinha acontecido graças a Luiza, que confiou nos seus instintos, estava preocupada com o futuro da construtora, e dos empregos dos nossos funcionários, e foi atrás até descobrir a causa do problema. Inclusive, era isso que o Mateus Alves deveria ter feito, isso fazia parte do trabalho dele, analisar riscos e impedir fraudes.Minha esposa trabalhou duro, ela foi perfeita e providencial.Uns dois dias após o acontecimento com o Mateus, eu, a Luíza, o Rafa, e a Mari fomos al
FELIPEConvidamos um trio de sanfoneiros para alegrar nossa festa. A decoração estava impecável, todos estavam bem animados e vestidos a caráter, as comidas típicas estavam deliciosas, e logo eu faria o meu discurso. Mas antes, meu pai subiria ao palco, pois preparamos uma singela homenagem para o Pedro Pinheiro, que trabalhou na empresa por muitos anos, e era amigo pessoal do meu pai e da nossa família. Para entrar no clima da festa, eu usei uma camisa quadriculada, um blazer com um recorte da estampa da camisa, e uma calça jeans rasgada. A Luiza usou um vestido quadriculado, e no cabelo fez uma trança de cada lado, e claro estava linda, como sempre.— Meu marido está muito gato de matuto — a Luiza falou colocando seus braços por cima do meu ombro.— Não mais do que minha esposa gostosa. Eu sairia fácil com você daqui agora, só para vê o que essa matuta tem por baixo dessa roupa — falei enquanto dançava forró com ela.Os funcionários podiam levar suas famílias, então a Manu e o Da