Anthony narrando
O olhar de Ana estava atento a cada movimento meu, e eu sabia que ela estava tentando se proteger, mas a maneira como ela me observava, um misto de desconfiança e curiosidade, me fazia saber que, mesmo tentando resistir, ela não estava completamente alheia ao que estava acontecendo entre nós. Ela entrou em meu jogo, mesmo que não admitisse. A noite estava boa, a conversa fluía, e eu podia sentir que ela começava a relaxar, mesmo que um pouco. Eu estava ali para conquistar sua confiança, para descobrir até onde ela iria se entregar a essa tensão que se criava entre nós. Não era só desejo físico — embora isso também estivesse claro, talvez mais claro para mim do que para ela. Mas havia algo mais. Algo que eu sabia que ela sentia também, mas que não queria aceitar. Quando finalmente saímos do restaurante, eu podia ver que ela estava dividida. A tensão no ar era palpável. Ela se virou para mim, como se estivesse tentando achar uma saída, e não pude evitar. Aproximei-me e, com um movimento suave, puxei seu braço, virando-a de frente para mim. O sorriso que se formou nos meus lábios era inevitável, porque eu sabia que, de alguma forma, ela já estava envolvida. — Sabia que você ia acabar gostando da minha companhia. — Falei com um tom de certeza, mas também de provocação. Ela olhou para mim, tentando encontrar uma resposta que fosse suficiente para negar o que estava acontecendo, mas eu sabia que ela estava se perdendo. — Não se empolga, Anthony. — Ela respondeu, e eu pude ver o esforço que ela fazia para se manter firme. Mas não era o suficiente. Não para mim. — Não consigo evitar. — E, antes que ela pudesse continuar, me aproximei e a beijei. Foi um movimento lento, mas firme. Não a forcei, mas também não dei espaço para que ela se esquivasse. O beijo foi o que eu queria que fosse — intenso, envolvente. Eu tomei o que queria, e a reação dela foi uma mistura de tensão e desejo. Ela ficou imóvel por um momento, o que me fez sorrir por dentro. O mundo ao nosso redor desapareceu, e tudo o que eu via era ela, sem resistência, entregando-se ao que acontecia entre nós. Claro, ela estava tentando resistir. E eu gostava disso. Gostava do desafio que ela representava. Mas sabia que, no fundo, ela também queria mais. Quando me afastei, ela estava sem palavras, e eu a observava, esperando alguma reação. Seus olhos estavam confusos, e eu podia ver que ela estava lutando contra algo dentro de si. — Não vai dizer nada? — Perguntei, com um sorriso torto. Queria vê-la ceder, queria saber se ela tinha algo a dizer, algo que me convencesse de que eu estava apenas brincando com fogo. Ela respirou fundo, tentando se recompor. — Isso não faz sentido. — Ela disse, e eu sabia que ela estava tentando se manter firme. Mas a maneira como ela me olhava me dizia tudo.Eu podia ver o desejo se misturando com a resistência, e era isso que me atraía nela. A luta interna dela, o fato de que ela não queria se entregar, mas ao mesmo tempo não conseguia evitar. — Você é teimosa, sabia? — Falei, me aproximando mais. Ela estava tentando manter a compostura, mas era claro que, dentro dela, algo estava mudando. Algo que ela não sabia controlar. — Eu não sou sua propriedade, Anthony. — A maneira como ela falou, com aquele tom firme, foi como um desafio, mas eu não me intimidei. Na verdade, isso só fez o jogo ficar mais interessante. Eu queria mais dela, e isso me dava uma vantagem. — Não estou tentando te possuir. — Respondi, observando seu rosto atentamente. Eu estava vendo muito mais do que ela queria mostrar, e aquilo só me fazia querer desvendá-la mais. — Mas acho que você sabe que não sou de desistir fácil. Ela olhou para o carro, claramente em conflito, e eu sabia que ela queria fugir. Mas eu já tinha dado o primeiro passo, e não ia recuar agora. — Eu não deveria estar aqui. — Ela disse, e eu sorri por dentro, porque sabia que ela já estava perdida. — Você já está. — Respondi, minha voz mais suave, mas com uma certeza inabalável. Eu estava gostando daquele momento, da tensão entre nós. Ela ainda tentava manter distância, mas eu sabia que estava ganhando espaço. Sabia que, no fundo, ela já havia se entregado um pouco. Eu podia vê-la respirando fundo, tentando se acalmar. Mas o que ela não sabia era que esse jogo de resistência e atração tinha acabado de começar, e eu tinha toda a paciência do mundo para fazer ela perceber que, no final, ela acabaria cedendo. — Eu não me arrependo de ter te beijado. E aposto que você também não. — Disse com confiança, sabendo que ela não poderia negar o que sentia. Ela não queria se entregar, mas eu sabia que já estava acontecendo, mesmo que ela não conseguisse admitir. Ela permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer, e eu a observei, vendo o conflito dentro dela. A situação estava ficando interessante, e eu estava começando a entender que, por mais que ela tentasse resistir, não conseguiria fugir do que estava acontecendo entre nós. Quando finalmente chegamos na frente da casa da Karen, senti que o jogo estava quase no fim. Ela estava tensa, e eu sabia que ela estava tentando se proteger. Mas antes que ela saísse, coloquei minha mão em seu braço, impedindo-a de ir embora. — Ana, espera. — Minha voz saiu mais grave, como se estivesse pedindo, mas ao mesmo tempo, pressionando. Eu sabia que ela sentia algo, e eu não queria que ela fugisse disso. — Eu sei o que você está sentindo. Fala que isso é só atração, não é? Tem algo mais aí. — Eu estava começando a vê-la de forma mais clara. Ela estava tentando se convencer de que isso era só atração, mas eu sabia que havia algo mais, algo que ela ainda não estava pronta para admitir. Ela respirou fundo, tentando se acalmar, e eu vi que ela estava tentando afastar o que sentia. Mas eu não ia deixar isso passar. — Anthony, o que está rolando entre nós não vai passar de amizade, entendeu? — Ela disse, tentando parecer firme, mas eu podia ouvir a dúvida em sua voz. Eu estava ganhando terreno, e sabia que, no fundo, ela já estava se entregando. Eu dei um passo para frente, aproximando-me mais dela, e disse, com um sorriso suave: — Você vai ver, Ana. Eu sempre consigo o que quero. — E, com aquele olhar penetrante, eu a deixei saber que não havia mais escapatória. Ela estava na minha...........Ana Kelly Narrando Eu ainda sentia o gosto dele nos meus lábios. O toque, a pressão, a intensidade daquele beijo... Meu corpo fervia, minha mente em guerra. Como ele, que mal me conhecia, conseguia me envolver desse jeito? Eu nunca quis me apegar a ninguém, mas Anthony parecia ter outros planos.Entrei em casa sentindo o coração disparado. Ele não saía da minha cabeça, e isso me irritava. Quem era esse cara? O que ele queria comigo? Ele sabia exatamente o que estava fazendo.Assim que pisei na sala, Karen me encarou de braços cruzados, já esperando fofoca.— E aí? Como foi? — Ela perguntou com aquele olhar curioso, pronta para ouvir cada detalhe.Me joguei no sofá, passei a língua nos lábios ainda sentindo o gosto do beijo e suspirei.— Eu não sei, Karen... — Comecei, tentando organizar os pensamentos. — Esse Anthony... Ele tem alguma coisa, sabe? O cara sabe exatamente o que fazer pra me deixar fora de controle. O beijo foi tão... intenso. Eu tentei resistir, mas não deu.Karen arqu
Karen Cristina Narrando A vida me deu limões, mas eu transformei em limonada com maracujá, gelo e tudo que tem direito. Quem me conhece sabe: Karen Cristina, 28 anos, 1,70m, sarada do jeito que a vida me fez e sem medo de ostentar. Não tem essa de se esconder, miga, porque eu me amo e pronto. Meu cabelo cacheado é volumoso, e se o vento bagunça, é porque eu sou dona do vento. E não, não sou dessas que fica chorando por nada, não. Se a vida me derrubou, eu levanto e vou para o rolê de cabeça erguida. Afinal, quem não luta, desiste. Agora, falar da Ana Kelly, minha amiga... Essa menina chegou aqui em casa toda perdida, os olhos tão confusos que eu soube logo: essa garota tá precisando de uma amiga de verdade. E eu, minha filha, sou amiga para todas as horas. Era um dia como outro qualquer quando disse que estava vindo. No outro dia, ela bateu na minha porta. A expressão dela, meio abatida, fez meu coração apertar. Eu sabia que ela tava fugindo de alguma coisa, mas eu não sou de perg
Capítulo: Anthony A mulher mexeu comigo de um jeito que eu nem sei explicar. Desde que senti o gosto da boca dela, não consegui mais esquecer. Putä que pariu, aquilo foi bom demais. Passei a noite inteira com a voz dela na minha cabeça, rodando sem parar, e por incrível que pareça, dormi melhor do que nunca. Acordei com o despertador apitando, bati a mão no botão e espreguicei forte antes de levantar de um pulo. Direto pro banheiro, rotina é rotina, e eu não saio de casa sem meu banho matinal. A água gelada bateu no meu corpo e deu aquele choque de realidade. Respirei fundo, esfregando o rosto, tentando organizar as ideias. Mas a verdade é que a única coisa que eu queria organizar era um jeito de ver a Ana de novo. Depois do banho, já saí do quarto com a toalha enrolada na cintura, vesti uma roupa leve e desci as escadas sentindo o cheiro do café da manhã que Josefa já tinha preparado. — Bom dia, patrão! — Josefa falou toda animada, já colocando a mesa. — Bom dia, minha velh
Ana Kelly Narrando Cruzei os braços e encarei Anthony, tentando manter a compostura. O homem tinha a audácia de me jogar um pedido de casamento na cara como se fosse a solução mágica pra minha vida. Respirei fundo, porque se eu não organizasse meus pensamentos, ia acabar mandando ele pra puta que pariu sem nem perceber. — Olha, Anthony, eu vim até aqui porque, sim, você tá insistindo demais. Mas também porque eu realmente preciso de um emprego. Eu tô na cidade há pouco tempo e não quero depender da Karen pra tudo. Sei que ninguém tem obrigação de arcar com minhas despesas, e não acho justo jogar isso pra cima dela. — Ele me cortou antes que eu continuasse. — Por isso que eu não quero você como minha funcionária. Quero você como minha mulher. — Dei uma gargalhada debochada, balançando a cabeça. — Tá de brincadeira comigo, né? Você tá me achando o quê? Uma coitadinha? Quer que eu me case com você pra bancar minhas contas? Pra me marcar nessa cidade como a mulher do Anthony? Os olh
Anthony Narrando Eu andava de um lado para o outro dentro da sala, sentindo uma mistura de raiva e incredulidade. Nunca fui de levar um fora, ainda mais assim, na cara dura, na frente de todo mundo. O que essa mulher tem na cabeça? Qualquer outra teria aceitado sem pensar duas vezes. Mas não, Ana Kelly fez questão de me rejeitar.— Merda! — Rosnei, passando a mão no cabelo, tentando acalmar o sangue fervendo.Peguei o telefone e disquei rápido.Ligação On — Fica de olho nela. Quero saber onde vai, com quem fala, se tá precisando de alguma coisa. Mas sem ela perceber. — Fui direto ao ponto.— Pode deixar, chefe. — A voz do outro lado confirmou.Ligação Off Desliguei o celular e joguei ele na mesa. Se Ana Kelly achou que ia sair da minha vida assim, sem mais nem menos, estava enganada.A porta se abriu sem cerimônia, e Estevão entrou como se fosse dono do lugar. Fechou a porta atrás de si e abriu os braços.— De qual é, meu amigo? — Já chegou perguntandoCruzei os braços, soltando um
Ana Kelly NarrandoAinda não estava conseguia acreditar no que o Anthony fez. Saí do escritório sem nem olhar para trás, pensando: eu sou mesmo uma besta?. Só porque tenho essa carinha de boneca? Mas depois de tudo o que passei nas mãos do Vinícius, jamais cairia de cabeça em outro relacionamento sem saber onde estou pisando. Eu senti um arrepio só de lembrar do jeito que ele me olhou no primeiro dia, naquele bar. Na mesma noite, ele me ligou, me deixando em pânico. Meu coração disparava, e Karen insistia que eu deveria dar uma chance, que não devia ser dura nem comigo mesma, nem com ele.— Não me olha com essa cara — falei para Karen, que me olhava de cara fechada, porque eu não deixei ela lá em cima batendo boca com a Bárbara.— Com certeza aquela mulherzinha foi rejeitada por ele, né? Mulher rejeitada, eu conheço de longe. Mulher recalcada, conheço de vista... — Ela foi praticamente o caminho todo resmungando, falando mal da secretária do Anthony.Mas o jeito que aquela mulher me o
Ana Kelly Narrando Um dos funcionários, um homem de uns 30 e poucos anos, me olhou e sorriu. Ele parecia o tipo de pessoa que não fazia questão de ser simpático, mas algo na forma como me encarou fez eu perceber que ele estava curioso.— Você vai se dar bem aqui, hein — ele disse, dando uma olhada no meu jaleco. — Aqui é tudo tranquilo, mas a galera é exigente. Melhor já ir se acostumando.— Pode deixar que eu gosto de desafio — respondi, tentando passar confiança. Eu sabia que a tarefa não seria fácil, mas estava decidida a dar o meu melhor.Karen apareceu ao meu lado, sorrindo como uma criança no Natal. Ela estava visivelmente feliz com a situação.— Isso aí, amiga, você vai arrebentar! — disse ela, dando um tapinha nas minhas costas.— Eu espero — respondi, tentando esconder a ansiedade que ainda estava no meu peito. Olhei para o homem que tinha falado comigo antes. — E você, já trabalha aqui há quanto tempo?— Uns três anos — respondeu ele, agora me encarando com mais interesse.
Anthony NarrandoDois dias se passaram, e a raiva ainda fervia dentro de mim. Não era nem só raiva, era decepção, era aquela sensação de estar perdendo tempo, de estar sendo feito de idiota. Eu tentava focar no trabalho, mas minha cabeça voltava para o mesmo lugar. Sempre ela. Ana Kelly.Sentei-me na grande mesa de reuniões da empresa, encarando os gráficos e relatórios projetados na tela à frente. Meu pai, o Sr. Carter, explicava algo sobre os novos investimentos, mas minha mente estava longe.— Anthony, você pode repetir o que eu acabei de dizer? — a voz firme do meu pai cortou meus devaneios.Pisquei algumas vezes, voltando ao presente.— Claro — respondi automaticamente, endireitando a postura.Ele cruzou os braços, me olhando de forma impaciente.— Então?Silêncio. Eu não fazia ideia do que ele tinha falado.— Como certeza é mulher, a única coisa que tiraria o foco de Anthony Carter.Bárbara, a assistente, resmungou alguma coisa ao meu lado. Não entendi, mas pelo tom, era alguma