Capítulo 14 Anthony

Capítulo: Anthony

A mulher mexeu comigo de um jeito que eu nem sei explicar. Desde que senti o gosto da boca dela, não consegui mais esquecer. Putä que pariu, aquilo foi bom demais. Passei a noite inteira com a voz dela na minha cabeça, rodando sem parar, e por incrível que pareça, dormi melhor do que nunca.

Acordei com o despertador apitando, bati a mão no botão e espreguicei forte antes de levantar de um pulo. Direto pro banheiro, rotina é rotina, e eu não saio de casa sem meu banho matinal. A água gelada bateu no meu corpo e deu aquele choque de realidade. Respirei fundo, esfregando o rosto, tentando organizar as ideias. Mas a verdade é que a única coisa que eu queria organizar era um jeito de ver a Ana de novo.

Depois do banho, já saí do quarto com a toalha enrolada na cintura, vesti uma roupa leve e desci as escadas sentindo o cheiro do café da manhã que Josefa já tinha preparado.

— Bom dia, patrão! — Josefa falou toda animada, já colocando a mesa.

— Bom dia, minha velha. Como sempre, salvando minha manhã. — Ela riu e cruzou os braços.

— Salvando nada! Mas vou ter que ganhar um aumento de salário porque aqui eu já sou empregada, babá e agora até secretária. — Falou de um jeito que dói impossível segura.

Soltei uma risada e puxei uma cadeira pra ela sentar.

— Senta aí e toma café comigo. O aumento tá garantido, você merece. — Falei apoiando os Meus cotovelos na mesa.

Josefa bateu palmas e se sentou com um sorriso satisfeito. A gente tomou café juntos enquanto ela passava minha agenda da manhã. Eu tentava prestar atenção, mas minha cabeça já estava na Ana. Assim que terminei, levantei, dei um beijo na testa de Josefa e fui pro banheiro escovar os dentes.

Saí de casa já ligando o som do carro, aumentando o volume e deixando "Dona da Minha Raiva" tocar enquanto eu batia no volante e acompanhava a música. Fui cantando no caminho, olhando no relógio pra ver se estava no horário certo. Quando cheguei, estacionei e já entrei direto na empresa, mas assim que pisei lá dentro, ouvi a voz da Bárbara, alterada.

— Como assim vocês querem falar com o Anthony? Não tem vaga aberta para secretária. Se não tem vaga, vocês podem dar a volta e sair.

O sangue subiu na hora. Minha voz saiu alta, grossa, cortando aquele teatro dela.

— Desde quando você é dona da empresa, Bárbara?

A mulher congelou e virou pra mim, engolindo em seco. Meus olhos foram direto para Ana Kelly e, porrä, meu coração deu uma vacilada nas batidas. Ela tava linda, daquele jeito que me fez perder a cabeça desde o primeiro momento.

— Eu só tava resolvendo, Anthony. Não tem vaga, então achei que...

— Achou errado. Você não decide quem entra ou sai da minha empresa. Se tem alguém que manda aqui, sou eu. Então da próxima vez, segura essa língua antes de sair destratando alguém.

Ela abaixou a cabeça e murmurou um pedido de desculpas, mas eu já não estava nem ouvindo. Fiz sinal pra Ana e Karen me acompanharem.

— Vamos pra minha sala. — Ana hesitou um pouco antes de entrar, parecia meio sem graça.

— Desculpa, eu não queria incomodar...

— Incomodar nada. Eu que devo desculpas pelo jeito que te trataram aqui dentro.

Ela me olhou por um segundo e depois abaixou o olhar. A mulher podia tentar resistir, mas eu via no rosto dela que estava balançada.

Antes que a gente pudesse continuar, Bárbara bateu na porta e entrou sem ser chamada.

— Vou participar da reunião? — Pisquei devagar, respirando fundo antes de responder.

— Não. O dono da empresa sou eu, e você não passa de uma secretária auxiliar. — O rosto dela ficou vermelho de raiva.

— Eu sou a sua secretária!

— Não, você é auxiliar. E se quiser continuar no cargo, aprende seu lugar. — Ela resmungou e saiu batendo o salto no chão.

Karen soltou uma risadinha e me olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Parece que tem gente aqui que não sabe lidar com hierarquia. — Soltei um riso de canto e fiz sinal pra elas sentarem.

Ana sentou bem na minha frente e, caralhö, era impossível me concentrar. Aquela morena com rosto de boneca me desconcertava de um jeito que nenhuma outra mulher conseguiu.

A sala ficou em silêncio por alguns segundos, mas na minha mente, um milhão de coisas estavam acontecendo. Eu precisava da Ana mais perto. Eu queria ela. Simples assim.

Deixei meu olhar cravado no dela e soltei, sem rodeios:

— Ana, casa comigo.

Ela arregalou os olhos, surpresa. Karen olhou de um jeito misturado entre choque e diversão.

— O quê? — Ana murmurou, parecendo confusa. — Cruzei os braços e repeti, dessa vez mais firme:

— Casa comigo.

O silêncio que veio depois foi pesado. Ana Kelly piscou algumas vezes, sem saber o que responder..... E agora, o que ela ia fazer?

Ana Kelly levantou as mãos, os olhos arregalados de surpresa. Ela parecia totalmente sem palavras, mas conseguiu se recompor rapidamente.

— Então, não era uma proposta de emprego, era uma proposta de casamento? — A voz dela estava um pouco ríspida, mas havia um brilho de dúvida e curiosidade nos olhos.

Eu não desisti, mantive meu olhar fixo nela, minha presença dominando o ambiente.

— Exatamente. Eu não quero você trabalhando pra mim, Ana. Eu quero você ao meu lado.

Ela balançou a cabeça, parecendo ainda em choque. Quando ela se levantou, pronta pra sair, fui atrás. Não ia deixar ela fugir assim.

— Onde você pensa que vai? — Fui firme, minha mão foi rápida e a segurei pelo pulso, impedindo que ela saísse.

Ela me encarou, claramente irritada.

— Me larga, Anthony. Você está indo longe demais.

Karen observava, toda descontraída como sempre, mas dessa vez ela parecia mais atenta, como se estivesse analisando a situação.

— E aí, Karen, pode dar licença? Só quero uma conversa, com a Ana pode? — Falei com a voz mais suave, olhando pra Karen. Eu sabia que ela não ia me contrariar.

Karen olhou para Ana Kelly pra mim e, depois de um momento, soltou um suspiro.

— Eu vou me retirar, pra vocês conversarem. — Ela falou e a Ana olhou pra ela. — Só mais uma coisa, não faz isso, Anthony. Você já está indo além. — Ela apontou pra uma das portas do lado dentro da minha sala.

— Vai lá, Karen, fica à vontade. — Falei sem tirar os olhos da Ana.

Ana me olhou com um misto de raiva e confusão, e, por fim, se virou e se sentou cruzando os braços. Assim que a porta se fechou atrás karen, deixando nós dois as sós.

Agora eu só precisava de uma coisa: fazer Ana Kelly entender que ela era minha.........

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