Mesmo relutante, Gael obedeceu, deixando que ela o conduzisse até o quarto. Enquanto o colocava na cama, ela percebeu que seu coração ainda estava acelerado pelas palavras dele. Ele a queria. Desejava-a. Mas ela sabia que não podia ceder... não daquele jeito, não enquanto ele estivesse vulnerável. Ela ajeitou o lençol sobre ele e apagou a luz, murmurando antes de sair: — Talvez um dia você perceba que não precisa me conquistar com palavras, Gael. Eu já estou aqui. E isso deveria ser o suficiente. Mas ela sabia que, com ele, nada nunca seria tão simples. Gael acordou com a cabeça latejando e a boca seca, murmurando algo incompreensível enquanto tateava ao redor em busca da bengala-guia. Antes que pudesse se levantar, Cecília apareceu à porta do quarto, com os braços cruzados e um olhar severo. — Acordou? — Ela perguntou, a voz carregada de um misto de impaciência e preocupação. — Não sei como você esperava se sentir depois de encher a cara de uísque. — Não começa, Cecília...
A água do chuveiro caía sobre os dois, quente e incessante, enquanto Gael mantinha Cecília em seus braços. Seus sentidos estavam aguçados, e cada toque, cada movimento, parecia incendiar o ar entre eles. Ele deslizou os dedos pela lateral do corpo dela, sentindo a curva suave de sua cintura, e então, sem aviso, a virou de costas para si. — Apoie as mãos no azulejo, Cecília — murmurou, sua voz rouca, carregada de desejo. Ela hesitou por um instante, mas o tom de comando e a intensidade no toque dele a fizeram obedecer. Colocou as mãos contra o azulejo frio, sentindo o contraste com o calor do corpo dele tão próximo ao seu. Gael deslizou a mão para baixo, levantando a barra da camiseta molhada de Cecília, mas sem se preocupar em tirá-la. Com um movimento rápido e impaciente, puxou a calcinha dela para o lado, os dedos firmes tocando a pele quente e sensível de sua intimidade quente e apertada. — Você me deixou louco, Cecília. Suas mãos em mim... — Ele mordiscou o lóbulo da
Cecília e Gael haviam feito as pazes. Depois do amor apaixonado que compartilharam no chuveiro, ele a ouviu dizer mais uma vez, com os olhos cheios de sinceridade, que estava ali porque o amava. Suas palavras eram um bálsamo para as feridas abertas por Mayra, e Gael decidiu, naquele momento, que não deixaria o veneno dela destruir o que tinham. Ela finalmente convenceu Gael a voltar ao oftalmologista. Ele relutou no início, mas a firmeza e o carinho dela o convenceram. Após uma bateria de exames, o médico reforçou o que já havia mencionado antes: a falta de visão de Gael parecia ser mais um bloqueio psicológico do que fisiológico. Essa informação mexeu com Gael de forma profunda. Ele se sentia dividido entre a frustração de não controlar seu próprio corpo e a esperança de recuperar sua visão. Com o apoio inabalável de Cecília, decidiu começar a terapia para desvendar o que poderia estar por trás daquele bloqueio. Decorrido várias sessões depois ,numa noite quente e silenciosa,
Cecília apertou a mão dele, tentando transmitir força. — Meu cérebro… acho que bloqueou minha visão como uma forma de me proteger, de evitar que eu encarasse novamente aquela lembrança, aquele trauma. Mas agora eu sei que não vou ter paz até encontrar esse homem. Preciso fazer justiça, Cecília. Ele precisa pagar pelo que fez. A voz de Gael tremia, carregada de emoção. Ele respirou fundo antes de continuar: — Eu nunca procurei por ele porque achava que estava morto. Mas o pesadelo me fez lembrar que eu o vi. Ele está vivo. E agora, mais do que nunca, eu sei que preciso encontrá-lo. Não só por minha mãe, mas para evitar que ele continue machucando outras pessoas. Cecília olhou para ele, sua expressão um misto de preocupação e compreensão. — Gael, isso pode ser perigoso — disse ela, a voz doce mas firme. Ele a encarou, a intensidade de suas palavras refletida em seus olhos parcialmente restaurados. — Se eu tivesse medo do perigo, Cecília, não teria sobrevivido a tudo o que já vivi
O coração de Cecília acelerou com as palavras dele. Apesar de sua timidez, sentiu-se desejada e amada como nunca antes. Ela virou-se novamente para o closet, tentando esconder o sorriso que insistia em aparecer. — Eu fico feliz que você possa me ver assim… — murmurou, enquanto pegava uma blusa leve. — Mas não precisa exagerar, tá? Gael se levantou lentamente, aproximando-se dela em passos silenciosos. Quando parou atrás dela, a toalha ainda cobrindo suas costas, ele envolveu a cintura dela com os braços. Sua respiração quente tocou o pescoço de Cecília, arrepiando sua pele. — Não é exagero — sussurrou ele, sua voz grave. — É a verdade. Cecília fechou os olhos por um instante, sentindo o calor do corpo dele contra o seu. Uma mistura de felicidade e excitação dominava seus sentidos. Ela se virou nos braços dele, encontrando aqueles olhos que agora podiam enxergá-la de novo. — Então, talvez eu acredite — respondeu, sorrindo de leve. Gael a puxou para mais perto, o sorriso dele ag
Ele se aproximou dela com passos firmes, mas olhos gentis. Segurou as mãos dela, transmitindo segurança. — Eu também. Mas não posso ignorar os riscos. Essa busca não é só por mim, é pela memória da minha mãe e pelas mulheres que ainda podem estar nas mãos daquele homem. Cecília suspirou, vendo a firmeza no olhar de Gael. Ele parecia invencível, mas ela sabia que por trás daquela postura havia feridas ainda abertas. — Está preparada para descobrir de onde eu vim? — perguntou ele, sua voz carregando um misto de expectativa e apreensão. Ela ergueu o queixo, decidida. — Mais do que preparada. E se isso significa estar ao seu lado, então eu vou até o fim com você. Gael sorriu, aliviado. Aproximou-se mais, envolvendo-a em seus braços. — Você é minha força, Cecília. Ela retribuiu o abraço, sentindo o coração cheio de amor e coragem. — E você é o que me motiva ser forte . O momento foi selado por um beijo profundo, uma promessa silenciosa de que enfrentariam tudo juntos, não importa
.A mulher retirou um livro antigo, de capa puída, e abriu-o. Ali havia registros de várias mulheres, com fotos, datas e nomes. Quando ela chegou às últimas páginas, o coração de Gael apertou. — É ela... — disse ele, com a voz embargada, apontando para uma foto de sua mãe. Era difícil olhar para aquele rosto familiar. Ela fora uma mulher linda, com um sorriso doce e olhos brilhantes que, com o tempo, haviam sido apagados pelo álcool e pelas drogas. Ao lado dela, quatro fotos de homens marcados como clientes assíduos. Gael sentiu o sangue gelar ao reconhecer um deles. — Não pode ser... — Ele murmurou, apertando o punho. O homem na foto era ninguém menos que um senador de renome, conhecido por pregar a moral e os bons costumes. Ele era o assassino de sua mãe, o rosto que o assombrava nos pesadelos desde a infância. E, para piorar, era o mesmo homem que ele tinha visto no dia de seu acidente. Gael tirou uma foto do livro com o celular, registrando o nome e todos os detalhes. Sua
Cecília alcançou o ápice em poucos minutos, sufocando o grito de prazer contra o ombro dele, enquanto seu corpo tremia com as ondas de êxtase. Mas Gael não havia terminado. Ele a desceu da mesa, virando-a de costas para ele. Afastou os cabelos de Cecília, mordiscando suavemente sua nuca antes de ordenar, com um tom rouco e autoritário: — Apoie-se na mesa, Cecília. Empine para mim. Ela obedeceu sem hesitar, apoiando as mãos na superfície de madeira enquanto ele levantava o vestido dela, enrolando-o na cintura. Abaixou a calcinha de Cecília com uma lentidão provocativa e, em seguida, deu-lhe um tapa na nádega, arrancando um gemido que misturava surpresa e desejo. — Isso é por me deixar de castigo ontem, sem você. E isso... — Ele beijou a pele onde havia batido, deslizando os lábios pela curva de sua cintura. — ...é por ser tão linda e perfeitinha como é. Quando Gael a penetrou, o fez de uma só vez, com firmeza e intensidade. . Segurou um punhado dos cabelos dela enquanto seus mo