Ele estava sentado em uma poltrona próxima às enormes portas de vidro que davam para a varanda. Os raios de sol iluminavam seu rosto, revelando um homem que parecia mais sombrio e distante do que aquele que ela conhecia. .A barba estava mais cheia do que o habitual, conferindo-lhe um ar bruto e despreocupado. Mesmo assim, ele continuava lindo. Para ser sincera, o visual desleixado o tornava ainda mais irresistível, como se exalasse masculinidade de forma crua. Gael ouviu os passos e imediatamente se impertigou, levantando-se de forma precisa, embora sem sua guia. — Quem está aí? — perguntou ele, a voz firme. Antes que Cecília pudesse responder, ele sentiu o perfume dela, que apesar do tempo sem senti -,lo ele sempre se lembrava do seu cheiro doce d femenino , sua expressão imediatamente se endureceu. — Cecília? — disse, a voz agora carregada de frustração. — O que está fazendo aqui? Quem a deixou entrar? Eu fui bem claro que não quero vê-la! Quem quer que tenha permitido is
Depois que a respiração dele se normalizou Diogo se afastou de Cecília sem dizer nada e foi em direção ao banheiro com passos firmes e precisos como se já tivesse gravado onde ficava cada móvel em sua suite. Cecília entrou no banheiro silenciosamente, o vapor quente envolvendo o ambiente. Gael estava no box, com a água escorrendo pelo corpo, a cabeça inclinada para frente, como se tentasse deixar o peso do mundo ser lavado pelo chuveiro. Ele parecia tão vulnerável, tão distante, que o coração dela se apertou. Incapaz de resistir, ela se aproximou e o abraçou por trás, envolvendo sua cintura com os braços. — Gael... — sussurrou, a voz suave e cheia de emoção. Mas ele reagiu imediatamente, afastando suas mãos com um movimento brusco, quase defensivo. — Cecília, não. — A voz dele era fria, um contraste gritante com o calor do chuveiro. Ele virou de costas para ela e saiu do box, pegando a toalha com pressa. — Não faça isso. Cecília ficou parada por um momento, a água quente
Ele se inclinou para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos, e murmurou, quase para si mesmo: — Você não deveria estar aqui, Cecília. Eu não sou mais o homem que você conhecia. Ela cruzou os braços, a dor em seu peito queimando, mas sua determinação permanecendo intacta. — Talvez você não seja, Gael. Mas sabe o que eu vejo? Eu vejo o homem que ainda pode superar isso. O homem que eu amo. E eu não vou desistir dele. Mesmo que ele já tenha desistido de si mesmo. Gael permaneceu em silêncio, mas ela percebeu que suas palavras o atingiram. Ela sabia que ele ainda lutava contra seus próprios demônios, mas não importava. Cecília havia feito uma escolha, e ela não voltaria atrás. Ela ficaria com ele, mesmo que isso significasse enfrentar sua resistência dia após dia. Gael soltou um suspiro profundo, passando a mão pelos cabelos ainda úmidos. Um sorriso discreto, quase imperceptível, curvou seus lábios. — Você continua tão teimosa, Cecília... — murmurou, a voz rouca e ligeirame
Gael soltou uma risada curta, quase amarga, passando a mão pelo cabelo. — E você acha que eu mudei? Cecília, a perda da visão não me transformou em um homem melhor. Eu ainda sou tudo isso. Ela não recuou. Ao contrário, inclinou-se mais para perto, sua respiração quente contra o rosto dele. — Talvez você seja. — Sua voz era um sussurro suave, mas cheio de convicção. — Mas eu aprendi a amar até seus defeitos. Gael ficou em silêncio, mas ela podia sentir a barreira entre eles começar a se dissolver, mesmo que ele não quisesse admitir. O peso das palavras pairava no ar, carregando a tensão que parecia eletrificar o espaço entre eles. Ele finalmente virou o rosto em sua direção, os traços endurecidos suavizando apenas um pouco. — Você é louca, Cecília. — Ele murmurou, sua voz rouca e carregada de algo entre cansaço e desejo. — Louca por ainda me querer. Ela riu baixo, inclinando-se mais perto, até que os rostos estivessem a centímetros de distância. — Talvez eu seja. Mas
Ele hesitou antes de dar um passo em direção a ela. Mesmo visivelmente envergonhado, ele permitiu que ela pegasse sua mão e o guiasse para o closet. O momento era carregado de uma intimidade silenciosa. Cecília tratava cada movimento com cuidado, ajustando a camisa nele com dedos gentis, como se fosse um ritual. Enquanto Cecília ajudava Gael a ajustar a boxer em sua cintura, ele soltou um suspiro pesado, os ombros rígidos. Mesmo sem dizer nada, era evidente que ele estava desconfortável. — Cecília, você está exagerando. — Ele murmurou, balançando a cabeça. — Eu consigo me vestir sozinho. Ela parou o que estava fazendo por um momento, inclinando-se para frente para observar melhor o rosto dele. Um sorriso brincou em seus lábios, e sua expressão tinha um misto de provocação e carinho. — Sabe o que é? — Ela começou, ajustando o tecido com cuidado. Gael soltou um pequeno suspiro, balançando a cabeça enquanto um sorriso relutante surgia em seus lábios. — Você realmente não sabe q
— Não é nada disso, eu estou apenas sendo cuidadosa e carinhosa com o homem que eu amo — Ela respondeu, rindo. — Mas se eu puder pentear seus cabelos também, ficarei mais feliz. — Pentear meus cabelos? — Ele arqueou as sobrancelhas, um toque de divertimento em sua expressão. — Você realmente gosta de me provocar. Ela pegou um pente e, sem esperar resposta, começou a arrumar os fios úmidos dele. Gael suspirou, mas não resistiu, deixando-a terminar o que queria. — Pronto, agora sim. — Disse ela, satisfeita, deixando um beijo rápido no topo da cabeça dele. Amélia bateu de leve na porta e Cecília atendeu ,ela avisou que a mesa do café estava lhes aguardando porque Gael sempre toma seu café logo cedo. Cecília lhe agradeceu com um sorriso gentil . Descendo para a sala de jantar , Cecília guiou Gael com cuidado, mantendo a mão dele na sua. O aroma de café fresco preenchia o ambiente quando ela o acomodou na cadeira da mesa. Enquanto servia as xícaras, Gael relaxava aos pou
Amélia deu espaço para que entrassem e as conduziu até a sala de estar. Lá, Gael estava sentado, os óculos escuros cobrindo os olhos que não podiam ver. Apesar de não poder ver, ele ouviu os passos delas se aproximando e se levantou com calma, a expressão séria, mas a voz com um toque de suavidade. — Cecília. — Ele disse, virando-se em direção ao som. — E minha pequena Beatriz. Como senti saudade de você princesa ,mas estava me sentindo tão mal que não tive coragem de procurar sua mãe e você ,princesa. Cecília se aproximou devagar, emocionada com as palavras dele. Bia, alheia à tensão no ar, soltou um som animado e começou a balançar o brinquedo, enquanto tentava alcançar Gael com os braços pequenos. — se nós procurasse ia nos fazer muito feliz ,Gael ,A Bia te ama e ela sabe que você é o pai dela,mesmo tão pequeninha ela sabe muito bem disso — Disse Cecília, com ternura. estamos. Gael estendeu as mãos, guiando-as com cautela até encontrar Cecília. Quando os dedos dele r
Assim que ela deixou Bia dormindo no berço e entrou no quarto que agora pertencia a ela também a visão de Gael sentado na poltrona perto da janela a fez parar no meio do caminho. Sem os óculos escuros que ele normalmente usava, seus olhos, ainda que incapazes de ver, pareciam perscrutar algo no vazio. Ele segurava o telefone contra o ouvido, falando com voz baixa e autoritária, resolvendo assuntos de trabalho. Vestido em um moletom cinza que abraçava seu corpo musculoso, ele parecia irresistível. Cecília, por um instante, perdeu o fôlego. Era como se, mesmo poder enxergar seus lindos olhos azuis, ainda fosse capaz de despertar nela emoções que ninguém mais conseguia. Movida por um impulso que ela não tentou controlar, Cecília cruzou o quarto silenciosamente. Gael não ouviu os passos, mas percebeu sua presença. Horas depois, ainda na penumbra do quarto, Cecília e Gael decidiram tomar banho juntos. Ele aceitou o convite dela com um sorriso malicioso, permitindo que ela o guiasse at