CAROLINA MENDONÇA

Maldição!

Tudo teria dado certo, se ele não tivesse surgido do nada e empurrado aquela infeliz. Assim que a aula encerrou, fui de imediato para o meu carro, sabia que poderia correr o risco daquele imbecil que ela tem por irmão, se manter como sempre, grudado nela e com essa possibilidade tudo o que pensei na noite anterior teria que ser adiado, no entanto, assim que o vi saindo sozinho e, logo depois Maria Júlia, indo em direção a parada de ônibus, eu sabia que aquela era a oportunidade que tanto estava esperando.

Tudo era só questão de tempo e só precisava que ela se afastasse um pouco mais da faculdade e da vista de algumas testemunhas. Com minha concentração voltada para cada movimento dela, quando percebi que ela já estava numa distância considerável, pisei fundo no acelerador e o veículo saiu em disparada em sua direção, porém jamais cogitei que Andrey surgiria na velocidade de um raio e tiraria o alvo da minha mira. Atordoada e com medo dele me reconhecer,