MARIA JÚLIA

Minha cabeça ainda está latejando. Quando voltei a minha consciência, tudo que me lembrava, era do rosto de Andrey. Minha cabeça estava pesada e só no momento que senti um desconto em minha barriga, que abri de imediato os meus olhos. O pânico tomou conta de mim ao pensar que algo de ruim havia acontecido com o meu bebê, levei uma das mãos de encontro a minha barriga, já que a outra eu não podia mover com facilidade.

As lágrimas logo surgiram e ao ver meu desespero a enfermeira tentou me tranquilizar, dizendo que nada de ruim havia acontecido, no entanto, eu precisava ficar calma e de repouso. Eu estava tão perdida nos meus próprios pensamentos, que não percebi quando Andrey, entrou no quarto e muito menos a sua aproximação. Quando dei por mim, ele já estava parado em minha frente com uma expressão indecifrável e ao ouvir suas palavras meu coração disparou.

— Precisamos conversar sobre a sua gravidez.

O som das suas palavras ressoavam em minha cabeça. Num impulso, leve