MAJUMeus olhos estavam fixos no objeto em cima da cama. Um turbilhão de pensamentos se faziam presentes em minha cabeça. “Até onde esse louco pretende ir?” Meus pensamentos foram interrompidos assim que ouvi sua voz.— Venha!Sem desviar os olhos da imagem a minha frente, dei alguns passos e, assim que parei em frente a cama me detive. Olhei para as algemas de couro, num tom escuro como os demais objetos desse lugar, porém havia um separador de distanciamento entre elas. Não foi o objeto em si que estava me deixando nervosa, mas o que esse sádico pretende fazer.Senti ele se aproximando, em seguida suas enormes mãos ficaram em volta da minha cintura. Ele deu uma lufada próximo a minha orelha, que fez todo o meu corpo estremecer. Como sempre o cheiro inebriante, intoxicante dele invadiu minhas narinas me deixando atordoada. Respirei fundo e resolvi questionar o que ele faria.— Você não vai prender os meus braços com isso, como se eu fosse um animal!— Você fará tudo que eu quise
MAJUQuando sai da sala de aula, de longe já avistei Carolina, e seu grupinho, mas quando dei alguns passos, senti algo vibrando em meu bolso e já sabendo de quem se tratava, resolvi logo atender. Enquanto eu falava, passei próximo a naja que tinha seu olhar fixo em mim, porém, segui o meu caminho e, após dizer a Andrey, que já estava saindo ele encerrou a ligação.Peguei o ônibus e desci no lugar combinado, para minha surpresa ele já estava me esperando. Assim que entrei no carro, segundos depois, o veículo entrou em movimento Durante o trajeto até o apartamento, ele perguntou como tinha sido o primeiro dia de aula, de início achei estranho seu interesse mais essa é uma forma do louco me controlar, porém, para ver a reação dele resolvi dizer que sua noivinha estuda na minha sala. Suas feições logo mudaram, suas órbitas se tornaram mais sombrias e, ele logo tratou de dizer que não tinha nem um compromisso oficializado com ela.Dei de ombros e não toquei mais no assunto, talvez se
MARIA JÚLIADespertei ao ouvir o grito da minha mãe, desesperada me levantei em um pulo e, saí feito um raio para fora do quarto, quando cheguei próximo a sala, meu sangue gelou ao vê-la caída no chão, por pouco não fiz companhia a ela, já que havia uma poça de água e eu estava tão atordoada que nem me dei conta. Cuidadosamente, fui andando pela lateral até que cheguei em uma parte que estava seca, segurei firme em seus braços a ajudando a se levantar. Quando ela já estava acomodada no sofá minha voz ecoou no ambiente.— Mãe, eu não acredito que a senhora fez isso. Como vou sair de casa sabendo que a senhora não está seguindo as recomendações do médico, depois de tudo que passamos a senhora não pode brincar com a própria saúde.A minha mãe ficou até surpresa e com os olhos arregalados em minha direção. Eu sei que meu tom de voz estava alto, mas ela não pode agir como uma criança. Depois de tudo que estou passando, ela não pode deixar que o meu sacrifício seja em vão, não pode despe
Alguns dias depois...CAROLINA MENDONÇAMeu nome é Carolina Mendonça, além de ter uma beleza estonteante, sou inteligente e sou rica. Sempre fui tratada como uma princesa e, tive uma vida perfeita, cheia de regalias e claro, digna de uma verdadeira Mendonça. Minha mãe é a melhor amiga de Helena Albuquerque e em consequência disso nossas famílias sempre tiveram uma forte ligação.Fui preparada desde criança, pelos meus pais e pela tia Helena, para ser a futura senhora Albuquerque. A princípio, mesmo gostando do Andrey, odiava todas as vezes que chegava o final de semana e tinha que ir para a mansão Albuquerque, olhar aquela empregada e imaginar que tudo que estava comendo tinha sido feito por suas mãos sempre me deu um forte embrulho no estômago e, quando tive coragem de dizer a minha mãe que não queria mais ir, ela simplesmente mandou eu parar de besteira, que, alguma serventia, pessoas como Isabel deveria ter, então entendi o que ela quis dizer. Pessoas como aquela velha, que além
MARIA JÚLIAInstintivamente me levantei e avancei na direção da minha mãe, que estava petrificada, pálida, seus olhos estavam arregalados e fixos na direção de Tobias. Fiquei com medo dela se cortar com os vidros que caíram no chão, assim que fiquei a centímetros de distância, minha voz se fez presente.— Mãe! Mãe! Mãe.... — depois de chamá-la algumas vezes, enfim seus olhos se voltaram em minha direção.— Você está bem?— Sim! Filha.— A senhora ficou olhando fixamente para o Tobias.— Só o achei parecido com alguém que vi algum tempo atrás, mas deve ter sido só impressão minha e como estava distraída acabei deixando a bandeja cair.Achei estranho, ela parecia inquieta e seu tom de voz estava bem estranho. Minutos depois, após limpar toda bagunça, fiz um lanche para oferecer ao Tobias e minha mãe foi para o seu quarto descansar, já que deixou o almoço adiantado. O restante do meu dia passei concentrada, com Tobias fazendo todo o trabalho que íamos apresentar na segunda feira.
MARIA JÚLIAMeus olhos estavam fixos no maldito cara de pau que tinha um sorriso largo em sua face. A raiva tomou conta de mim quando o idiota falou comigo como se eu não soubesse qual era o motivo da sua visita. Meus pensamentos foram interrompidos quando ouvi minha mãe me chamando.— Filha! Cadê sua educação? O menino Andrey, falou com você.Olhei para a mulher a minha frente, que tinha um enorme buquê de flores em suas mãos e um sorriso terno em seu rosto. Como minha mãe pode ser tão ingênua e, para piorar, ainda chama esse monstro de menino, se ela soubesse do que esse demônio é capaz. Respirei profundamente e, me virei em direção ao infeliz que estava se divertindo com a situação criada por ele mesmo.— Bom dia, Andrey.Um desafio silencioso se fez presente, porém minha mãe logo resolveu quebrá-lo.— Por favor, filho, pode se sentar, vou só colocar as flores dentro de um vaso.Eu não podia acreditar no que estava acontecendo diante dos meus próprios olhos, eu sabia que a m
Algum tempo depois em outro lugarISABEL SILVANunca pensei que, ele algum dia, fosse vir aqui na minha casa. Mesmo tentando disfarçar, eu vi o mesmo brilho no olhar dos dois, sei que o menino acabou se tornando outra pessoa, mas, no fundo, aquele garoto de coração puro ainda existe dentro dele e tenho esperança que algum dia toda sombra negra que Helena Albuquerque, colocou em volta do seu coração, seja substituída pela luz. Meus pensamentos foram interrompidos ao ouvir uma batida na porta, me levantei e em passos precisos caminhei em direção a ela, assim que levei minha mão de encontro a maçaneta a imagem que vejo a minha frente fez todo o meu corpo estremecer.— Você? MARIA JÚLIADepois de atender a ligação de Andrey e o mesmo me dizer que iria me encontrar próximo a faculdade. Guardei o aparelho e em passos precisos comecei a caminhar, assim que cheguei no lugar combinado, ele já estava me esperando, entrei no veículo e segundos depois Andrey, colocou o carro em movimento. A
ISABEL SILVAMeu coração disparou. Minha respiração se tornou escassa, meus olhos estavam fixos nele e saber que aquilo que passou pela minha cabeça desde o momento que o vi pela primeira pudesse ser verdade, fez o meu sangue gelar. Estava tão perdida em meus pensamentos que perdi a noção do tempo e só saí do estado de estupor que me encontrava quando ouvi novamente a sua voz.— Posso entrar?— Sim!Assim que ele entrou, fechei a porta e em passos vacilantes segui em direção ao sofá. Assim que já estávamos acomodados, resolvi me manifestar.— Você veio aqui porque tem alguma ligação com aquele homem, não é isso?— Sim! E eu sinto muito por todo o mal que ele fez a senhora. No momento que eu vi sua reação ao me ver, não entendi de imediato o motivo, mas depois tudo começou a fazer sentido, já que a Majú me disse que você nunca foi distraída e seus olhos estavam fixos em minha direção, como se a minha presença tivesse despertado suas lembranças. Sabendo da minha semelhança com o m