— Te vejo mais tarde, Greg... — A mulher falou, sedutora, arrastando a voz. — Cavalheiros, com sua licença.Ela se afastou, nos deixando, e fomos em direção ao restaurante não muito longe dali.— Gosto quando segue meus conselhos, até sua aura está mais leve. — O provoquei, travesso. — Convidei alguns contatos para descobrir exatamente o que está acontecendo.— Minha aura é contaminada por suas malícias. — Retrucou ele. — Não é muito cedo? Devemos seguir o plano traçado.— Receio que tenhamos que acelerar as coisas... — Suspirei, com as mãos trêmulas, pegando a pílula e engolindo em seco. — Quero liberar minhas agendas e aproveitar a companhia da minha convidada ao lado.— Hum... Por que ela não veio? — Greg olhou pelo retrovisor, me encarando, preocupado.— Não faça essa cara feia. — Mostrei a língua para ele, que balançou a cabeça em negativa, rindo. — A pessoa do passado de Lis ainda a aprisiona. Sabia que ela tranca todas as portas, até mesmo a do quarto, antes de dormir, e que do
Ele me encarou, e ergui um dedo para que se calasse.— Vocês têm este contrato em posse para que possamos avaliar em conjunto? — Mantive o tom casual ao voltar a me encostar na cadeira. — Me ofende que tais fofocas estejam circulando por aí, e se for verdade a questão de minha assinatura, teremos um caso de fraude dentro de minha própria indústria.— Se estão fazendo isso com o Senhor, imagina conosco? — Diego franzia o cenho. — O que pretende fazer?— O que faço de melhor, Sr. Diego, derrubar meus inimigos! — Sorri, virando a taça de vinho e me levantando. — Com licença, tenho outro compromisso, mas antes, deixe-me lembrá-los de uma coisa: só firmo parcerias nas quais confio e que confiam em mim. Se duvidaram de minha veracidade por causa de uma estranha, receio que não haja mais interesse da SoundStory Press em seus trabalhos. Aproveitem o jantar, é por nossa conta.— Sr. Morgan, por favor, espere... Não há necessidade de encerrarmos uma parceria de anos. — Eduardo se levantou, mas
— O passado não pode interferir em seu presente, muito menos o medo e as dores. Eu sei como é não ter fome ou vontade de seguir em frente, mas, Elisabeth, não é justo com aqueles que nos amam nos deixarmos de lado e permitir que os monstros do passado continuem nos fazendo seus prisioneiros. — Belisquei levemente seu queixo e olhei para sua boca vermelha, contornando-a com o dedo. Depois, inclinei a cabeça, reconsiderando, e voltei à postura normal. — Então coma, uma garfada de cada vez.Ela assentiu, e coloquei um pouco de comida em sua boca, sorrindo.— Boa aprendiz!Finalizamos o jantar em silêncio, e peguei o vinho, servindo para os dois.— O que estava fazendo em seu quarto? — A olhei, presunçoso, e ela me encarou séria. — Não pode me julgar, sou homem, geneticamente criado para pensar besteiras.— O senhor não tem jeito mesmo. — Lis revirou os olhos e riu baixinho. — Estava escrevendo, é uma forma de escapar da realidade.Ela abaixou a cabeça envergonhada, corando imediatamente.
— Há momentos em que fico bagunçado, seria um prazer te mostrar! — provocou ele, esfregando o nariz ao meu e afastando-se em seguida. — Estou na porta ao lado, à sua disposição.— Eu não me referi a isso, por favor. Ainda não são nem oito horas da manhã e o senhor já está pensando em malícia! — Revirei os olhos, pegando as pastas com as informações sobre a pequena produtora, incluindo o histórico dos integrantes. — Aqui estão as informações solicitadas, além das que Greg havia enviado por e-mail.Entreguei para ele, que ficou segurando a pasta me encarando.— Sua mente é maliciosa, não fiz sugestões ousadas. Sabia que nadar na piscina me deixa desconfortável? — Puxou a pasta, me levando junto, e apertou meu quadril como um predador sensual, inalando meu cheiro e largando o momento. — Mas se estiver pensando nisso, podemos cancelar a reunião e passar o dia juntos neste quarto!— Sr. Morgan! — Chamei sua atenção de forma repreensiva, passando as mãos pelos cabelos, um pouco nervosa. O a
— Concordo plenamente. Qual é a sua sugestão? — Patrick arqueou uma sobrancelha enquanto parecia localizar a sugestão que eu havia feito no papel. — CineArts Press, excelente escolha. Você realmente pensa em todos os detalhes, e isso é algo que admiro em você.Um calor repentino subiu às minhas bochechas com o elogio, e eu limpei a garganta antes de prosseguir:— É uma produtora nova, composta por apenas alguns membros, que contratam autores amadores para suas produções. Grande parte do conteúdo é editado pelo co-fundador e programador, Alexander, em conjunto com os sócios Pablo, responsável pelo aspecto comercial, e María, encarregada da gestão financeira. — Fiz uma pausa, permitindo que Patrick absorvesse a informação antes de continuar. — Apesar de estar em atividade há menos de dois anos, eles têm demonstrado qualidade em suas produções, especialmente em curtas românticos para redes sociais, e têm mantido suas finanças equilibradas.— Não é à toa que confio em sua habilidade para
— Se há mais de uma pessoa decidindo, então não é livre arbítrio, minha cara. — Maria falou, ríspida.— Então está habituada a não ter liberdade, Sra. Maria, visto que aqui são três sócios igualitários. — O CEO interveio, sorrindo presunçosamente.— Não, somos uma família e a decisão é conjunta para os três. — Ela retrucou firme, seus irmãos passando as mãos pelos cabelos, visivelmente incomodados.— As ambições são as mesmas para os três também? — Indaguei, instigando Pablo e Alexander a me encararem.— Não, eu desejo fechar uma parceria consolidada com a SoundStory Press. Isso nos daria mais notoriedade no mercado, além de conseguirmos um investidor anjo para futuros projetos, juntamente, é claro, com roteiros sensacionais que são destaque na maior editora de Seattle. — Alexander encheu copos plásticos com café e nos ofereceu, aceitamos de bom grado.— Você quer entregar nosso sonho nas mãos da indústria que só visa os lucros, sem paixão... No menor sinal de problema, seremos os pri
— Não se preocupe, seus trajes e os meus foram providenciados... Agora pare de birra e saia desse carro. — Patrick se aproximou perigosamente, tomando meus lábios de forma feroz, sugando o lábio inferior. — Ou vou te tirar daqui no colo.— Não precisa... — Suspirei, ciente de que sua ameaça era uma promessa prestes a ser cumprida. — Mas não vou usar biquíni algum.— Pode ficar nua também, não me oponho a isso. — Beliscando meu queixo, ele sorriu, saindo do carro e estendendo as mãos para fora. — Venha!Peguei suas mãos e olhei ao redor, ficando completamente deslumbrada pela beleza daquele cenário. A água azul cristalina se estendia até onde a vista alcançava, refletindo o sol de maneira tão intensa que parecia brilhar por dentro. A areia branca e fina se estendia suavemente, convidando-me a caminhar descalça.Uma sensação de leveza e tranquilidade invadiu meu coração, como se todos os problemas e preocupações tivessem sido levados embora pela brisa suave que soprava do mar. A imensid
— Pronta para velejar até o meio do paraíso? — Com um olhar travesso, Patrick mordeu a alça da calcinha, puxando-a para baixo com os dentes.— Pronta! — Respondi rapidamente, com medo de sermos vistos atracados na praia.— Boa aprendiz... — Ele sorriu divertido, levantando-se para ir ao leme. — Assim que saímos, pode dar um leve tranco. Depois disso, pode ir para a cabine lá embaixo se trocar... Seu biquíni a espera!— Eu já disse que não irei usar. — Cruzei os braços, desafiando-o. Morgan deu a partida com o leve tranco avisado e, sorrindo, gritou de onde estava:— Se não se trocar, voltaremos para a praia, e garanto que estará sem nenhuma peça de roupa em seu belo corpo.Estremeci com a intensidade de suas palavras e corri para a cabine para me trocar. Olhei-me no espelho, envergonhada. Como alguém conseguia usar roupas tão reveladoras em público? Claro que já havia usado biquínis, mas em uma piscina privada em casa, sem olhares além do meu... Engoli em seco, lembrando da última vez