— Primeiro, senhorita... Já dormimos juntos em seu apartamento. — Patrik sorriu, misturando diversão com ousadia. — Segundo, quero conhecê-la melhor; não me importo com protocolos ou conflitos profissionais!Sentei-me na cama, mas ele puxou com força, fazendo-me deitar-se de volta, virando-se sobre meu corpo e posicionando as mãos de cada lado da minha cabeça.— Eu me importo, é da minha carreira e imagem que estamos falando; você não pode brincar ou manipular minha vida! — Gritei em seu rosto, tremendo nervosamente.— Senhorita Elisabeth, já lhe disse, não tenho tempo a perder! — Ele adotou o tom severo de CEO, fazendo-me arregalar os olhos, cessando imediatamente o tremor que me dominava quando suas palavras ecoaram. — Não vou prejudicar sua carreira ou imagem; pelo contrário, estou disposto a impulsionar sua vida de uma forma impecável, quer você queira ou não!Virei o rosto, desviando-me de seus olhos analíticos, remexendo-me sob ele. Apesar da minha mente estar furiosa com o domí
Corando levemente, limpei a garganta e decidi manter as tratativas o mais formais possível.— Bom dia, Sr. Patrick. Descansei bem, e o senhor conseguiu vencer a insônia? — Sorri sutilmente, ainda parada na ponta da escada.— Foi desafiador, mas... — Ele abaixou o jornal, fixando seus olhos nos meus — A companhia desta noite facilitou o processo. Devo agradecê-la por isso!Estreitei os olhos, desviando o olhar ao vê-lo se aproximar. Ao me dirigir para a mesa de centro, percebi outra xícara, repleta de pães de queijo em um pequeno cesto, torradas e geleias dispostas em bandejas, com queijos em cubos espetados por palitos de dente, prontos para serem apreciados.— O Senhor preparou o café da manhã? — Exclamei, arregalando os olhos e arqueando as sobrancelhas, intrigada.— Sou um homem de muitos talentos, Senhorita. Quem sabe eu te mostro quais outros tenho escondidos? — Patrik sorriu divertido, percebendo o desconcerto causado por sua fala ousada. — Sente-se, por favor. Após o desjejum,
O celular corporativo não parava de tocar, e coloquei o fone headset para otimizar os atendimentos enquanto prosseguia com as atividades no notebook. A agenda do Sr. Morgan estava repleta; muitas empresas desejavam um horário marcado com ele. Sabiam do potencial de negócios com a editora SoundStory Press, que estava em um período de expansão, atraindo a atenção de indústrias cinematográficas, teatrais e até renomados estilistas de figurinos de filmes, buscando parcerias para contar suas histórias.O império do Sr. Patrik era admirável, com um potencial notável para ultrapassar fronteiras. Afiado e preciso, o nome da editora já fora destaque em diversas capas de revistas de negócios, liderando as colunas econômicas e conquistando várias premiações. Além disso, a SoundStory Press era reconhecida por lançar escritores de sucesso através do inovador método SOUNDSTORY.Ao concluir todas as tarefas solicitadas por ele, sabia que precisaria dedicar a tarde para revisar o contrato conforme su
— Madalena fez a nossa comida, você não ouviu porque ela não cozinhou aqui; apenas trouxe o alimento. — Patrik sentou-se à mesa, indicando a cadeira ao lado para que eu me acomodasse. — Ela é tímida; deve ter se aproveitado que estávamos lá em cima e trouxe tudo para cá.— Não vi pegadas lá fora que indicassem isso... — Sussurrei ainda intrigada, olhando para a comida.— Não precisa ter receio de comer; Madalena é misteriosa, mas é uma excelente cozinheira. — Ele deu de ombros, servindo macarrão ao molho branco em meu prato, incluindo um pouco de ensopado ao canto e dividindo ao meio um pão, que depositou junto aos demais alimentos. — Coma, verá!— Como pode confiar em um fantasma? — Lancei o corpo mais para frente, segurando seu braço; ele levou o olhar ao local e sorriu. Puxei rapidamente minha mão, notando o toque descuidado.— Então você acredita em fantasmas? — Patrik arqueou as sobrancelhas, cruzando os braços de maneira divertida.— Sim... Não, olha, talvez... Poucos sabemos so
Com algum tempo livre, decidi fazer chá e levar ao Sr. Morgan junto com alguns biscoitos que encontrei dentro do forno, parecendo recém-assados.— Com certeza ela é um fantasma! — Comentei baixo, intrigada.Organizei a bandeja, apoiando-a no meu quadril para mantê-la estável. Coloquei o contrato embaixo dos braços, junto ao notebook. Subi devagar, com medo de derrubar tudo, e parei em frente à porta do escritório sem saber como bater. Passei algum tempo ali, não sei quanto, analisando. Será que deveria chamá-lo?Me assustei quando a porta abriu, com ele parado me encarando.— Sabe que dá para ver sua sombra por debaixo da porta, não sabe? — Ele arqueou uma sobrancelha. — Por que não entrou?— Bem... Estou com as mãos ocupadas, como pode ver. — Respondi um pouco ríspida demais; se ele sabia que eu estava ali parada, por que não abriu antes? — Chá, senhor?Patrik tirou a bandeja das minhas mãos, colocando-a na mesa, onde abriu espaço para tudo. Indicou a cadeira à sua frente para que eu
Piscando, ele voltou a se sentar, e eu, corada, me sentei na cadeira, tomando o chá que agora estava morno.— Então, não irá considerar meus apontamentos? — Mantive os olhos na xícara, brincando com o dedo na borda da cerâmica.— Suas observações foram sucintas; algumas eu havia deixado passar. Seu olhar analítico e afiado, são excepcionais; você, Senhorita, tem um grande potencial como CEO e empresária. — Patrik se inclinou para frente, pousando as mãos sobre a mesa, ficando sério — Já pensou em exercer essas funções?— Ser CEO da SoundStory Press? — Arregalei os olhos, ponderando — Nunca considerei a possibilidade; acho que não sou apta ou adequada para o cargo, Senhor Morgan!— Por que não? — Ele coçou o queixo, avaliando minha postura. — Você conhece o funcionamento da empresa como a palma de suas mãos, sabe negociar; nossas reuniões só são um sucesso graças à sua organização na documentação, pauta que prepara para as reuniões, conduta e aquisição. Como pode se achar inapta ao car
Patrik se aproximou, passando o dedo na minha face próxima à boca, limpando o chocolate da minha pele.— Passando chocolate em si para ser a sobremesa? — Ele arqueou as sobrancelhas provocativo, e eu corei, dando um passo para trás.— Sou desastrada, lembra-se? — Mordi os lábios, tímida. — Bem, o senhor pode se servir; se me der licença, irei tomar um banho.— Não demore, vou te esperar! — Patrik se sentou relaxado, aguardando.— O senhor não precisa, por favor, coma enquanto está quente. — Me apressei em dizer.— Sra. Elisabeth, é melhor ir rápido antes que a comida que você teve todo o trabalho de fazer esfrie! — Ele deu de ombros, deixando claro que não comeria até eu voltar.Assenti e subi rapidamente, fazendo o banho mais rápido que já havia tomado em minha vida. Coloquei um vestido longo para enfrentar o frio, lembrando que não tinha calcinha para vestir. Cocei as têmporas, sentindo-me desconfortável.Desci rapidamente, vendo-o sentado com meia taça cheia, batendo os dedos na me
Uma trovoada lá fora fez a racionalidade voltar à tona. Parei de beijá-lo, encarando-o envergonhada, medindo todo o nosso corpo e situação. Saltei de seu colo, abaixando rapidamente o vestido. Fiquei parada, olhando para ele e tocando meus lábios. Patrik esticou os braços em um convite para que eu voltasse para ele.— Senhor Morgan, isto nunca aconteceu! — Falei ofegante, saindo correndo da cozinha e o deixando lá, excitado.Corri para dentro do quarto, trancando a porta, tremendo e latejando. Apenas com os dedos do meu chefe, tive o melhor orgasmo da minha vida. Como aquele homem conseguia mexer tanto com os meus sentidos? Era o meu chefe, fomos longe demais. O que ele pensaria de mim agora? Meu Deus, o que o pessoal da editora falaria de mim se soubesse disso? Com certeza, seria motivo de piadas como a Rachel e o Rick. Precisava mudar de emprego, de cidade de novo... Fugir novamente!Me enfiei embaixo das cobertas, torcendo para que ele não tentasse entrar no quarto. Ouvi apenas seu