Piscando, ele voltou a se sentar, e eu, corada, me sentei na cadeira, tomando o chá que agora estava morno.— Então, não irá considerar meus apontamentos? — Mantive os olhos na xícara, brincando com o dedo na borda da cerâmica.— Suas observações foram sucintas; algumas eu havia deixado passar. Seu olhar analítico e afiado, são excepcionais; você, Senhorita, tem um grande potencial como CEO e empresária. — Patrik se inclinou para frente, pousando as mãos sobre a mesa, ficando sério — Já pensou em exercer essas funções?— Ser CEO da SoundStory Press? — Arregalei os olhos, ponderando — Nunca considerei a possibilidade; acho que não sou apta ou adequada para o cargo, Senhor Morgan!— Por que não? — Ele coçou o queixo, avaliando minha postura. — Você conhece o funcionamento da empresa como a palma de suas mãos, sabe negociar; nossas reuniões só são um sucesso graças à sua organização na documentação, pauta que prepara para as reuniões, conduta e aquisição. Como pode se achar inapta ao car
Patrik se aproximou, passando o dedo na minha face próxima à boca, limpando o chocolate da minha pele.— Passando chocolate em si para ser a sobremesa? — Ele arqueou as sobrancelhas provocativo, e eu corei, dando um passo para trás.— Sou desastrada, lembra-se? — Mordi os lábios, tímida. — Bem, o senhor pode se servir; se me der licença, irei tomar um banho.— Não demore, vou te esperar! — Patrik se sentou relaxado, aguardando.— O senhor não precisa, por favor, coma enquanto está quente. — Me apressei em dizer.— Sra. Elisabeth, é melhor ir rápido antes que a comida que você teve todo o trabalho de fazer esfrie! — Ele deu de ombros, deixando claro que não comeria até eu voltar.Assenti e subi rapidamente, fazendo o banho mais rápido que já havia tomado em minha vida. Coloquei um vestido longo para enfrentar o frio, lembrando que não tinha calcinha para vestir. Cocei as têmporas, sentindo-me desconfortável.Desci rapidamente, vendo-o sentado com meia taça cheia, batendo os dedos na me
Uma trovoada lá fora fez a racionalidade voltar à tona. Parei de beijá-lo, encarando-o envergonhada, medindo todo o nosso corpo e situação. Saltei de seu colo, abaixando rapidamente o vestido. Fiquei parada, olhando para ele e tocando meus lábios. Patrik esticou os braços em um convite para que eu voltasse para ele.— Senhor Morgan, isto nunca aconteceu! — Falei ofegante, saindo correndo da cozinha e o deixando lá, excitado.Corri para dentro do quarto, trancando a porta, tremendo e latejando. Apenas com os dedos do meu chefe, tive o melhor orgasmo da minha vida. Como aquele homem conseguia mexer tanto com os meus sentidos? Era o meu chefe, fomos longe demais. O que ele pensaria de mim agora? Meu Deus, o que o pessoal da editora falaria de mim se soubesse disso? Com certeza, seria motivo de piadas como a Rachel e o Rick. Precisava mudar de emprego, de cidade de novo... Fugir novamente!Me enfiei embaixo das cobertas, torcendo para que ele não tentasse entrar no quarto. Ouvi apenas seu
Fiquei o encarando, desviando o olhar para responder:— Ninguém, Sr. Morgan... — Ameacei me afastar; ele agarrou meu pulso, puxando para mais perto, colando nossos corpos.— Se não quiser me contar, tudo bem. Só não minta para mim, nunca, está bem? — Seus olhos estavam em chamas, o tom de Patrik, apesar de firme, soava doce.Assenti, fomos para cama em silêncio. Ele nos cobriu de forma gentil. Virei para a janela, de costas para Sr. Patrik, puxei seus braços para cima do meu corpo, necessitando sentir sua proteção. Suspirando, ele me puxou com tudo, virando-me de frente para ele. Seu semblante estava sério, acariciando meu rosto, Patrik secava as lágrimas que não paravam de rolar!Olhei sobre ele para a porta, tremendo novamente, lancei o corpo mais para frente, para perto do seu calor. Patrik abraçou firme, mantendo as carícias. Com os meus olhos fechados, desci as mãos subindo por dentro de sua camisa, acariciando sua barriga indo até o tórax provocadora:— Sra. Elisabeth... — Ele a
— Senhor Patrik, o que está fazendo acordado a essa hora? Por que está aqui embaixo? Outra criatura invadiu a cabana? — Sua voz tremia, e sutis espasmos percorriam seu corpo. Elisabeth me encarava com olhos arregalados e vermelhos, carregados de lágrimas. — Me desculpe por fazê-lo dormir comigo, eu não quis ser inconveniente.Sorri diante de seu comentário, decidido a provocá-la:— Pode me levar para sua cama quando quiser, Sra. Lis. É um convite que jamais recusarei! — Pisquei, dirigindo-me em sua direção, tirando o abajur de suas mãos e envolvendo-a pela cintura, aproximando nossos corpos. — Desci para buscar água, mas você acordou antes. Não quis fazer movimentos bruscos para não a assustar novamente.— Eu... — Ela mordia os lábios, levemente corada, tornando-se ainda mais encantadora com os olhos marejados. — Me desculpe.— Pare de se desculpar; isso irrita... — Apertei mais seu quadril contra meu corpo, sentindo o calor nos envolver. Rocei meus lábios nos dela antes de colar noss
— Pegue sua própria água, Sr. Morgan, e tenha uma ótima noite. — Ela deu de ombros.— Não aja assim... Ainda dormiremos juntos, sua cama é mais quente que a minha! — Sorri, acariciando o canto de seus lábios.— Receio que você tenha que se acostumar com o frio então! — Lis puxou as mãos, subindo rapidamente e batendo a porta.— Que aprendiz malcriada... — Passei as mãos pelos cabelos, secando o suor acumulado na testa, peguei a água, tomei as pílulas.Ao passar pela porta de Elisabeth, que surpreendentemente não estava trancada, percebi que ela talvez não estivesse pronta para ficar sozinha, apesar de sua negação.Suspirei, entrando, fechando a porta e trancando como a vi fazer. Deitei-me devagar ao seu lado, sem dizer uma palavra. Ela se moveu para mais perto, encostando em meu corpo, e a puxei para acomodá-la, afundando minha cabeça em seu pescoço e abraçando seu corpo.— Muito mais quente... — Sussurrei, fazendo-a soltar um leve riso.— Só por esta noite, Sr. Morgan, não fique mal-
— Depois que as sensações foram despertadas em sua personagem, por que ela não explorou os desejos e impulsos que sentia?— Porque... — Elisabeth mordia os lábios, uma mania que tinha quando ficava nervosa ou envergonhada. — Bem, senhor... A protagonista ainda não sabe o que esperar do homem desconhecido, talvez esteja aguardando aprender mais antes de agir.Meus olhos cintilaram com a informação. Desci uma das mãos, amparando-a sobre seus joelhos e acariciando o local com leve pressão, deslizando para cima pela saia social apertada.— Abra as pernas, Sra. Lis. — Ordenei, notando o aumento da excitação nela. — Eu mandei abrir as pernas!Falei com mais firmeza, e, hesitante, Elisabeth abriu, cedendo o espaço que eu tanto desejava. Puxei sua cadeira mais para frente, surpreendendo-a com um pequeno grito.— Senhor Morgan, meu expediente começará daqui a pouco... Devemos nos concentrar no advogado Phill e no contrato. — Ela falava ruborizada. Apesar de não contestar verbalmente, podia sen
— Sra. Elisabeth, termine o seu café e não se atrase, como você mesma disse... — Abaixei a cabeça para sussurrar em seu ouvido — Temos que nos concentrar no contrato.Ergui-me e saí, deixando-a estática no lugar. Dirigi-me diretamente ao escritório e olhei para o celular, onde uma mensagem de Greg solicitava que eu abrisse o e-mail particular que havíamos recebido. Fotos, relatórios médicos e raio-x estavam anexados, acompanhados por relatos contraditórios.Puxei o telefone e liguei para meu segurança, também amigo de confiança:— Greg, o que é tudo isso? — Olhei para a porta entreaberta e levantei-me para fechá-la.— O passado da Sra. Elisabeth Lis, senhor. — Ele hesitou. — Ao que parece, ela sofreu abusos físicos, teve o braço quebrado, costelas fraturadas e uma cirurgia para controlar hemorragia pélvica.— QUEM FEZ ISSO? — Apertei o aparelho com força e soquei a mesa com ódio. — QUEM FOI O MALDITO QUE A MACHUCOU? E COMO NÃO SOUBEMOS DISSO ANTES?— Bem, senhor, há uma lacuna em toda