POV: ELISABETHEm direção à editora, Patrick, apesar de manter a postura ereta, exibia sinais evidentes de tensão em seu corpo. Seus suspiros eram perceptíveis, assim como as gotas de suor que se formavam em sua testa, mesmo com o frio que fazia em Seattle.— Vai dar tudo certo. — Sussurrei para tranquilizá-lo. — Você é Patrick Morgan, ninguém o derruba.Ele assentiu, voltando a encarar a janela em silêncio. O que Patrick não queria que eu visse?Ao chegarmos à entrada da editora, manifestantes acampavam à frente. Pulei no banco, assustada, quando um ovo foi arremessado no vidro do carro. O CEO segurou minhas mãos, apertando-as sutilmente para me tranquilizar. Mesmo diante dos gritos e xingamentos, acusando-o, ouvi alguns dizendo:— Covarde, pervertido, agressor de mulheres! — Diziam os manifestantes. — Justiça para a Senhorita Heloise Forbs.— O vidro é blindado. — Patrick mantinha os olhos nos meus, e percebi que apertava a mão dele com força, demonstrando medo.— Isto é absurdo, po
CAPÍTULO 86 - SILENCIE MINHA DORPOV: PATRICKCapturei os lábios de Elisabeth com desejo, não precisava olhar para os telões para que as cenas se desenrolassem em minha mente, tudo passava como um filme em minha cabeça, o pior pesadelo para um pai. Ofegantes, rompi o beijo colei nossas testas, recuperando o folego, ajeitei a postura encarando firme Lis que tinha o batom levemente borrado e os lindos lábios sutilmente inchados.— Obrigado. — Sorri elegante, apesar da dor que pairava em meu peito.— Pelo que? — Ela perguntou confusa ajeitando os cabelos e limpando o contorno da boca.— Por todo o seu suporte, Senhorita. — Avancei para beija-la novamente quando ouvimos passos, me afastei mantendo a postura. — Precisamos dos contratos para avaliar quem compensa manter ao nosso lado.— Si... Sim, claro senhor, vou providenciar. — Elisabeth deu um passo para frente, parando ao meu lado encostando o dedo ao meu acariciando sutilmente para que ninguém notasse. — Você pode sempre contar comigo
POV: ELISABETHMinhas pernas pareciam travar no lugar, tornando-se fracas como se tivessem perdido toda a força. O coração batia tão forte que parecia prestes a explodir dentro do meu peito, enquanto o frio constante em minha espinha provocava arrepios ruins por todo o meu corpo, trazendo consigo todas as emoções negativas. Eu suava frio, tremendo, e virei-me para o CEO, sentindo as lágrimas prestes a desabarem dos meus olhos.— É ele... é... é ele! — Engoli em seco, querendo recuar. Porém, Morgan me olhou confiante, com um sutil sorriso de lado, amparando meu quadril atrás com os braços e posicionando-se levemente à frente, como se fosse uma muralha de proteção. — O que está fazendo?Sussurrei, sendo ignorada por ele. Olhei em volta, vendo os seguranças formarem um círculo ao nosso redor e Greg, armado, pronto para atirar, se necessário.— Nossa, Sr. Morgan, é sempre tão hostil assim com seus visitantes? — Ele sorriu sarcástico, despreocupado, com seu olhar sádico fixo em minha direç
POV: PATRICKMeus olhos vasculhavam cada canto da sala, procurando sinais de que aquele maldito tinha vindo acompanhado. Era evidente que ele estava confiante demais, arrogante demais para perceber que eu não era um inimigo qualquer.Ao adentrar a sala, deparei-me com ele sentado de forma relaxada, brincando com um pequeno controle na mão, que parecia ser inicialmente um alarme de carro.— É difícil manter-se afastado de Elisabeth, não é, Sr. Morgan? — Pavel apertou os punhos sobre a mesa. — Ela sempre foi assim, desde a faculdade, acredita? Todos os homens a desejavam, além de sua beleza evidente, sua inteligência instigava a todos.— Se acha tudo isso sobre a Sra. Lis, por que a tratava tão mal a ponto de fazê-la fugir de você? — Provoquei, encostando-me na ponta da mesa. — Aliás, Sr. Andreev, estou curioso com sua visita à minha editora hoje.— Diamantes brutos precisam ser polidos, Sr. Morgan. Elisabeth ainda precisa ser lapidada. — Ele respondeu, apertando mais o controle entre s
POV: ELISABETHCorri com Greg para o carro, meu coração batendo descompassado, a adrenalina pulsando em minhas veias. Parei, olhando ao redor, o medo se espalhando em meu peito como uma sombra gelada. Suspirei, tentando acalmar meus pensamentos tumultuados.— O que foi? — Greg perguntou ao se aproximar, seu rosto sério refletindo a urgência da situação. — Precisamos ir, não podemos ficar aqui expostos.— Mas talvez eu devesse ficar... — murmurei, sentindo o peso da inevitabilidade nos ombros. — Ele veio atrás de mim, você mesmo disse que é inevitável que eu seja sequestrada. Creio que a hora chegou.Greg colocou as mãos em meus ombros, olhando-me nos olhos com determinação.— Não, ainda não chegou. E isso não precisa acontecer assim. Deixe-nos protegê-la o máximo possível. Não seja um alvo fácil para ele, Sra. Elisabeth. Mostre que agora você consegue lutar por sua vida!— A que preço? — Cruzei os braços, olhando para as escadas de onde poderia surgir o perigo a qualquer momento. — O
POV: PATRICKAuxiliei alguns colaboradores a saírem do prédio que tremia, com partes dele caindo. Ao olhar para fora, percebi a presença de ambulâncias e carros de polícia, enquanto macas eram retiradas do estacionamento.— Elisabeth! — Chamei, alarmado, correndo em direção a uma das macas que saía do local, deparando-me com meu amigo ferido. — Greg?— Senhor, por favor, não se aproxime. Vamos levá-lo ao hospital mais próximo — alertou-me um profissional, que era acompanhado pela polícia.— Sou o proprietário deste prédio e este é meu amigo. Saiam da minha frente! — Cerrei os punhos, nervoso, aproximando-me e segurando sua mão. — Greg? O que aconteceu? Onde está Elisabeth?Tirando a máscara de oxigênio do rosto, gemendo, ele me olhou confuso, puxando minha camisa. — Eles a levaram, Patrick, você precisa salvá-la... O chip... — Ele começou a dizer, apagando em seguida.— Parada cardíaca! Tragam o desfibrilador, corram! Senhor, saia da frente — gritou o paramédico, empurrando-me para o
— Depois que fizer isso e revogar nossa separação e as cláusulas daquele contrato absurdo, onde não posso acessar a editora e nem falar sobre... Bem, você sabe. — Heloise ponderou ao telefone. — Aí te envio a localização de onde a mantenho presa.— Não é o suficiente, quero provas de que não irá feri-la! — Falei firme, colocando no viva-voz para que os policiais ouvissem.— Aí, meu amor, assim você mágoa meus sentimentos... Precisará ter um pouco de fé em mim. — Rindo, ela parecia bater em algo, quando ouvi Lis gemendo do outro lado.— Isso não é o suficiente, Heloise! — Apertei as mãos livres com força, deixando-as brancas.— Tá, te mandarei vídeos a cada uma hora em tempo real mostrando o estado dela, só não garanto que alguns roxos não possam aparecer, sabe como é, ela tem a pele muito branca. — Heloise se divertia do outro lado da linha. — Aliás, o que você viu nela? Elisabeth é tão sem graça.— Acho bom não tocar nela! — Ameacei impiedoso. — Ou te garanto, Heloise Forbs, que queb
POV: ELISABETHVozes ao fundo chamavam minha atenção, acordei desnorteada com uma forte dor de cabeça e algo quente escorrendo pela minha testa. Ao tentar levar as mãos ao local, percebi que estavam amarradas, assim como meus pés.— O quê? — Gemi, ainda tonta, me remexendo para tentar entender a situação. Ao fundo, a silhueta de uma mulher loira se aproximava, o som de seus saltos ecoando no ambiente.— Olha só quem acordou! — Agachando-se ao meu campo de visão, Heloise me encarou com um sorriso divertido. — Como você é dorminhoca, Sra. Amante.— Eu já disse que não sou amante de ninguém... — Murmurei, ainda sentindo dores. — Onde estou? Por que estou amarrada?— Ah, querida, você não se lembra? Sofreu um trágico acidente ao sair apressada da editora. — Ela respondeu, com um largo sorriso.— O acidente... — As imagens se chocaram em minha mente, despertando minha total consciência. — Meu Deus, onde está Greg? Ele está bem?— Greg? Bem, receio dizer que ele meio que... — Heloise fez o