POV: ELISABETHMinhas pernas pareciam travar no lugar, tornando-se fracas como se tivessem perdido toda a força. O coração batia tão forte que parecia prestes a explodir dentro do meu peito, enquanto o frio constante em minha espinha provocava arrepios ruins por todo o meu corpo, trazendo consigo todas as emoções negativas. Eu suava frio, tremendo, e virei-me para o CEO, sentindo as lágrimas prestes a desabarem dos meus olhos.— É ele... é... é ele! — Engoli em seco, querendo recuar. Porém, Morgan me olhou confiante, com um sutil sorriso de lado, amparando meu quadril atrás com os braços e posicionando-se levemente à frente, como se fosse uma muralha de proteção. — O que está fazendo?Sussurrei, sendo ignorada por ele. Olhei em volta, vendo os seguranças formarem um círculo ao nosso redor e Greg, armado, pronto para atirar, se necessário.— Nossa, Sr. Morgan, é sempre tão hostil assim com seus visitantes? — Ele sorriu sarcástico, despreocupado, com seu olhar sádico fixo em minha direç
POV: PATRICKMeus olhos vasculhavam cada canto da sala, procurando sinais de que aquele maldito tinha vindo acompanhado. Era evidente que ele estava confiante demais, arrogante demais para perceber que eu não era um inimigo qualquer.Ao adentrar a sala, deparei-me com ele sentado de forma relaxada, brincando com um pequeno controle na mão, que parecia ser inicialmente um alarme de carro.— É difícil manter-se afastado de Elisabeth, não é, Sr. Morgan? — Pavel apertou os punhos sobre a mesa. — Ela sempre foi assim, desde a faculdade, acredita? Todos os homens a desejavam, além de sua beleza evidente, sua inteligência instigava a todos.— Se acha tudo isso sobre a Sra. Lis, por que a tratava tão mal a ponto de fazê-la fugir de você? — Provoquei, encostando-me na ponta da mesa. — Aliás, Sr. Andreev, estou curioso com sua visita à minha editora hoje.— Diamantes brutos precisam ser polidos, Sr. Morgan. Elisabeth ainda precisa ser lapidada. — Ele respondeu, apertando mais o controle entre s
POV: ELISABETHCorri com Greg para o carro, meu coração batendo descompassado, a adrenalina pulsando em minhas veias. Parei, olhando ao redor, o medo se espalhando em meu peito como uma sombra gelada. Suspirei, tentando acalmar meus pensamentos tumultuados.— O que foi? — Greg perguntou ao se aproximar, seu rosto sério refletindo a urgência da situação. — Precisamos ir, não podemos ficar aqui expostos.— Mas talvez eu devesse ficar... — murmurei, sentindo o peso da inevitabilidade nos ombros. — Ele veio atrás de mim, você mesmo disse que é inevitável que eu seja sequestrada. Creio que a hora chegou.Greg colocou as mãos em meus ombros, olhando-me nos olhos com determinação.— Não, ainda não chegou. E isso não precisa acontecer assim. Deixe-nos protegê-la o máximo possível. Não seja um alvo fácil para ele, Sra. Elisabeth. Mostre que agora você consegue lutar por sua vida!— A que preço? — Cruzei os braços, olhando para as escadas de onde poderia surgir o perigo a qualquer momento. — O
POV: PATRICKAuxiliei alguns colaboradores a saírem do prédio que tremia, com partes dele caindo. Ao olhar para fora, percebi a presença de ambulâncias e carros de polícia, enquanto macas eram retiradas do estacionamento.— Elisabeth! — Chamei, alarmado, correndo em direção a uma das macas que saía do local, deparando-me com meu amigo ferido. — Greg?— Senhor, por favor, não se aproxime. Vamos levá-lo ao hospital mais próximo — alertou-me um profissional, que era acompanhado pela polícia.— Sou o proprietário deste prédio e este é meu amigo. Saiam da minha frente! — Cerrei os punhos, nervoso, aproximando-me e segurando sua mão. — Greg? O que aconteceu? Onde está Elisabeth?Tirando a máscara de oxigênio do rosto, gemendo, ele me olhou confuso, puxando minha camisa. — Eles a levaram, Patrick, você precisa salvá-la... O chip... — Ele começou a dizer, apagando em seguida.— Parada cardíaca! Tragam o desfibrilador, corram! Senhor, saia da frente — gritou o paramédico, empurrando-me para o
— Depois que fizer isso e revogar nossa separação e as cláusulas daquele contrato absurdo, onde não posso acessar a editora e nem falar sobre... Bem, você sabe. — Heloise ponderou ao telefone. — Aí te envio a localização de onde a mantenho presa.— Não é o suficiente, quero provas de que não irá feri-la! — Falei firme, colocando no viva-voz para que os policiais ouvissem.— Aí, meu amor, assim você mágoa meus sentimentos... Precisará ter um pouco de fé em mim. — Rindo, ela parecia bater em algo, quando ouvi Lis gemendo do outro lado.— Isso não é o suficiente, Heloise! — Apertei as mãos livres com força, deixando-as brancas.— Tá, te mandarei vídeos a cada uma hora em tempo real mostrando o estado dela, só não garanto que alguns roxos não possam aparecer, sabe como é, ela tem a pele muito branca. — Heloise se divertia do outro lado da linha. — Aliás, o que você viu nela? Elisabeth é tão sem graça.— Acho bom não tocar nela! — Ameacei impiedoso. — Ou te garanto, Heloise Forbs, que queb
POV: ELISABETHVozes ao fundo chamavam minha atenção, acordei desnorteada com uma forte dor de cabeça e algo quente escorrendo pela minha testa. Ao tentar levar as mãos ao local, percebi que estavam amarradas, assim como meus pés.— O quê? — Gemi, ainda tonta, me remexendo para tentar entender a situação. Ao fundo, a silhueta de uma mulher loira se aproximava, o som de seus saltos ecoando no ambiente.— Olha só quem acordou! — Agachando-se ao meu campo de visão, Heloise me encarou com um sorriso divertido. — Como você é dorminhoca, Sra. Amante.— Eu já disse que não sou amante de ninguém... — Murmurei, ainda sentindo dores. — Onde estou? Por que estou amarrada?— Ah, querida, você não se lembra? Sofreu um trágico acidente ao sair apressada da editora. — Ela respondeu, com um largo sorriso.— O acidente... — As imagens se chocaram em minha mente, despertando minha total consciência. — Meu Deus, onde está Greg? Ele está bem?— Greg? Bem, receio dizer que ele meio que... — Heloise fez o
POV: PATRICK Chegamos à mansão em busca do notebook e do celular que continham o programa de rastreamento do chip de Elisabeth, quando a enfermeira veio correndo em direção aos portões aos gritos: — Senhor Morgan, Sr. Morgan... — Ela parou ao lado do carro, e eu abaixei o vidro com o cenho franzido. — O que houve? — Encarei-a firmemente, percebendo que algo estava errado. — É a senhora Eva, ela não está nada bem! — Disse a enfermeira. — Chame o médico que me atende, você sabe quais protocolos seguir! — Respondi, afiado, consciente da importância da avó de Elisabeth para ela, mas também determinado a salvar minha Lis das mãos da desequilibrada da Heloise. — O Doutor Middle já está aqui, senhor... — Ela falou nervosa. — O que está acontecendo? — Arqueei uma sobrancelha, alarmado. — O que não está me contando? — É melhor o senhor ver com seus próprios olhos. — Abaixando a cabeça, a enfermeira cedeu alguns passos para que eu pudesse sair do carro. Olhei para o grupo que estava com
POV: ELISABETHSenti meu sangue gelar nas veias, o coração martelando descompassado no peito, como se quisesse rompê-lo. Meu corpo tremia violentamente, o frio persistente na espinha irradiava por todos os membros. Um nó se apertava em meu estômago, retorcendo-se, enquanto percebia que minha cor havia sumido, minhas mãos transpiravam frio e a boca estava seca e amarga.— Pa... Pa.. Pavel... — Gaguejei nervosa, tomada pelo medo.— Minha Luz, você não parece muito bem. — Andreev se aproximou, e dei alguns passos para trás quando ele agarrou meu pulso, colando nossos corpos e afundando o nariz em meu pescoço, inalando meu cheiro. — Nossa, é exatamente como me lembro.— Por favor, me solte... — Falei tremula, tentando o empurrar.— É assim que você me trata depois de cinco longos anos longe? — Pavel apertou com mais força meu quadril, roçando o corpo no meu. — Tem ideia do que passei te caçando?— Eu... Sinto muito... — Eu não conseguia conter a onda de pavor que me dominava estando perto