— Depois que fizer isso e revogar nossa separação e as cláusulas daquele contrato absurdo, onde não posso acessar a editora e nem falar sobre... Bem, você sabe. — Heloise ponderou ao telefone. — Aí te envio a localização de onde a mantenho presa.— Não é o suficiente, quero provas de que não irá feri-la! — Falei firme, colocando no viva-voz para que os policiais ouvissem.— Aí, meu amor, assim você mágoa meus sentimentos... Precisará ter um pouco de fé em mim. — Rindo, ela parecia bater em algo, quando ouvi Lis gemendo do outro lado.— Isso não é o suficiente, Heloise! — Apertei as mãos livres com força, deixando-as brancas.— Tá, te mandarei vídeos a cada uma hora em tempo real mostrando o estado dela, só não garanto que alguns roxos não possam aparecer, sabe como é, ela tem a pele muito branca. — Heloise se divertia do outro lado da linha. — Aliás, o que você viu nela? Elisabeth é tão sem graça.— Acho bom não tocar nela! — Ameacei impiedoso. — Ou te garanto, Heloise Forbs, que queb
POV: ELISABETHVozes ao fundo chamavam minha atenção, acordei desnorteada com uma forte dor de cabeça e algo quente escorrendo pela minha testa. Ao tentar levar as mãos ao local, percebi que estavam amarradas, assim como meus pés.— O quê? — Gemi, ainda tonta, me remexendo para tentar entender a situação. Ao fundo, a silhueta de uma mulher loira se aproximava, o som de seus saltos ecoando no ambiente.— Olha só quem acordou! — Agachando-se ao meu campo de visão, Heloise me encarou com um sorriso divertido. — Como você é dorminhoca, Sra. Amante.— Eu já disse que não sou amante de ninguém... — Murmurei, ainda sentindo dores. — Onde estou? Por que estou amarrada?— Ah, querida, você não se lembra? Sofreu um trágico acidente ao sair apressada da editora. — Ela respondeu, com um largo sorriso.— O acidente... — As imagens se chocaram em minha mente, despertando minha total consciência. — Meu Deus, onde está Greg? Ele está bem?— Greg? Bem, receio dizer que ele meio que... — Heloise fez o
POV: PATRICK Chegamos à mansão em busca do notebook e do celular que continham o programa de rastreamento do chip de Elisabeth, quando a enfermeira veio correndo em direção aos portões aos gritos: — Senhor Morgan, Sr. Morgan... — Ela parou ao lado do carro, e eu abaixei o vidro com o cenho franzido. — O que houve? — Encarei-a firmemente, percebendo que algo estava errado. — É a senhora Eva, ela não está nada bem! — Disse a enfermeira. — Chame o médico que me atende, você sabe quais protocolos seguir! — Respondi, afiado, consciente da importância da avó de Elisabeth para ela, mas também determinado a salvar minha Lis das mãos da desequilibrada da Heloise. — O Doutor Middle já está aqui, senhor... — Ela falou nervosa. — O que está acontecendo? — Arqueei uma sobrancelha, alarmado. — O que não está me contando? — É melhor o senhor ver com seus próprios olhos. — Abaixando a cabeça, a enfermeira cedeu alguns passos para que eu pudesse sair do carro. Olhei para o grupo que estava com
POV: ELISABETHSenti meu sangue gelar nas veias, o coração martelando descompassado no peito, como se quisesse rompê-lo. Meu corpo tremia violentamente, o frio persistente na espinha irradiava por todos os membros. Um nó se apertava em meu estômago, retorcendo-se, enquanto percebia que minha cor havia sumido, minhas mãos transpiravam frio e a boca estava seca e amarga.— Pa... Pa.. Pavel... — Gaguejei nervosa, tomada pelo medo.— Minha Luz, você não parece muito bem. — Andreev se aproximou, e dei alguns passos para trás quando ele agarrou meu pulso, colando nossos corpos e afundando o nariz em meu pescoço, inalando meu cheiro. — Nossa, é exatamente como me lembro.— Por favor, me solte... — Falei tremula, tentando o empurrar.— É assim que você me trata depois de cinco longos anos longe? — Pavel apertou com mais força meu quadril, roçando o corpo no meu. — Tem ideia do que passei te caçando?— Eu... Sinto muito... — Eu não conseguia conter a onda de pavor que me dominava estando perto
Corri, parando para me esconder atrás das enormes caixas, procurando desesperadamente algo que pudesse usar como arma. Avistei uma barra de ferro no chão e a puxei, segurando-a firmemente contra o peito, pronta para usá-la se necessário.— Sabe, minha Luz, eu sempre quis brincar de gato e rato com você. Sempre me excitou ver sua necessidade de lutar para sobreviver. — Pavel empurrou algumas caixas, procurando por mim e atirando no local em seguida. — Você não vê que fomos feitos um para o outro? Somos perfeitos juntos.Ele gargalhou, movendo-se para outro lado do ambiente. Caminhei devagar para o fundo, tentando me esconder ainda mais, tremendo sem parar.— Quando você partiu, aquilo acabou comigo... Eu percebi onde estava errando, minha Luz. — Chutando outras caixas e atirando, Pavel continuou. — Eu não estava te dando a atenção necessária por causa do trabalho, agora entendo isso. Mas será diferente, comprei uma ilha deserta, agora será apenas você e eu, ninguém mais vai interferir.
POV: PATRICKSaí do quarto, passando a mão no rosto enquanto minhas pernas fraquejavam suavemente. Robert e James me ampararam, encarando-me com preocupação.— Você tomou seus medicamentos hoje? Comeu alguma coisa? — John se aproximou, analisando-me. — Está pálido e frio.— Estou bem! — Empurrei-os, saindo. — O dia hoje não está fácil, como puderam perceber.— Compreendemos, Major, por isso estamos aqui. — John se aproximou novamente. — Mas precisamos do nosso comandante bem para prosseguir. Não conseguiremos salvar sua noiva se você não estiver bem!— John tem razão. Vou à cozinha solicitar uma vitamina para você e pegar seus remédios... — James começou a falar quando soquei a parede, gritando.— Não temos tempo para isso! Elisabeth está em perigo, Heloise é extremamente desequilibrada... Ela matou o próprio filho, o que acham que fará com a mulher que ela considera ser minha amante? — Arfei, ofegante.— Sabemos disso, mas se não estiver bem, como pretende salvá-la? — Robert pousou a
— Merda! — Ameacei invadir, mas Robert me conteve, negando com a cabeça.— A arma está muito próxima de sua cabeça, ele a eliminará antes que você se aproxime. — Robert manteve-me no lugar.— Não posso ficar aqui parado vendo-o machucá-la desta forma! — Cerrei os punhos, tomado pela fúria.— Major, seu emocional está falando. Pense como um soldado. O que faria nesta situação se estivéssemos na guerra? — John manteve o tom baixo e tranquilo. — Ele é apenas mais um inimigo que precisamos derrubar.Ponderei suas palavras, olhando novamente para dentro do galpão, pensando no que faria.— Robert, você e James vão para o outro lado do galpão e comecem um tiroteio para chamar a atenção dele. Andreev não vai querer matar Elisabeth tão facilmente; ele é um maldito psicopata torturador. — Estava com os punhos fechados, apertando as mãos com força.— Ele vai querer tirá-la daqui! — Constatou John, e eu assenti. — E o que faremos?— Viu onde o carro dele estava estacionado? — Sorri, com os olhos
— Está tudo bem, Lis, não chore, tudo ficará bem. — Eu sorri gentilmente para minha aprendiz, esticando as mãos para que ela pudesse prender a braçadeira. — Lembra-se, eu sempre apronto algo no final.— O quê? — Elisabeth franziu o cenho antes de fechar a braçadeira. Rapidamente, puxei-a para minhas costas e agachamos os quatro rapidamente quando John, se arrastando, sentou-se machucado, com uma arma na mão, atirando cinco vezes em Pavel. Ele acertou a perna, ombro, braço e pescoço do lado de Pavel.Empurrei as braçadeiras das mãos, joguei uma faca para James se soltar e soltar Robert, e fui em direção a Pavel, que tentou erguer a arma em minha direção. Chutei suas mãos, puxei seu corpo e comecei a deferir vários socos em sua face.— Seu desgraçado, isto é por tê-la torturado por tanto tempo. — Soquei com mais força, ouvindo os estalos dos ossos em sua face se quebrando, o sangue se misturando em seu rosto.— É só isto que você tem? — Andreev sorriu com os dentes sujos de sangue, de f